tag:blogger.com,1999:blog-40894386118557172422024-03-05T05:29:08.343-03:00Inútil NostalgiaLisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.comBlogger262125tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-23786502015469680622023-09-02T08:32:00.000-03:002023-09-02T08:32:31.558-03:00Uma noite de terror<div style="text-align: justify;">Uma viagem não é uma viagem se não tiver uma cilada, não é mesmo? Pois bem, preciso contar a última que aconteceu ontem porque é engraçado demais pra não contar.<br /><br />Tô eu na minha Eurotrip, e tudo ia bem na parte em que fiquei em Barcelona. A Espanha é um país extremamente organizado. Organizado até demais. Tipo que as pessoas reclamam se você gritar em show. Mas ótima a cidade. Tudo funciona. Nada a reclamar. Daí parti para a minha aventura rumo a Monaco. Peguei o avião para Nice, na França (pois dormir em Monaco é muito caro), tudo direitinho e desembarquei. A França, ao contrário, da Espanha é uma bagunça só.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">A primeira coisa que dá ruim é que você pede um uber no aeroporto e o motorista além de não vir até o local indicado, ainda se acha no direito de falar: "Mas eu te dei todas as instruções", como se você tivesse que saber todos os terminais de cor. Você percebe uma aura de hostilidade e desonestidade pelos cartazes orientando turistas a tomar cuidado com taxistas salafrários que não aceitam qualquer viagem ou não querem ligar o taxímetro (Ê, Brasil!). Pego um táxi. Mostro o endereço da casa que aluguei pro motorista e ele não reconhece. Red flag #1. Ele fala com um amigo que diz onde fica, e me acalma dizendo que é 10 minutos de carro do centro e que é uma região muito calma. Menos mal. Ligo para a dona da casa para dizer que estou chegando, pois já eram 22:00 e precisava me certificar que vou conseguir entrar na casa e ter onde dormir. Pergunto se quando eu chegar lá tem que apertar alguma campainha. A mulher responde: "Não se preocupe, o cachorro vai latir". O que esperar de um lugar que o dono diz que "o cachorro vai latir"? Acho pitoresco, né. Bem Brasil, pra falar a verdade.<br /><br />Quando nos aproximamos do lugar, ele não acha a casa. Embica o carro para um bequinho, procura novamente o número. O cachorro late. É aqui.<br /></div><br /></div><div style="text-align: justify;">A mulher vem me atender. E quando ela começa a contar os (não) atributos da casa, percebo que estou nas primeiras cenas de um filme de terror em que as regras são apresentadas, para então mostrar os protagonistas nas maiores enrascadas.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />- Olá, seja bem-vinda, tudo bom? Você fala espanhol? O cachorro é espanhol, se quiser falar espanhol, ele vai entender.<br /><br />- Haha, legal. Pode falar inglês ou espanhol, pra mim tanto faz.<br /><br />- Então, a pior coisa da casa é o portão. Porque tem um macete pra abrir. Você tem que empurrar assim, desse jeito, senão, não abre.<br /><br />- Tá.<br /><br />- E pra fechar também tem um outro macete, tem que fazer assim. Mas se você não conseguir, pode fechar com esse cadeado de bicicleta. Outra coisa: não pode deixar o portão aberto, senão o cachorro foge. Deixa eu te mostrar a casa.<br /><br />- Ok.<br /><br />- Aqui é a sala, a cozinha, o quarto, o banheiro... A casa é muito ventilada, então você pode deixar as janelas abertas que fica fresquinha. Só não pode abrir essa daqui, porque o cheiro é horrível. Eu crio 50 gatos, aí vai empestiar a casa de cheiro de gato.<br /><br />- Beleza, tem ar condicionado, ventilador?<br /><br />(A casa tem mil lareiras e aquecedores)<br /><br />- Ah não, porque geralmente não faz tanto calor aqui. (É a semana mais quente do ano, está batendo 35 graus na Europa). E a casa é muito fresquinha, é só deixar a janela aberta.<br /><br />- E é seguro aqui?<br /><br />- É sim, muito residencial, todo mundo dorme cedo. Muito tranquilo. Só tem eu, os cachorros, os gatos e as galinhas.<br /><br />- Tá.<br /><br />- A única coisa ruim é que depois entra mosquito pela janela.<br /><br />- Okaaaaay.<br /><br />A casa fede por causa dos gatos. A cozinha é cheia de moscas. Não tem wifi. Não tem televisão. Não tem micro-ondas. Nas redondezas não tem uma loja aberta de noite. Tento deixar a janela aberta, mas fico pensando que a qualquer momento um assassino (ou a própria velha) vai entrar e me matar com uma pá de obra. Com a janela fechada, parece que estou dentro de um forninho. Em certo momento, o cachorro, que tinha achado tão amigável, me encara pelo vidro da porta e rosna. Ele é um sheep dog grandão e só não pula a janela porque não quer. É, mais uma noite aqui não vai rolar.<br /><br />Alugo um outro quarto de hotel para o dia seguinte na hora. Depois de um tempo, tomo coragem e vou dormir no quarto de janela aberta. Quando acordo está tudo bem. Tomo um banho, arrumo minhas coisas e dou no pé antes da velha acordar. O cachorro faz que vai atacar, mas fica de boa. Abro o portão com o macete. Pra fechar, coloco o cadeado de bicicleta. Não deixo o cachorro fugir. Uma legítima saída à francesa. Quando entro no novo hotel, outra parada. Muito chique. Sou bem atendida. A moça da recepção me dá dicas da cidade. E a diária só um pouco mais cara. Deixo as malas lá e vou em direção à estação de trem (5 minutos a pé). Antes de deixar Nice, piso num cocô de cachorro. Eu odeio a França.<br /></div>Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-52216502862748411112022-07-15T23:00:00.002-03:002022-07-16T11:31:05.040-03:00Um Dia: 3a leitura<p style="text-align: justify;">Feliz dia de São Swithin, meus amigos!</p><p style="text-align: justify;">Hoje, 15/07, eu terminei de ler Um Dia pela 3a vez (confesso que dei uma roubada ontem, deixando as últimas 10 páginas pro dia seguinte). Pra quem não sabe Um Dia é um dos meus livros favoritos DA VIDA. E, de vez em quando, eu pego pra ler de novo. E toda vez ele me diz coisas diferentes, me aperta em lugares diferentes, me traz imagens diferentes... Até porque, mesmo sem querer, a cada releitura percebo que marquei mais uns pontos no bingo do tour europeu proposto por Nicholls (na 2a leitura, me situei um pouco melhor depois de ter ido a Londres e a Paris. Agora, reconheci os lugares de Roma. Pelas minhas contas agora só falta a Grécia).</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF4dst5-V7CZY3bulUnaAdfYsO6JovNXE8izdSkkruR-KrzruFpvWrr_wJIEs7vB1-IFLV8ELJOWjPGPLS8liqGOqwpDX-NgPt1YyyISO0woe9PB7QVkG4w28hnd9ZW1_lgEqZzYmy2bob3bGfl4HJ3yV3aDBImPcHRZmSVD8gUTxohmBdIEeXUF__Vw/s4624/20220715_220729.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="4624" data-original-width="3468" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF4dst5-V7CZY3bulUnaAdfYsO6JovNXE8izdSkkruR-KrzruFpvWrr_wJIEs7vB1-IFLV8ELJOWjPGPLS8liqGOqwpDX-NgPt1YyyISO0woe9PB7QVkG4w28hnd9ZW1_lgEqZzYmy2bob3bGfl4HJ3yV3aDBImPcHRZmSVD8gUTxohmBdIEeXUF__Vw/s320/20220715_220729.jpg" width="240" /></a></div><div style="text-align: justify;">E eu sei que o livro tem filme e tudo, mas a cada leitura percebo as semelhanças com outro gênero brasileiríssimo: as novelas do Maneco. Aqueles personagens endinheirados e sem preocupação que passam a vida viajando pela Europa (vide o parágrafo anterior) como quem fosse à, sei lá, Búzios, poderiam muito bem ter sido escritos pelo novelista brasileiro. E se você reparar bem, essas cenas na Europa lembram muito as primeiras fases dessas novelas do tempo em que o real era quase pareado com o dólar e a Globo bancava que parte da equipe passasse uns tempos na Europa, fazendo imagens fabulosas (bons tempos!). (Essa parte de sempre situar sua história ou pelo menos um pedaço delas, aliás, é quase uma marca registrada de Nicholls. Nós tem mais ou menos os mesmos maneirismos. E se você juntar esse com Um Dia e fizer uma comparação com Maneco, verá que as Helenas completaram o bingo muito antes de mim).</div><p></p><p style="text-align: justify;">Mas, como ia dizendo, gosto de reler Um Dia porque é um livro que me traz sensações diferentes a cada releitura. E daí que eu estava numa fase em que percebi que era a própria Emma Morley, cansada de escutar as pessoas dizerem que deveria ir a Paris, foi lá passar um tempo mesmo! (Com a diferença, que, né, Brasil, não dá pra pegar um trem e chegar assim em Paris). Mas, o ponto é que percebi: "É, está na hora de ler esse livro de novo".</p><p style="text-align: justify;">Fora as partes em que passei a reconhecer lugares que não conhecia, de fato, mais uma vez, o livro me trouxe sentimentos diferentes em partes diferentes. Não necessariamente por já ter vivido aquela situação exata, mas por... olha, sei lá, acho que vou ter que levar essas coisas pra terapia. Por exemplo, não chorei nenhuma lágrima no final dessa vez. Mas naquela cena da mãe doente e o Dexter carregando ela pela casa... Putz, acabou comigo. E minha mãe está ótima, só pra constar.</p><p style="text-align: justify;">Outras coisas são bem mais óbvias: mais ou menos na mesma faixa etária, eu e Emma somos ainda mais parecidas do que "há 11 anos". O momento de vida com a vida amorosa pouco movimentada, o momento de carreira cheio de sucesso, a vocação para magistratura e mentoria, o reconhecimento dos mentorados xodozinhos... Até andar de bicicleta e praticar natação! Mas também um pouco da falta de esperança com o mundo. A percepção de que as coisas não são tão simples quanto parecem. O sentimento de que a nossa geração falhou. </p><p style="text-align: justify;">Achei engraçado que dessa vez as referências pop ou tecnológicas quase não fizeram cosquinha em mim. Talvez seja porque o truque anda meio batido nas produções atuais que querem apelar para a nostalgia. Talvez seja porque elas não foram óbvias demais...</p><p style="text-align: justify;">Também foi esquisito perceber que 2007 agora parece um tempo muito distante. E eu mal me recordo da Elisa dessa época, ou do que acontecia no mundo naquele ano. Só sei que certamente ela era muito feliz, embora cheia de dúvidas sobre o futuro (tal qual Emma Morley), e que o mundo não era nem de longe esse lugar sombrio com neonazis no poder, do jeito que está hoje.</p><p style="text-align: justify;">A única coisa que não muda a cada releitura, por incrível que pareça, é o quanto eu aprecio a escrita de Nicholls, especialmente a construção daquele final corajoso, que tem um balanço de vida, sem entregar o que estava por vir. Adoro o significado por trás daquela escolha. Adoro como o escritor é hábil o suficiente para não descambar para o melodrama total e dá um jeito de acabar com final feliz, com direito a beijo e tudo, mesmo depois de tudo. </p><p style="text-align: justify;">Gosto especialmente da poesia da cena da caixa de fotografias, com um flashback de todos os acontecimentos mostrados no livro, sintetizando toda a ideia por trás do livro (como o autor uma vez já contou). As pessoas são como fotografias. Elas podem estar com roupas diferentes, em momentos diferentes, penteados diferentes. Mas elas não mudam totalmente. E você consegue reconhecer pois sua essência permanece a mesma.</p><p style="text-align: justify;">Então, acho que é isso. Acho que, no final, mesmo tendo mudado de endereço, trocado de emprego, e com mais carimbos no passaporte, eu também não mudei tanto assim.</p><p style="text-align: justify;">Vamos ver o que acontece na próxima releitura!</p>Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-29315067801146447022022-04-10T12:02:00.007-03:002022-04-10T12:14:25.831-03:00Um maluco odeia o Cris<p style="text-align: justify;">Em tempos em que cada vez é mais difícil emitir qualquer opinião
sem que antes ela se torne uma polêmica absolutamente desnecessária, há umas
duas semanas, o Oscar nos brindou com uma polêmica DE VERDADE.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não vou mentir pra vocês. Eu não suporto mais esse assunto. Geralmente
eu consigo desviar das brigas usuais da rede do passarinho, porque, ou são discussões
inúteis que escalam para discussões ainda mais inúteis (vide o caso da coitada
da <a href="https://vejasp.abril.com.br/coluna/pop/sorvete-da-baccio-di-latte-polemica-twitter/">menina que só tinha um pai legal e ganhou uns potinhos de Baccio de Latte</a>),
ou são discussões complexas demais para tomar algum partido sem o conhecimento
adequado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas essa daqui eu presenciei ao vivo. E tava me irritando
profundamente ver pessoas sendo extremamente irresponsáveis nos seus comentários,
sem nenhuma razoabilidade. Pela primeira vez na vida, usei a ferramenta de
silenciar palavras no Twitter. Pois estava cansada de tentar embutir algum
discernimento na cabeça de gente que só repercute o discurso “questionador”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas daí eu lembrei que eu ainda tenho um blog. E que eu
costumava discorrer muito bem por aqui sobre esses assuntos polêmicos, sem
incitar a ira de ninguém. Porque é assim que a gente discorre sobre as coisas. Num
texto de 3 páginas. E não num tweet de 280 caracteres.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Pra quem mora numa caverna ou não possui uma TV, segue um resumo
da história:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Will Smith, mega estrela de Hollywood, na noite em que era
favorito a ganhar a estatueta de melhor ator, ao escutar uma piada sem graça envolvendo
o fato de sua esposa ser careca, simplesmente se levantou de seu lugar, arrumou
os botões de seu terno, se dirigiu ao comediante Cris Rock e tacou-lhe um tapão
no meio da fuça do sujeito.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://pbs.twimg.com/media/FO6MIBzXsAQqYxF?format=jpg&name=small" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="680" data-original-width="680" height="400" src="https://pbs.twimg.com/media/FO6MIBzXsAQqYxF?format=jpg&name=small" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Meme devidamente atualizado</td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Todo mundo demorou alguns minutos pra entender que aquilo tinha
acontecido de verdade e não era uma esquete encenada da cerimônia. <i>A mulher
do Will Smith tem alopecia. Cris Rock já tinha feito piada com eles em 2016. Team
Will x Team Cris Rock.</i> As redes sociais estavam em polvorosa e dali até o
final da premiação ninguém prestou atenção em mais nada.<o:p></o:p></p>
<blockquote class="twitter-tweet"><p dir="ltr" lang="en">BREAKING: We can confirm what Andrew Garfield and Zendaya were texting after Will Smith slapped Chris Rock at the <a href="https://twitter.com/hashtag/Oscars?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Oscars</a> <a href="https://t.co/TFZeZeYUoA">pic.twitter.com/TFZeZeYUoA</a></p>— Chris Bendlak (@DonZillaInc) <a href="https://twitter.com/DonZillaInc/status/1508457074501562369?ref_src=twsrc%5Etfw">March 28, 2022</a></blockquote><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mais tarde, Will subiu ao palco para receber seu Oscar, fez
um discurso emocionado em que se fez de vítima e não pediu desculpas para ninguém.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Essa é a parte que É VERDADE MESMO, e não há contestação
porque todo mundo viu.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas nos dias que se seguiram, a imprensa nos bombardeou de
notícias relacionadas, dentre as quais, nem todas parecem ser verdade. Não
porque a imprensa esteja inventando. Mas porque os relações públicas de todas
as partes envolvidas estavam no modo FULL gestão de crise (estilo empresários
da Karol Conká no dia da eliminação dela do BBB21), cada um tentando salvar a
sua pele. Segue a lista então do que descobrimos nos dias seguintes:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. A Academia tentou tirar o corpo fora dizendo que a piada
não estava no script e que Cris Rock tinha improvisado da cabeça dele (altamente
improvável).<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. A Academia tentou tirar Will Smith da cerimônia, mas ele
se recusou a sair (mais uma mentira que logo depois caiu por terra). Segundo
fontes, de fato houve alguma negociação com os empresários do ator com a
polícia, mas o pedido de retirada nunca chegou ao ator.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. Cris Rock se negou a prestar queixa na polícia<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. Cris Rock disse que não sabia que a mulher do Will tinha alopecia
(duvido).<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. Após somente 2 dias, quando viu que o negócio estava
ficando feio para o seu lado, Will Smith soltou um pedido de desculpas pelo seu
ato inconsequente pelo Instagram.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. A Academia prometeu instaurar um processo administrativo
interno para apurar o acontecido e decidir o que ia fazer com Will Smith.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. Will Smith, muito esperto, vendo que ia ser expulso da Academia,
foi mais eficiente e ele mesmo pediu pra sair. O efeito de sair da Academia é
mínimo: a pessoa só nunca mais pode votar nos indicados às premiações.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. Will Smith perde contratos por causa da polêmica.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. A Academia resolve banir Will Smith do Oscar por 10 anos.
O que significa que ele não pode comparecer à festa por 10 anos. Seu Oscar
continua em seu poder.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>. No último golpe de misericórdia da equipe de RP de Will,
eles noticiam que Will Smith vai para a rehab.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dito tudo isso, agora vem os meus dois centavos sobre o
tema:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> <b>1) </b></o:p><span style="text-indent: -18pt;"><b>A Academia é muito incompetente</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não é de hoje que os produtores
do Oscar têm errado a mão nas premiações. A cada ano que passa, as reportagens
de dia seguinte destacam como a audiência fica cada vez menor e como a cerimônia
foi longa e chata. A culpa geralmente recai sobre os coitados dos
apresentadores. Mas, o que pouca gente se lembra é que: TUDO AQUILO LÁ É
ROTEIRIZADO!!!! (*) (Incrivelmente, mesmo nos piores anos, o Oscar continua
ganhando Melhor Roteiro Especial de TV, se não me engano). O que significa que
tirando uma coisa ou outra, todos os apresentadores contam piadas que foram
APROVADAS por um time de produtores, e pelos próprios chefões da Academia. Então,
pra quem tá querendo punição pro Cris Rock, foi mal, mas tem outras pessoas
muito mais responsáveis do que ele nessa história. (E é por isso que a Academia
não vai punir o Cris Rock, porque o Cris Rock FEZ O COMBINADO!!!!).</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">(*) Em pleno 2013, Seth MacFarlane
cantou uma música inteira sobre como as mulheres indicadas a Melhor Atriz já
tinham mostrado os peitos quando interpretavam algum personagem!!!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0px;"><span style="text-indent: -18pt;"><b>2) A piada não era racista, talvez fosse um pouco
de mau gosto, mas o pior de tudo é que ela não era engraçada.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">Pra quem já assiste o Oscar há algum tempo, sabe que algumas piadas são
meio prontas e eles fazem praticamente todo ano: a piada de não conseguir ler o
teleprompter, a parte que eles dão uma sacaneada nos indicados de documentário
porque ninguém conhece eles, a parte em que o apresentador faz algum seguimento
brincando com os seat fillers...</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">Enfim, geralmente piadas inofensivas e na maioria das vezes até meio sem graça
mesmo. A piada de Cris Rock só falava que a mulher do Will poderia estrelar uma
sequência de Até o Limite da Honra, porque a Demi Moore aparece de cabelo raspado
nesse filme. O equivalente a falar que aquele careca gordinho e bigodudo do seu
trabalho parece o Sgto Pincel, com a diferença de que o Sgto Pincel é um
personagem muito mais legal, todo mundo o conhece, e por isso a piada é
engraçada. A mulher pode ter se sentido meio chateada porque não lida muito bem
com a calvície, mas em nenhum momento o cara ofendeu tremendamente sua honra (a
personagem do filme é super badass até. Se parar pra pensar, foi até um elogio).
Só atestou que era careca. Por uma certa ótica, talvez a piada tenha sido um pouco
insensível, mas o principal é que não era engraçada mesmo.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4zmEoPgviS_BcpL8WYaY8vFAg4ENh1NlIeGLChot4x4FWsuPJmBmV08URu7ZOCE1O7m4PPis1tTqJVGCTDq_uLK3aHk5_6TKu5Q_NgopGQP2ntCiziofV7c5mD9rdb7koeYsSV1FkQC4/s448/roberto+guilherme+sargento+pincel.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="448" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4zmEoPgviS_BcpL8WYaY8vFAg4ENh1NlIeGLChot4x4FWsuPJmBmV08URu7ZOCE1O7m4PPis1tTqJVGCTDq_uLK3aHk5_6TKu5Q_NgopGQP2ntCiziofV7c5mD9rdb7koeYsSV1FkQC4/w400-h268/roberto+guilherme+sargento+pincel.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>
<o:p style="text-align: justify;"><b><div><o:p style="text-align: justify;"><b><br /></b></o:p></div>3) </b></o:p><span style="text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b>Will errou. MUITO. FEIO. E não pode ficar impune.</b></span><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><span style="text-align: justify;">Por mais que você ache que a
piada foi imperdoável, acho que todos temos que concordar que Will Smith
errou. Sua atitude foi absolutamente desproporcional e nunca deveria ter
descambado para a violência.</span></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><span style="text-align: justify;">Por mais que ele tivesse se
sentido ofendido (e ele até tem direito de se sentir ofendido), ele poderia ter
lidado com a situação de MILHARES de outras formas. Podia ter ido lá e pegado o
microfone dele, estilo Suzana Vieira/Kanye West, e gritado umas atrocidades. Podia
ter esperado seu Oscar, que certamente viria, e incorporado uma crítica no
discurso. Podia ter soltado uma nota de repúdio depois no Twitter, estilo
Rodrigo Maia. E se ele quisesse muito bater nele e sair ileso dessa, devia ao
menos ter esperado a festa acabar.</span></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><span style="text-align: justify;">Mas bater numa pessoa só porque
ela fez uma piada sem graça na frente de BILHÕES de pessoas? Foi um mau exemplo
ENORME!!!!!! E ele PRECISA lidar com as consequências agora. NÃO DÁ PRA DEIXAR
ESSA PASSAR, foi mal. Não pun-lo é dizer que outras pessoas podem sair estapeando
outras ao vivo no Oscar também. Não puni-lo é dizer que a violência, quando bem
justificada, é aceitável.</span></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><span style="text-align: justify;">Querendo ou não, Will Smith estava
no ambiente de trabalho, e tá cansado de saber que, além de bater em pessoas
ser errado, bater em pessoas no ambiente de trabalho (sem estar atuando) é MUITO
ERRADO. Em qualquer lugar isso é demissão na hora.</span></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><span style="text-align: justify;">É por isso que tanto no esporte,
quanto no BBB, é motivo de expulsão. Me admira não terem arrancado ele de lá no
meio da cerimônia mesmo.</span></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><span style="text-align: justify;">No final, acho que está sofrendo
as consequências justas: sair da Academia, banir da festa do Oscar, perder uns
contratos... Pra quem tá achando que a carreira dele acabou, não sejam ingênuos.
