domingo, 26 de fevereiro de 2012

UPP: Pop em dose dupla (2)

Conforme o prometido, a UPP: Pop em Dose Dupla volta com sua segunda parte, fazendo um apanhado da discografia dos irmãos apresentados no post anterior. A ideia é fazer uma espécie de guia, comentar um pouco o contexto dos discos, alguns versos preferidos e zoar um pouquinho também porque ninguém é de ferro. Ah, sim, como a fofura é uma marca registrada dos dois (não, não é o biscoito. Esse é do John Smith), a UPP aciona o ALERTA FOFURA!!! para comunidade já saber de antemão as canções que dão vontade de apertar a bochecha mais próxima.

Esta es mi vida
Em seu disco de estreia, JyJ abusam das baladas, deixam claro a influência no gospel e, acho eu, até reciclam parte do trabalho de quando tocavam na igreja.

Espacio Sideral: Quisiera ser un super héroe y protegerte contra el mal. Regalarte la Vía Lactea en un plato de cereal. Uma canção sobre ponto fraco do Superman, com algumas metáforas de comida. Fofa, e muito legal. Tem versão em inglês também (Outterspace), mantendo até as brincadeiras com o papá, mas em espanhol, é tãããão mais legal (sim, eu estou falando com você, Cíntia, rs!).

Llegaste tú: A primeira música composta pelos irmãos. Uma das canções que eu acredito ter sido composta originalmente num contexto cristão. Um dos maiores sucessos do disco. Também tem versão em inglês (And there was you).

Ya no quiero
: Essa é pra se empolgar e cantar alto. Joy arruma a clássica caixa de lembranças do ex e põe pra fora tudo o que estava engasgado até então. Ya no quiero ver tu foto en mi buró, Vete que ya te tengo olvidado en un cajón, Y todo este tiempo te he mentido, Pues tus besos no son lo mejor Ui, doeu.

Volveré
: Outra para gritar bem alto no refrão. Sobre sentir saudade de casa e voltar para o local de origem. Voooooolveré, consciente de donde estaré, tu eres mi lugar. Vooolveré, nada me dentendrá, contigo quiero estar. Tchu-chu-tchu-tchu.

Esta es mi vida: Para cantar quando estiver com raiva do mundo e quiser mandar o recado: “A vida é minha, você não nada a ver com isso”. Essa letra é toda boa. Síiiiiiii, esta és mi vida. Síiiiiiii, y así me moriré.

Também valem a pena:
Nada podrá, Dulce melodía, Mi sol, Cielo Azul: Romantismo puro, letras bacanas, metáforas com música e mais elementos do espaço sideral. Aposto que todas elas eram originalmente cristãs. A segunda e a terceira entraram na trilha da Bela, a feia


Para escutar, basta acessar.

Electricidad
Se no primeiro disco a dupla apresentava repertório praticamente acústico, desta vez, Jesse y Joy ligam os instrumentos na tomada para fazer um som mais elétrico. Quase todas as letras giram em torno dos temas: luz, estrelas, eletricidade, energia... Mas as baladinhas ainda têm seu lugar garantido no CD, e estão melhores ainda. Os irmãos parecem se divertir como nunca nesse álbum que podia ser a trilha sonora do final de Lost.

Electricidad: A canção que abre o disco e dá nome a ele, Electridad vai brincando com todas as palavras relacionadas ao tema: luz, brilho e universo. Gosto de chamá-la de Melô do Apagão. Em Luna, mi satélite de amor, luna, solo brilla para dos, a gente encara a parte da lua brilhar como argumento poético, mas só porque a Joy mostrou que foi pra escola e acertou que lua é satélite.

Adiós: Duele no tenerte cerca, duele no escuchar tu voz, duele respirar tu ausência pero, me duele más decirte adiós. Sofrida como um adeus, ela gruda na cabeça e tem ôoos dignos de música pop. Foi uma das músicas de trabalho do disco.