Ele vai passar um tempo na geladeira, mas vai dar uma entrevista chorando na
Oprah e depois vai voltar. Will Smith tem muito carisma. Seria realmente injusto
o cara ter toda a carreira arruinada por causa de um tapa. Mas que vai sofrer
um tempinho, vai sim.</span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div><b>4) A militância em questão de afinidade cega as pessoas</b></div><div><b><br /></b></div><div>Quando começaram a sair as notícias de que Will ia sofrer alguma consequência por ter dado um tapa em ambiente de trabalho na frente de bilhões de espectadores, algumas pessoas já começaram a trazer à tona alguns outros casos de celebridades brancas que também tinham se envolvido em polêmicas e estão aí alegremente até hoje. E bom, realmente existem casos de gente branca que faz coisa muito pior do que dar um tapa na outra e tá por aí de bobeira.</div><div><br /></div><div>Mas para cada velho branco escroto que sai impune, tem muitos outros que, graças a Deus e ao movimento Me Too em 2018, se ferraram também. No contexto Oscar, Roman Polanski e Harley Weinsen foram expulsos da Academia recentemente. Em 2006, Zidane estava com a mão na taça de Melhor Jogador da Copa, encerrando a carreira, e deu uma cabeçada no italiano em plena final, depois do cara ter falado umas gracinhas sobre sua irmã (situação bem parecida com a de Will Smith), e, obviamente não levou o prêmio (foi a primeira vez na história que um zagueiro ganhou Melhor da Copa!). Mel Gibson deu umas declarações antissemitas e passou ANOS sem produzir um filme. A carreira do Kevin Spacey acabou. A Globo demitiu o José Mayer. A Nike descontinuou o contrato com o Neymar. Você só está vendo o Army Hammer em exibição nos cinemas esse mês porque Morte no Nilo ia sair em 2020 (!!!) e foi adiado por causa da pandemia. E o estúdio fez DE TUDO pra esconder ele nos pôsteres e na divulgação do filme depois que saíram notícias de que ele era canibal (pra esse aí acho que é fim da linha também).</div><div> </div><div>É preciso salientar que algumas polêmicas são mais complexas que outras e demandam muita investigação e de fato julgamento no tribunal para gente saber onde a verdade está. Cancelar uma pessoa por causa de um boato algumas vezes pode causar danos irreversíveis na vida de alguém inocente. E outra coisa é que as marcas e os contratantes na verdade só querem ter seu nome longe de polêmicas. Não é racismo: são negócios!</div><div><br /></div><div>Veja bem: o racismo EXISTE! Mas não justifica todas as situações, como muita gente gosta de bradar. Um cara com a popularidade do calibre do Will Smith está acima de qualquer questão racial. E o caso dele não tem nem discussão: FOI FLAGRANTE!!!! BILHÕES DE PESSOAS VIRAM! AO VIVO!!! Não tem como ele não sofrer punições pesadas!!!</div><div><br /></div><div>E como eu disse, ele vai passar um tempo na geladeira, mas vai voltar. Parem de brigar por causa disso.</div><div><br /></div><div><div><b>5) As pessoas são hipócritas pra caraca</b></div><div><b><br /></b></div><div>Aí bastou essa polêmica toda pra galera do “tem que acabar o humor das piadas ácidas” começar a encher o saco. E, se você parar pra observar, são as mesmas pessoas que todo ano reclamam e pedem Ricky Gervais no Oscar. Ora bolas! Vocês precisam decidir o que vocês querem!!!! Ano passado tavam azucrinando que o BBB tava pesado demais, crucificaram a Karol Conká (não sem razão), reclamaram que só colocam gente com ficha na polícia pra dar audiência... Esse ano, na primeira semana do BBB22, não faltou gente saudosista: <i>BBB bom era aquele da Mamacita, viu! A essa hora ela já tinha ido lá no quarto e falado que o Lucas não podia almoçar com o resto das pessoas! Karol Conká Rainha, o resto nadinha...</i> E quanto mais o elenco desse ano se provava uma trupe avessa às tretas, mais a audiência reclamava: <i>Onde já se viu um BBB em que as pessoas não querem brigar??? Boninho, faça alguma coisa!!!</i></div><div><br /></div><div>Então, veja bem, as pessoas veem o BBB pra assistir outras pessoas brigando. Só que historicamente as pessoas que arrumam grandes confusões são logo eliminadas!!!!</div><div><br /></div>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/aXV_avu-ZOg" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div style="text-align: center;"><i>Simplesmente a melhor de todas</i></div><div><br /></div><div>Ano que vem, vão pegar um apresentador bem chapa branca, ou deixar sem apresentador mesmo o Oscar, daí vocês vão falar: <i>Caraca, tinha que ter chamado era o Cris Rock, viu! Pelo menos a essa hora já tinha umas 10 piadas constrangedoras e a gente tava com medo de ele apanhar mais uma vez.</i></div><div><br /></div></div><div><div><b>6)<span style="white-space: pre;"> </span>A gente não pode deixar de brincar, só porque alguém se sente ofendido</b> </div><div><br /></div><div>Essa daqui entra dia, sai dia, eu reforço porque não é possível que a gente viva num mundo tão sem razoabilidade. As pessoas cada dia que passa se sentem mais e mais ofendidas por coisas cada vez menos ofensivas. É uma hiperleitura daquilo que é escrito ou dito que está INSUPORTÁVEL!!!!! Sério, gente, vocês tão precisando de uma louça pra lavar.</div><div><br /></div>
<blockquote class="twitter-tweet"><p dir="ltr" lang="ht">digital blackface <a href="https://t.co/0IOPA2P69e">pic.twitter.com/0IOPA2P69e</a></p>— Braindead Bird App (@tragicbirdapp) <a href="https://twitter.com/tragicbirdapp/status/1505866078420975622?ref_src=twsrc%5Etfw">March 21, 2022</a></blockquote> <script async="" charset="utf-8" src="https://platform.twitter.com/widgets.js"></script>
<div><br /></div><div>Existe um problema grave de interpretação de texto e uma pré-disposição a encontrar polêmicas em situações cotidianas, que ignoram a existência de qualquer nuance. Não há boa vontade em de fato ENTENDER aquilo que o outro está querendo dizer.</div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://media.hugogloss.uol.com.br/uploads/2021/06/fotojet-2-8.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://media.hugogloss.uol.com.br/uploads/2021/06/fotojet-2-8.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Esse é outro injustiçado, coitado. As pessoas perderam muito a noção.</i></td></tr></tbody></table><div><br /></div><div>E isso é ruim PRA CARACA. Porque a gente deixa de crescer, se para de escutar o outro lado. <a href="https://www.uol.com.br/splash/colunas/mauricio-stycer/2020/07/27/era-so-o-que-faltava-cancelaram-a-paola-carosella.htm">Muitas vezes você vê gente pedindo desculpa por atestar o óbvio</a>. E se ela não pedir, ganha a pecha daquilo que foi acusada injustamente e pronto. (O moço do Diabo Veste Prada, com medo do cancelamento, <a href="https://glamour.globo.com/lifestyle/noticia/2021/06/adrian-grenier-admite-que-nate-era-o-verdadeiro-vilao-de-o-diabo-veste-prada.ghtml">tava concordando com os absurdos que as pessoas começaram a falar do personagem dele</a>. Simplesmente, PAREM!!!!)</div><div><br /></div><div>E se tá assim nas coisas mais estúpidas, aí fica difícil pro comediante mesmo, porque, fora a comédia física, o humor é ESSENCIALMENTE dependente da interpretação de texto e da boa vontade e conhecimento de mundo do receptor da piada. (Repara na quantidade de tirinhas que tem num livro de português, ou na prova do ENEM. Humor é teste de interpretação de texto NA VEIA!)</div><div><br /></div><div>Quer dizer que o comediante pode fazer graça com tudo? Bom, depende. Tem um vídeo muito legal do Gregório Duvivier com um humorista português em que eles discutem exatamente isso, e ele conta a seguinte piada:</div><div><br /></div>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/vTw4PM5U9W8?start=1511" title="YouTube video player" width="560"></iframe>
<div><br /></div><div>Ironicamente, o cara começa comentando uma outra piada do Cris Rock. Mas a piada que eu queria que vocês ouvissem mesmo começa em 27:00. A discussão é muito boa, de verdade. Vale a pena ver o vídeo. E é bem rápido, no minuto 30 eles já mudaram de assunto.</div><div><br /></div><div>E aí? É ofensiva? Tem um tema espinhoso sim. Mas, a graça não está no machismo em si, mas na situação estúpida que está sendo contada. (*)</div><div><span style="font-size: x-small;">(*) Da mesma forma que a piada de 2016 sobre o casal Smith não é ofensiva porque diz que eles não foram convidados para a festa. Eles de fato não foram. Mas tem uma misoginia embutida ali no finalzinho sobre a calcinha da Rihanna, que não tinha nem nada a ver com a história que, putz, totalmente desnecessária.</span></div><div><br /></div><div>Percebe a nuance? E a gente tem que aceitar que as pessoas e situações são complexas, e que, naturalmente, isso vai exigir que a gente observe as diversas camadas de cinza para temas que a maioria só enxerga “preto e branco”. Não dá pra colocar uma regra pra tudo. Não dá pra proibir todas as brincadeiras.</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://noset.com.br/wp-content/uploads/2016/07/fifty-shades-of-grey-wallpaper-48753-50374-hd-wallpapers.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://noset.com.br/wp-content/uploads/2016/07/fifty-shades-of-grey-wallpaper-48753-50374-hd-wallpapers.jpg" width="400" /></a></div><div><br /></div><div>Além disso, as pessoas são seres humanos, e, por mais bem intencionadas que elas sejam, elas VÃO COMETER ERROS!!!!!</div><div><br /></div><div>E ok, a gente pode e deve continuar brincando, a gente pode e deve tentar ficar de boa com as situações e a gente pode e deve dizer pro outro que não gostou da brincadeira quando aquilo de fato te ferir, mesmo sabendo que não teve a intenção. Daí o outro pede desculpa, para de fazer a gracinha e pronto, vida que segue.</div><div><br /></div><div>É claro que vão ter situações que a gente não pode mais aceitar mesmo e são CRIME. Mas na maioria das vezes vão ser mal entendidos, ou situações cinzentas que vão precisar na nossa boa vontade pra seguir em frente.</div><div><br /></div><div><a href="https://inutilnostalgia.blogspot.com/2020/11/a-cena-do-celeiro.html">E a gente realmente precisa querer ficar de boa, galera</a>. Senão, ou a nossa vida vai virar o inferno da TL do Twitter ou o tédio do BBB do Amor. E ninguém quer uma coisa nem outra.</div><div><br /></div><div>Imagina um Oscar sem zoar o fato do Leo DiCaprio só pegar novinha? Imagina não brincar com os colegas de trabalho na hora do café? Imagina viver num mundo sem nenhuma leveza? Não tem a menor condição.</div><div><br /></div><div>E eu sei que vocês são melhores do isso. Vocês conseguem. É só querer.</div><div><br /></div><div>Agora o que eu quero mesmo é um especial Will x Cris na Oprah, com os dois terminando o programa vestindo essa camisa aqui, pra enterrar esse assunto de vez. </div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://s2.glbimg.com/5Doxt0Iae3wqSQ_Jx8KgnzCLsXA=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2016/06/20/nivea.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="723" data-original-width="593" height="400" src="http://s2.glbimg.com/5Doxt0Iae3wqSQ_Jx8KgnzCLsXA=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2016/06/20/nivea.png" width="328" /></a></div></div><div><br /></div><div>Tudo vai ficar bem, acreditem.</div></div></div></div>Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-28811307229336150032021-08-21T11:57:00.004-03:002021-08-22T16:21:56.609-03:00Mônaco: Geografia, Diário da Princesa da vida real e Teste de DNA do Ratinho<p style="text-align: justify;">Ah, as férias! Esse período do ano abençoado por Deus e concedido por Getúlio Vargas permite que o ser humano se desligue da realidade do trabalho e aproveite seus momentos de lazer para fazer aquilo que mais gosta! No meu caso, essa atividade seria viajar pra um país bem distante, mas na impossibilidade de bater perna em outro lugar, também fico extremamente satisfeita depois de um dia de pesquisa obsessiva na internet.</p><p style="text-align: justify;">Pois bem, daí que estava aproveitando o meu ócio e resolvi verificar a extensão territorial de Monaco (juro pra você que tem uma razão pra isso). Só que aí Wikipedia e Google são um buraco negro, e, quando você vê, está totalmente investido em curiosidades sobre esse principado que serviu de inspiração para Genovia (pronto, taí a razão).</p><p style="text-align: justify;">E daí que tem umas coisas muito interessantes mesmo que, como eu tô com tempo, resolvi compartilhar o conhecimento com vocês, porque esse tipo de curiosidade é muito útil quando você tá sem assunto, participando de um quiz show pra ganhar 1 milhão de reais ou em dúvida se é possível que um dia alguém bata na sua porta te contando que você é herdeira de um pequeno principado europeu (spoiler alert: totalmente possível, mas aí você vai ter que ler até o final pra entender!).</p><p style="text-align: justify;">Vamos começar com um pouco de geografia:</p><p style="text-align: justify;"><b>1. Monaco só tem 2 Km²</b></p><p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a3/Monaco-CIA_WFB_Map.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="355" data-original-width="330" height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a3/Monaco-CIA_WFB_Map.png" width="297" /></a></b></div><p></p><p style="text-align: justify;">Eu sempre achei que essa descrição de Genovia nos livros era exagero, mas, aparentemente, NÃO É NÃO! Gente, plmdds, 2 Km² são 5 ruas! A título de comparação, a cidade onde cresci, Nilópolis, é o menor município do Rio de Janeiro e tem 19 mil Km²! Com essa extensão minúscula, Monaco é o 2º menor país do mundo (só perde pro Vaticano, que também é basicamente só a Praça São Pedro) e, com 30.000 habitantes, é o país com a maior densidade demográfica do planeta (Nilópolis é o município com a maior densidade demográfica do Brasil também!).</p><p style="text-align: justify;">Essa pequena extensão traz consequências como a maratona de Monaco ser a única que começa lá passa pela França, pela Italia, e depois volta. O que faz sentido, pois a maratona tem 42 Km, e se fosse pra ficar só ali, iam ser <strike>42 voltas</strike> 7 voltas e os atletas provavelmente iam ficar tontos na metade da prova.</p><p style="text-align: justify;">Outra curiosidade é que pra aumentar o território, eles fazem projetos de aterramento do mar!!!! O último projeto eles usaram pra fazer um conjunto habitacional (muito doido!).</p><p style="text-align: justify;"><b><br /></b></p><p style="text-align: justify;"><b>2. Tem pobre em Monaco?</b></p><p style="text-align: justify;">Essa pergunta realmente aparece como sugestão no Google, quando você procura sobre o país.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQn89_WSEDk1L9mrqcWd3zLa1x0UT8oBplh3bM9qD67i1lrvwqjBW1NOxiEOjM9Sn-ywDdocbA20684ZSTCQ6tretZUufJOBVSAY2oAXAqmDbG13ryK7J67gulrizuGXyIXnVdp1Kws9a5/s634/pobreMonaco.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="634" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQn89_WSEDk1L9mrqcWd3zLa1x0UT8oBplh3bM9qD67i1lrvwqjBW1NOxiEOjM9Sn-ywDdocbA20684ZSTCQ6tretZUufJOBVSAY2oAXAqmDbG13ryK7J67gulrizuGXyIXnVdp1Kws9a5/s320/pobreMonaco.JPG" width="320" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;">E a resposta é “Não!”.</p><p style="text-align: justify;">Com um IDH de 1,074 (considerado muito alto*), Monaco tem um índice de pobreza baixíssimo. Seus habitantes não pagam imposto de renda (assim como Genovia) e a carga tributária das empresas também é baixíssima, o que torna Monaco um paraíso fiscal e explica sua população milionária que em sua maioria nem é de lá.</p><p style="text-align: justify;">A economia é baseada em turismo (também como Genovia), cassinos, serviços financeiros (paraíso fiscal, lembra?) e limpeza de lixo eletrônico (inclusive do Brasil!).</p><p style="text-align: justify;">Por razões óbvias, o agronegócio não tem vez por lá, então, a parte das azeitonas e das peras é um completo delírio coletivo (onde vai plantar essas coisas, gente?).</p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">*Nilópolis tem um IDH de 0,753, que não é tão alto, mas também é bom.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><b>3. Cassinos</b></p><p style="text-align: justify;">Você já deve ter ouvido falar dos cassinos de Monte Carlo (um distrito de Monaco)*. Pois bem, aparentemente, depois de uma crise financeira, um governante falou que a economia de Monaco deveria ser outra fonte de renda. Daí ele passou a investir em cassinos. Só que tem um detalhe: os cassinos são só pra turistas, os moradores de Monaco não podem jogar! Na lógica dele, os moradores não podem perder o dinheiro em jogo pra depois o governo acudir (errado ele não tá!). Outra coisa legal é que a empresa que controla os cassinos tem como acionistas: a família real, o governo de Monaco e O POVO! Imagina tu receber dividendos do cassino sem fazer nada? Muito melhor que apostar!</p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">*Como um lugar com 2 Km² ainda se subdivide em distritos ainda é um mistério pra mim.</span></p><p style="text-align: justify;">Estamos chegando na minha parte favorita: fofocas históricas. Onde a arte imita a vida, e de vez em quando, a vida prega uma peça na gente e também imita a arte.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b>4. Lendas e Maldições</b></p><p style="text-align: justify;">Pois bem. Se você se diverte com as lendas de Rosagunde, Alboin, Amelie e cia, vai gostar da lenda de fundação de Monaco (porque qualquer país europeu que remonte à época da idade média tem que ter uma lenda pra chamar de sua).</p><p style="text-align: justify;">Reza a lenda que o surgimento de Monaco se deu quando Francesco Grimaldi armou um plano para invadir o castelo que estava ocupado por inimigos, se vestindo de FRADE, matando os primeiros guardas e deixando o caminho livre pro restante do exército adentrar o castelo. Aparentemente, o fantasma de Francesco ainda ronda pelo castelo até hoje (é muito sensacional).</p><p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.hisour.com/wp-content/uploads/2017/08/Giovanni-Francesco-Grimaldi.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="588" height="320" src="https://www.hisour.com/wp-content/uploads/2017/08/Giovanni-Francesco-Grimaldi.jpg" width="235" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: x-small;">Tio da Amelie, é você?</span></i></td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;">Da atualidade, dizem também que existe uma maldição sobre os Grimaldi, pois a Grace Kelly morreu num acidente de carro e depois o marido da filha dela morreu num acidente de jetski. Tem gente que diz que a maldição ainda está se manifestando sobre o Príncipe Albert (falaremos daqui a pouco) de outra forma, mas pra mim o que está acontecendo com ele tem outro nome.</p><p style="text-align: justify;">E já que estamos falando de família real...</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b>5. Princesa Charlotte, a primeira princesa ilegítima</b></p><p style="text-align: justify;">Ok, agora as coisas começam a ficar muito legais mesmo. No início do século, o príncipe Louis II já tinha lá seus 50 anos e não tinha casado, correndo o risco de a sucessão ficar com uma parte distante e alemã da família (isso logo ali depois do fim da 1ª GM, realmente não ia prestar). Só que durante uma ida a Paris, ele conheceu Marie Juliette Louvet, que cantava nos cabarés do Montmartre (sim a região do Moulin Rouge mesmo) e... se apaixonou perdidamente (diz até que queria casar com a mulher). Desse relacionamento nasceu Charlotte, a primeira princesa ilegítima. Normalmente, a menina não ia herdar nada, mas como o cara não tinha outros filhos e eles estavam com medo do trono ir parar nas mãos do primo quase alemão (tão reconhecendo essa história de algum lugar?), rolou toda uma mobilização pra mudar a lei pra menina assumir o trono depois. De primeira a lei não era válida, daí depois fizeram um outro tratado com a França pra mudar uma outra coisa, e acabou que o pai adotou a própria filha e em seguida ela pode se tornar a herdeira.</p><p style="text-align: justify;">Pois bem. Charlotte casou com um conde, que depois herdou o nome dela. Tiveram 2 filhos (Rainier III e Antoniette), mas o casamento não durou muito, pois aparentemente o conde era gay. Charlotte largou ele e foi morar com o amante italiano, que era médico dela. 3 anos depois o pai de Charlotte pediu pra ela se divorciar de verdade porque a situação já estava ridícula. Como qualquer criança que vivia na liberdade e depois caiu nessa armadilha de família real, Charlotte passou então a contar os dias para o aniversário de 21 anos de seu filho, para então assinar sua alforria dessa palhaçada toda. E assim o fez. Quando Rainier fez 21 anos, ela abdicou, e ele virou o herdeiro oficial. Ela foi morar bem longe num castelo na França com um outro amante francês, que por acaso era ex-ladrão. Não satisfeita ainda transformou o castelo num centro de reabilitação para ex-presidiários. </p><p style="text-align: justify;">Fiquei muito fã de Charlotte, essa era da pá virada mesmo. A realeza pirava. Cadê a Netflix pra fazer The Crown versão Monaco???? Muito mais babado que a britânica, e eu nem contei a melhor parte ainda!!!!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b>5. Príncipe Albert, o príncipe que talvez possa ser seu pai</b></p><p style="text-align: justify;">Então, esse Rainier casou com a Grace Kelly (sim, a atriz de Janela Indiscreta do Hitchcock) e teve 3 filhos (Caroline, Albert e Stephanie). Vamos pular toda a parte da Grace Kelly, porque não tem graça nenhuma. Foco no Albert! E aqui realmente as coisas ficam muito engraçadas.</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://img.r7.com/images/albert-monaco-19032020121258087?dimensions=660x360" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="660" height="174" src="https://img.r7.com/images/albert-monaco-19032020121258087?dimensions=660x360" width="320" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;">Abert é um bon-vivant. Esse careca sem vergonha, aos quase 50 anos também já preocupava seus parentes pois ainda não tinha arrumado uma esposa, apesar de engatar vários casos com modelos (essa descrição te lembrou alguém? Se sim, tudo bem, foi proposital mesmo. Mas guenta aí, que o que vem depois é pura ironia do destino). </p><p style="text-align: justify;">Lá em meados dos anos 2000 (2003 - 2006), eis que descobrem que Albert tem um filho perdido com uma aeromoça com quem manteve um caso de 5 anos.* Ele faz o DNA e assume a paternidade. Até aí tudo bem. O que você não iria esperar era que nessa de futucar a história desse filho perdido, a imprensa achou OUTRA CRIANÇA! (<b>Atenção agora!</b>)</p><p style="text-align: justify;">Jazmin, 14 anos, morava nos EUA, e estava sendo criada fora dos holofotes pois a mãe achou melhor ela ser criada fora da realeza. Eles planejavam apresentar a menina à sociedade só quando ela fizesse 18 anos.*</p><p style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="giphy-embed" frameborder="0" height="250" src="https://giphy.com/embed/NYeRpsqIITFyo" width="480"></iframe></p><p><a href="https://giphy.com/gifs/anne-hathaway-shut-up-the-princess-diaries-NYeRpsqIITFyo">via GIPHY</a></p>
Para tudo! Tá de sacanagem! Isso é o Diário da Princesa da vida real! Para tudo que que quero descer!!!!!!!! É muito ironia do destino! <p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">* Meg que não é boba nem nada, incorporou essa história dos filhos perdidos do príncipe de Monaco em algumas linhas durante a série como uma piscadela do tipo “quem pegar, pegou”. Não satisfeita, depois escreveu um <a href="https://inutilnostalgia.blogspot.com/2015/10/17-outra-vez-ou-nao.html">livro todinho sobre</a>.</span></p><p style="text-align: justify;">Aparentemente, Jazmin é fruto de um relacionamento de verão, quando a mãe dela foi passar férias em Monaco e...</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://data.whicdn.com/images/153284090/original.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="211" data-original-width="488" height="211" src="https://data.whicdn.com/images/153284090/original.gif" width="488" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;">A mulher voltou pra California grávida, ele pediu pra abortar, ela disse que ia criar a criança sozinha, ele sumiu, um dia ele foi visitar e ela falou: "Tá vendo esse neném? É teu filho, safado!". Ele aparentemente assumiu a criança, e aí é O Diário da Princesa da vida real q eu já falei.</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/BB1c34NT.img?h=552&w=750&m=6&q=60&u=t&o=f&l=f&x=1143&y=357" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="422" data-original-width="750" height="180" src="https://img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/BB1c34NT.img?h=552&w=750&m=6&q=60&u=t&o=f&l=f&x=1143&y=357" width="320" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;">A título de curiosidade, Jazmin se formou em teatro e relações internacionais com ênfase em questões humanitárias numa faculdade não muito famosa de NY (não é Sarah Lawrence), e agora, além de se dedicar à filantropia, persegue também a carreira de atriz e cantora. A menina recentemente apareceu como <a href="https://histoiresroyales.fr/jazmin-grace-grimaldi-figurante-serie-mme-maisel-femme-fabuleuse-amazon-prime/">figurante na 3a temporada de Mrs. Masel</a> e tem umas <a href="https://open.spotify.com/artist/3K2RtawbAJxgw18Fm88ecG">músicas pra escutar no Spotify</a>, a quem possa interessar.</p><p style="text-align: justify;">Achou que tinha acabado??? Nada disso! Agora senta que vem A MELHOR PARTE DE TODAS!</p><p style="text-align: justify;">Eis que no ano passado, Albert já estava casado, com duas crianças legítimas dentro do casamento, todo feliz, e... APARECE MAIS UMA FILHA PERDIDA DE 15 ANOS ALEGANDO QUE ELE É O PAI!!!!!</p><p style="text-align: justify;"><i>Ah, não, gente, por favor! Assim não dá! 3 crianças perdidas? Esse cara não nunca ouviu falar em camisinha não? Assim não tem condição! Quantos filhos ainda estarão perdidos por aí? Esse cara é tipo o Catra da Família Real! E a maior ironia é que as crianças aparecem tudo com 15 anos. Eu não consigo manter a compostura com uma história dessas. Sabe aquele meme de que a gente está esperando a nossa avó nos contar que somos herdeiras de um pequeno principado europeu? Sem brincadeira, as possibilidades de isso acontecer são maiores do que parece porque...</i></p><p style="text-align: justify;">A FILHA DE 15 ANOS É BRASILEIRAAAAAAAA!!!!!!!!</p>
<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="giphy-embed" frameborder="0" height="270" src="https://giphy.com/embed/S9i8jJxTvAKVHVMvvW" width="480"></iframe></div><p style="text-align: center;"><a href="https://giphy.com/gifs/parksandrec-parks-and-recreation-rec-peacocktv-S9i8jJxTvAKVHVMvvW">via GIPHY</a></p><p style="text-align: justify;">Aí eu perdi tudo, realmente. Eu achava que a história não tinha como ficar pior (ou melhor!), mas a mãe da menina agora tá dando entrevista direto pra Record, e, olha, é MUITO MAIS ABSURDA do que as outras. É praticamente um episódio do Casos de Família misturado com Ratinho.</p>
<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="giphy-embed" frameborder="0" height="480" src="https://giphy.com/embed/fdIFR52nLEJxLzc3tz" width="480"></iframe></div><p><a href="https://giphy.com/gifs/sbtonline-sbt-online-fdIFR52nLEJxLzc3tz">via GIPHY</a></p>
<p style="text-align: justify;">Segundo a mãe da criança, ela e o príncipe se conheceram numa discoteca famosa em Copacabana, e eles viveram um...affair de verão. Ele a levou pra viajar, fizeram um tour pela Europa. Eles foram à Monaco, inclusive. Coisa de conto de fadas. Só que...ele não contou pra ela que era príncipe!!!!!</p><p style="text-align: justify;">Voltando pro Brasil, ela descobre que estava grávida, ele pede pra abortar, ela decide ter o neném sozinha, ele some (mesma ladainha). Ela tenta achar o cara na internet esses anos todos, mas não consegue, pois ele tinha dado pra ela um NOME FALSO! Daí que um dia ela estava com os amigos, um deles de Monaco, ela diz que já foi lá com o pai da criança. O cara fala de zoação (igualzinho eu acabei de fazer nas linhas acima): "Imagina só se o pai é o príncipe de Monaco, hein!". Ela procura "Príncipe de Monaco" no Google e pronto, ERA ELE MESMO!!!!!!</p><p style="text-align: justify;">(Fala sério, essa da brasileira realmente superou todas!)</p><p></p><p style="text-align: justify;"></p>Daí agora ela tá acionando a justiça pra fazer DNA (Ratinhooooo!) e dizendo que aceita abdicar de qualquer dinheiro só pra menina conhecer o pai (MULHER, TOME TENÊNCIA, ESSE HOMEM É RICO! ATENTE PARA O FUTURO DA SUA FILHA! NADA DISSO DE ABDICAR DE HERANÇA NENHUMA NÃO!).<p></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://static.sbt.com.br/media/playlist/20130522111511/20150223155014/20180124101606.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="480" height="270" src="http://static.sbt.com.br/media/playlist/20130522111511/20150223155014/20180124101606.gif" width="480" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar da manobra da época da Princesa Charlotte, por causa de uma lei aprovada pelo Príncipe Rainier só as crianças legítimas podem herdar o trono (aparentemente ele já devia antever que o filho não tinha qualquer noção de métodos contraceptivos). Então todas essas crianças perdidas tem direito à herança, mas não viram príncipes ou princesas de fato. Ou seja, O MELHOR DOS MUNDOS!!!! Você pode frequentar o palácio pra visitar seu pai, usufruir de toda a riqueza (tá legal, não toda, mas seu pai é rico, vai te dar uma mesada boa, ainda mais depois da culpa de não ter sido um pai presente durante toda a sua infância) e não precisa cumprir nenhum protocolo, nem se preocupar com o futuro da nação, acordos, tratados, economia, nada disso! Só vantagens! Muito melhor do que ser filho legítimo!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://gentefamosa.com/wp-content/uploads/2021/08/meghan-markle-prince-harry-5-950x500.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="421" data-original-width="800" height="168" src="https://gentefamosa.com/wp-content/uploads/2021/08/meghan-markle-prince-harry-5-950x500.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Princípe Harry chora vendo como essas crianças perdidas se deram bem</span></td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;">Então, é isso pessoal. Espero que esse post tenha sido edificante pra vocês (pelo menos a primeira parte eu sei que foi). Ficamos aí no aguardo do desfecho desse teste de DNA e que a Netflix compre os direitos pra produzir esse spin-off de The Crown. E fica aí a dica se você não conhecer o seu pai. Vai que, né!</p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Obs. Apesar da mulher do príncipe ser ex-nadadora do Zimbabue, Monaco não tem nenhuma medalha olímpica nas olimpíadas de verão. Ironicamente, tem uma das olimpíadas de inverno. (O príncipe já jogou futebol e fez bobsled tb).</span></p>Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-18418128820628532162021-03-04T23:57:00.001-03:002021-03-04T23:57:57.486-03:00De repente 31<p style="text-align: justify;">Nunca comemorar aniversário foi tão literal. Mais um ano de vida. Numa pandemia com milhares de mortos todos os dias, completar mais 365 dias vivo realmente é uma conquista.</p><p style="text-align: justify;">Agora em março estamos fazendo 1 ano de pandemia. 1 ano de isolamento social. 1 ano de álcool em gel na mão e sair só tomando todos os cuidados. 1 ano de homeoffice, videoconferência e "seu microfone tá no mudo". Temos vacina. Mas não temos. E eu já tô provisionando essa rotina até 2023.</p><p style="text-align: justify;">Ironicamente, o último evento antes do "fim do mundo" foi o meu aniversário. E eu fico feliz de ter podido comemorar me divertindo a vera com meus amigos no karaokê. Já sabíamos que o negócio tava ruim e foi por pouco que o evento não foi cancelado, já que em poucos dias as coisas iam mudar pra sempre.</p><p>Mas, bom, pelo menos eu comemorei, né. Pior é a menina do De repente 30, que <a href="https://capricho.abril.com.br/entretenimento/viralizou-atriz-de-de-repente-30-recria-cenas-do-filme-e-nos-piramos/">tá LITERALMENTE a vida inteira esperando pra fazer uma festa com esse tema</a>, reunindo todo o elenco agora com 30 anos também, e tirar uma foto com a Jenifer Garner pra mostrar como elas tão iguaizinhas, e nem vai poder fazer a festa dela (ela faz 30 esse ano).</p><p style="text-align: justify;">Mas, então, ter 30 anos. Não vou mentir, durante essa pandemia, doeu. Em alguns momentos chorei como poucas vezes chorei na vida. E finalmente tomei coragem (ou seria vergonha na cara?) e comecei a fazer terapia. E, ah, sim, a Sandy estava certíssima. Como as costas doeram, viu? Não ter uma cadeira decente realmente acabou com a coluna. E o sedentarismo acabou com o exame de sangue também. Tenho que literalmente correr atrás desse prejuízo agora. </p><p style="text-align: justify;">Mas não ter mais 20 anos tem suas vantagens. Fora os efeitos desse "momento histórico", e o lance da atenção à saúde, ter 30 anos é bem melhor que ter 20. Aquela pressão* sobre tudo aquilo que esperam de você e que você espera de você mesmo é bem mais diluída, seja pela concretização dos sonhos, seja pela consciência de que não dá pra ter tudo nessa vida. E daí que você ainda não é tudo aquilo que você queria ser? E daí que aquele fulano não concorda com a maneira como você toca sua própria vida? E daí que você não se encaixa no esteriótipo? Ele por acaso paga os meus boletos?</p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">* Eu não vou linkar, mas é só você dar uma passada nos posts de 10 anos atrás pra você ver como elas estavam todas lá.</span></p><p style="text-align: justify;">Aos 20 anos, o jovem, inconscientemente, fica encantado com o ritual que envolve se organizar para pagar os seus boletos. E realmente, ele é um marco da vida adulta. Porque pagar boletos é o sinal de empoderamento que te faz ligar o f*da-se pra toda essa necessidade de aceitação externa.</p><p style="text-align: justify;">Mas como ia dizendo, os dias que precederam os aniversários de 30 anos, e agora de 31, foram bem menos ansiosos do que os da última década. E ao invés da sensação de anos anteriores de que o tempo estava passando rápido demais, ou de que o planos não estavam dando certo, entre outras epifanias que começam a aparecer, o sentimento é de...paz.</p><p style="text-align: justify;">Paz por entender que não dá pra brigar contra o tempo e que a única saída é viver um dia de cada vez. Paz por perceber que nada é pra sempre e tudo bem. Por ver as novas gerações repetindo os mesmos erros e cometendo os próprios, e perceber que eles VÃO apagar os nossos passos, quer a gente queira ou não. Porque agora que essa nossa galera começa a ocupar os espaços de ação e tomada de decisão, a gente vê como também cometeu os erros de outras gerações e apagou os passos de outras antes antes de nós. E tudo bem. Não existe esse negócio de "deixar a sua marca no mundo", como a gente fica tão preocupado às vezes quando mais novo. Mas existe sim fazer a sua parte e deixar a sua marca em algumas pessoas. E isso é suficiente.</p><p style="text-align: justify;">Talvez um pouco dessa paz nesse ano, inclusive, venha da própria sensação de que, durante essa pandemia, não há muito mais o que fazer e que ter chegado vivo até aqui já é coisa à beça.</p><p style="text-align: justify;">Ah, sim, apesar de pagar os boletos e liderar uma equipe e tal, ainda assim tem um monte de coisas que eu não sei resolver e preciso pedir ajuda pro meu pai, e meu passatempo favorito ultimamente é reler minha <a href="https://inutilnostalgia.blogspot.com/search/label/dp">série de livros adolescente favorita</a> pra acompanhar um <a href="http://www.thepodcastdiaries.com.dream.website/">podcast gringo</a>. No final das contas, nossos pais também eram só pessoas tentando descobrir como resolver as coisas igualzinho a nós agora. E tudo bem. (Tá vendo como é reconfortante ter essa visão de uma geração completa? Isso e fazer terapia. Realmente ajuda, amigos.) </p><p style="text-align: justify;">Eu pensei em terminar o texto com uns versos de <a href="https://www.youtube.com/watch?v=2bkqXVc_1go">The Schyler Sisters</a> de Hamilton, que falam sobre "History is happening" e principalmente "Look around, look around at how/Lucky we are to be alive right now!", mas agora no final percebo que não tem outra música senão essa daqui que toca em De repente 30 (13 Going to 30), que acaba comigo TODA A VEZ.</p><p style="text-align: justify;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/oawdFJofaeQ" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe></p><p style="text-align: justify;">E eu sei que eu tô fazendo 31, mas será mesmo que um ano que não se viveu, apenas se sobreviveu deve ser contado como inteiro? Além do mais, mas o que é 31 senão 13 ao contrário? </p><p style="text-align: justify;">PS. Bom, acho que vou deixar vocês com <a href="https://www.youtube.com/watch?v=0ldhy4gOSr0">Stop this Train</a> também porque acabei de brincar com os números pra parecer que a vida acabou de começar igualzinho o John Mayer.</p>Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-16505247183811114602020-11-02T10:44:00.010-03:002020-11-02T10:44:00.155-03:00A cena do celeiro<p style="text-align: justify;">Em tempos de Netflix e maratona de uma temporada inteira, já é um fato que a linguagem televisiva das séries mudou. </p>
<p style="text-align: justify;">Saem os procedurais com uma leve premissa e casos da semana que aguentam 25 episódios por ano, entram as séries mais curtinhas, feitas para se consumir de uma só vez em que os episódios são “capítulos” de uma obra maior (e cada vez menos “episódicos”, como o antigo formato parecia sugerir). Se antes era possível perceber como os roteiros adequavam seus atos à realidade das paradas para os comerciais, com ganchos que deixavam o espectador “pendurado” até a volta das propagandas, agora os ganchos ficam reservados principalmente para o final dos episódios de forma que sigamos grudados na tela até o final da temporada. Aquele breve resumo de “nos episódios anteriores”, também deixam de fazer sentido nesse “novo jeito de assistir TV”.</p>
<p style="text-align: justify;">Particularmente acho a maneira de acompanhar as séries introduzidas pela Netflix um tiro no pé. Os seriados quando têm seus episódios liberados todos de uma vez só tem relevância cultural de no máximo uma semana, ao passo que, ao liberar os episódios semanalmente, a presença nas redes sociais, na mente e na vida das pessoas se estende por meses. É o sentimento de comunidade, de todo mundo assistir junto (mesmo que não exatamente ao mesmo tempo), de marcar seu nome naquele pedaço de tempo que torna uma série inesquecível. E esse tipo de engajamento foi o que tornou Lost e Game of Thrones verdadeiros fenômenos culturais. Acredito que seja muito difícil que isso se repita daqui pra frente.</p><p style="text-align: justify;">Mas nada faz mais falta nesses tempos de streaming do que “a cena do celeiro”. Calma, eu explico.</p>
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1tHx9g_h-I99rCVk3_oWN0hW-MTyPe0t5O2I8fn7365VWOstOflFtaSNzo2HyvdOKoDOJqtH8n0bvJ7FsDCLOUx0OgN-dcThwu1yOseK6idcj_zP0eqhyphenhyphenOFDBotUUit4brMFVbtok7VTR/s830/2b19bb561304958fcf7b3737b8f18c00.jpg" style="display: block; padding: 1em 0px; text-align: center;"><img alt="" border="0" data-original-height="392" data-original-width="830" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1tHx9g_h-I99rCVk3_oWN0hW-MTyPe0t5O2I8fn7365VWOstOflFtaSNzo2HyvdOKoDOJqtH8n0bvJ7FsDCLOUx0OgN-dcThwu1yOseK6idcj_zP0eqhyphenhyphenOFDBotUUit4brMFVbtok7VTR/w496-h234/2b19bb561304958fcf7b3737b8f18c00.jpg" width="496" /></a></div>
<p style="text-align: justify;">A estrutura de um episódio clássico de Smallville (e de outras séries pré-Netflix) consistia em:</p>
<p style="text-align: justify;">1) Clark acorda de manhã, vai para o colégio, encontra Chloe e discutem no Mural do Esquisito a aparição de alguma criatura ou comportamento estranhos na cidade (o “Freak of the Week”)</p>
<p style="text-align: justify;">2) Paralelamente tem uma outra trama envolvendo um personagem secundário que vai se cruzar com a história do “freak of the week”, e que possivelmente constituirá um dilema ético para Clark ou para o outro personagem. Nessa parte do episódio, eles tomam alguma decisão equivocada, os personagens brigam. Geralmente temos um discurso filosófico do Lex ou do pai do Lex.</p>
<p style="text-align: justify;">3) Clark está discutindo alguma coisa com a Chole, e, durante a conversa, eles chegam à conclusão de que o vilão está para concluir seu plano maligno naquele segundo. Clark desaparece com sua supervelocidade, deixando a Chloe falando sozinha. Clark usa seus poderes e salva o dia.</p><p style="text-align: justify;">Nesse ponto você já sabe que o episódio basicamente acabou, e falta só mais um bloco para o desfecho. Na época do Celso Portiolli no SBT, depois te ter aguentado comerciais de mais de 10 minutos, você sabe até que, se quiser pode mudar de canal, mas não troca porque logo em seguida vem, sim, ela mesma: “a cena do celeiro”.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhasAMqnKle_yBv8RB0BBxQ1lx1qVoLMbZkrc2Qb3G4QIcb2ekmWx4rXDr5vrDm5v_b8rkaTFMIYJflweWW4_uEDZue66eZAi0M2tb13XI-7t3ximw1RYoHpwmIGd-IriIc8C8FMwcNNJzy/s720/b472de41f6181f798ccfabd0a07c26b6.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="487" data-original-width="720" height="269" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhasAMqnKle_yBv8RB0BBxQ1lx1qVoLMbZkrc2Qb3G4QIcb2ekmWx4rXDr5vrDm5v_b8rkaTFMIYJflweWW4_uEDZue66eZAi0M2tb13XI-7t3ximw1RYoHpwmIGd-IriIc8C8FMwcNNJzy/w400-h269/b472de41f6181f798ccfabd0a07c26b6.jpg" width="400" /></a></div>
<p style="text-align: justify;">Nesse bloco, Clark e seu pai, ou Clark e algum amigo com quem tenha tido uma conversa filosófica ou uma briga no meio, fazem o encerramento daquele episódio. Eles refletem, geralmente no celeiro, sobre como estavam sendo estúpidos ou como suas ansiedades não faziam sentido, pedem desculpas (os dois envolvidos!) e fazem as pazes. Os personagens tiram suas lições, sobe a música (geralmente de alguma banda pop-rock americana obscura, que você provavelmente nunca ouviu falar. Mas a música é boa e você depois vai baixa-la no eMule, após o final do episódio. Isso depois de descobrir quem tá cantando em algum portal especializado na série, claro), a câmera pega distância e pronto. Todos estão felizes de novo. O espectador está pronto para seguir com a sua vida, e semana que vem tem outro episódio pra gente assistir.</p>
<p style="text-align: justify;">Vale ressaltar que a “cena do celeiro” é uma cena não só presente em Smallville, mas em diversas outras séries dos anos 2000, como The OC, House, Greys Anatomy, etc.</p>
<p style="text-align: justify;">Pois bem, falei isso tudo porque gostaria de deixar registrado aqui como “a cena do celeiro” está fazendo falta, não só na TV, como nas nossas vidas.</p>
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwDD6a2key5NFoN7bDPtXsa_4ATA2sFiZ8mkSr3MuXphZKGaPu9yssrBlIuwoevL8pUK_6YnbnoX00-_3a36eKApurC-w1ruIaGbEC_5uAUlYkh8fNZEyjUqZZPJ4aXaUeRitZTKfnwfiV/s573/smallville-clark-chloe.jpg" style="display: block; padding: 1em 0px; text-align: center;"><img alt="" border="0" data-original-height="483" data-original-width="573" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwDD6a2key5NFoN7bDPtXsa_4ATA2sFiZ8mkSr3MuXphZKGaPu9yssrBlIuwoevL8pUK_6YnbnoX00-_3a36eKApurC-w1ruIaGbEC_5uAUlYkh8fNZEyjUqZZPJ4aXaUeRitZTKfnwfiV/s400/smallville-clark-chloe.jpg" width="400" /></a></div>
<p style="text-align: justify;">Nessa loucura de redes sociais, a gente parece que perdeu a capacidade de CONVERSAR. De escutar o outro e ter EMPATIA para entender o outro lado. No meio desse caos que se transformou a internet, com gente do mal jogando iscas o tempo todo para que a gente brigue sem parar, a gente tá se esquecendo que as pessoas são HUMANAS e fatalmente VÃO COMETER ERROS! A gente tá precisando de mais “cenas do celeiro” em que a gente reflete um pouquinho sobre o que está acontecendo, e aprende com os erros e PEDE DESCULPAS e PERDOA os outros também. Tem muito dedo apontado. Muita militância, muito cancelamento. Pouca VONTADE de entender o que o outro de fato tá querendo dizer.</p>
<p style="text-align: justify;">Esse extremismo sem conversa, em que tudo a gente quer “ganhar no grito” pra mostrar que TÁ ERRADO, às vezes se esquece de que tem situações em que realmente não são tão simples ou “preto no branco” quanto parecem. Tem alguns graus de cinza no meio que precisam ser considerados, sob pena de cairmos no mesmo discurso de censura que a gente tanto reclama.</p>
<p style="text-align: justify;">Eu sei que é difícil, principalmente porque a nossa tolerância no passado recente parece ter dado brecha ao empoderamento de uma galera realmente do mal, que utiliza do argumento da liberdade de expressão pra espalhar discurso de ódio. Mas A GENTE TÁ PERDENDO O BOM SENSO!!!!!</p>
<p style="text-align: justify;">A gente tá precisando RESPIRAR, e DESLIGAR um pouco, para REFLETIR de fato sobre o que está sendo dito. Essa era outra função essencial da “cena do celeiro”. Fala a verdade, tem umas séries hoje em dia que nem são boas, só são viciantes. Só que a gente não tem TEMPO de perceber isso, porque viu tudo de uma vez. A gente tá precisando de “menos timeline infinita”, e mais artigo de jornal e revista, mais livro, mais blog.</p>
<p style="text-align: justify;">A gente tá precisando escutar uma música de uma banda pop-rock obscura e descobrir quem canta num portal especializado. A gente tá precisando gastar mais nossa energia em criar e acompanhar portais especializados e conhecer gente diferente que goste das mesmas coisas.</p>
<p style="text-align: justify;">Até o Netflix sabe que deixar o streaming rolando o tempo todo direto é ruim, e depois de um tempo, ele dá uma parada e pergunta se você tá vivo, se não quer fazer outra coisa, ir comer, respirar um pouquinho.</p>
<p style="text-align: justify;">A gente tá precisando do Celso Portiolli trazendo toda a sua simpatia e leveza para o meio das séries e das nossas vidas. Não, brincadeira, do Celso Portiolli a gente não tá precisando não.</p>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AvdY6JmpMP0" width="560"></iframe>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Não dá pra acreditar que a Chloe hoje tá presa acusada por causa de uma seita em que rolava tráfico sexual.</span></p>Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-17026275333501255342020-10-24T12:45:00.001-03:002020-10-25T09:05:11.080-03:00Erro de roteiro<p style="text-align: justify;">Outro dia no Twitter, uma pergunta sobre características
inusitadas viralizou no Twitter e por um ou dois dias só se falava em outra
coisa.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">tem algum traço de vocês que seria considerado extremamente fora do personagem? tipo um furo de roteiro? o meu é gostar de matemática, não combina com minha persona</p>— namaia 🎃✨ (@tuiteirabr) <a href="https://twitter.com/tuiteirabr/status/1317601269687701504?ref_src=twsrc%5Etfw">October 17, 2020</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A Juliana falou que apesar de amar samba, escolas de samba e
ter um pagode inteirinho dedicado a fazê-la sambar, não sabe muito como fazer
isso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E eu queria muito entrar nessa corrente e compartilhar uma
coisa que fosse extremamente curiosa sobre mim, algo que fosse realmente absurdo,
que se o roteiro da minha vida parasse na mão de um revisor, ele com certeza
iria mandar voltar e reescrever porque não fazia o menor sentido, mas a real é que
não consegui achar nada que caracterizasse um erro de roteiro como a pergunta
sugeria.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não que eu não tenha lá minhas contradições. Tenho muitas,
um montão. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por trás da pessoa séria que constrói argumentos bem
fundamentados, tem uma menina que ri dos memes mais idiotas. Por trás da pessoa
que sabe todos os normativos da profissão de cor, tem uma menina que também
possui um conhecimento interminável de futilidades e ama discutir as tretas dos
famosos (o nível de comprometimento pra pesquisar e arquivar essas coisas na
memória é o mesmo). Apesar da aparência quietinha e da rotina provinciana
talvez, a pessoa que vos fala é capaz de comprar ingresso pra ver seu artista
favorito em outro estado (quiçá outro país) e se transforma loucamente quando
as luzes se apagam e o show começa. E apesar da paciência praticamente nula
para rituais de beleza, gosto mesmo é de uma romcom bem gostosinha pra
esquentar o coração e de um pop bem chiclete (geralmente as pessoas se
surpreendem quando descobrem que não sou roqueira). Na época da escola, apesar
das notas altas, mal podia esperar para a aula de Ed. Física e jogava handebol
do time do colégio. Embora seja um pouco tímida, não tenho medo de fazer piada
em público e rir de mim mesma. Embora seja um pouco mais fechada, amo abraçar
as pessoas e estar em comunidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas acho que nada disso seria suficiente para caracterizar
um erro de roteiro, ou um problema na construção do personagem. Na verdade, os
bons personagens são justamente esses que não são 100% estereótipo o tempo
todo. Ou, na verdade, tem muita coisa aí na lista que a própria contradição já
virou um estereótipo em si. Quando paro pra pensar, acho até que eu daria uma
excelente mocinha de romcom. Acho que ia gostar muito do meu personagem se
estivesse lendo/assistindo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Pra você que acompanha esse blog há um tempo, ou me segue
nas redes sociais, nada disso que contei agora soará como surpresa. Talvez o
que os surpreenda é que no trabalho eu me fantasio (ou me fantasiava, antes da
pandemia) de executiva pra parecer mais séria, sou capaz de falar grosso com
gente preguiçosa, e não tenho medo de brigar com quem está abaixo da performance
esperada. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E isso também faz parte do personagem. Ou pelo menos faz
parte dessa outra faceta do personagem. Na vida, a gente interpreta diversos
papéis, diversas versões de nós mesmos, dependendo da situação. E nada disso se
caracterizaria como erro de roteiro. Essas aparentes contradições é o que nos
torna criaturas extremamente complexas, na verdade. Errado estaria se fosse ao
contrário. Porque os roteiros com personagens sem nuances geralmente são
roteiros que são ruins pra caramba.<o:p></o:p></p>Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-32180359884313660632020-10-12T12:54:00.008-03:002020-10-25T19:31:10.615-03:00O anacronismo de Emily in Paris<p style="text-align: justify;">No início de outubro a Netflix soltou em seu catálogo mais
um título de qualidade duvidosa do qual não conseguimos parar de comentar. De cada
10 tweets sobre Emily in Paris, 10 comentam<a href="https://twitter.com/ArthurEloi117/status/1314751159228301313?ref_src=twsrc%5Etfw"> como a série é ruim, mas de alguma forma adorável a ponto de causar anseio pela 2ª temporada.<br /></a></p>
<p></p><p style="text-align: justify;">As críticas vão desde a polêmica dos franceses, que ficaram
extremamente ofendidos com a maneira como foram retratados na série (em minha
opinião, uma reação exagerada, mas compreensível. A gente também não gosta de
ver os estereótipos e as peculiaridades do brasileiro jogadas na nossa cara
quando abordadas por um olhar estrangeiro.), até o estilo de vida completamente
irreal dos personagens.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Criada pelo mesmo produtor de Sex in the City e com a mesma figurinista
que além da icônica série da HBO, também montou o guarda-roupas de O Diabo Veste
Prada e Delírios de Consumo de Becky Bloom, Emily in Paris é puro escapismo clichê.
O figurino, aliás, é um deleite à parte, comunicando através de cortes e cores
exatamente a personalidade de cada personagem. Não importa se os parisienses se
vestem assim de verdade, como muita gente se questionou, mas que as roupas
mostrem como Emily é exagerada e desajustada naquele ambiente. E isso Patricia
Field <a href="https://www.buzzfeed.com/br/amandatavares/todos-os-looks-de-emily-em-paris">faz com maestria</a>.</p>
<blockquote class="twitter-tweet"><p dir="ltr" lang="en">Emily in Paris Emily not in Paris <a href="https://t.co/oAccgeBZ6d">pic.twitter.com/oAccgeBZ6d</a></p>— uge (@uuugggsss) <a href="https://twitter.com/uuugggsss/status/1312893552586678272?ref_src=twsrc%5Etfw">October 4, 2020</a></blockquote><p style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Poor Emily </span></p> <script async="" charset="utf-8" src="https://platform.twitter.com/widgets.js"></script>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas, a série é boa? A resposta é...não. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A título de comparação, esse ano a HBO Max lançou uma minissérie com a
Anna Kendrick, com foco na vida amorosa e profissional de uma jovem de vinte e
poucos anos em NY, infinitamente melhor. Mais bem filmada, atuada, atual. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=-hEJJdLshxM">Love Life</a>, #ficaadica. Também não é uma obra prima não, mas, pelo menos mais ambiciosa do que essa daqui.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os personagens de Emily in Paris todos têm a profundidade de
um pires, e em tempos de convulsão social Emily in Paris ignora totalmente a
atmosfera tóxica em que vivemos. A protagonista, por si só, é bobinha demais e
parece viver num mundo paralelo em que tudo se resolve com um sorriso e um papo
honesto. (Ainda estou bem confusa como uma menina tão novinha e tão ingênua tem um cargo de gerente sênior em qualquer lugar) Todos, eu disse <a href="https://parade.com/1099595/alexandra-hurtado/emily-in-paris-hot-chef-gabriel/">TODOS</a>, os caras gatos de Paris se interessam por ela.
Seu instagram dá uma bombada da noite pro dia por causa de umas fotos que <a href="https://www.vulture.com/2020/10/emily-in-paris-instagram-influencers.html">nem são tão legais</a>. Seu estilo de vida e roupas que veste claramente não combinam
com o seu poder financeiro. Problemas psicológicos ou traumas do passado?
Também não. Nem sua chefe em Paris, que a gente ficou esperando sair do clichê
da megera que a odeia acrescentou algo a mais do que isso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O elenco também não é lá essas coisas. Tirando a amiga
chinesa (que eu sei que é maravilhosa pois Mean Girls na Broadway), os atores
não têm aqueeeela extensão dramática que faça você admirá-los. E os diálogos também
não são muito inspirados, apesar de arrancar algumas risadas por episódio.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Falta substância que justifique uma série como Emily in
Paris em pleno 2020. Quer dizer, onde estão as discussões sobre feminismo e
diversidade? Onde estão as bandeiras das minorias? Uma série que fala tanto
sobre moda vai mesmo nos apresentar só personagens magérrimas todo episódio
assim sem falar nada? Não fosse pelas redes sociais, Emily in Paris poderia se
passar facilmente <a href="https://www.uol.com.br/universa/colunas/luciana-bugni/2020/10/10/emily-em-paris-traz-preconceitos-dos-80-e-e-sucesso-militancia-descansou.htm">nos anos 80 ou 90</a>. Existe um certo anacronismo que às vezes
incomoda. Quer dizer, se as pessoas enchem tanto o saco com Friends, um produto
até bem progressista para o seu tempo, por que Emily in Paris faz tanto
sucesso?</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.hellomagazine.com/imagenes/travel/2020100798650/emily-in-paris-filming-locations-france/0-472-518/emily-in-paris-locations-t.jpg?filter=w600" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="600" height="240" src="https://www.hellomagazine.com/imagenes/travel/2020100798650/emily-in-paris-filming-locations-france/0-472-518/emily-in-paris-locations-t.jpg?filter=w600" width="400" /></a></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas ao mesmo tempo, é EXATAMENTE por todas essas coisas que
não dá pra não gostar de Emily in Paris. Quer dizer, sim, a Emily é um pouco
bobinha demais e vive num mundo particular e não tem problemas de verdade. Mas
será mesmo que a gente precisa de mais problemas?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Falem a verdade, eu sei que vocês curtem Girls e Crazy Ex-Girlfriend,
e que elas são super a frente do seu tempo e tal, mas quando vocês estão assistindo
essas séries, vocês também não ficam cansados de tanta militância e ausência de
pessoas (muito) bonitas?</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://assets.popbuzz.com/2020/39/who-plays-gabriel-in-emily-in-paris-1601537866-view-0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="647" data-original-width="796" height="260" src="https://assets.popbuzz.com/2020/39/who-plays-gabriel-in-emily-in-paris-1601537866-view-0.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">A gente precisa normalizar novamente o galã samambaia na TV</span></span></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E por mais que Lily Collins seja canastrona e caretuda, há
algo de admirável em sua Emily. A personagem não é a
protagonista-feminina-forte que estamos acostumadas, mas é extremamente
resiliente e não se deixa abalar mesmo quando tudo dá errado. A garota toma esporro
toda semana, e nem quando perde o emprego ela desmorona. Existe algo de Polyana
em Emily, de olhar as coisas pelo lado bom. Ela está em Paris, vivendo o sonho
de toda garota, curtindo a vida, pegando vários caras gatos, pelamordeDeus!