Chocolate
: ALERTA FOFURA!!! O ministério da saúde adverte, o conteúdo dessa música pode dar vontade de comer chocolate imediatamente. No entanto, o ministério também alerta que o seu nível de serotonina vai aumentar antes mesmo de ingerir o doce. Muito, muito, muito boa! Tão gostosa quanto chocolate, a canção compara o sentimento de estar apaixonado com o melhor do vocabulário culinário. Se você não colocou pra tocar nenhuma das músicas indicadas até agora, essa daqui vale uma mordidinha sem medo de ser feliz. Atenção: O clipe dá vontade de comer.


Si te vas: Essa é pra você que reclama, reclama, reclama, mas sabe que não vive sem aquela pessoa especial.  Ela conta o fim do filme, estala os dedos, roí unha, bagunça o seu cabelo, mas... “Cómo vivir sin defectos?". As guitarras elétricas e os “uuuuuhhhh”s do Jesse dão um toque final. Outra pra cantar o refrão gritando. SI TE VAS MI VIDA, QUE SERÁ, SI NO ESTÁS MI ALMA EXTRAÑARÁ, TU IMPERFECTA PERSONALIDAD, QUE ME DESESPERA, Y QUIERO MÁS Y MÁS

Nada es mejor: A música é simples. E não tem nada de muito inovador. Mas é inegavelmente divertida e com uma letra bem mais legal do que a maioria do pop das rádios. Aqui a poesia gira toda em torno das comparações de fogo e paixão (relaxa, não tem nada a ver com o clássico brega do Wando – #DescanseEmPaz!). Adoro animação do povo no final da música. Ó o refrão como é bacana: Prende fuego en mi interior, Consume lo que causa dolor, Porque nada nada nada es mejor, Que tu amor quemando en mi corazón 

Invisible: Si me pudieras conocer, Si vieras dentro de mi ser, Talvez podrías comprender, Que no soy invisible, Ojos que no ven, Un corazón que quiere ser, Pidiendo a gritos que no ves, Que no soy invisible. A letra diz tudo. Sofrida como amor platônico, essa é para todo mundo que ainda não encontrou um Michael em sua vida. Que música boaaaaa!!!!

Es Amor: Já brincou de Perfil? O que é o que é? Então tentar adivinhar a palavra secreta pelas dicas: Fluye como el agua, calienta como el sol, Mágica palabra, grande como Diós. Tá, a resposta está no título. Mas é bonitinha essa música sobre “como dizer que se está apaixonado”.

Por siempremente
: ALERTA FOFURA!!! Não tem como resistir a um refrão que começa a colocar o sufixo “mente” em todas as palavras, inclusive as que já são advérbios. Mas o melhor mesmo vem é na ponte: Cada que día contigo es un regalo sorprendente, Lunes a Domingo siempre estás presentemente, Eres justamente mi delirio, mi mejor mitad, Sabes, me conoces, me convences tiernamente, Tienes ese algo que te hace diferente, Cuando estás conmigo, Aun de mi me olvido y quiero más de ti

Quedate: Baladinha clássica do tipo “não, não me deixe mais”. Bem boa! Quedate, quiero prenderte a amar, desnudar, mi corazón, sin condición.

10 mil vidas: ALERTA FOFURA!!! Não, esta não é a musica que foi para trilha de Eclipse. Mas bem que podia ser. Sente só o refrão: Esta simples vida es corta, no me alcanzara, para amarte necesito 10 mil vidas más. Mas a música é fofa demais, o filme não merecia (apesar disso, a que entrou na trilha de verdade é bacana, mesmo assim). Minha parte preferida é: Aunque tenga 80 o 103, quiero una y otra vez, compartir momentos, dejar crecer, un eterno amanecer (putz, olha só esse último verso, já anunciando o próximo filme da franquia!)

Nuvem de letrinhas

Também valem a pena:
Nuevo Día, Una y outra vez, Sublime, Nunca Dije No: As duas primeiras trazem mais metáforas com sol, luz, energía, etc. A terceira é do tipo fofurinha e a última é Jesse y Joy com um pé no rock’n’roll.

Para escutar, basta acessar. As faixas bônus já estão linkadas para o Youtube. Mas tem tudo lá, na verdade.

¿Con quién se queda el perro?
Neste CD, a dupla entrega mais uma dezena de canções bacanas, melodiosas, com letras acima da média e nível de fofura elevado. Dessa vez, eles honram suas origens latinas e acrescentam uma pitada de música regional à mistura pop dos dois. E ficou ótimo!!!! É o meu preferido até agora.

O nome do disco surgiu de uma decepção amorosa vivida por Joy. Além de toda a dor da separação, ela ainda teve que encarar aquela pergunta que assola muitos ex-casais: “Com quem fica o cachorro?”. É por isso que agora ela só cria gatos.

Obs: Adoro o conceito da arte do disco toda feita nesses "desenhos". Na capa, o cachorro está ali atrás.

Aqui Voy: Uma música sobre ir levando a vida e seguir em frente, mesmo quando a gente não tem dinheiro, desafina ou esquece a letra da música. Extremamente divertida, é um dos carros-chefes do disco. Rolou um viralzinho com o povo (e alguns artistas da Televisa – eu falei que eles eram queridinhos de lá) cantando a primeira música de trabalho (Me Voy – mais sobre ela depois), aí eles gravaram uma versão especial (com mariachis - sim, aqueles caras bigodudos que fazem serenatas – e tudo), agradecendo a força. Bacanuda a canção.

Como no: Quem ouve sem prestar atenção, acha que é mais uma declaração de amor em forma de música. Mas na verdade é uma canção do tipo “Sai da minha frente, seu safado!”, só que bem racional. Muito boa essa. Como no, como no, como no, Para mis ojos no hay otra mujer, Como no, como no, como no, Amor yo nunca te lastimaré, Sin ti yo, sin ti yo, sin ti yo, Que facil que es decir, Jurabas que sin mi te moririas, Explicame por que sigues aqui

¿Con quién se queda el perro?: Minha música preferida e que dá nome ao disco, a canção conta a história comum a muitos casais na hora da separação. Se a partilha de bens não é nada fácil, imagina só decidir com quem fica o cachorro, uma lembrança latente (desculpe, eu não resisti) daquela relação que não deu certo? A letra é toda boa, mas meus versos preferidos são o refrão: Antes de que echemos las maletas a la calle, Y convertirnos en extraños muy cordiales, Y bajemos el telón, Si tú te vas y yo me voy, ya no hay más remedio, Si tú te vas y yo me voy, esto ya es en serio, Si tú te vas y yo me voy, ¿con quién se queda el perro?; e a ponte: Si quieres llévate el Picasso, que al cabo es una imitación, Y dime quien se queda con los restos de este amor.


¡Corre! – Se você ouvir essa música e ficar com a sensação de que ela TINHA que ser tema de alguma novela, fique tranquilo, ela já o é. A primeira baladinha sofrida do disco embala o casal de La que no podía amar. A música está bombando nos países de língua hispânica e já passou Ai se eu te pego nas paradas. O clipe é bem dramático e conta com a participação dos atores da tal novela. Minha parte preferida é quando canta Tú... El perro de siempre, Los mismos trucos, Ya... Ya me lo sé  e aí aparece uma briga de cachorros.

Gotitas de amor: ALERTA FOFURA!!! Mais do que “Rosas são vermelhas, violetas são azuis”, a dupla consegue fazer uma música inteira (e muito fofa) comparando o cultivo do sentimento amoroso ao crescimento de uma florzinha. Tengo que decirte que te amo, Quiero que florezca nuestro amor, Y crezca esa florecita de tu mano, En la tierrita de tu corazón, Y lluevan gotitas de amor Tem como não amar?

La de la mala suerte: Mais uma baladinha para coleção, é a nova música de trabalho da dupla, com clipe a caminho. Gente, esse ex-namorado dela devia ser o próprio cachorro! Juntando dois e dois, desconfio seriamente que o safado traiu a menina. Sério, acho que essa é a mais sofrida de todas.

Quiero que me quieras: Tipicamente lado B, a música tem ritmo forte, marcada por violão, metais e palminhas atrás. O mais legal da letra é como a segunda parte retoma e complementa elementos da primeira. O refrão é bem chichetudo.