Realmente não dá pra reclamar muito não! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Às vezes tudo o que a gente precisa é de uma seriezinha de
30 min pra desligar o cérebro, e babar nos figurinos e ficar se questionando
como aquelas situações são irreais, e admirar uns carinhas gatos, e sonhar com
o dia em que finalmente poderemos ir a Paris de novo (vou te falar que de todas
as cidades do exterior que já visitei, Paris é uma das que tenho menos vontade
de ir de novo, mas assistindo a série, já estou aqui me questionando se não
deveria dar mais uma chance à cidade luz, porque não é possível que eu não
tenha conseguido enxergar essa cidade idealizada que a série faz propaganda).<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/940/0/images.terra.com/2020/10/05/emily-em-paris-netflix-darren-star-coletivo-nerd-1000x600-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="800" height="250" src="https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/940/0/images.terra.com/2020/10/05/emily-em-paris-netflix-darren-star-coletivo-nerd-1000x600-1.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Andy também mandou lembranças nesse vestido aqui</span></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E é por isso que em pleno 2020 <a href="https://www.refinery29.com/en-us/2019/09/8447245/why-generation-z-loves-friends-netflix">a gente não se cansa de assistir Friends</a>, e as pessoas param tudo o que estão fazendo para assistir de
novo as novelas do Maneco e de vez em quando eu me pego com vontade de
mergulhar dentro dos <a href="https://inutilnostalgia.blogspot.com/search/label/dp">livros que gosto e gostava quando adolescente</a>. Porque no
meio dessa turbulência que está sendo 2020, a gente precisa de um conforto e
quer fugir para esses lugares em que as coisas dão certo. A gente está precisando
sonhar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E Emily in Paris pode não ser a série que a gente
merece, mas, dadas as circunstâncias, certamente é a série que a gente precisa.<o:p></o:p></p>Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-78904922280574969382020-06-05T12:32:00.000-03:002020-06-05T12:42:18.034-03:00Teto para Dois e o bingo das romcoms<div style="text-align: justify;">
As pessoas costumam dizer que comédia romântica é um gênero previsível, porque basta seguir uma fórmula, e, voila, temos uma romcom de sucesso. Mas a verdade é que não é bem assim. Às vezes falta aquela...faísca que faz você verdadeiramente se apaixonar por aqueles personagens. E é difícil dizer às vezes o que separa as comédias românticas que fazem você realmente suspirar daquelas que são apenas agradáveis para um sábado chuvoso. Isso porque romcom é um negócio extremamente subjetivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/61wlrmv1b4L.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="557" height="320" src="https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/61wlrmv1b4L.jpg" width="222" /></a></div>
Dito isso tudo, é preciso pontuar que, se fosse um Bingo, Teto para Dois marcaria todos os quadrados da cartela e ainda ganharia pontos extras trazer assuntos relevantes do seu tempo. Estão lá a mocinha comunicativa cheia de peculiaridades, o mocinho introvertido, a melhor amiga maluca, o casal de amigos sensatos, o melhor amigo divertido do mocinho, "figurantes" excêntricos que ganham nosso carinho no final e um grande gesto de declaração que parece tirado diretamente de Uma Linda Mulher*... Mas o mais importante é que tanto Tiffy quanto Leon têm tramas paralelas e algum conflito interno para resolver, e cujo o relacionamento dos dois vai ajudá-los a, ao longo do caminho, se tornar pessoas melhores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;">** achei essa cena um pouco demais para o mocinho inclusive, mas, entendi o seu propósito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar disso, Teto para Dois subverte o meetcute (a cena só acontece beeeem pra frente e só ali temos uma descrição física dos protagonistas, o que achei bem esperto da escritora), e a cena clássica do "Só tem uma cama" (parece que todo o romance foi escrito a partir da ideia de subverter este clichê, aliás) e traz elementos que justificam uma das resenhas da contracapa do livro, que o classificou como “uma comédia romântica do século XXI". Um dos assuntos principais é a superação de um relacionamento abusivo (uma clara consequência do recente movimento do Me Too) e bem lá no fundo é possível inferir uma discussão sobre diversidade e racismo na trama do irmão preso, embora a autora nunca deixe isso explícito. Também interessante notar as escolhas feitas sobre o protagonista, que realmente parece refletir uma tendência para os romances modernos. Leon é um mocinho sensível e não idealizado. Bonito de um jeito casual, sem grandes posses, mas que também chora e sabe respeitar o espaço da protagonista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bingo, certo? Errado. Por alguma razão, Teto pra Dois não ganhou meu coração, e eu realmente não sei exatamente por quê.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em determinado momento, lá pela metade do livro, senti que não havia conflitos suficientes, e as tramas paralelas soavam mais interessantes do que a do casal principal. Muitas vezes me perguntei qual a dificuldade dessas pessoas em utilizar o celular. Lá pela página 300, quando acontece a reviravolta que vai separar o casal principal (outro ponto clássico das romcoms), a impressão que fica é que a resolução era menos uma questão de "quando" eles vão se acertar, do que de "se", afinal, os dois moram juntos, têm amigos em comum, e a verdade certamente apareceria em algumas horas (nessas horas faz falta uma "cena do avião" pra dar uma emoção). Mas nenhum desses incômodos me irritou de maneira profunda, ou representam exatamente um defeito na história. Só que... sabe a faísca? Não rolou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez eu estivesse com expectativas demais. Talvez eu já tenha lido/visto comédias românticas demais. Talvez a escrita não tenha me conquistado por alguma razão... O que não quer dizer que não seja um livro agradável para um sábado chuvoso, ou que não vá funcionar com outra pessoa. Afinal, comédia romântica é um negócio extremamente subjetivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao me despedir do livro, terminamos nossa relação no melhor dos clichês do “Não é você, sou eu”, e apesar de tudo, desejo tudo de bom pra ele e pra autora e pra todo mundo envolvido. Espero que ganhe um filme, inclusive. Com os atores certos e um diretor bacana, pode elevar o material de uma comédia romântica B para alguma coisa bastante interessante. Durante a leitura, aliás, fiquei com a impressão de que essa história do casal que ocupa a mesma casa sem se ver, na verdade, de alguma forma, já filmada. Chama “A Casa do Lago” 😉 </div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-9761533474352186212020-02-16T12:43:00.001-03:002020-02-16T12:43:24.604-03:00NY, I love you<div style="text-align: justify;">
Desde criança sempre tive o sonho de conhecer Nova York. É a cidade que nunca dorme, onde tudo o que há de interessante acontece. Os outdoors iluminados da Times Square, os teatros da Broadway, os prédios com a escada de incêndio do lado de fora. Meus livros e séries e filmes preferidos possuem Nova York como pano de fundo. E não à toa, pois nessas obras, geralmente Nova York é quase um personagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tive a chance de realizar esse sonho em 2016, quando visitei a cidade no verão. O calor estava de matar. 40 graus. Mesmo. O bom de visitar cidade grande é que você pode se refrescar no ar condicionado das lojas. Foi uma viagem incrível. Fiquei com vontade de voltar. Ainda queria ver a cidade enfeitada de Natal. Porque Nova York é especial de qualquer jeito, mas ainda mais icônica no Natal. E fiz isso ano passado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não estava nem a fim de viajar no fim do ano, mas trabalhei muito e decidi que merecia esse presente para mim mesma. E eu adoro viajar, mas odeio planejar viagem, então, Nova York, que eu já conhecia, só que em preparação para as festas era a pedida perfeita.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E foi incrível novamente. A cidade realmente respira Natal e eu me senti o Macaulay Culkin em Esqueceram de Mim 2. Os rinques de patinação, o pessoal do Salvation Army, as lojas com suas vitrines decoradas, o desfile da Macys... Dessa vez estava bem frio. O bom de visitar cidade grande é que você pode se esquentar no aquecedor das lojas. Fiquei novamente com vontade de voltar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Quando falei que ia a Nova York de novo, no ano passado, meu pai estranhou a repetição do destino. “Mas por que vocês gostam tanto de Nova York? O que vocês veem tanto nesse lugar?”, ele perguntava. Na cabeça dele, a cidade tem pouco a oferecer em termos de história e cultura, comparada com outros lugares da Europa, ou da América Latina, por exemplo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a resposta para essa pergunta tem muito mais a ver com o modo com a cidade de organiza do que com os pontos turísticos em si.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pra começar as ruas são todas numeradas, e é quase impossível se perder. Acho muito prático.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Mas acho que o motivo principal para Nova York despertar um pulinho no meu coração toda vez que vejo uma foto é justamente o fato de que quando estou em Nova York, por incrível que pareça, eu me sinto em casa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que a grande virtude da cidade é que, como toda metrópole, ela consegue ser várias cidades em uma só. Em determinado ponto, é a cidade das luzes ofuscantes com todo mundo tirando fotos e carregando sacolas. Em outro logo atrás, tem um parque em que as pessoas relaxam e jogam pingue-pongue no meio da selva de pedra. E no meio de tudo um baita trabalho de urbanismo que oferece quadras de tênis e campos de quadribol. É uma cidade onde as pessoas vivem. E eu adoro ver as pessoas viverem. Na verdade, eu adoro VIVER como aquelas pessoas quando estou lá.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A multietnicidade é o que torna a cidade tão especial. Em Nova York, é impossível apontar que é turista e quem não é. E aí não tem aquela cultura arraigada de tentar enganar o turista, como em Roma. E quando você anda pelas ruas, você é só mais um na multidão querendo chegar em algum lugar. É uma cidade que não só está acostumada com estrangeiros, mas foi construída por estrangeiros. Realmente é o ápice da cultura globalizada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Come-se muito bem em Nova York. De todos os lugares que já visitei, Nova York é onde saio mais satisfeita no quesito gastronomia. E de novo, o caldeirão de culturas é a chave do sucesso. Em Nova York, como o melhor da comida italiana (melhor que na Itália) e da francesa. Tem barraquinhas com representantes da comida árabe e só procurar no Google para encontrar restaurantes gregos, turcos ou japoneses. Em Nova York, eu como salada e fast-food mexicano. E se quiser muito ainda descolo uma churrascaria brasileira. Os mercados são cheios de opções saudáveis e dá pra ver que o nova-iorquino que diz que só come besteira, o faz porque quer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é uma cidade perfeita. Muito pelo contrário. A maior cidade do planeta convive com muitos problemas enfrentados aqui no Brasil. O metrô tem ratos, às vezes vem ser ar e obriga os passageiros a descerem por causa da avaria. E a desigualdade dentro da própria cidade se manifesta se você começar a percorrê-la de norte a sul. Você vê claramente os bairros ricos, os bairros pobres, a classe média pegando o lotadão para atravessar a ponte. Mas funciona. Na minha opinião, acho que até bem demais, se você considerar o tamanho da cidade. E talvez esse seja mais um motivo para que eu me sinta tão bem lá. Quer dizer, caramba, é a cidade mais incrível do planeta e sofre com muitas das mazelas que rolam aqui na esquina na minha casa, sabe? Em Nova York, não rola complexo de vira-lata, embora às vezes dê vontade de fazer um estudo de caso. Cidade grande, grandes problemas, grandes soluções.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fico em dúvida quando alguém me pergunta se teria vontade de morar lá. Por um lado, tem todas as coisas legais dos filmes e séries e livros, e os teatros e inúmeros eventos acontecendo na cidade (eu adoro morar onde as coisas acontecem). Por outro tem todos os problemas daqui potencializados por uma população ainda maior. Não sei depois de um tempo ainda ia achar tão legal assim. Mas que dá vontade de voltar todo ano pra passar uns dias, desligar a cabeça e curtir NY como um nova-iorquino, ah isso dá!</div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-80515807435300657162019-08-05T21:54:00.000-03:002019-08-05T21:54:56.907-03:00Nossa História<span style="text-align: justify;">Como disse em outro post anterior, Sandy e Junior acertaram
em cheio ao perceberem que esse projeto de revival, não se trata apenas de
alguns shows com músicas antigas, mas que grande parte do sucesso deste evento
está em valorizar o significado que eles têm como parte integrante da história
das pessoas. Mais do que isso, eles dão um tiro ainda mais certeiro quando
dizem querer construir novas lembranças junto com o público.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que muita gente não sacou é que a maior parte das lembranças
não são construídas ali, nas 2h de música ao vivo (ali é um turbilhão de
emoções muito doido que depois você não consegue nem explicar), mas
principalmente em tudo aquilo que antecede o grande dia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E como teve história essa Nossa História!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando o Extra anunciou a turnê em janeiro (aliás parabéns
ao Extra que vem fazendo uma cobertura impecável sobre a turnê, com uma matéria
por dia, pelo menos. Merecia o Pulitzer! Minha preferida é <a href="https://extra.globo.com/sandy-e-junior/fa-desmaia-no-show-de-sandy-junior-se-recupera-comendo-coxinha-23805183.html">essa aqui</a>), Sandy estava na Disney. Demorou uma semana pra eles finalmente se
pronunciarem sobre o assunto, com o já icônico: “<a href="https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2019/01/31/sandy-e-junior-trocam-mensagem-e-sugerem-reuniao-vamos-conversar-em-marco.htm">Vamos conversar em março?</a>”.
(Fico imaginando Sandy muito plena de férias recebendo várias ligações da
produção com os cabelos em pé com a notícia que tinha vazado – fica aqui o meu “parabéns”
pra todo mundo que conseguiu esconder a separação até o dia oficial mesmo lá em
2007 – respondendo apenas com uma mensagem: “Volto na segunda. Depois a gente
resolve”.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde então, 2019 tem sido uma loucura! E por isso mesmo, tão
legal! Como comentei em um post anterior, Sandy e Junior salvaram um ano que
seria só derrota nas redes sociais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fiz contagem regressiva para a coletiva, e me arrepiei toda
no vídeo de abertura da coletiva (tanto que estava numa sala de reunião, e tive
que sair pro banheiro porque vi que ir dar ruim). Não dava pra acreditar que
aquilo tudo estava acontecendo. Fiz enquete no trabalho para descobrir quem
tinha cartão Elo. Vivi a adrenalina pra comprar o ingresso e a decepção da
pré-venda. No outro dia, comprei o que tinha pra BH, porque mesmo com os boatos
de show extra, eu não era nem besta de arriscar perder esse <i>trem</i>! Na abertura
do show extra, consegui não sei como um ingresso Pista Premium. Faltava um
ainda pra minha irmã ir comigo, e começou a caça no Facebook. A garimpagem era
diária, e foi preciso uma dose de contorcionismo para desviar dos golpistas, e
uma ainda maior de sorte pra encontrar uma menina aparentemente honesta
vendendo num comentário de outro post de venda que nem era dela. Pra pegar o
ingresso, pedi ajuda de um cdt para fazer serviço de guarda-costas para evitar um
possível sequestro. Que emoção tocar naquele tão sonhado ingresso! Agora era só
aguardar o dia do show.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Teve gente noticiando Maracanã pro encerramento da turnê, e
fiquei chateada que SP ficou com a data de 12/10 (a data do show de 2002). Na véspera
do show, anunciaram encerramento no Parque Olímpico. Se eles não conseguiram data
pro Maracanã, agora eles iam fazer o próprio Rock in Rio. Esses dois quando tão
a fim não tem pra ninguém! Que delícia vê-los com vontade assim de novo! Que
maravilhoso poder estender esse sentimento de empolgação até novembro! Definitivamente
2019 é deles!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Passei os dias que antecederam o show muito bem, obrigada.
Mandei fazer minhas camisetas, e prometi usar a faixinha pro pessoal do
trabalho, apesar de sempre achar um mico danado quando era menor. Decidi assumir
mesmo meu lado fã hardcore, deixar a vergonha de lado, e viver a experiência por
completo (só não fui ao hotel porque a vida é feita de escolhas, e eu escolhi ir
ao show). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acompanhei as imagens de preparação do show, e o sentimento de
que a dupla realmente estava planejando algo histórico só aumentava. Assisti a pedaços
da estreia de Recife por alguma live de alguém e me emocionei de casa mesmo. O
setlist estava perfeito! Não faltava nada (só Power Rangers, no fundo
alimentava a fantasia de um MegaZord gigantesco no meio do palco, mas tudo bem,
hehe). Os telões, o balé, a empolgação dos dois, os figurinos que faziam
referência a roupas que eles vestiram em turnês anteriores (por isso que eu
gosto de Sandy e Junior, gente, porque eles não fazem as coisas pela metade)...
Mal podia esperar pela minha vez. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas no dia do show mesmo eu não tava legal não. Acordei muiiiiiito
ansiosa, e nem consegui comer direito. O refluxo atacou com vontade. No caminho
para a arena era possível identificar os fãs definitivamente uniformizados com
suas camisetas personalizadas (uma das minhas preferidas era a “Não vou pular
hoje, porque com 30 anos NÃO DÁ!!!!”). Comprei minha faixinha na entrada e
tirei as fotos, avisando aos amigos que tinha chegado. Na empolgação da entrada,
quase perco o ingresso do show (sim, aquele mesmo que eu tinha garimpado no Facebook!).
Minha irmã jura que tinha me dado pra poder tirar as fotos, eu não lembro mesmo
disso! A sorte é que os fãs de Sandy e Junior são muito maravilhosos, e logo
uma menina apareceu perguntando se o ingresso que ela tinha achado era nosso. Minha
irmã me dá um tapa e uma bronca pra eu prestar atenção nas coisas, e um cara da
produção ameaça falar no megafone: “Não à violência”. Ufa! Vamos entrar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas não antes de encarar a fila. E você sabe que eu curto
demais esse momento da fila. É onde os fãs se conectam, a gente troca experiências,
todo mundo conta um pouquinho da sua história, e a gente descobre que tem mais
coisa em comum do que parece. Fora pequenos barracos de gente querendo passar a
frente para encontrar com amigos que chegaram antes (teve um que encarou a
gente falando que o ingresso estava no celular dele e que as pessoas não tinham
O DIREITO de impedirem a amiga dele de passar. Ora, bolas! Se o ingresso estava
no seu celular, envia pra era por email! Que esperteza!!!), a energia era muito
boa. Um menino distribui bolas brancas e orienta as pessoas para a homenagem em
Super Herói, ele também combina de cantarmos “A estrela que mais brilhar” no
momento acústico. (Deu pra ver que grande parte das pessoas já até sabia desses
preparativos. Eu AMO os fãs!!!!) O pessoal da produção passa para gravar as
pessoas da fila e entoamos em uníssono “Não dá pra não pensar”, com todos os “ooooh”
e “yeehs” que temos direito. É uma cena bonita demais de ver. Logo começa a
ventar, e alguém puxa “Cai a Chuva”. Ali fica claro que nada vai atrapalhar aquele
momento, e a galera está determinada a curtir cada segundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um cara passa vendendo o copo oficial da turnê, e várias
pessoas compram (inclusive eu) pra guardar de recordação. Um outro passa vendendo
batata frita, e um menino atrás pergunta se é a batata oficial da turnê também,
porque se for ele vai comprar. Rimos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando abrem-se os portões, e as pessoas passam pela
revista, elas saem correndo em direção à Arena para garantir o melhor lugar
possível. Por dentro acho ridículo e sem necessidade, mas corro também, pois o
importante é a experiência. Um parêntese: no hall de entrada da Arena, fotos de
shows importantes que aconteceram ali. Dentre elas, o show do Maroon 5 em 2008
e... epa, eu tava aqui nesse dia!!!! “Vamos fazer história de novo hoje”, eu
penso comigo mesma.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao chegar na Arena, colocamos nossa pulseirinha de “Pista
Premium” e somos bombardeados de brindes dos patrocinadores para usar durante
as músicas. Quando coloco os pés na pista e olho em volta, cai a ficha. EU
CONSEGUIIIIII!!! EU VOU VER SANDY E JUNIOR DE NOVO AQUI NO RIO!!! E DE MUITO
PERTO!!!!!!! <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eu estava MUITO perto!!!! Abro
os braços, ainda sem acreditar. Finalmente sento pra descansar. Depois de 2h de
viagem, 1h na fila e um sprint pra chegar na Arena, estou cansada e ofegante. Realmente
não tinha a menor necessidade de correr, nem de brigar na fila. Qualquer lugar
ali na Pista Premium ia ser muito bom. (Escuto uma menina atrás de mim, falando
exatamente a mesma coisa. Fã é tudo igual!). Fico feliz de não ter dado aquela
grana preta no Open Bar de Água. Ali, finalmente consigo comer alguma coisa e
me recomponho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando vou ao banheiro, encontro uma ex-cdt que sabia que
vinha ao show. Ela comenta que estava bem na frente da fila, que arrumou
barraco com gente que queria passar na frente, e que pagou o maior mico
correndo para arena quando abriu (ela está visivelmente suada da corrida, assim
como eu). Digo que corri também, pela experiência de correr, e concordamos que
não havia a menor necessidade, mas acrescento que não tenho vergonha nenhuma
dessas coisas. Vergonha é não ser feliz, e hoje era o dia de extravasar tudo o
que a gente tinha direito. A amiga dela diz que chegou a comprar um ingresso falso
com os infames dizeres: “Livre Nation”, mas que depois arrumou um outro. Gostei
de fã assim: determinado!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Volto pro meu lugar, e ouço uma gritaria atrás, e todo mundo
olha para ver o que estava rolando. Era Fernanda Gentil, causando e gravando
stories dos fãs cantando. Amo Fernanda Gentil, acho que ela representa demais o
amor verdadeiro do fã de Sandy e Junior, mas não levanto do meu lugarzinho
cativo de jeito NENHUM!!!!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois que começam as propagandas nos telões, os fãs se levantam
e a gente começa a interagir mais. A emoção domina e a gente conversa coisas
sobre a turnê, os ingressos, o aplicativo (mas são muito chiques esses irmãos),
a falta de sinal do celular e como algumas músicas marcaram a nossa vida. De
repente começa um vídeo dois bem pequeninhos dançando numa filmagem caseira,
antes de <i>tudo isso</i> acontecer, e um cronômetro surge no telão marcando
30 minutos pro início do show. A galera fica ainda mais inquieta e o DJ coloca pra
tocar I Want it That Way dos BSB pra delírio do restante da arena. O resto da
playlist segue a linha sucessos teen do início dos anos 2000, mas o que a gente
queria mesmo era fazer um esquenta pro show. Cantamos nossas preferidas, como Não
Dá pra Não Pensar, Quando você Passa e Cai a Chuva, com direito ao saxofone no
meio. Rimos aos montes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É esse tipo de conexão que as pessoas têm dificuldade de
entender dentro dos fandoms. Não é sobre os artistas. É sobre encontrar pessoas
que são tão apaixonadas quanto você e são capazes de olhar com empatia, ao
invés de desprezo, quando você comenta aqueles detalhes que só os fãs muito
nerds sabem, ou aquelas loucuras que só os fãs muito loucos fazem. Essa semana
fui chamada de nerd por saber as normas da profissão de cor. Encarei como um elogio,
mas mal sabem essas pessoas que a minha nerdice em determinados assuntos não
profissionais é bem maior. E sinceramente, se não for pra ser nerd e me jogar
de cabeça nessas coisas, não tem a menor graça. Assim como Sandy e Junior, eu também
não faço as coisas pela metade. Se for pra ser fã, vamos ser fãs direito. Senão
devolve a carteirinha!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Durante a contagem regressiva, também aparecem palavras-chaves
do cancioneiro da dupla com seu respectivo significado do dicionário, tal qual
muitas camisetas da moda e que viraram camisetas específicas pro show também
como: inesquecível, enroscar, imortal, etc. A cada 10 minutos, um ciclo de filmagem
caseira, dicionário e contagem aparecem. (Os fãs com memória melhor disseram
que essa brincadeira da contagem vinha da turnê do Identidade. Achei top!).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No último vídeo, uma montagem com os principais momentos da
carreira que culmina nos dois pedaços de gente dando “Oi” para a plateia. Nem
precisa dizer que a essa altura já tá todo mundo alucinado gritando a toda. O
triângulo se parte, abrindo dois portões por onde os dois passam e dão as mãos
numa silhueta linda pra qualquer fotografia. Se isso te lembrou do show do
Maracanã, era pra lembrar mesmo. Sandy, inclusive, fez questão de usar o mesmo
penteado aqui no Rio. Nada é por acaso (que graças a Deus também está no setlist!!!!)
nessa turnê.<o:p></o:p><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_auo8_D3dCjIirTqg6GXcZlS79zWLMVGXCmxYdWeo5KAIMV4xlfIgwET3lQm-rEZzSuA38xQrPdnk-S0h7QqBac0XNiIH56ZV8p4YT0zsRLPaJR3xWbOvKEp8dnewYNfMhHn3WRcdP44I/s1600/facebook_1564967910394.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="720" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_auo8_D3dCjIirTqg6GXcZlS79zWLMVGXCmxYdWeo5KAIMV4xlfIgwET3lQm-rEZzSuA38xQrPdnk-S0h7QqBac0XNiIH56ZV8p4YT0zsRLPaJR3xWbOvKEp8dnewYNfMhHn3WRcdP44I/s400/facebook_1564967910394.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sandy entoa o primeiro verso de “Não Dá pra Não Pensar em
Você”. A plateia continua a letra ansiosa, mas só depois de alguns segundos
Junior continua: “Tá cada vez mais difícil não poder te ver”, seguido de mais
uma pausa, como se os dois fizessem questão de transmitir aquela mensagem. Assim
como na última turnê, lá em 2007, cada verso aqui tem um significado especial,
e eles sabem disso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A lista continua com uma sequência matadora que tem Nada Vai
me Sufocar, No fundo do coração e Estranho Jeito de Amar. O fã que esperou 12
anos por esse momento se descabela nos versos de “Então, volta pra mim, deixa o
tempo curar esse Estranho Jeito de Amar”, na esperança de que eles mudem de
ideia e voltem pra sempre, porque, veja só, o tempo NÃO CUROU NADA e continuamos
aqui <i>sem desistir</i>, e sem superar <i>Esse estranho jeito de amar</i>...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sem tempo de respirar continuamos com Olha o que o amor me faz
e Nada é por acaso com Miltinho Neves no saxofone (que saudade do Miltinho!) e
Sandy mandando aquele agudo no final. Amo muito Nada é Por Acaso, e acho que os
versos de “Mas o sentimento quando é pra valer, cedo ou tarde faz o que era
sonho acontecer”, nunca fizeram tanto sentido. O telão nessas primeiras músicas é uma coisa de louco e
enche o palco com imagens dos dois bem coloridas feitas especialmente para essa
turnê. Coisa que só se vê em show gringo. Aí está justificado o preço o
ingresso.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A plateia continua muito louca em Love Never Fails, pulando
descontroladamente, enquanto os dois dão um show naquela coreografia
MA-RA-VI-LHO-SA! É um desperdício Juninho não dançar mais. É uma pena a pista
premium ser tão apertadinha que não dê pra gente tentar acompanhar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em As quatro estações, o palco é tomado por projeções dos versos
na letra de Sandy, tal qual no clipe, e a plateia levanta suas mandalas da Elo.
A iluminação também ajuda a marcar as estações do ano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na primeira música solo de Junior, Aprender a Amar, a
plateia manda aquela clássica: “Junior, eu te amo”, e ele fica todo
envergonhado e diz que a gente “quebrou as pernas dele”. Ele fica tentando
ajustar a jaqueta que trocou em algum momento antes dessa música, eu não me
aguento e grito pra ele tirar logo essa jaqueta, Senhor! Totalmente desnecessária,
meu Deus!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em seguida, Sandy deixa todo mundo de queixo caído ao entoar
AQUELA nota final de Imortal. Deu vontade de puxar aquele coro “PQP, é a melhor
cantora do Brasil”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em seguida, os dizeres de Libertar enchem o telão. A gente
tenta sincronizar o app, mas o sinal de internet estava muito ruim e não dá pra
entender o que eles queriam ali naquela música. Sandy fica mais pra trás, só no
backvocal e chega mais pra frente só no final pra cantar a sua parte. Sandy roda
no seu próprio eixo, sem medo de ser feliz, simplesmente sentindo a liberdade
pedida pela música. Amo vê-la assim, se jogando com tudo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eles saem pra trocar o figurino e os telões são preenchidos
por uma sequência que mostra o grupo de Whatsapp da “Galerinha + ou –“, com uma
troca de mensagens divertida do pessoal do seriado. No meio da animação, eles compartilham
fotos antigas da galera junta na época, e a gente lembra exatamente os episódios
em que foram tiradas. Começam a tocar os primeiros acordes de Eu Acho que Pirei,
e a galera pira junto com imagens dos atores ao fundo. Que delícia ver a amizade
desse pessoal celebrada na turnê! Na sequência um medley com direito a todas as
coreografias clássicas de "Beijo é bom / Etc... e tal / Vai ter que
rebolar / Dig-dig-joy / Eu quero mais". Apesar de serem poucos versos de cada,
a gente se diverte a vera.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As luzes se apagam e Junior volta todo galã, sem a jaqueta,
e sem o colete de antes (colete aliás que remete a essa <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_Uma_Vez..._Ao_Vivo#/media/Ficheiro:Era-uma-vez.jpg">outra turnê aqui</a>), olhando diretamente para a câmera nos primeiros versos de
Enrosca. É um belo número, tal qual todos nós nos lembrávamos, com menções à turnê
de 2002 e ao clipe que dominou as paradas no ClipeMania. Não satisfeito em dar
um show de dança, ele ainda emenda um solo de bateria animal bem na frente do
palco. Nunca fui muito a favor dos solos de batera do Junior, por achar que eram
por demais introspectivos e tiravam a energia do show, mas dessa vez... Uau!
Como os projetos solo desse hiato fizeram bem a ele! O solo reverbera e conversa
com a plateia. Confirmando sua veia de showman, Junior ainda faz a introdução
para A gente Dá Certo, outro ponto alto do show, com muita coreografia e eu
pulo demais nessa daí. Juninho fez até o dental floss dancing aqui. AMO!!!! Ao
final, claro que estou mortinha da Silva. Poucas pessoas dão valor, mas acho A
gente Dá Certo uma música que... dá muito certo em show! Fiquei feliz quando
soube que estava no setlist.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eles, que não são bobos nem nada, a essa altura também já
estão mortos, e emendam uma parte acústica sentadinhos na frente do palco. A
plateia fica com muita inveja disso, pois estamos todos em pé há muito mais
tempo. As pernas já estão sentindo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa parte do show tem sido uma válvula de escape para
antigos sucessos que há muito tempo eles não cantavam, e onde eles têm encaixado
os pedidos especiais que têm surgido durante a turnê. Realmente não dá pra
reclamar de setlist. Eles tão cantando tudo, nem que seja um pedacinho. Dentre
as inesperadas, eles já tocaram “Ilusão”, “Vamos Construir” e “Dias e Noites”
em outras cidades. E aqui fica muito explícito que o discurso deles de que essa
turnê é um presente para os fãs é de verdade. Eles realmente querem agradar, e
estão fazendo todas as nossas vontades. Eles chegam a comentar isso, e eu mando
sem vergonha nenhuma: “VOLTA A DUPLA ENTÃO!!!!”. Não custa nada pedir, né? Aqui
no Rio, ficamos com Inveja, Ilusão, Era uma Vez, Não ter e Replay (sinceramente
não sei o que os fãs veem tanto em Replay, por mim essa ficava esquecida no
churrasco, não me traz boas lembranças). Assim, como combinado, o público puxa A
Estrela que Mais Brilhar, e a Sandy faz essa cara:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; color: #8899a6; font-family: "helvetica neue" , sans-serif; font-size: 12px; text-align: center; white-space: nowrap;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="twitter-tweet">
<div dir="ltr" lang="pt">
<span style="background-color: white; color: #8899a6; font-family: "helvetica neue" , sans-serif; font-size: 12px; text-align: center; white-space: nowrap;">Durante o momento acústico do show de ontem, a galera puxou a música "A estrela que mais brilhar".</span><br />
<span style="background-color: white; color: #8899a6; font-family: "helvetica neue" , sans-serif; font-size: 12px; text-align: center; white-space: nowrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #8899a6; font-family: "helvetica neue" , sans-serif; font-size: 12px; text-align: center; white-space: nowrap;">Sandy fez uma cara de "Eu disse que era pra colocar no show". Confira. 🤭 <a href="https://twitter.com/hashtag/NossaHistoriaSJ?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#NossaHistoriaSJ</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/MPN?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#MPN</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/SandyEJunior?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#SandyEJunior</a> <a href="https://t.co/Rii3UOwiYl">pic.twitter.com/Rii3UOwiYl</a></span></div>
<span style="background-color: white; color: #8899a6; font-family: "helvetica neue" , sans-serif; font-size: 12px; text-align: center; white-space: nowrap;">— S▽▲J | Nossa história (@SeJTour30Anos) <a href="https://twitter.com/SeJTour30Anos/status/1157723583420010496?ref_src=twsrc%5Etfw">August 3, 2019</a></span></blockquote>
<script async="" charset="utf-8" src="https://platform.twitter.com/widgets.js"></script></div>
<span style="background-color: white; color: #8899a6; font-family: "helvetica neue" , sans-serif; font-size: 12px; text-align: center; white-space: nowrap;">
</span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com certeza tá stalkeando os fãs pra atender os pedidos, e
deve ter sugerido pro Junior colocar no setlist do Rio e ele não escutou. Ela
até acompanha um pouco, mas o Junior fica inseguro de continuar, pois não tinha
ensaiado. Ele pede desculpas, pois não se lembra mais como toca e Sandy confirma
que essa daí eles NUNCA tocaram em nenhuma turnê. Mas prometem que talvez no
show do dia seguinte eles toquem. (E eles <a href="https://twitter.com/SeJTour30Anos/status/1157841156824281089">tocaram MESMO!!!!!</a>).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A galera que acompanhou os outros setlists já está sentido
falta de Inesquecível, e Sandy diz alguma coisa pra introduzir o momento mais emocionante
do show. Eu tava de boa, mas aquela introdução, com as imagens de vários
momentos da carreira, dispararam um gatilho dentro de mim, porque comecei a
lembrar de um monte de coisa que aconteceu e confesso que deu uma balançada. Eles
cantam essa música todinha com essa montagem ao fundo, e a canção ganha ares de
um pedido quase desesperado dos fãs em “Não, não me deixe mais”. Vi muita gente
em prantos nessa daqui. Foi de arrepiar. Mesmo. (A galera errou até a letra. Taí
a explicação de por que colocaram partes do Pacaembu no DVD do Maracanã, hehe).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entramos então na sequência final com Super-Herói (com
aquela demonstração de carinho dos irmãos ao final e a homenagem das bolinhas -
eu não aguento ficar com a minha até o final, e jogo pro alto no meio da música,
eu preciso cantar essa música com todos os músculos do meu ser!), A Lenda (que coral,
como gritei!) e Cai a Chuva (danço muito em Cai a Chuva, essa é outra que tem
uma energia fenomenal!). Esta última com tudo o que tem direito: Miltinho no
saxofone, balé, pirotecnia no palco e uma chuva de papel picado linda de morrer.
Dá gosto de ver quando o show foi pensado pra você, né?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eles saem do palco, e a plateia entoa um coro lindíssimo de
Quando você passa. É lindo, lindo, lindo demais.<o:p></o:p><br />
<br />
Começa um vídeo com um depoimento dos dois, contando por que eles resolveram fazer a turnê, como eles são gratos pelos fãs fiéis que eles têm, que nunca se desligaram de Sandy e Junior. Os dois muito emocionados levam o restante dos fãs às lágrimas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Na volta pro Bis, eles voltam com Turu Turu, todos trabalhados
na emoção, com imagens da dupla que compartilham o telão com a letra da música, e é possível ver todo mundo cantando com os olhinhos fechados e a mão
no coração. É a declaração de amor final de uma dupla que sabe o tamanho da paixão de seus fãs. Emendam Desperdiçou, se divertindo à vera, e terminam com Vamo
Pulá. E como eu pulei, meus amigos. Pulei muito alto! Pulei como se ainda tivesse
10 anos. Pulei sem nem querer saber como ia ser a aterrissagem. Uma nova chuva
de confetes e papel picado é lançada para a plateia. Os dois se abraçam e Junior
vira de costas, destacando o símbolo dos triângulos brilhantes. Irmãos, acima
de tudo. A plateia grita: “In-se-pa-rá-veis!!!! In-se-pa-rá-veis!!!! In-se-pa-rá-veis!!!!”
Os dois vão em direção ao lugar onde começaram o show, dão as mãos e se abraçam
deixando só silhueta para mais uma foto perfeita, remetendo agora aos últimos
shows da turnê de 2007.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi lindo. Foi massa. E eu fui.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Olho em volta ainda sem entender o que acabou de acontecer. Fico
tentando processar o poder que esses dois têm de entregar um show desse porte,
com essa energia, com tamanha entrega. Que falta eles fazem na música pop! Que
delícia poder viver isso de novo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na saída do show, o público se recusa a parar de cantar, e
continuamos entoando Quando Você Passa em uníssono. Quando essa termina, emendamos
com A Lenda e Desperdiçou. E quando finalmente alcançamos o pátio externo,
percebemos que está chovendo. E qual o problema disso? Os ambulantes vendem
capas de chuva, mas ninguém nem faz questão. Nada melhor do que Cai a Chuva, na
chuva de verdade, pra encerrar esse dia histórico. Estamos de alma lavada.
Literalmente. Que venha o Parque Olímpico (e o resfriado agora!).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6HwbX408h8P4kfX-HcGfwnvax0DIg0CdHFqsdtmq4BtwA57f4rJWevSpl6Zy4DidUacJNvu1OLm6uykvU5U6oRQQMHWJFuQgfdAOecNzO1nztRZTwjRkKoIm1EQl1gYgOgISKRcmi8f4w/s1600/67471976_1351184118370460_1865190342580502528_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="872" data-original-width="872" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6HwbX408h8P4kfX-HcGfwnvax0DIg0CdHFqsdtmq4BtwA57f4rJWevSpl6Zy4DidUacJNvu1OLm6uykvU5U6oRQQMHWJFuQgfdAOecNzO1nztRZTwjRkKoIm1EQl1gYgOgISKRcmi8f4w/s320/67471976_1351184118370460_1865190342580502528_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-108196725755381942019-08-05T21:46:00.001-03:002019-08-05T21:46:19.192-03:00Aquela dos (quase) 30<div style="text-align: justify;">
Eu sei que você não aguenta mais me ouvir falar de Sandy e Junior. Mas o nome do blog é Inútil Nostalgia, e, ultimamente, graças ao retorno da dupla tenho me sentido com 15 anos de novo, tanto é que tá dando MUITA vontade de escrever. Então, é isso ou nada. Aceitem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de tudo, uma pequena recapitulação. Sandy e Junior começaram a carreira ainda bem pequenininhos, mas foi na adolescência que os dois realmente estouraram como fenômenos da música pop. Eles estavam em todos os lugares e ocupavam todos os “cargos” de importância deste cenário da época. Gravaram a versão brasileira pra música do Titanic, tinham um seriado na Globo, carreira internacional, 1os artistas brasileiros a lotarem sozinhos o Maracanã.... A lista de conquistas era infinita. E é de se admirar que com tanto sucesso, eles não tenham pirado na batatinha, como tantas estrelas mirins. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, depois dos 18 anos, Sandy e Junior não queriam mais ser um fenômeno pop. Eles queriam respeito, e sentiam a necessidade de se provar que eram mais do que ídolos adolescentes. Eles queriam ser valorizados como músicos talentosos que são. Daí em Identidade, assinaram a autoria das próprias músicas e tiraram o balé dos shows. No disco seguinte, o mais disruptivo talvez, tentaram se afastar ainda mais da imagem que haviam construído, com um CD sem nome, sem a logo oficial, sem nenhuma fonte que remetesse à dupla. Sandy e Junior pareciam ter vergonha de seu passado. Os fãs sentiram o baque. Acostumados a superproduções e uma campanha sempre milimetricamente calculada, os novos caminhos pareciam sinalizar que eles não eram mais a prioridade. Sandy e Junior tinham seus próprios sonhos. E esses sonhos talvez estivessem em descompasso com os anseios de seu público.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Durante muito tempo foi difícil entender o porquê da separação. Afinal, por que acabar algo tão legal que ainda dava um bom caldo? O fã egoísta não queria que acabasse. Mas a experiência própria me mostrou que ninguém merece ser infeliz, ou viver em função daquilo que os outros esperam de você, e durante uma fase difícil, Super-Herói passou a fazer pra mim todo o sentido que sempre teve pra eles. Eu, que sou pobre, tinha vontade de jogar tudo pro alto, mas aguentei até traçar outro caminho. Eles que são RYCOS não tinham a menor necessidade de aguentar tudo isso. E ninguém aguenta trabalhar naquele ritmo frenético pra sempre. Tinha um planejamento, não só de carreira, ali em 2007, mas de vida também. E, sinceramente, eles têm todo o direito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E aí é que só 3 décadas nas costas fazem a diferença. É claro que o peso do tempo faz as costas doerem (como bem cantou a própria Sandy), mas também traz uma leveza em relação a muitas coisas que antes eram um problema. É bom rir dos problemas e não ter mais a necessidade de se provar. É bom não sentir mais a necessidade de ser aquilo que você não é.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro dia saí com um grupo de novinhos, alguns meio escrotinhos, e pensei: "Como é bom ter quase 30 e poder dizer o que você pensa pra esses pirralhos que se acham". Ao mesmo tempo, em meio a essa comoção adolescente que tomou conta do país, também me peguei pensando: "Como é bom ter quase 30 e dizer sem a menor culpa que você está louca pra ir ao show de Sandy e Junior, né?".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que é essa leveza que o Junior tanto fala. A de não ter vergonha de quem você é. E de rir de si mesmo. E se orgulhar do seu passado sim (a ponto de abraçar a causa e fazer o passinho do Dig Dig Joy na coletiva!). Fico feliz de ver Juninho, que sempre foi noiado com essas coisas, nesse nível de deboísmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Especialmente porque essa atitude faz os dois abraçarem a causa, e fazerem um show projetado especialmente para os fãs, com balé, e efeitos, e músicas que todo mundo quer escutar, tal qual os primeiros anos do século XXI.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que venha a Nossa História!</div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-84028766018255867392019-08-05T21:46:00.000-03:002019-08-05T21:46:00.546-03:00Quando (1+1) > 2<div style="text-align: justify;">
Quando Sandy e Junior terminaram a dupla em 2007, li um texto no blog do Zeca Camargo cobrindo a emoção do último show ever da dupla em que ele colocava que ali não era só uma questão de admiração e fanatismo, mas quase um ritual de passagem em que os fãs se despediam de um ícone que marcou uma geração e representava praticamente "<a href="http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2007/12/20/fas/">a trilha sonora</a>" dos ali presentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como se nos consolasse, Zeca dizia que tudo foi muito intenso até ali, mas que o tempo ia lentamente fazer a chama se apagar. E todos íamos ficar bem. Um dia iríamos lembrar com carinho da época que passou, mas estaríamos em outra, que aquela paixão toda inevitavelmente se transformar em memória apenas. Pois bem, Zeca, gostaria de dizer que nesse ponto você estava terrivelmente enganado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Agora fui procurar o texto da época, e na verdade não tinha nada disso, mas juro que li em algum canto ele comentando algo parecido com relação a alguma fascinação dos tempos da adolescência. Tem um que ele comenta como ficou desolado com o fim dos Smiths enquanto discorre sobre o final de Harry Potter sobre a geração. Será que minha memória está fazendo mash up das coisas? Talvez. É a idade...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pois, 12 anos depois do final da dupla, bastou um anúncio no início de janeiro desse ano para que esse turu turu aqui dentro voltasse a bater com toda a força. (De verdade, o coração tem dado uns pulinhos muito estranhos desde que isso tudo começou). Tenho acordado feliz, sorrio sem motivo, rio à toa, me divirto nos fóruns, canto alto e sinto que tenho 15 anos (ou seria menos?) novamente. Mesmo que sejam só 10 shows*, está sendo extremamente gratificante viver todas essas emoções, compartilhar toda essa adrenalina que só o fã hardcore é capaz de sentir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">* que depois se tornaram muito mais!</span></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(E olha que quando eu tinha essa idade aí eu era até bem normal, depois de velha é que eu fiquei retardada!)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E se a gente tá assim, é claro que pelo resto do Brasil o negócio tá muito doido! Não é preciso ser fã para entender o tamanho da comoção. Basta ter um mínimo de memória.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde 2007, ídolos teen vieram e se foram, mas duvido que algum desses cause o nível de comoção causado pela volta de Sandy e Junior. Primeiro porque nenhum deles chegou perto do nível de alcance dos irmãos. Para quem não lembra, lá em 90, não existia música boa ou música ruim. Existia Sandy e Junior. Simples assim. Eles estavam em todos os lugares. Rádio, TV, cinema, revistas. Nas festas de aniversário, era só isso que tocava. Até quem não gostaaaaaava, tinha simpatia pela dupla. Você pode até não curtir, mas não pode negar os fatos. Eles são o maior fenômeno pop que esse país já viu. Fizeram parte da história de toda uma geração por quase 2 décadas, e isso é coisa pra caramba! (Aliás, extremamente feliz o nome da nova turnê). Aceitem isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É claro que existia todo um complexo midiático em volta dos dois. Mas quem acompanhou sabe que o talento dos dois é DE VERDADE. Tanto é que, musicalmente, também não apareceu mais nada igual. Boysband vem e vão, mas duplinha magia assim só Sandy e Junior, meus queridos. (Eu tive que ir buscar <a href="https://inutilnostalgia.blogspot.com/2012/02/upp-pop-em-dose-dupla.html">NO MÉXICO</a> uma dupla de irmãos pop parecida, e mesmo assim não é a mesma coisa. O fator "trilha sonora da vida" conta muito nessa relação) As músicas, antes subestimadas, sobreviveram ao teste do tempo e envelheceram superbem. Ainda soam adolescentes? Talvez sim, mas também parecem extremamente bem produzidas (principalmente as da era de ouro 1999-2002) e absurdamente divertidas. Experimenta ouvir o 2001 de novo. Senhor do Céu, esse CD é um hino do início ao fim. E isso eu tô falando quase 20 anos depois!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sandy e Junior desafiam a matemática. Com eles, 1+1 não é igual a 2. Os dois juntos são muito mais. É magia, é nostalgia, é muita emoção. Não dá pra explicar. A história de toda uma geração se confunde com a história da dupla, e a memória afetiva é um negócio poderoso demais.<br />
<br />
Remexer no baú da história de Sandy e Junior é mexer nas memórias de toda uma geração e a produção da turnê foi extremamente feliz em perceber isso. Muitos dos fãs gostam de Sandy e Junior antes mesmo de se entenderem por gente. Tem fitas aqui em casa de uma Elisa bebezinha dançando ao som da k7 de Sábado à noite. Ver os vídeos antigos da carreira deles é lembrar de momentos importantes das nossas próprias vidas, pois, afinal de contas eles foram a trilha sonora perfeita para quem crescia ali nos anos 90 / 2000. O dia do último show no Rio (02/12/2007), por exemplo, foi o dia em que fiz prova de vestibular pra UERJ, e eu passei naquele vestibular e hoje sou uma profissional super realizada na área que escolhi. Vê-los mais novos nessas imagens é quase como um espelho que nos lembra que já fomos pedaços de gente também.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por último, pode ser coisa de millenial, mas lidar com esse mundo de 2019 não está sendo fácil. E essa "fenda no tempo" sugerida pelos dois veio bem a calhar. A realidade tem batido com muita força, e está difícil aguentar um mundo tão sem compaixão, e sem esperança de solução no curto prazo. E dá vontade de voltar no tempo mesmo, para uma época mais simples, em que as únicas preocupações eram chegar na segunda-feira na escola e comentar o episódio do seriado que passou no dia anterior. Tem sido um verdadeiro alívio chegar em casa e acompanhar todo esse frenesi novamente e esquecer todas as outras tragédias que inundam o noticiário. O escapismo nostálgico não é só uma maneira de negar a realidade, mas tem sido a única solução para manter um mínimo de saúde mental. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sandy e Junior povoam o imaginário de muita gente com um significado que talvez só agora eles se deem conta: o amor. E a gente estava precisando disso. Desse amor fraternal representado no palco, desse amor puro da adolescência traduzido nas canções, desse afago no coração do fã que diz que vai retribuir um pouco desse amor e realizar todos os seus desejos... Já tem tanta coisa ruim acontecendo no mundo, sabe? A gente tava precisando de mais amor. Em doses cavalares. E eu só posso agradecer a dupla por injetar essa quantidade de amor nas nossas vidas esse ano.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/d/d0/NossaHistoriaTour.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="300" height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/d/d0/NossaHistoriaTour.jpeg" width="213" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E se a ideia era não só fazer uma homenagem, mas também gerar novas lembranças, o objetivo está sendo cumprido. Pois junto com todas as memórias de mais de duas décadas, agora se juntam as lembranças do tumulto que eles estão causando em 2019 com essa nova turnê. Eles estão fazendo história... de novo!</div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-34736545151349149052019-03-02T19:50:00.001-03:002019-03-02T23:38:03.150-03:00Desperdiçou<div style="text-align: justify;">
Primeiro de tudo, se você acha que o título do post faz menção aguardadíssimo dia <a href="https://www.terra.com.br/diversao/purebreak/save-the-date-sandy-e-junior-irao-anunciar-mais-informacoes-sobre-a-turne-de-30-anos-em-breve,6167801aed9e332af01e86ad68c95096ajtamgjt.html">13/03</a>, sim, você está correto. Graças a Deus e a <a href="https://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2019/01/lucas-se-diverte-com-sandy-cantando-power-rangers-para-theo-no-banho-quem-diria.html">Theo</a>, alguma coisa tocou o coração da nossa duplinha e aguardamos ansiosamente o dia em que finalmente as coisas vão<a href="https://inutilnostalgia.blogspot.com/2017/04/um-dia-de-tristeza.html"> começar a dar certo de novo para o Brasil</a> com a volta de Sandy e Junior. E eu que estava esperando alguma coisa bem menos espalhafatosa, depois da foto de <a href="https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2019/02/19/sandy-mostra-flexibilidade-me-aula-de-bale-paixao-antiga-e-eterna.htm">Sandy ensaiando balé</a>, agora já acho que o negócio vai ser de arrasar mesmo. Porque o que eu tô vendo é comprometimento, minha gente. E quando esses dois tão a fim, ah, meus queridos, não tem pra ninguém não.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, enquanto dia 13 não chega, assisti essa romcom da Rebel Wilson que estreou na Netflix, cujo título em português com certeza está com uma letra a mais, e fiquei extremamente desapontada com como uma ideia tão boa pode ser tão mal aproveitada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfCPacYNjBmIDa6xmISUKTXLJHzFNez2UDUvOyVFw_Hoj6SVCDYeO7qPkD77vqSNKu9HBVAjOLR6b2-nSatz3PRLDfIazTpUEn8z7mMm74LVyhVC8MzBLJLpiHO7NiIO_9A9JWxu1d4Akt/s1600/MEGARRROMANTICO.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="503" data-original-width="1348" height="147" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfCPacYNjBmIDa6xmISUKTXLJHzFNez2UDUvOyVFw_Hoj6SVCDYeO7qPkD77vqSNKu9HBVAjOLR6b2-nSatz3PRLDfIazTpUEn8z7mMm74LVyhVC8MzBLJLpiHO7NiIO_9A9JWxu1d4Akt/s400/MEGARRROMANTICO.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Sinopse: Uma jovem desencantada com amor misteriosamente se encontra presa dentro de uma comédia romântica.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de tudo uma contextualização: durante a década de 90 / 00, as romcoms tiveram sua era de ouro com títulos que basicamente se tornaram clássicos do gênero como Uma Linda Mulher, Notting Hill e Noiva em Fuga (Julia Roberts é a rainha do gênero mesmo). Era uma época linda em que a gente ia à locadora num sábado chuvoso e sempre tinha alguma comédia açucarada dando sopa pra alegrar nossas tardes embaixo do edredon. Muitas pessoas subestimam o gênero, alegando que "são cheios de clichês" ou "muito formulaicos", mas o que o tempo nos ensinou é que fazer uma boa romcom realmente é uma arte e o sucesso dessas histórias está no nível de envolvimento emocional do público com aqueles personagens, e não necessariamente numa fórmula pré-estabelecida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tanto é que após essa era de ouro, tivemos filmes não tão legais assim como <i>Ligeiramente Grávidos</i>, <i>A Verdade Nua e Crua</i> e <i>Par Perfeito</i>, e com isso, Katherine Heigl <b>praticamente enterrou o gênero</b>. Os estúdios pararam de produzir as romcoms por motivos de <strike>Katherine Heigl </strike> $$$$ e passaram a investir somente em filmes de super-heróis que basicamente dão uma rentabilidade muito maior. E então tivemos uma era de escassez de comédias românticas, porque, com um orçamento de US$ 30-40 MM, ninguém queria colocar dinheiro nesses filmes já que os chineses (e os outros países) não curtem romcoms no cinema (não se enganem, Crazy Rich Asians não é sobre diversidade em Hollywood, é sobre um chinês muito rico que tem um plano ambicioso de faturar muito no mercado oriental!!!).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/PwT0gsfbydQ" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só que aí veio a Netflix e eles perceberam que as pessoas ainda amavam as comédias românticas, porque eram sempre os mais assistidos do catálogo (porque, afinal de contas, ainda existem sábados chuvosos e tudo o que você precisa num dia desses é de um romance com bastante acúcar para ficar debaixo do edredom) e eis que estamos vivendo um momento de retomada das comédias românticas, puxado principalmente pela Netflix que parece ter o orçamento e o público alvo perfeitos para acomodar esse tipo de projeto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dentro desse contexto, no dia dos namorados dos EUA o filme estreou nos EUA e uma semana depois na Netflix no resto do mundo. E eu estava muito animada porque a premissa do filme realmente era muito boa, mas, não foi dessa vez.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como eu disse antes: fazer uma boa romcom é uma arte, e um projeto desse estilo, com os dois pés na metalinguagem, exigia um comprometimento além da fórmula ou do óbvio. O filme tinha potencial para ser, basicamente, um "<a href="https://inutilnostalgia.blogspot.com/2011/01/disnerd.html">Encantada</a> das romcoms" e entrar no hall dos clássicos do gênero, mas fica perdido entre a paródia e a homenagem e não entrega nenhum dos dois direito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Se quiserem uma boa paródia de comédia romântica procurem <i>Encontros e Desencontros do Amor</i>, com a Amy Poeheler, Paul Rudd e Nova York, afinal, "a cidade é praticamente um personagem" das melhores romcoms)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BMTkzNzA2Nzc1Ml5BMl5BanBnXkFtZTgwNzcwNzk3MTE@._V1_SY1000_SX675_AL_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="540" height="400" src="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BMTkzNzA2Nzc1Ml5BMl5BanBnXkFtZTgwNzcwNzk3MTE@._V1_SY1000_SX675_AL_.jpg" width="270" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Atenção para a o elenco do filme ali embaixo nas letrinhas miúdas</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O roteiro problemático é a causa raiz dos problemas. É claro que ele tem boas sacadas e explora alguns dos maiores clichês do gênero, mas até nisso peca ao subestimar a inteligência do expectador e explicar todas as referências tin-tin-por-tim. Mas o problema maior é estrutural mesmo, com uma mocinha que não abraça sua nova realidade em nenhum momento e por isso não transmite verdade na mensagem empoderadora quando deveria subverter as regras do jogo. Além disso, os plots dos coadjuvantes não complementam em nada a história da protagonista, sem contar aqueles que acabam subutilizados entre uma realidade e outra.</div>