Veneno: Sabe aquela história de “O teu gosto não saiu da minha boca”? Se for de uma terceira pessoa, cuspa fora, porque é veneno!!! Beso sus labios y me saben a ti, Estando con el quiero tu nombre decir, Como resistir si es tanto lo que duele, El veneno de tu amor

Me Voy: Embora seja uma das faixa de despedida do disco, também foi aquela que deu as boas vindas a ele, por ser a primeira música de trabalho do mesmo. A letra conta mais uma relação que não deu certo, compara o ex a lobo mau e manda um breve juridiquês no pré-refrão. Adoro essa música. Prova de que a música pop pode ser bem feita e grudenta ao mesmo tempo. Tem um clipe feito com fãs, e outro oficial do mesmo diretor de Chocolate (não tem nada a ver com a letra, mas é bem maneirinho).

Me quiero enamorar: Depois de descobrir traição, separar, perder o cachorro, xingar e chorar o fim da relação, finalmente Joy está pronta para outra e pensa até em se apaixonar de novo. Quiero que mi corazón intercambie su lugar con el de alguien especial, Quiero despertar, te quiero encontrar y me quiero enamorar. Mais uma pro time das canções fofurinha.

Perfecta: Se escrita há 10 anos, é certeza que tinha entrado na trilha de qualquer versão da Betty, a feia (principalmente a versão mexicana, tendo em vista afinidade dos dois com a Televisa). Adoooro essa música. Fofurinha demais. Ó o refrão como é legal: Cierra los ojos y ve tu belleza interior, No tengas miedo de ser el tesoro que esconde el sol,Y oh, oh, oh...oh, oh, oh, Perfecta te hizo Dios

Una en un milion: ALERTA FOFURA!!! Essa música é muito, muito, muito fofa!!!! Toda a letra é muito legal. Olha: Si te duermes viendo la televisión, Me acuesto a tu lado y nos cubro a los dos, Cuando te esté resfriado lo curo con, Jugo de naranja y doses de amor. No refrão tem a tradicional comparação com comida. No hay, no hay nada mejor, Eres la crema del café, és la cereza del pastel…. No, no hay, mejor sensación, eres el agua de la té, té, té, té, por ti soy una en un milion. Uma delícia de canção. E essa não mata.

Outra nuvem de letrinhas

Também valem a pena: Me llora el cielo, Tú mi poesia: A primeira é puro chororô. E a outra tem o Jesse cantando. Até que ele não faz feio, não. 

Para escutar, basta acessar. As faixas bônus já estão linkadas para o Youtube. Mas tem tudo lá, na verdade.

Extras
Esto es lo que soy: Composta especialmente para a abertura da novela Las tontas no se van al cielo, é óbvio que a música foi baita sucesso. No primeiro capítulo, toca praticamente todo o primeiro CD deles, aliás (sério, a Televisa ama muito eles!!!!). Mas a música é muito legal, e a letra é bem bacana. Adoro esse refrão que ensina os objetos da casa em espanhol.  Lo que quiero es un amor, Que sepa que no soy alfombra ni escalon, Con dignidad y conviccion

Sapo Azul: ALERTA FOFURA!!! Antes de tudo uma explicação: Em espanhol, o Príncipe Encantado, na verdade, é Azul. Se alguém souber por que, me avisa. Mas o que interessa é que essa música sobre a busca pelo Príncipe Azul é uma gracinha. Mi principe azul, no se si eres tu..., El feo, el guapo, el gordo, el flaco, nada de eso es necesrio, Tu... Mi sapo azul.

Por hoje é só. Espero que tenham gostado da intervenção musical da UPP. As músicas de hoje você levam de dever de casa para comentar depois. Até a próxima.

Nossa, nossa, assim você me mata.
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sábado, 25 de fevereiro de 2012

UPP: Pop em dose dupla

A UPP de hoje estreia com um pé nos EUA, o outro no México e os dois cravados no pop. Sim, no total são quatro pés mesmo. Isso porque a personalidade da coluna de hoje, na verdade são duas em uma só: a dupla de irmãos fofurinha Jesse y Joy.

Filhos de pai mexicano e mãe americana (ambos pastores), Jesse y Joy se apaixonaram pela música logo cedo, tocando na igreja (daí a influência da música gospel em sua música. Desconfio eu que o primeiro disco tenha um monte de canções originalmente cristãs).

Um dia gravaram uma demo para a Warner, e em pouco tempo estavam estourando em toda América Latina e subindo no palco do Grammy (local onde os conheci, e apaixonei à primeira vista) para ganhar o prêmio de revelação do ano. No Brasil, são mais conhecidos por emplacarem 2 músicas na trilha de Bela, a feia da Record. 

Com canções melódicas (mas nem por isso menos grudentas), uma influência do gospel, muito talento, e uma habilidade incomum de fazer música com comida, os dois tem tudo para cruzar a fronteira do seu preconceito e invadir o seu player com a língua hispânica.


Para, para, para tudo!!!!!! 
Dupla de irmãos de irmãos, um de cada gênero, 
Cantando música pop, melódica e grudenta...
Peraí, Elisa, isso aí é Sandy e Junior do México!!!!

Pois é, a comparação é inevitável. De fato, o tipo de música feito pelos mexicanos tem tudo para agradar os órfãos da dupla brasileira. E seria uma mentira deslavada dizer que as semelhanças acabam por aí. A trajetória das duas duplas tem muito em comum. Mas também tem muita coisa diferente. Em suma, eu diria que a dupla mexicana é um Sandy e Junior igualmente talentoso, mais discreto, menos bonito e com menos controvérsias na bagagem.

Pensando nisso, continuo a apresentar os personagens da UPP de hoje, ressaltando justamente o que eles têm de igual e o que têm de diferente. Sem preconceito, mas sem esquecer o bom humor. Simbora.

Assim como S&J, a parte feminina da dupla lidera os vocais, e a masculina fica responsável pela parte instrumental (o menino também toca tudo! Ele não arranha não, ele toca!!!). Diferente de S&J, em que a Sandy disse que ia aprender a tocar violão no show do Maracanã e a gente está esperando até hoje, a Joy manda bem na viola, de verdade.

Assim como S&J, é ela quem assina a maioria das letras e ele quem assina a co-produção dos discos também. E diferente de S&J, que, a partir de um momento, o Jr começou a querer cantar quase tudo, tiveram que implorar muito para o Jesse soltar a voz nesse último disco. Ele prefere ficar “à sombra” da irmã, e não vê problema nenhum nisso.

Assim como S&J, metade da dupla usa o “segundo” nome como “artístico” para esconder o primeiro vergonhoso (Em S&J, o Jr é Durval. Em JyJ, a Joy é Tirzah). E assim como S&J, eles têm sobrenome relacionado a atividades rurais (S&J são Lima, JyJ são Huerta). Diferente de S&J, o nome da parte masculina (Jesse) é que vem antes, e ele é o mais velho da dupla.

Assim como S&J, nos programas de TV, fica visível que o mais velho dos dois é a parte mais eloquente da dupla. Diferente de S&J, e é ele que se apodera dos microfones nas entrevistas, e praticamente se apropriou do twitter oficial da dupla (ele é que é chamado de @jesseyjoy), obrigando a irmã mais nova a criar um outro perfil @solamentejoy.

Assim como S&J, eles também tiveram contato com a música desde muito pequenos. Diferente de S&J, só vieram a fazer sucesso mesmo depois de burros velhos. O que faz a gente pular algumas músicas vergonha alheia (Jesse y Joy já começaram com discos autorais), os vídeos no Faustão que fazem a retrospectiva desde criança, a insistência nos boatos de separação (afinal de contas, os dois já entraram nessa sabendo o que queriam, e são muito bem resolvidos com isso), e o fascínio da mídia pela vida pessoal dos dois, que, vamos combinar, não deve ter nada de interessante (o Jesse então é casado, com filhos...). O resultado é um nível de preconceito infinitamente inferior por parte do público e até certo respeito da crítica (eu já falei que eles levaram o Grammy, né?).

Assim como S&J, eles também têm forte apelo com o público juvenil. Já fizeram ponta em filme de qualidade duvidosa (S&J no filme do Didi, eles na versão nacional de HSM – Desafio), e tiveram música na trilha local de filmes estrangeiro (Sandy & Junior em Mulan, etc, Jesse y Joy em Eclipse - sinta-se envergonhado do seu país, o artista nacional escolhido aqui no Brasil foi o Fiuk). Mas nem de longe lembram o estouro da dupla brasileira no final dos anos 90/início dos anos 2000. Diferente de S&J, eles não protagonizaram filme próprio, e nem têm milhares de produtos licenciados (não que eu saiba, pelo menos).