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<br /></div>
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A <a href="https://observer.com/2019/02/how-isnt-it-romantic-failed-rebel-wilson/">direção</a>, por sua vez, também tem momentos inspirados (repare como por exemplo, no início, ele filma com a câmera na mão e iluminação propositalmente incômoda para refletir como a "vida real" não é nada como nos filmes, mas após a virada, os cenários estão sempre floridos e excessivamente iluminados*), mas na mão alguém mais apaixonado pelo gênero, o filme poderia ter feito um estrago nas referências. É claro que estão lá o Central Park, a cena do sorvete, vários figurinos de Uma Linda Mulher e um número musical fora de contexto, mas fiquei extremamente decepcionada pela ausência da cena da montagem da transformação. Especialmente porque eles tiram muito sarro disso! E depois não mostram? Por favor! Achei até falta de respeito! Além disso, existem incoerências geo-temporais que não sei até que ponto se sustentam pelo argumento da paródia, piadas que com certeza se perderam em algum momento da edição e uma trilha sonora**, que apesar de pinçar músicas-tema de outras comédias românticas, é basicamente só isso mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">* Mais ou menos como Encantada troca o tamanho da tela de 4:3 para 10:9 (widescreen), quando altera entre o desenho animado 2D e o live action.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">** Um exemplo de trilha paródia esperta é Amizade Colorida, por exemplo, que tira um sarro das musiquinhas chiclete ao mesmo tempo em que se apropria da fórmula na cena do flashmob. Tá vendo, gente, não precisa muito. É só ter um roteiro arrumadinho.</span></div>
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<br /></div>
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O negócio todo é que muitos desses elementos às vezes parecem jogados na tela de qualquer jeito apenas pelo fan service e não se encaixam dentro de um roteiro desconjuntado que acha que só o fan service é suficiente. Juntando roteiro e direção, tem <a href="https://www.vulture.com/2019/01/crazy-ex-girlfriend-recap-season-4-episode-11.html">um episódio de Crazy Ex Girlfriend</a> com a mesma premissa que dá um banho nesse aqui e também tem uma cena do karaokê 1000 vezes mais divertida (fun fact: quem escreveu o episódio foi a mesma roteirista de O Diabo Veste Prada. Tá vendo: paixão é a chave!). </div>
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<br /></div>
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Sobre as atuações, Rebel Wilson obviamente não é Amy Adams e tem suas limitações, mas só incomoda mesmo por não convencer como mocinha vulnerável. Mas também não é Amy Poheler, que além de engraçada, contribui criativamente para os projetos e certamente acrescentaria pelo menos um par de piadas acima da média. Pensando alto, a Aidy Bryant do SNL ia cair como uma luva aqui. Mas já estamos no lucro, pois não tivemos Rebel Wilson fazendo nenhuma piada de pum. O resto do elenco entrega o que é necessário e Liam Hemsworth tem bom tempo de comédia, mas com esse roteiro meio sem pé nem cabeça, fica a impressão de que poderiam fazer muito mais.</div>
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<br /></div>
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Como sempre faço, em um rápido exercício de brain storming era possível ajustar as arestas e chegar no mesmo resultado, o que claramente denota uma falta de carinho com o material. O que não quer dizer que o filme não seja divertido. É. Muito. Ri alto em vários momentos. A decepção é muito mais pelo <a href="https://www.empireonline.com/movies/romantic/review/">desperdício</a> de uma ideia tão boa resultar num filme tão meia boca. E nesse momento de ascensão reticente, a gente não pode ficar desperdiçando romcoms assim! Essa premissa nas mãos de pessoas mais experientes ou mais apaixonadas certamente resultaria num novo clássico do gênero (coisa que nenhuma das romcoms pós-era de ouro conseguiu até então***). Fazer comédia romântica é uma arte. Fazer uma comédia romântica sobre comédias românticas então, nem se fala. Mas não foi dessa vez. Ficamos aqui no aguardo do dia 13 e de uma romcom que não só tenha o final feliz, mas que aqueça nossos corações por muitos sábados chuvosos debaixo do edredom. </div>
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<span style="font-size: x-small;">*** E ninguém na música pop conseguiu depois de Sandy e Junior, no Brasil, aliás.</span></div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-50481900339962536862018-04-30T21:24:00.000-03:002018-04-30T21:39:50.538-03:00Não era promo, era... Cilada!<div style="text-align: justify;">
Olá, amiguinhos, tudo bom? Tem tempo que não apareço por aqui, e já não faço mais questão de pedir desculpas por isso (perdi a vergonha mesmo), mas, mesmo assim, não me desfaço do blog porque é sempre bom ter um lugar para escrever histórias que não cabem num espaço de <strike>140</strike> 280 caracteres. Eu sei que tem gente que posta fanfic, contos, promove debates no Twitter, mas, sinceramente, a plataforma não foi feita pra isso, e fico até com preguiça de ler quando a thread é muito longa. (A cada dia que passa fica mais difícil segurar essa barra que é a internet <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2011/03/o-passaro-e-rata-de-forum.html">sem os fóruns</a> ou <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2014/09/toy-story-3-e-o-fim-do-orkut.html">sem o Orkut</a>. Pois é, já falei que eu nunca vou superar!). Mas, resmungos à parte, vamos ao que interessa.</div>
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<br /></div>
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Desde que comprei o apê (pois é, contei o início da aventura em algum ponto do passado, e não voltei pra contar o final... Foi uma novela emocionante, cheia de reviravoltas, blefes e muito estresse, uma vilã pior que bruxa má da Disney... Mas, no final, deu tudo certo, e posso dizer que é bom demais ter um cantinho pra chamar de seu). Mas enfim, desde então, venho me empenhando no Projeto Decoração, que já colocou vários quadros e nichos nas paredes (outra coisa legal de ter casa própria é poder furar as paredes o quanto você quiser!) e recentemente, principalmente, depois de ter ganhado um porta-retratos lindíssimo de aniversário do pessoal do trabalho (ah, tem isso também, agora todas as datas comemorativas eu quero coisas de casa...), estava numa fase “Fotos”.</div>
<br />
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<a href="https://blog.casashow.com.br/wp-content/uploads/2013/10/fa%C3%A7a-voc%C3%AA-mesmo-porta-retrato08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="376" data-original-width="499" height="300" src="https://blog.casashow.com.br/wp-content/uploads/2013/10/fa%C3%A7a-voc%C3%AA-mesmo-porta-retrato08.jpg" width="400" /></a></div>
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Como geralmente esse não é o tipo de coisa com o qual eu gaste normalmente, procurei no programa de pontos do Santander se eles tinham algum pacote de revelação de fotos. E tinha! O mínimo para revelar era um total de 200 fotos, e na verdade, eu só queria umas 20. Mas, como era de graça, fiquei meses selecionando as melhores fotos dos últimos anos. Ia ser legal fazer um álbum bem bacana com elas depois, como nos velhos tempos em que a gente revelava os filmes e depois se reunia para vê-las. Foi um <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com.br/2013/05/juventude-em-preto-e-branco.html">processo gostoso</a> e deu uma saudade danada das pessoas, dos lugares, de momentos que foram especiais.</div>
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<br /></div>
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Depois de muito garimpar, finalmente cheguei ao número exato de 200 fotos para revelar. Entrei no site do Santander Esfera, digitei “Revelação de fotos” na busca, selecionei o produto que me daria um voucher para revelar as 200 fotos, digitei o meu CEP e... “Não entregamos neste CEP”. COMO ASSIM VOCÊS NÃO ENTREGAM NESSE CEP???? Coloquei o CEP lá de Nilópolis. A mesma coisa. Entrei em contato com a loja responsável pela revelação e contei o que havia ocorrido. A loja respondeu dizendo que entregava normalmente. Obviamente era um bug no site (mais um, na verdade, eita sitezinho horroroso!!!!).</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDQWNQfPuQT-VFvFjZw44Fu3sqTEfAbj5sEVVn6iVkOqqnYO7uycC-MEvVqPIePtv9WiWF03ZRbJqdPbiKAxXX_s6vm3NLh9k-SPAOsaoypTRNQRnkzxt0CF7odDrOonfQ2uZXTPoNJ7dG/s1600/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDQWNQfPuQT-VFvFjZw44Fu3sqTEfAbj5sEVVn6iVkOqqnYO7uycC-MEvVqPIePtv9WiWF03ZRbJqdPbiKAxXX_s6vm3NLh9k-SPAOsaoypTRNQRnkzxt0CF7odDrOonfQ2uZXTPoNJ7dG/s320/hqdefault.jpg" width="320" /></a></div>
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<i><span style="font-size: x-small;">Podia começar dando um jeito nesse site do Esfera...</span></i></div>
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Comecei a procurar na internet outras lojas que faziam revelação e os preços eram bastante acessíveis, cerca de R$ 0,20 cada uma em alguns pacotes promocionais. O que encarecia era o frete, e mesmo assim, ainda ficava bem em conta. Encontrei um site, inclusive, que dava 30 fotos grátis na primeira compra! Pensei então, em revelar só umas 50, e com o desconto de 30 fotos, só pagaria 20 fotos mais o frete. Um excelente negócio, exclamei para mim mesma!</div>
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Já estava com essa ideia na cabeça, quando pensei: “E se eu procurasse essa outra loja, que tem essa promoção, no Esfera, pra ver se eles também têm convênio com o Esfera? Porque aí eu não ia precisar pagar NADA! E o serviço deles, na verdade, parece ser muito bom!”. Entrei novamente no site do Esfera e digitei o nome da loja. Para minha surpresa, o Esfera achou a loja, e um produto para troca: “Vale Revelação - Leve 150 fotos e pague 100”!!!!! A quantidade de pontos estava razoável, e as 100 fotos equivaliam a mais ou menos a um produto de 20 reais, com a proporção geralmente atribuída a esse sistema de trocas totalmente louco... E eu ainda ia poder usar o desconto das 30 fotos grátis, o que no final das contas, só me faria pagar por 20 fotos, como havia imaginado, mas levaria as 200 fotos que eu queria inicialmente!!! (quer dizer, que eu passei a querer, depois de achar que poderia trocar todas elas por pontos, e agora que eu tinha passado tanto tempo escolhendo, eu queria revelar todas elas mesmo!).</div>
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<br /></div>
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A Becky Bloom dentro de mim logo percebeu o que estava acontecendo. Eu, na verdade, estava ECONOMIZANDO! Por isso, troquei os pontos pelo voucher da loja dos mil descontos. Surpreendentemente o Esfera não deu pau, e a compra foi feita com sucesso. YES!</div>
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<a href="https://media.giphy.com/media/vrSacQBn54T6w/giphy.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="202" data-original-width="480" height="165" src="https://media.giphy.com/media/vrSacQBn54T6w/giphy.gif" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Fiz o upload das 200 fotos, mas coloquei pra revelar primeiro somente 50 fotos (coloquei as 50 primeiras da ordem que ele mesmo escolheu), porque o site não aceitava duas promoções ao mesmo tempo, e o desconto das 30 fotos só era válido na primeira compra. Depois selecionei as outras 150 fotos, ajustei todas as configurações de tamanhos, coloquei até mais algumas para imprimir em tamanhos um pouco maiores, ou menores, para caber nos porta-retratos que ainda tem aqui, e, finalmente, fui fechar o carrinho. Quando fui ver o total da compra, alguma coisa estava errada! Eu estava esperando pagar pelas 150 fotos mais ou menos uns 5 reais, ele estava me cobrando mais de R$ 50!!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ué, tem alguma coisa errada! Esse site está com problema, vou falar com eles para reclamar! Não é possível! Eu coloquei o número do voucher! Era pra ele estar me dando um desconto de 100% nas 150 fotos! O que será que está acontecendo?</div>
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<br /></div>
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Voltei ao site do Esfera e li novamente o que eu tinha comprado: “Vale Revelação - Leve 150 fotos e pague 100”. <i>NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOO!</i></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwK2Eh6-sA6scKY-hGrVl4RM6H7PvR55bebdZhe_0jKyWYgQ1L-_lDdz8gEZmku3Bcso7rCeJb8d7uLk9S8vjVApo0hBrZPpHhJ8hGObGAWR6Lvx7uS9joR6cKTvywHOtnm_7dMxN8yhV1/s1600/luke-n-est-pas-franchement-un-exemple-de.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="203" data-original-width="410" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwK2Eh6-sA6scKY-hGrVl4RM6H7PvR55bebdZhe_0jKyWYgQ1L-_lDdz8gEZmku3Bcso7rCeJb8d7uLk9S8vjVApo0hBrZPpHhJ8hGObGAWR6Lvx7uS9joR6cKTvywHOtnm_7dMxN8yhV1/s400/luke-n-est-pas-franchement-un-exemple-de.gif" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A troca não era por um voucher que dava direito a 150 fotos. A troca era para um desconto de 50 fotos se você levasse 150!!!!!!!! Ele dizia que todos aqueles pontos eram equivalentes a um produto de 50 reais*! Só que o desconto equivalente só dava 23 reais!!!! EU GASTEI 3000 PONTOS, QUE, SEGUNDO ELE, ERAM IGUAIS A 50 REAIS, POR UM DESCONTO DE 23!!!!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><i>*(ATENÇÃO! Fique atento: o Esfera sempre dá a opção de você resgatar o produto só com pontos, ou com metade dos pontos, mais uma parcela em dinheiro. Só que, veja só, quando você escolhe a segunda opção, você ainda assim paga o valor integral do produto se comprasse em qualquer outra loja!)* </i></span><letras pequenas=""></letras></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o pior: QUALQUER OUTRA PROMOÇÃO NO PRÓPRIO SITE, OU UM OUTRO VOUCHER DO PRÓPRIO ESFERA (que eu só descobri depois) QUE DAVA 40% DE DESCONTO EM TODO SITE, DAVAM MAIS DESCONTO DO QUE ESSA CILADA EM QUE EU TINHA CAÍDO!!!!!</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images.jovempanfm.uol.com.br/slbFLG53mo6bftnucYvcFgp1X-0=/top/smart/media.jovempanfm.uol.com.br/archives/2016/09/13/4082099503-.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images.jovempanfm.uol.com.br/slbFLG53mo6bftnucYvcFgp1X-0=/top/smart/media.jovempanfm.uol.com.br/archives/2016/09/13/4082099503-.jpg" data-original-height="201" data-original-width="480" height="134" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://jovempanfm.uol.com.br/musica/perfect-illusion-de-lady-gaga-faz-reproducao-de-cilada-do-molejo-crescer-102-no-spotify.html">Não era promo, era...Cilada!</a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
No final das contas, eu não estava mais economizando nada! Eu tinha perdido 3000 pontos (fora o dinheiro das primeiras 50 fotos) e estava pagando 15 reais a mais por 200 fotos que eu NEM QUERIA REVELAR DE VERDADE!!!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fui olhar se ao menos dava para cancelar a troca dos pontos. E é claro que era contra o regulamento.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2017/06/pior-do-que-pagar-boletos.html">Mais uma vez</a>, me encontro na própria definição contábil de Contrato Oneroso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora estou aqui desolada, me xingando de todos os nomes, e tentando pensar em uma saída para não sair tanto no prejuízo, mas já, talvez aceitando, que a melhor alternativa seja desistir dos pontos e revelar com o cupom da promoção de Dia das Mães, que vale mais a pena.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a lição que fica hoje é o velho provérbio desse homem trabalhador:</div>
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<br /></div>
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<a href="http://blogs.opovo.com.br/politica/wp-content/uploads/sites/61/2017/11/CyEvc1DXEAAlsbH-624x351.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://blogs.opovo.com.br/politica/wp-content/uploads/sites/61/2017/11/CyEvc1DXEAAlsbH-624x351.jpg" data-original-height="351" data-original-width="624" height="221" width="400" /></a></div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-35437325389437026662018-02-12T10:26:00.000-02:002018-02-13T18:05:08.740-02:00Você, Tonya<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cdn.cinepop.com.br/2018/01/eu-tonya-poster-pt.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="710" data-original-width="500" height="320" src="https://cdn.cinepop.com.br/2018/01/eu-tonya-poster-pt.jpg" width="225" /></a></div>
Desde que ouvi falar desse filme pela primeira vez, me perguntei por que seu título começava com a primeira pessoa do singular do pronome pessoal do caso reto. Não seria mais fácil ser só “Tonya”, afinal? Terminada a sessão, penso que o “Eu” no título se deva à alta capacidade de identificação gerada pela personagem.</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
Durante vários momentos do filme, me peguei pensando: “Eu sou Tonya Harding”. O relacionamento conturbado com a mãe, o cabelo desgrenhado, a rebeldia em tentar se encaixar, a raiva do não reconhecimento porque sabe que tecnicamente é a melhor, a vontade de mudar o sistema... Em certos momentos, a tela parecia se transformar em espelho, tamanha a identificação com a protagonista.</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
Tonya Harding era uma patinadora de gelo que representou os EUA nas Olimpíadas de Inverno duas vezes. Foi a primeira americana a executar o <a href="https://cdn.vox-cdn.com/thumbor/Dg5SqOBHpEWzZd744Gy_E8oGjP4=/0x0:480x266/1200x800/filters:focal(277x52:353x128):no_upscale()/cdn.vox-cdn.com/uploads/chorus_image/image/58496751/margot.0.gif">Triplo Axel</a> numa competição (diz que é um salto muito, muito difícil). Mas teve sua carreira interrompida graças a um incidente controverso (não vou dizer qual é, caso você não saiba, embora basta um Google para você descobrir) em que nunca foi lhe dada a oportunidade de contar a sua versão. </div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
É um filme com altas doses de feminismo, sem em nenhum momento pronunciar a palavra, ou fazer campanha. Com temas que vão desde relacionamentos abusivos, padrões sociais altamente questionáveis, passando pelo tribunal antecipado da mídia (alô, você aí da internet que fica fazendo textão, sem ler as coisas, essa é pra você mesmo!), é o filme certo na hora certa. </div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
Existe uma cena em que Tonya está com o rosto sangrando, sendo levada a força pelo marido, quando o carro é parado pela polícia. O policial VÊ que o rosto dela está sangrando, abre o porta-malas e encontra bebidas e duas escopetas, e DEIXA TUDO SEGUIR. Aconteceu numa cidadezinha dos EUA nos anos 80, mas podia ter sido aqui durante essa semana mesmo.</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
E nem por isso é um filme chato. Muito pelo contrário. Eu, Tonya te prende do início ao fim, e puxa suspiros e surpresas em diversos momentos.</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
Absolutamente bem executado, Eu, Tonya tira sarro da tragédia, com um humor auto-depreciativo, e uma montagem que intercala o acontecimento dos fatos com entrevistas dela e daqueles que fizeram parte da vida de Tonya. Sua narrativa, com múltiplos pontos de vista, nunca condena ou vitimiza qualquer dos personagens, muito embora alguns deles pareçam ter saído diretamente de um desenho animado, como o gordinho atrapalhado e a mãe que dá entrevista com um periquito no ombro (você pode achar que essas coisas mais absurdas são exagero do filme. Não são).</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
A edição às vezes videoclíptica, com direito a cortes rápidos e planos sequências espertos ao som dos maiores sucessos dos anos 70, 80 e 90, o roteiro que quebra a 4ª parede diversas vezes, e a câmera que acompanha Tonya toda vez que entra no rinque de patinação completam o serviço de trazer o espectador para dentro da tela. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://288filmes.files.wordpress.com/2018/01/narrownegativehippopotamus-size_restricted.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="600" height="165" src="https://288filmes.files.wordpress.com/2018/01/narrownegativehippopotamus-size_restricted.gif" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
Embora o trabalho de cabelo e maquiagem seja tenebroso, fazendo Margot Robbie parecer bem mais velha (e mais estragada) do que a personagem título (a verdade é que Margot já parece ter mais anos do que realmente tem, e o filme não fez nada para ajudar nesse ponto), a atriz faz um trabalho incrível, de entrega total. E eu que nunca dei nada por ela, fiquei de queixo caído.</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
Não é uma personagem fácil. Tonya era uma mulher que apanhou a vida toda (apanhou da mãe, do marido, dos juízes, da mídia, das pessoas...), e exatamente por isso nunca se fez de vítima. Era uma lutadora, que não desistia nunca. Mas também era amarga, orgulhosa, revoltada, com morais questionáveis, fruto de seu meio disfuncional, tanto para o bem, quanto para o mal. São de encher de orgulho as cenas em que Margot explode de felicidade ao executar os movimentos no rinque, como se ali tudo finalmente fizesse sentido. É de cortar o coração a cena em que o tribunal decide por bani-la do esporte que, literalmente, era sua vida. (Muito embora eu concorde que não houve injustiça ali. Uma atitude desportiva dessas, tinha que banir mesmo). E chega a ser emblemático que a última cena seja justamente ela levantando de um ringue de boxe.</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
Com tantos atributos, é de se espantar que o filme não tenha conseguido nenhuma indicação a melhor roteiro, ou a melhor filme. Mas, talvez, como a própria Tonya, sua biografia descolada e desbocada não se encaixe no perfil esperado pela Academia. Até quando?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://img.buzzfeed.com/buzzfeed-static/static/2018-01/11/18/asset/buzzfeed-prod-fastlane-02/anigif_sub-buzz-32175-1515714673-2.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="239" data-original-width="245" src="https://img.buzzfeed.com/buzzfeed-static/static/2018-01/11/18/asset/buzzfeed-prod-fastlane-02/anigif_sub-buzz-32175-1515714673-2.gif" /></a></div>
</div>
<div style="margin: 0px 0px 10.66px; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">PS. Depois de assistir o filme, faça o dever de casa e assista aos vídeos de Tonya nas competições no YouTube. A alegria dela é contagiante!<br />PS2. Essa semana estão rolando as Olimpíadas de Inverno e Mirai Nagasu acabou se se tornar a 3ª mulher a executar o Triple Axel em olimpíadas. \o/<br />PS3. Li alguns comentários de que o filme levantou polêmica por não levar a sério o problema da violência doméstica, e MEU DEUS, VOCÊS ASSISTIRAM O MESMO FILME QUE EU??? PORQUE A MULHER LITERALMENTE PERDEU O QUE PODERIA TER SIDO UMA CARREIRA DE SUCESSO EXATAMENTE PORQUE SOFREU ABUSO A VIDA TODA!!!!! Só porque o filme não mostra uma mulher sofrida e chorando o tempo todo, não quer dizer que não tenha sido grave. A cada diz que passa, vejo que está faltando interpretação de texto no mundo</span>.</div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-17026159102296983962017-06-26T09:45:00.000-03:002017-06-26T09:45:09.756-03:00Becky Bloom #8, uma fanfic oficial<div style="text-align: justify;">
Becky Bloom é uma personagem incrível. Cercada por amigos ainda mais legais. Conhecemos nossa querida viciada em compras quando ela ainda trabalhava como jornalista de economia (mesmo não sabendo nada de economia, nem aplicando qualquer coisa na sua própria vida), rimos horrores quando ela foi à NY, acompanhamos a loucura que foi seu casamento, descobrimos que ela tinha uma irmã há muito perdida (apesar de ser um dos clichês mais safados de séries, adoro o livro da irmã com todas as forças!!!), e nos acabamos quando ela ficou grávida.</div>
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<a href="https://images.livrariasaraiva.com.br/imagem/imagem.dll?A=-1&PIM_Id=&L=190&pro_id=9374741" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="294" data-original-width="190" src="https://images.livrariasaraiva.com.br/imagem/imagem.dll?A=-1&PIM_Id=&L=190&pro_id=9374741" /></a>Conforme o passar dos livros, ficava cada vez mais claro que Becky era muito mais do que uma compradora compulsiva. Sua habilidade em se meter em confusão, mesmo com a melhor das intenções, e criatividade para sair delas é o que move a série. Não é sobre comprar ou não comprar. Os livros da Becky valem só pelo prazer de vê-la entrando em confusão, metendo os pés pelas mãos e acertando tudo no final. E costumava dizer que só isso garantiria a longevidade eterna para a série. <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2011/06/viciados-em-becky-bloom-anonimos.html">Costumava</a>, porque acho que, infelizmente, chegamos a um ponto em que não dá mais. É chegada a famigerada hora de parar.</div>
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Desde <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2011/12/becky-bloom-em-tempos-de-crise.html">Mini Becky Bloom</a>, em que a personagem encara os percalços da crise financeira de 2008 (bela sacada de Kinsella!), Becky já não compra enlouquecidamente como outrora. E isso não fez a menor falta. Becky #6 é ótimo, e foi bacana ver a personagem amadurecendo um pouco. Seu comportamento compulsivo já estava sendo espelhado pela filha, que, apesar de fofa, estava ficando mimada que só. O livro termina com um gancho para um Becky #7 que parecia óbvio: Becky em Hollywood ia colocar Los Angeles de cabeça pra baixo! Como a gente ainda não tinha visto isso antes?</div>