Assim como a S&J, eles também são os queridinhos da TV local de maior audiência no país. Todo ano emplacam música na trilha da novela (acho que eles já tem umas 5) e até gravaram a vinheta de final de ano da emissora (essa vinheta está dando de 10 nas da Globo, aliás). Diferente de S&J, eles não tiveram um seriado só deles, e nem estrelaram novela das seis com trama hippie.

E principalmente, assim como S&J, Jesse y Joy sabem entregar música pop boa, melódica, romântica (e grudenta) com letras acima da média, que contém uma boa dose de poesia e direito até a palavras inesperadas como cláusula!!!. Mas, diferente de S&J, que tinham fixação pela lua, o mar, etc, as metáforas preferidas de JyJ envolvem comida mesmo - e o resultado são CDs tão deliciosos (e fofos) que vai ser impossível você não se apaixonar por eles.

Como essa introdução ficou um pouco maior do que o esperado e como eu disse que o personagem da semana é dupla, a gente continua no próximo bloco, com uma passadinha pela discografia dos dois, no estilo Inútil.

Graças a nossa mãe, a gente pode ter dupla nacionalidade também...

Edit: Na verdade, eles nasceram nos EUA, mas foram criados no México. Globalização é isso aí.
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domingo, 5 de fevereiro de 2012

1, 2, 3, Inútil!

Olha que coisa mais gracinha, gente! O Inútil completando 3 aninhos de vida!

O Inútil é o meu filhote. Nasceu no dia 05/02/2009, fruto de uma relação de muita paixão com a palavra escrita e uma saudade enorme guardada no peito. Mas não pense que ele surgiu assim, depois de uma noite e nada mais. Devem ter sido uns 9 meses de gestação da ideia até a coragem de vir aqui e começar com o primeiro post.

Recentemente, ele completou 150 posts, mas não fiz postagem especial, porque prometi a mim mesma só fazer um post desses novamente quando o blog completasse 200 posts (achei melhor aumentar os espaçamentos de "programas especiais"). O que, fazendo as contas (temos uma média de um post por semana, o ano tem 52 delas), só deve acontecer no início do ano que vem. Aí a gente vê se faz aquela brincadeirinha de escolher os posts preferidos de novo e colocar o nome do povo no telão.

Ao longo desses 3 anos, escrever se tornou muito mais do que um hobby. É uma necessidade. Na verdade, sempre foi. Por isso a criação do blog, aliás. Acontece que o Inútil potencializa essa minha carência pela escrita. E eu realmente fico bem pra baixo quando não consigo escrever pra cá. Porque eu me divirto muito com o blog. É algo que me faz feliz, me completa. Como a maternidade para algumas pessoas, talvez.

(Quem tinha um bichinho Parmalat levanta a mão \o/. Eu tenho o Leopardo e a Girafa...)

Se você ficou traumatizado com a mudança de layouts de todos os grandes portais em 2011, relaxe. Aqui no Inútil, tudo continuará no mesmo lugar. As alterações que tinham pra fazer eu fiz no ano passado mesmo, alguns ajustes no sistema de comentários.

Durante um tempo, pensei realmente em adotar o Disqus, mas tenho muita resistência a ele porque dependendo da capacidade de processamento do PC ou do proxy utilizado, pode acontecer de ele demorar a carregar ou mesmo nem abrir a página de comentários. No mais, o blog é pequeno, acho que não tem necessidade de implantá-lo tão cedo.

E principalmente, a mãe do Inútil sou eu e eu é quem decido como devo criar o meu filho.

O que não quer dizer que eu não ache que ele deva se socializar.

Por isso, fiz aquela enquetezinha ali do lado para descobrir se o sistema de comentários estava dando conta do recado. Graças à denúncia da Roberta, eu descobri que não estava, e voltei para o esquema antigo de liberar os comments pra todo mundo, só que com aquelas letrinhas chatas (desculpa!) para evitar os spammers, mesmo correndo o risco de aparecer um Anônimo desaforado. Ao contrário do Felipe, que adora um barraco no blog dele, acho melhor meu filhote não se misturar com essa gentalha (os Anônimos barraqueiros, não o Felipe).