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No quesito comédia Becky #7 é nota 10. Não tem do que reclamar. Muitas situações constrangedoras que fazem o leitor passar vergonha no transporte público, ou rindo enlouquecidamente, ou gritando e arregalando os olhos, sem acreditar que no que a nossa personagem favorita estava realmente aprontando. No quesito desenvolvimento do personagem, infelizmente, ficou devendo. Becky sempre teve um pé na futilidade, mas passou do limite. Foi egoísta ao extremo e por pouco não perdeu a família e os amigos por causa de uma teimosia infantil de se tornar uma celebridade. Esse tipo de comportamento da Becky há 10 anos seria OK. Com quase 40 anos na cara, e com uma filha pra criar, não muito. Ao final, felizmente ela recobra a consciência, mas uma das pontas ainda fica solta para um inesperado oitavo livro. Agora Becky e toda a sua turma entram numa missão rumo a Las Vegas. E a partir daí tudo vira uma fanfic oficial que não tinha necessidade nenhuma de um livro de 400 páginas.</div>
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Acho que Sophie Kinsella, praticamente uma engenheira de histórias pela habilidade de encaixar arcos e surpreender o leitor, teve um erro no planejamento. Os livros da Becky, sempre tão episódicos e redondinhos, nessa última trilogia de revisita terminaram com assuntos inacabados que foram se acumulando até esse último aí, que basicamente só serviu para dar fim nos dramas introduzidos nos volumes anteriores, pois a história que devia mover o episódio em si não funciona. Não por acaso esse é um dos livros mais curtos da série. Porque realmente não há muito o que se contar aqui. </div>
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<a href="https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/51ftXtqqA1L._SX325_BO1,204,203,200_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="499" data-original-width="327" height="320" src="https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/51ftXtqqA1L._SX325_BO1,204,203,200_.jpg" width="209" /></a></div>
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É tudo muito forçado, desde todo mundo (todo mundo mesmo!) num trailer no meio do deserto pra procurar o pai da Becky, até o motivo pelo que o cara sumiu, passando por uma crise no casamento de Suze e um abalo na amizade dessa última com Becky. É fácil perceber Kinsella tentando justificar a falta de sentido do desenrolar da trama o tempo todo. E é preciso uma dose de descrença da realidade muito maior do que o normal aqui, muito embora o que mais faz mais falta sejam justamente as cenas absolutamente irreais protagonizadas pela nossa mocinha favorita.</div>
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Era de se esperar que Becky em Las Vegas renderia algumas delas, mas, Sra. Bloom está irreconhecível. Triste e com remorso, ela sabe que passou do limite em Los Angeles, e.... choque, nem sente vontade de comprar nada!!!!! E se por um lado foi bom vê-la agindo como uma pessoa responsável de vez em quando, pelo outro, um livro de Becky Bloom em que ela não mete os pés pelas mãos não tem a menor razão de existir.</div>
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Temos então, pela primeira vez, uma mudança na dinâmica da série. Ao invés de ser um livro movido a constrangimento, este é um volume inspirado nos road movies. Apesar de ainda ser uma comédia, Becky #8 baseia-se na resolução de um mistério, com toques de emoção e muitas cenas contemplativas do deserto dos EUA. O problema é que o mistério não tem a menor graça, e, quando revelado, o leitor fica esperando o tempo todo uma reviravolta kinsellística que nunca acontece.</div>
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O final com a turma toda unida em prol da resolução de um plano infalível de Becky é bonitinho e quase justifica o livro. Mas, ao invés de um volume completo, podia ser um de 50 páginas só com essa parte que eu ia ficar feliz da vida. Afinal, é sempre bom ver Becky e seus amigos interagindo.</div>
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Mas, ao final desse livro, me pergunto se isso é o suficiente para manter o fôlego para possíveis continuações. Os personagens continuam extremamente carismáticos, mas, fica a sensação de que todas as histórias já foram contadas e continuar pode comprometer seu o desenvolvimento ou a verossimilhança da jornada. Talvez a partir daqui só as fanfics deem conta. Talvez realmente tenha chegado a hora de parar. E se a saudade for tão grande que Sophie Kinsella sinta a necessidade de voltar, talvez esse formato de fanfics oficiais curtinhas possa ser uma solução que faça todo mundo feliz. A gente pode até não ser shopaholic, mas é claro que a gente não vai deixar de comprar.</div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-80779905778538805612017-06-20T18:27:00.000-03:002017-06-21T01:09:10.736-03:00Pior do que pagar boletos<div style="text-align: justify;">
Não sei vocês, mas eu sou do tempo em que a internet era sinônimo de liberdade e gratuidade. Quando banda larga era um serviço que só a população mais abastada podia consumir, e streaming era sinônimo de ficar “armazenando buffer” eternamente, a gente demorava séculos baixando as músicas no Napster, AudioGalaxy e mais tarde nos agora ultrapassados KaZaa e eMule.</div>
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O tempo passou, e, ao contrário do que a gente imaginou lá atrás, assim como Pokemon, a internet evoluiu, e descobriu que se fosse cobrado um preço justo, as pessoas estariam dispostas a pagar sim para consumir conteúdo audiovisual online.</div>
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E aí, juntamente com a vida adulta, chegaram o Netfix, o Spotify, e, claro, um monte de boletos (o boleto nesses dois casos em específico ainda se faz presente ainda que ambas as instituições operem principalmente com pagamento via cartão de crédito, já que, no final do mês, se transforma no boleto para pagamento do cartão).</div>
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Pagar boletos é uma importante parte da vida adulta que só quem passa a incorporar essa atividade em sua rotina consegue descrever. Você abre a caixa dos correios, e, na época da correspondência online, eles são os únicos que ainda chegam por ali (além dos spams de serviços locais). Você paga o boleto. Abre a caixa de correio de novo. Mais boleto. Paga o boleto. Faz uma compra online no boleto porque tem desconto. Paga boleto. Abre a caixa de correio. Sem boleto. Os Correios estão em greve. Corre pra pagar a conta de algum jeito, porque não ter chegado não é desculpa para não pagar. Chega um momento em que enfim você se dá conta que pagou todos os boletos do mês, aí abre a caixa de correio de novo, só por desencargo, não era pra ter mais nada lá, e... já tem os boletos do próximo mês!!!!!</div>
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Você se sente derrotado e aceita que isso vai se repetir para todo o sempre.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-1UrJkZ2LGNQ8-GV_uR8VnNG_OEx7Cau4hqSRvw1-eLv4D64OISNcOC4Shq0b41IleHndDZYPxGCpb4jyrawq1om7oA9GGixpj_maJzK7oW3fSAnhGr1hheqcz92Cth8DA02duCyjIquQ/s1600/4230882.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="304" data-original-width="400" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-1UrJkZ2LGNQ8-GV_uR8VnNG_OEx7Cau4hqSRvw1-eLv4D64OISNcOC4Shq0b41IleHndDZYPxGCpb4jyrawq1om7oA9GGixpj_maJzK7oW3fSAnhGr1hheqcz92Cth8DA02duCyjIquQ/s320/4230882.jpg" width="320" /></a></div>
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Pois então, quando você está conformado que a vida adulta se resumirá a pagar boletos, eis que você descobre algo muito pior do que os famigerados papéis com código de barras: as multas!</div>
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Você acompanhou <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2016/06/coisa-de-casa.html">aqui mesmo</a>, no ano passado minha saga para alugar um apartamento, na qual tomei um toco na hora de assinar o contrato. Acabou que foi a melhor coisa que me aconteceu, pois consegui um outro muito melhor depois.</div>
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Só que, nem um ano depois, a desgraçada da proprietária resolveu VENDER o imóvel. Pois é, definitivamente estamos com muito azar nesse negócio de apartamento. Talvez seja um sinal divino me mandando voltar pra NiloCity, ou pra eu comprar uma casa própria logo, ainda não consegui decifrar.</div>
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Apareceu aqui na minha casa contando uma história super-triste de como o cara da imobiliária estava enrolando ela e ainda não havia me comunicado nada, e ela tinha pressa pra vender porque, coitada, torrou toda a grana que tinha num intercâmbio com a filha, e numa iniciativa de reflorestamento no sul, e agora estava enrolada num processo com o ex-marido, no qual teve que pegar um empréstimo com o cunhado para quitar a dívida do fulano. Deu vontade de responder: “Minha senhora, existem dois tipos de problemas: o meu e o seu! O que a senhora está me contando faz parte do segundo tipo”. Mas sou educada, e fui pega de surpresa.</div>
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<br /></div>
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Ela me deu a preferência de compra, e ficou com um pouco de raiva quando demorei a responder a sua proposta, que, por sinal, era um valor um pouco acima do mercado. (E ela ainda queria muito mais, alguém que colocou um pouco de juízo naquela cabeça e ela abaixou o preço). A lei me dá 30 dias, e eu usei os 30 dias, ué!</div>
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<br /></div>
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Nesse meio tempo comecei a caçar outro lugar para morar (de novo!) porque a legislação me obrigar a receber as visitas dos possíveis compradores que irão me expulsar do meu temporário lar, e eu não estava a fim de fazer sala para corretor, mexer na minha agenda, receber estranhos na minha casa, etc. Enfim, queria pular essa parte.</div>
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<br /></div>
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Acontece que encontrei um outro lugar. Entrei em contato então solicitando que pudesse desocupar o imóvel só com o depósito caução, porque, APESAR DE TUDO ISSO, quando o proprietário avisa que quer vender, e o inquilino quer sair, o inquilino ainda tem que pagar a multa contratual, que por acaso, é bem alta (o contrato tem 30 meses, estamos completando um ano agora, faça as contas). A desgraçada me mandou um email meio desaforado, recitando toda a lei do inquilinato, que já sei de cor a essa altura do campeonato, e já descobri que não me serve de nada, e que não ia abrir mão de multa nenhuma.</div>
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(Vale ressaltar também que, quando perguntei ao dono da imobiliária se eu pagaria algo caso quisesse sair, ele garantiu que não pagaria nada, pois estava com raiva da mulher, e pensou que eu fosse alugar o próximo com ele. Foi só eu dizer que ia sair e que ia alugar outro canto, a coisa toda mudou de figura. Teria me poupado um pouco de tempo se tivesse sido honesto, mas, enfim.)</div>
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Resumo da história: perdi o apartamento que tinha em vista, e enquanto ninguém comprar essa bagaça, sou obrigada a ficar nesse contrato oneroso, inclusive tendo que receber estranhos na minha casa. E quando ele finalmente for vendido, NÃO RECEBO NADA DA MULTA CONTRATUAL!!!! Joinha pra quem escreveu essa lei aí, hein! Tá de parabéns!</div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ2HSoj2BU_Fvv9qlLfou2LBYY9vqUrA3tNuTBBtc6HOBZUJ_DGRmu1-gQiId17kHTbI6rhcQdYwYz2fHT9QvAZIlxFiGiX_YQQcnHGUNVesilF6Wox23fy13f7qFNIZLXlSSzm_KkHu2S/s1600/018c3441-7cdf-4e80-93ac-fe7586a1692e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="656" data-original-width="600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ2HSoj2BU_Fvv9qlLfou2LBYY9vqUrA3tNuTBBtc6HOBZUJ_DGRmu1-gQiId17kHTbI6rhcQdYwYz2fHT9QvAZIlxFiGiX_YQQcnHGUNVesilF6Wox23fy13f7qFNIZLXlSSzm_KkHu2S/s320/018c3441-7cdf-4e80-93ac-fe7586a1692e.jpg" width="292" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Como eu me sinto toda a vez que vou pagar o aluguel agora</td></tr>
</tbody></table>
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Mas já que estamos falando de boletos, seria injusto terminar esse post sem nem ao menos mencionar aquela que se tornou rainha desse símbolo da vida adulta: Taylor Swift.</div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaJwicXLfKDIZFO-fkOBtz6H7cF3XqBDJFkNj510Fx1eerukoHwILTyO93086a6V6zcTILW5uhqnmmfy9aQjFxwzb_P7DsY-gU8BLQWEF77BL43KtX0STLS2O3S9RY2Xm42EkKap-lmoN3/s1600/taylor-boleto-fantasia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="944" data-original-width="710" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaJwicXLfKDIZFO-fkOBtz6H7cF3XqBDJFkNj510Fx1eerukoHwILTyO93086a6V6zcTILW5uhqnmmfy9aQjFxwzb_P7DsY-gU8BLQWEF77BL43KtX0STLS2O3S9RY2Xm42EkKap-lmoN3/s320/taylor-boleto-fantasia.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A melhor fantasia do carnaval 2017</td></tr>
</tbody></table>
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Há um tempo atrás <a href="http://www.metropoles.com/colunas-blogs/pipocando/pague-o-boleto-internet-zoa-fama-de-mercenaria-da-cantora-taylor-swift">Taylor Swift retirou todo o seu acervo do Spotify</a>, por achar que os boletos que eles estavam pagando pra ela não eram suficientes e ela deveria receber muito mais do que aquela mixaria que eles chamam de direito autoral. </div>
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Não vou entrar no mérito de Taylor ser mercenária ou não, pois, apesar de, como consumidora preferir consumir as coisas de graça, é claro que os músicos também têm os seus boletos para pagar, e, se o que eles ganharem não for justo, ou for muito inferior ao arrecadado pelos canais de distribuição, você tem uma relação muito desigual que não beneficia ninguém, na verdade.</div>
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<br /></div>
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Mas, aparentemente, Taylor está disposta a abrir mão desses boletos, pois, foi só sua rival Katy Perry anunciar o novo álbum totalmente no Spotify, cujo carro-chefe é nada-mais-nada-menos do que uma música sobre a <a href="https://www.buzzfeed.com/samstryker/a-full-history-of-taylor-swifts-alleged-feud-with-katy-perry">maior rivalidade da música atual</a>, que Tay-Tay liberou toda sua discografia na mesma plataforma digital. Difícil escolher qual das duas é a mais infantil nessa história toda. Dizem que tudo não passa de um plano maligno em que <a href="https://www.buzzfeed.com/jenniferabidor/proof-that-katy-perry-have-been-friends-this-whole-time">nenhuma delas se odeia e estão apenas fingindo essa patacoada para ganhar espaço na mídia</a>.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKJpAXalylsZ7bBT2hi_Ig6nbWGB0ELYxKwVzxXKQGZFTnCvBnMZXvAZWNMOshZnFaAs9DXODXfu-2oFwZZnYHqVsaVbzzStCbB1Hk9BJ2FjZGyxJ8FaIMJD8chiXaHl453PCiIaaNWHfo/s1600/taylor-pague-boleto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="303" data-original-width="450" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKJpAXalylsZ7bBT2hi_Ig6nbWGB0ELYxKwVzxXKQGZFTnCvBnMZXvAZWNMOshZnFaAs9DXODXfu-2oFwZZnYHqVsaVbzzStCbB1Hk9BJ2FjZGyxJ8FaIMJD8chiXaHl453PCiIaaNWHfo/s320/taylor-pague-boleto.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
E se isso for verdade mesmo, ainda bem que eu não dei meu suado dinheirinho para nenhuma das duas, e as músicas agora tão tudo no Spotify, porque não tô podendo pagar pra ser trouxa. Já me bastam as multas...</div>
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<br /></div>
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<span style="font-size: x-small;">P.S. Depois você fica vendo esses comentários de analistas financeiros dizendo pra não comprar casa, porque, financeiramente não vale a pena... Na ponta do lápis não vale mesmo não. Mas ficar nessa insegurança de onde vai morar, de a qualquer momento o cara poder romper com o contrato, ou ser obrigado a fazer sala pra corretor... Cara, isso aí não tem preço não!</span><br />
<span style="font-size: x-small;">PS2. Pra você que for alugar um imóvel, então, fique atento à cláusula da multa contratual. Se possível, peça para restringi-la ao primeiro ano de aluguel, ou inclua alguma no contrato de que, se o proprietário queria vender, ele deverá pagá-la no caso de o inquilino resolver sair.</span></div>
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Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-62441180908732941502017-04-17T23:09:00.000-03:002017-04-18T22:46:59.921-03:00Um dia de tristeza<div style="text-align: justify;">
E já se vão 10 anos do dia em que a dupla pop de maior sucesso do país anunciava a separação. Muitos alegam que ali reside a causa de todos os outros problemas do Brasil que se desencadearam de lá pra cá. Mas o que é certo é que o pop nacional nunca mais foi o mesmo.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O pop é um movimento cíclico. De tempos em tempos, dá novas roupagens e outros nomes a velhas fórmulas já conhecidas. Assim cada geração tem uma boy band, girl band, ídolo teen, fenômeno absoluto para chamar de seu. New Kids On the Block nos anos 80 então deram lugar aos Backstreet Boys na década seguinte, que por sua vez abriram espaço para o One Direction no final dos anos 2000.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, 10 anos depois, não apareceu nada nem parecido com o que Sandy e Junior foram no Brasil. As letras dotadas de uma inocência quase fora de lugar, as melodias que, embora adolescentes, combinadas com uma cantora afinadíssima, tinham uma doçura de dar inveja a muita “música de adulto”, a onipresença em todas as mídias, os recordes quebrados... Sandy e Junior eram GRANDES, com todas as letras maiúsculas. E eram de verdade. E daí fica difícil copiar.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI2ns0bng_A40aY67IhYcV90HASbIv45ATkh6894hx0CMQxBy6zlwaurTYuMrXnN27dZWe3hxocxebjmPq7GBpWl5OdL9EzhumzDaec2OKJ7mxbmgRQtDUXa2I7vvo8VpnxIAQ-mctuPs/s1600/tumblr_lghk5bkdQb1qgw5auo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI2ns0bng_A40aY67IhYcV90HASbIv45ATkh6894hx0CMQxBy6zlwaurTYuMrXnN27dZWe3hxocxebjmPq7GBpWl5OdL9EzhumzDaec2OKJ7mxbmgRQtDUXa2I7vvo8VpnxIAQ-mctuPs/s1600/tumblr_lghk5bkdQb1qgw5auo1_500.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(No cenário mundial, <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2012/02/upp-pop-em-dose-dupla.html">Jesse y Joy</a>, no México, até chegam perto, mas ainda precisariam de muita histeria e produtos licenciados pra se igualar ao que Sandy e Junior foram há mais de uma década atrás)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso eu sou geração Sandy e Junior, sim, com muito orgulho. E quem achava que aquele sentimento lá atrás era “coisa de adolescente” sinto informar, mas 10 anos já se foram, e “o tempo e a distância entre nós” não fizeram nenhum arranhãozinho “na vontade que a gente tem aqui no peito”... Estamos só na espera da volta.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
***************************************************************************</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E por isso que eu lembro muito bem daquele 17/04/2007. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembro que era dia de Ed. Física no colégio, e por isso eu só ia chegar em casa à noite. Na hora do almoço (acho que comemos na Morte nesse dia), a notícia de que a Nair Bello tinha morrido. Na parte da tarde, meu amigo Jonas me conta da outra tragédia, mas eu não acredito porque, né, a Nair Bello já tinha morrido, era demais pra um dia só. (Ajuda o fato deu o Jonas nunca falar nada sério também, mas isso não vem ao caso, rs!). Quando chego em casa à noite, é que minha irmã me fala. Era verdade, afinal de contas. Que diazinho péssimo! Não vou dizer que meu mundo caiu, até porque essa música é da Wanessa Camargo, e fã de Sandy e Junior que se preze não fica dando IBOPE pra essa daí (rs!), mas fiquei abalada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assisti a todos os programas de fofoca no dia, ainda meio sem acreditar que estava acontecendo mesmo. Não era possível! Mas eles não iam gravar um Acústico MTV? Geralmente esses discos são pra dar uma retomada na carreira!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/OlY3WFzWdlo/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://i.ytimg.com/vi/OlY3WFzWdlo/hqdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O vídeo do anúncio (tinha esquecido disso!!!)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br />
A verdade é que era uma tragédia anunciada. Mas a gente não queria acreditar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os dois cada vez menos interessados na carreira em dupla, aquele último álbum sem foto com um clima quase fúnebre e uma última música INSTRUMENTAL que chamava...ÚLTIMO!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/d/d2/Sandy-junior-2006.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/d/d2/Sandy-junior-2006.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
(Na época não gostava desse CD e desde então tomei birra. Hoje acho que tem umas músicas muito boas, mas ainda assim o trauma é tão grande que não consigo botar pra escutar)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, ao mesmo tempo, os dois juravam de pés juntos que não iam separar nunca, que esses boatos eram tudo intriga da oposição...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fórum onde se encontravam os fãs entrou em polvorosa. Alguns revoltados com a cara de pau dos dois que passaram todo esse tempo mentido pra gente (fã é um bicho muito dramático!), outros tentando descobrir qual dos dois tinha tomado a iniciativa da separação, todos tristes porque, se antes a gente já achava ruim ter que esperar 3 anos por um CD novo, o que fazer agora que a gente sabia que <a href="http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2007/12/20/fas/">NÃO IA MAIS ter CD NOVO</a>?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2NEXX5gxl5dZowNLCBEchiokXzEefbCLExPkGpRZRejhNEoFQO7whlpohdWgupIKAiB58mC3gQSW0fG2tQspkrGJocufnYJoPqU4qVOvcDYDml5qQj7JL9QsvqsY2Wq0kiUIpaYXoBeOX/s1600/sejcover.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2NEXX5gxl5dZowNLCBEchiokXzEefbCLExPkGpRZRejhNEoFQO7whlpohdWgupIKAiB58mC3gQSW0fG2tQspkrGJocufnYJoPqU4qVOvcDYDml5qQj7JL9QsvqsY2Wq0kiUIpaYXoBeOX/s1600/sejcover.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Sempre lançando tendências</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De certa forma, o <a href="http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2007/12/20/fas/">fim da dupla</a>, naquele 17/04/2007 era quase como uma concretização do fim da adolescência, tanto pra eles (já em pós adolescência) e para a maioria dos fãs, a maioria com idade próxima dos 18 anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na época, apesar de reconhecer que os dois já não estavam mais no auge, ainda achava que davam mais um caldo juntos. E, sinceramente, acho que ainda dão. Porque não tem jeito, quando eles tão juntos, não tem carreira solo, não tem projeto independente que supere, é magia, é sentimento, é emoção...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas se fosse pra continuar sem vontade, era melhor parar mesmo. Hoje, analisando as coisas em perspectiva, consigo ver exatamente o porquê do fim da dupla. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você imagina só trabalhar feito um condenado durante os anos que você mais devia curtir? Imagina já ter conquistado tudo que você pudesse? Imagina ser tão rico que você não precisasse mais trabalhar? Pois é, você ia ficar aturando desaforo? Ia abdicar de outras prioridades que você descobriu que agora tinha? Então, eles também, no alto da sua humanidade também cansaram...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E acho até que foi melhor assim. Tiveram a dignidade de terminar por cima, diferente dos BSBs, que por mais que tenha toda uma nostalgia envolvida, gente, dá muita vergonha alheia de ver os caras lá todos caquéticos hoje, vamos combinar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, na época também fiquei com raiva e dizia: “Agora que vocês separaram, façam o favor de continuarem separados. Quero volta nenhuma, não! Vão brincar com sentimento de outro”. Mas agora já deu pra sentir saudade, e uma turnezinha comemorativa não faria mal a ninguém.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.tribunapr.com.br/wp-content/uploads/sites/1/2017/04/Sandy-e-Junior-dupla-depois-da-separa%C3%A7ao-divulga%C3%A7%C3%A3o-540x304.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.tribunapr.com.br/wp-content/uploads/sites/1/2017/04/Sandy-e-Junior-dupla-depois-da-separa%C3%A7ao-divulga%C3%A7%C3%A3o-540x304.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Se esse turu-turu-turu aqui dentro...</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: x-small;"><i>PS. Tem que ver esse negócio de astrologia pra ver o que tem de errado com 17/04, porque, olha, depois da separação de Sandy e Junior, só tragédia nesse dia mesmo. 17/04/2016: Dia do Golpe no Congresso. 17/04/2017: <a href="http://ego.globo.com/diversao/noticia/2017/04/viramos-meme-despedida-do-ego-e-um-dos-assuntos-mais-falados-na-web.html">Fim do Ego</a>. TÁ MUITO DIFÍCIL VIVER ASSIM!!!!</i></span></div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-2349847760192202692017-03-05T11:20:00.001-03:002017-03-05T11:21:30.109-03:0027<div style="text-align: justify;">
Ontem me juntei ao clube dos 27.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