O Inútil vem cumprindo aquilo que prometeu desde lá o primeiro post há exatos 3 anos: falar de coisas sérias de um jeito descontraído, falar de coisas bobas de um jeito sério e tirar um monte de poeira da memória no meio de tudo isso.

O blog está crescendo aos poucos, conquistando seu público devagar, e sem precisar tomar hormônios, nem vender a alma pra ninguém. Se você quiser promoção pra ganhar presente no aniversário dos outros, é só dar uma passada no Guanabara porque lá está cheio!

(E a outra parte da verdade disso tudo é que eu não tenho nada pra dar, nem criatividade, nem paciência suficientes para esquentar minha cabeça com essas coisas. Parabéns a quem tem, aliás!).

Aniversário Guanabara, ninguém fica parado,
Tem novidade todo dia e promoção pra todo lado

Pois é, isso aqui é o Inútil Nostalgia, acho que as pessoas lêem paradas sim, só tem novidade uma vez por semana, e não rola nenhuma promoção. Sinto muito.

E mesmo não dando nada pra vocês, fico feliz de ver que o blog tem sua parcela de reconhecimento e já virou referência e influência para alguns blogs amigos (principalmente quando o assunto é o tamanho dos posts, rs!).

É muito legal ver que as pessoas têm paciência e disposição para ler os posts gigantescos daqui. E ver elas próprias fazendo mini-posts-gigantescos nos comentários. E depois elas mesmas aumentando a quantidade de caracteres nas próprias postagens “locais” (haha!). Porque mini-posts-gigantescos nos comentários são sinônimo de reflexão. E seu o meu humilde blog fez você tirar um tempinho para puxar uma história da lembrança e colocar um pouco a mão na consciência e elaborar sua própria opinião sobre o assunto, eu me sinto muito honrada, de verdade. Pra mim, isso significa mais sucesso do que 100 seguidores fantasmas.

Esse exercício de refletir para escrever não é exclusivo de vocês. Eu também tenho que botar a mão na consciência e pensar muito antes de postar, para que o argumento fique o menos falho possível. (Não se enganem. Quando eu escrevo, sei muito bem o ponto fraco do texto e fico só me preparando para a réplica nos comentários, caso aconteça - o que, pra falar a verdade, quase não acontece.) Mas, como dizia, ao parar para escrever, percebo que, ao final do texto, EU TAMBÉM acabo com uma ideia muito mais definida e mais ampla sobre o assunto do que no início dele. Penso em hipóteses que não havia pensado antes e às vezes até mudo de opinião sobre a "tese" que pensei em defender. E as contribuições da caixa de comentários acrescentam muito ao debate. Me fazem enxergar um outro lado, por mais que tenha me cercado ao máximo dos "contra-argumentos".

E o mais legal de tudo é ver que os leitores que acompanham o blog lembram imediatamente da mãe dele por conta de alguma idiossincrasia postada aqui e fazem questão de me avisar sobre qualquer novidade relacionada.

É aí que eu vejo como eu estou ficando uma pessoa previsível, rs! Brincadeira! É aí que eu vejo como vocês são mais que leitores: são amigos! E é aí também que eu fico ainda mais feliz de ter “dado à luz” ao Inútil há 3 anos. Porque ele me proporciona conhecer outras pessoas INCRÍVEIS como vocês. Pessoas inteligentes, engraçadas, interessadas e interessantes, e que eu não conheceria se não fosse por intermédio deste simplório meio de comunicação.

Agradeço mais uma vez o carinho de vocês. E a gente se encontra semana que vem nesse mesmo bat-horário, nesse mesmo bat-canal.

Que venham mais muitos posts por aí, e se preparem porque eu acabei de terminar a faculdade, e nessas fases de transição, eu fico mais nostálgica do que nunca.

E vamos aproveitar para escrever idéia, jóia, heróico, anti-social e abusar dos tremas porque esse é o último ano de transição da reforma ortográfica.

Abs,
Lisa
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