27 anos. Kurt Cobain, Jim Morrissey e Janes Joplin não conseguiram ultrapassar essa marca, por motivos de drogas. E depressão. E um monte de outras coisas ruins. Eu bem pretendo ultrapassar essa idade maldita da melhor forma, mas vou ter que confessar que fazer 27 não tem o mesmo peso de fazer 26. Porque com 26 você ainda se sente meio com 25, que é basicamente o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=uVjRe8QXFHY">melhor de dois mundos</a>: você tem a vitalidade da juventude, a vontade de desbravar o mundo e o dinheiro pra fazer essas coisas acontecerem. Mas, com 27 eu já meio que me pergunto qual o sentido disso tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já há algum tempo (desde os 25, na verdade), venho me perguntando se nossa geração não falhou em sua missão de mudar o mundo. Quer dizer, quando a gente tem 15 anos, sempre ouve aquele papo de que somos “o futuro da nação” e fica aquela promessa de que tudo vai ser melhor. Só que chegam os 20 e poucos anos e esquecem de avisar que aquele futuro que falavam lá atrás já é o presente. Essa galera que antes falava de nostalgia de um modo exagerado, agora realmente tem motivos. E já vemos gente “da nossa idade” alcançando um lugar de relevância na sociedade, não de um jeito prodígio, mas simplesmente pelos próprios méritos. Definitivamente não é mais uma geração de promessas e sim de entregas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eu me pergunto que tipo de mundo estamos entregando para a nova turma que vai chegar. Porque parece que a geração que um dia foi a esperança ficou egoísta, mesquinha e mais do mesmo. E me dá um pouco de vergonha de ver o legado que a geração Nutella vai deixar. Porque nascemos em uma época em que grandes mudanças eram esperadas e aconteciam, e estamos entregando um mundo mais cinza, mais desigual e mais dividido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro dia mesmo estava assistindo um show do U2 e, pra variar, claro que o show era irado! O estádio cheio, a galera ensandecida, aquela guitarra cortante do The Edge, a bateria rebelde do Larry, Bono Vox passando mensagens de paz, amor, respeito, igualdade... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E aí fiquei com um pouco de pena do U2, que outrora estava ganhando tudo nos Grammys, não receber o devido valor atualmente porque os caras são muito bons. Mas, ao mesmo tempo, também senti que aquilo tudo agora parecia meio fora de contexto, porque não existem mais bandas como o U2 por aí. Esse negócio de mensagem política e ativismo social, muito comum na década de 80, acabou! Tem gente que diz que o Coldplay é o U2 dessa geração (e eu gosto bastante do Coldplay, principalmente depois de Viva la Vida, e nem sou a maior fã do U2 também, sinceramente), mas... não é a mesma coisa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em certos momentos, o show ganha ares quase religiosos, e as letras de <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZajOgxaZy-I">Sunday Bloody Sunday</a> parecem mais atuais do que nunca.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>I can't believe the news today</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Oh, I can't close my eyes</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>And make it go away</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>How long</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>How long must we sing this song?</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>How long? How long</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só que essa música já tem mais de 30 anos! E mais do que uma canção para chamar de nossa, me envergonha o simples fato de que ela ainda faça tanto sentido! Chega a ser irônico Bono estar há 30 anos se perguntando quanto tempo mais ele vai cantar essa canção! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passando a timeline do Facebok, vejo amigos fazendo “protesto de sofá”, ou engrossando o coro dos bolsominions. Vejo gente postando foto na praia e bebendo no carnaval. Gente namorando, noivando, casando, e, o mais difícil de tudo, tendo filhos sem ser por acidente. Não estou preparada para a parte dos filhos. Não mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eu me recuso a acreditar que a vida seja só isso. Mas acho que essa parte é melhor deixar para um outro post.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É engraçado você meio que não reconhecer mais seus amigos também. Se há alguns anos, escrevia aqui mesmo neste blog, o quanto era legal ver todo mundo crescendo e conversar sobre o futuro e ver como nada tinha mudado, mesmo que tudo estivesse diferente, não posso dizer que isso ainda seja verdade aos 27 anos. Não que seja culpa de alguém especificamente. Também não posso dizer que seja a mesma desde quando... comecei este blog, por exemplo. Mas é meio esquisito perceber que muito do que vocês viveram está ficando pra trás. É hora de seguir em frente. A vida fica meio agridoce.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com 27 anos completos, não posso dizer que a vida esteja ruim. Moro sozinha, ganho suficientemente bem para pagar o aluguel de um apê bacana, a carreira também vai bem obrigada, e eu adoro o que eu faço. E pode parecer uma vida chata, mas a verdade é que eu curti à beça a trajetória até aqui. Fiz grandes amigos, encontrei com todos os meus escritores favoritos, fiquei em porta de hotel, ganhei festa surpresa, fui a NY, entrei em cavernas, assisti a um show do Jamie Cullum na fila do gargarejo...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A quantidade de “life achievements” dessa lista dão uma sensação de dever cumprido que é muito legal. Dá um orgulho danado ver um monte de sonhos realizados no currículo. Mas, ao mesmo tempo, me divido entre me cobrar sobre o que ainda falta, e me perguntar o que mais ainda falta. Porque PRECISA faltar. Senão, qual a graça?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, vou parar por aqui porque escrevendo esse post já percebi que tem assunto para uns dois ou três, e além de não elaborar nada, também já não estou fazendo muito sentido no meu devaneio introspectivo de aniversário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na falta de palavras melhores, deixo vocês com essa música do John Mayer que a cada ano faz mais sentido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/9NLZCLKppZs" width="560"></iframe></div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-87728005557267251552017-01-23T21:31:00.001-02:002020-10-25T19:41:23.753-03:00La La Land<div style="text-align: justify;">
La La Land e eu somos um caso de amor à primeira vista. Queria assistir desde que saiu a notícia do início de sua produção. Tá aqui o meu <a href="https://twitter.com/elisafbraga/status/635450146315206657">tweet de 2015</a> que não me deixa mentir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque Ryan Gosling e Emma Stone juntos já é um <a href="https://www.youtube.com/watch?v=NJFV7kaHAsU">negócio mágico</a>. Cantando e dançando então, é imperdível! Sério, não tinha como esse filme ser ruim.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Oq_ibY8bE89JVT5GuF7rxqiRoiTC9rdjGxF1uUaDxcpZICBWXCxLQ_44Vesd0Qq6h1AKQyDPntJXdguv99Cbl5Jhxt_hhu1TvB6vcl3QVvbpKE-GoaR5avy-hHbGB_nPHDIpFzMR9n4y/s820/La-la-Land-1-820x380.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="380" data-original-width="820" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Oq_ibY8bE89JVT5GuF7rxqiRoiTC9rdjGxF1uUaDxcpZICBWXCxLQ_44Vesd0Qq6h1AKQyDPntJXdguv99Cbl5Jhxt_hhu1TvB6vcl3QVvbpKE-GoaR5avy-hHbGB_nPHDIpFzMR9n4y/w400-h184/La-la-Land-1-820x380.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele é o maior galã da atualidade. Daqueles clássicos, que fica ótimo de terno (<strike>e ainda melhor sem...</strike>). Parece ter tanta consciência de seu papel que chega a rir de si mesmo nas cenas. Talentosíssimo, está em todos os filmes importantes dos últimos anos. Deu credibilidade a Nicholas Sparks e seremos eternamente gratas por aquela cena do beijo na chuva (eu falei: CLÁSSICO!!!). <a href="https://www.youtube.com/watch?v=hawvCTJCjOU">Rei dos memes</a>, <a href="http://celebridades.uol.com.br/noticias/redacao/2011/08/23/ryan-gosling-separa-briga-em-rua-de-nova-york-veja-o-video.htm">separa brigas</a>, salva gatinhos, <a href="http://epicpix.com/wp-content/uploads/2014/05/ff_1228.jpg">usa camisas engraçadas</a>, <a href="https://www.theguardian.com/lifeandstyle/the-womens-blog-with-jane-martinson/2011/oct/11/feminists-ryan-gosling">é feminista</a>, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=V2XpsaLqXc8">come cereal</a>... Ryan Gosling parece ter nascido para interpretar mocinhos que fazem as meninas suspirarem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ela é um poço de carisma, daquelas que você quer ser melhor amiga. Divertida e inteligente, trouxe charme e humanidade a <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com.br/2011/11/5-razoes-para-assistir-mentira-easy.html">uma personagem que poderia facilmente ficar na superfície</a>. E desde então só entrou em projetos bacanas, trilhando seu caminho rumo ao Oscar. Já tem um tempo que <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com.br/2015/01/fa-free-lance.html">eu venho cantando a pedra</a> que Emma Stone tem todos os requisitos para ser a nova namoradinha da América. Pra completar, canta, dança e sapateia. Como não amar?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.movienewz.com/wp-content/uploads/2015/08/la-la-land-movie.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="187" src="http://www.movienewz.com/wp-content/uploads/2015/08/la-la-land-movie.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Impossível não shippar</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só por isso La La Land já valia o ingresso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Reza a lenda que o personagem de Emma Stone, na verdade, era pra ser de Emma Watson, que largou La La Land pra fazer A Bela e a Fera. E Ryan Gosling largou A Bela e a Fera pra fazer La La Land. O nome disso é DESTINO, pessoas!!!!)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas aí começou todo o buzz da temporada de premiações, e La La Land ganhou todos os Globos de Ouro possíveis e imagináveis e as expectativas de todo mundo que no início só queriam ver Ryan Gosling e Emma Stone cantando e dançando foram lá no alto. E começaram as dúvidas se o filme é realmente tudo isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de finalmente assistir, eu vou te dizer que... é tudo isso sim. O filme é LINDO!!!! Uma história de amor absolutamente envolvente, com músicas ótimas, sequências de dança de encher os olhos, cenas que parecem pinturas impressionistas, um colorido mágico no figurino, o roteiro tem uma delicadeza ímpar... Merece todos os prêmios que já ganhou e vai ganhar. É daqueles filmes te fazem sair do cinema... flutuando! “Dá o Oscar pra ele!”, fiquei pensando. “Não tem mais pra ninguém, dá todos os Oscars pra ele!”, vibrei, ao sair da sala de cinema, planejando assistir novamente em outra ocasião.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://br.web.img3.acsta.net/videothumbnails/16/11/14/19/23/517533.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" src="http://br.web.img3.acsta.net/videothumbnails/16/11/14/19/23/517533.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que não quer dizer que o filme tenha me ganhado de cara.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, que estou ficando bem viciada em musicais, mas que, particularmente não curto o gênero homenageado (aqueles filmes do Gene Kelly em que ele ficava dançando durante mil horas, e tal), a princípio não gostei da sequência inicial. Achei exagerado, fora do lugar. Onde estavam Ryan e Emma durante toda aquela cantoria? Era bonita, sim. Mas achei cedo pra toda aquela parafernalha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Durante boa parte do início, as sequências musicais me pareceram meio sem contexto, apesar de maravilhosas. Fiquei com medo. Sim, eu sabia que o filme era uma grande homenagem a esses musicais que fizeram história, à era de ouro do cinema hollywoodiano, etc. Mas nada disso seria suficiente se La La Land fosse só uma homenagem com cheiro de mofo, como <a href="https://www.youtube.com/watch?v=LdH4yRulMg8">um outro filme</a> que ganhou até o Oscar anos atrás, mas que, sinceramente, eu dormi quando fui tentar assistir. Ou esse outro que na teoria também era genial, mas que depois que terminou o filme eu fiquei tipo: “Sério que esse filme ganhou o Oscar? Vocês tão de brincadeira que premiaram <a href="https://www.youtube.com/watch?v=n7kPKVxuz6k">isso aí</a>, ao invés de Boyhood?”.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://a.disquscdn.com/get?url=https%3A%2F%2Fmedia.giphy.com%2Fmedia%2FXHo5n91hlOr96%2Fgiphy.gif&key=KHX8UVVYElKH-AdQrH--xQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://a.disquscdn.com/get?url=https%3A%2F%2Fmedia.giphy.com%2Fmedia%2FXHo5n91hlOr96%2Fgiphy.gif&key=KHX8UVVYElKH-AdQrH--xQ" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas é aí que está o grande trunfo de La La Land. Toda a parte técnica é impecável. Mas isso tudo é só uma moldura para uma história linda, sensível, que dá um quentinho no coração. E o modo como essa história combina com a música, e a dança e o figurino é o que torna tudo tão certo. E é por isso que La La Land desperta essa paixão arrebatadora nas pessoas. Afinal, é um filme sobre paixão. Feito com paixão. Realmente, com esses ingredientes, não tinha como dar errado.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Emma Stone, maravilhosa, pra variar, é Mia (ah, essas Mias me perseguindo!). Ela é barista de um café nos estúdios da Warner e vive, sem sucesso, fazendo audições para papéis em LA. Ryan Gosling, mais uma vez incrível, é Sebastian. Um pianista teimoso que sonha em abrir seu próprio clube de jazz para que as pessoas voltem a apreciar a boa música, mas não consegue se desvencilhar do passado.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os personagens são apaixonantes. Cheios de sonhos, os dois se ajudam, e se aconselham e dão força um pro outro. (Tem uma hora que Ryan Gosling parece recitar <a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/a1/c5/fe/a1c5fe0c414c6ce6f03aa2d367cd3d18.jpg">o meme do Hey Girl!</a>). E eles brigam, e se encontram, e se desencontram, como todo bom romance que se preze deve ser. Mia e Sebastian não são perfeitos, mas são perfeitos um pro outro. E é por isso que você vai se emocionar com a história dos dois.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizQZjIrlVPOcok7cRl0ZSCUdWTREvSaoebSQQZsTH-VBL9XX3W47uRSJIeVoNjR0EvyC8E6C3SsFN5Ktl7rgbZpbgB5G2fkTTL0bYnp6JyjUwZLlJUXTgKOJ17hAV1a0iY9M_yOThvSHfo/s680/la-la-land1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="680" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizQZjIrlVPOcok7cRl0ZSCUdWTREvSaoebSQQZsTH-VBL9XX3W47uRSJIeVoNjR0EvyC8E6C3SsFN5Ktl7rgbZpbgB5G2fkTTL0bYnp6JyjUwZLlJUXTgKOJ17hAV1a0iY9M_yOThvSHfo/w400-h266/la-la-land1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E quando o filme resolve investir nos personagens, tudo começa a fazer sentido.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao mesmo tempo em que é homenagem, La La Land tem autoconsciência de que precisa trazer coisas novas para o gênero, ou pelo menos uma nova roupagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em dado momento, Mia pergunta a Sebastian se não está soando “nostálgica demais”. E o próprio desenvolvimento dele, um entusiasta do jazz (foco no jazz!!!) que se recusa a aceitar coisas novas é todo metafórico.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cdn.collider.com/wp-content/uploads/2016/12/john-legend-la-la-land-ryan-gosling.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://cdn.collider.com/wp-content/uploads/2016/12/john-legend-la-la-land-ryan-gosling.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a peça fundamental na verdade é o personagem de John Legend que joga todas as verdades na cara do Ryan Gosling. “Como você quer ser revolucionário, se é tão tradicionalista?” (Pois é, é a minha fala favorita do filme também!). E é nessa hora que o filme dá uma virada e começa a ficar genial. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim como o jazz, que eu aprendi a gostar graças a <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com.br/2013/06/jamie-cullum-para-as-massas.html">um cara mais ou menos tipo o personagem do John Legend</a>, o filme parece dizer que os musicais também precisam de uma nova roupagem, para atrair a molecada. Pode parecer que não, mas as pessoas estão sedentas por entretenimento de qualidade. Tudo que a gente precisava era... bom, Ryan Gosling e Emma Stone, e uma história bem contada pra deixar a gente babando na cadeira do cinema.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/wp-content/uploads/2016/08/la-la-land.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/wp-content/uploads/2016/08/la-la-land.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E assim como esse blog, que tem os dois pés fincados na nostalgia e o nome inspirado no jazz, sua proprietária sabe bem que nostalgia é legal, mas olhar pra frente é o que torna tudo mais interessante.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E daí o filme, assim como Sebastian, para de se preocupar com o passado, e decide traçar seu próprio caminho.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E La La Land pode não revolucionar nada. Mas, de alguma forma, parece moderno. E todas as cenas musicais, inclusive aquelas que eu achei exageradas no início, ganham sentido no final. O que torna tudo ainda mais bonito. (Rimas narrativas, amigos! Rimas narrativas! Chega a ser poético quando o cara usa um recurso desses num filme musical.)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é um filme perfeito. Mas é perfeito em suas imperfeições. Ryan e Emma, por exemplo, não são os melhores cantores, ou os melhores dançarinos. E não eram pra ser mesmo. O relacionamento entre os dois personagens é cheio de altos e baixos. E como deixa claro a lindíssima sequência final de tirar o fôlego, isso não faz a menor diferença.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O importante aqui é que La La Land conseguiu me deixar maravilhada, enebriada, flutuando... como o casal principal. Só por isso, La La Land já ganhou todos os Oscars do meu coração. E se o filme é para os tolos que insistem em sonhar, me dá licença que eu vou escrever a minha fic de continuação, porque eu não vou conseguir superar esse filme tão cedo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://filmonic.com/wp-content/uploads/La-La-Land-fly-duo.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="186" src="http://filmonic.com/wp-content/uploads/La-La-Land-fly-duo.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eu, depois de assistir La La Land</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><b>Obs com SPOILER</b>: <span style="color: #f3f3f3;">Mas eu sou muito besta, e achei lindo toda aquela sequência em que todo o filme é reencenado sem os percalços do relacionamento dos dois, mesmo que tenha sido o maior golpe baixo mostrarem nosso ship favorito casado em com filhinhos, pra depois esfregar na nossa cara que nada disso ia acontecer. Caio igual a um patinho nesses <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com.br/2011/12/um-dia-o-filme.html">falsos finais felizes</a> e fico supersatisfeita, mesmo sem happy ending</span>)</span></div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-70157191227135373132016-12-01T09:00:00.000-02:002016-12-01T09:00:01.903-02:005 razões porque você PRECISA assistir Wicked<div style="text-align: justify;">
Wicked é um musical que conta a história de origem da Bruxa Má do Oeste, do Mágico de Oz (isso mesmo, aquela verde). A peça estreou pela primeira vez em 2003, na Broadway e nunca mais saiu de cartaz. De lá pra cá, já foram feitas mais de 15 montagens ao redor do mundo, incluindo uma no Brasil, que fica em cartaz até o final do ano (dia 18/12, pra ser mais específica). A razão para tanto sucesso é só uma. O MUSICAL É ÓTIMO!!!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://hennepintheatretrust.org/wp-content/uploads/2016/06/Wicked_300x300_Web_NEW.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="291" src="https://hennepintheatretrust.org/wp-content/uploads/2016/06/Wicked_300x300_Web_NEW.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Assisti pela primeira vez em Londres, meio sem querer ver. “Wicked, Esther? Mas é sobre O Mágico de Oz! E eu nem vi O Mágico de Oz!” Queria mesmo assistir Mamma Mia, que era mais garantido. Mas, muito mais caro. Então, acabamos ficando com Wicked mesmo. E MEU DEUS, QUE MUSICAL MARAVILHOSO!!!!!!!!!!! (Todas as exclamações não são suficientes pra demonstrar toda a minha emoção quando falo de Wicked).</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pra começar, não precisa nenhum conhecimento prévio de O Mágico de Oz pra apreciar a história. E depois, nossa, sabe quando uma história te toca de um jeito que é até difícil de explicar? Então, foi isso que Wicked fez comigo. Se infiltrou dentro do meu coração e apertou ele todinho, me levando às lágrimas em alguns momentos. E me fez rir com vontade, em outros. E vibrar com as conquistas dos personagens. E suspirar com os romances. E ficar refletindo com o subtexto da história, e cantando as músicas durante dias e dias a fio. Definitivamente meu musical favorito de todos os tempos. Muito, muito, mas, muito melhor que Mamma Mia! Tem nem comparação!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Wicked é coração puro. Emocionante do início ao fim, com mensagens necessárias especialmente nesse mundo de cada vez mais intolerância. Lindo, lindo, lindo demais!<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://assets.papelpop.com/wp-content/uploads/2016/05/Tumblr_lqsvgmLXMy1r2uot1o1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://assets.papelpop.com/wp-content/uploads/2016/05/Tumblr_lqsvgmLXMy1r2uot1o1_500.gif" height="183" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Meu nível de animação quando falo de Wicked</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Ok, estou perdendo a linha aqui (é difícil não perder quando se fala de Wicked). A empolgação toma conta, a fala se eleva, o olhinho brilha, eu começo a cantar Defying Gravity... Tá legal, respira. Vamos tentar fazer uma lista por que você deve deixar marcado na sua agenda pra assistir essa história maravilhosa quando tiver a oportunidade de viajar, ou, se estiver em SP, correr pra garantir um lugar até 18/12! (Sério, se você está num lugar que está passando Wicked, vai por mim, essa deve ser uma prioridade na sua vida.)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<b>1.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A HISTÓRIA É ÓTIMA!!!!</b><br />
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.parques-e-ingressos.com.br/sites/default/files/imagecache/230-348/wicked.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.parques-e-ingressos.com.br/sites/default/files/imagecache/230-348/wicked.png" height="320" width="211" /></a></div>
Como já disse antes, Wicked é um prelúdio de O Mágico de Oz, que conta a história não contada de Elphaba, a famosa Bruxa Má do Oeste, e Glinda, a boa. Mas você não precisa ter nenhum conhecimento prévio para apreciar essa obra prima do teatro da Broadway. Até porque, durante a peça, a gente “descobre” que Bruxa Má, na verdade não é tão má assim. E a boa também não é tão bondosa quanto se imagina.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com todos os ingredientes necessários para se tornar um clássico (a essa altura do campeonato, não há dúvidas, Wicked já é um deles), a história tem várias reviravoltas, e os personagens crescem e se transformam no decorrer da peça que equilibra drama, comédia, romance e até crítica política (mais atual do que nunca!). Dá até pra sair da peça questionando “O Bom Selvagem”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Mas o melhor de Wicked é que essa é essencialmente uma história de amizade. E de auto-aceitação e tolerância às diferenças. E de que a gente deve ir em frente com as coisas que a gente acredita, mesmo que todo mundo fale o contrário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Impossível ficar indiferente ao turbilhão de emoções encenados no palco. Você vai rir, chorar, e se apaixonar por Elphie, Glinda e todo o restante do espetáculo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b></b><br />
<b></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>2.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>As músicas são VICIANTES!!!!</b><br />
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Com um repertório impecável, as músicas de Wicked já fazem parte da cultura pop, e vão grudar no seu ouvido, fazendo você cantá-las por muito tempo depois do espetáculo. Difícil escolher a melhor, na verdade, quando praticamente todas se tornaram hinos da Broadway, e boa parte delas se tornaram hinos pessoais. Mas você vai se emocionar com a esperança da Elphaba em <a href="http://45.media.tumblr.com/2df5b6e46a305609138adc61e07c4a30/tumblr_ntdpv5vyE21qmvul4o1_r12_500.gif">The Wizard and I</a>, rir muito em da Glinda em Popular, se deliciar com a boemia de Fyero em Dancing Through Life (acho de uma poesia maravilhosa só esse título!), suspirar em As Long As You’re Mine... Ai meu Deus, eu gosto de todas mesmo! What is this feeling, I’m Not That Girl, For Good...<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://wickedomusical.com.br/wp-content/uploads/2016/05/fiyero-e-elphaba-1159x550.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://wickedomusical.com.br/wp-content/uploads/2016/05/fiyero-e-elphaba-1159x550.jpg" height="188" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Adoro essa!</td></tr>
</tbody></table>
<br />
E eu ainda nem falei de...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>3.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Defying Gravity</b><br />
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
A principal canção do musical não é SÓ uma canção. É o momento “UAU” do espetáculo que te arrepia todinho. É um hino de libertação, com um verso mais arrebatador do que o outro, que é certeza que você vai levar PRA VIDA. Sempre canto com o olhinho fechado, cheia de emoção, porque essa música...ai, não sei nem dizer, só sentir.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.quoteaddicts.com/media/quotes/4/158313-wicked-musical-defying-gravity.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.quoteaddicts.com/media/quotes/4/158313-wicked-musical-defying-gravity.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Curiosidade #1: Quando estreou na Broadway, em 2003, quem interpretava a Elphaba era ninguém menos que Idina Menzel, que 10 anos depois viria novamente entoar outro <a href="http://images6.fanpop.com/image/photos/36200000/Disney-Princess-image-disney-princess-36236386-706-739.jpg">hino libertado</a>r numa animação da Disney. Canta muito essa mulher! É claro que levou o Tony de melhor atriz nesse ano.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Curiosidade #2: Quem fazia a professora na Broadway há um tempo atrás era a senhoria da Kimmy Schmit (tá cheio de ator talentoso nessa série, gente!)</span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>4.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O espetáculo é de encher os olhos</b><br />
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM66ZLCpd0saIm-s3XZfSQwyj7rUxUtrqmuFGL4wT47HW0Fd7os4xR75AkzQMk0EC2qowpbCyCCScNemu06U-4T4lqQuvZdM_Aue-hMVQRLRAtkViEPbY15mDoFdzyTVqHn0ZR2nsGlGjM/s1600/Wickedprod2desk.jpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM66ZLCpd0saIm-s3XZfSQwyj7rUxUtrqmuFGL4wT47HW0Fd7os4xR75AkzQMk0EC2qowpbCyCCScNemu06U-4T4lqQuvZdM_Aue-hMVQRLRAtkViEPbY15mDoFdzyTVqHn0ZR2nsGlGjM/s400/Wickedprod2desk.jpg.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Seria negligência da minha parte não comentar todo o trabalho de direção de arte, figurino, maquiagem, iluminação... Não à toa o musical ganhou o Tony de Melhor Cenografia e Melhor Figurino. Além da história e das músicas serem lindas, o visual da peça também é impecável. Sem contar todos os efeitos de pirotecnia e levitação que deixam o público boquiaberto. Uma superprodução que vale cada centavo do seu ingresso.<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>5.<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>É um arrasa-quarteirão!!!!</b><br />
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em NY, ele já está em cartaz há 13 anos. Em Londres, esse ano fez 10. Além disso, a peça já foi adaptada em outros 10 países. Na Broadway, o musical já quebrou recordes de bilheteria 20 vezes. Quando estreou aqui no Brasil, bateu o recorde do teatro, com metade do tempo da peça anterior. É o 11º musical de maior longevidade na Broadway. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://i.ytimg.com/vi/qdjb2Xx6nyI/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="https://i.ytimg.com/vi/qdjb2Xx6nyI/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mais de 10 anos sem parar!!!!!</td></tr>
</tbody></table>
<br />
E os números são impressionantes assim porque realmente é uma história muito boa, muito bem encenada, que te deixa com vontade de assistir várias vezes. Eu mesma já vi duas (uma em Londres, outra em SP, no fim de semana que eu fui no <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2016/11/jamie-cullum-no-brasil-eu-fui-pt-2.html">show do Jamie</a>). E fico me segurando aqui na cadeira pra não comprar uma passagem agora mesmo e assistir mais uma vez. Meu vício está NESSE NÍVEL!<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre a versão brasileira: Está linda demais! (Eu já falei que vocês PRECISAM assistir?) Toda a parte técnica está impecável (achei até mais bonita visualmente do que a de Londres), as músicas em português ficaram ótimas (destaque para O Mágico e Eu, Ódio e Popular, só não gostei da versão de “I’m Not That Girl”...) e as atrizes estão A-R-R-A-S-A-N-D-O. Cantam demais, e muito carismáticas (já estou muito fã)! O texto em si também ficou superbacana, principalmente as partes da Glinda que conseguiu trazer umas gírias brasileiras, e até incorporou um “beijinho no ombro” com Wesley Safadão que são de matar! Hilário!<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://static.wixstatic.com/media/e9fb4e_1dfff9946bbf4ff29e8dc5362ef2be6d~mv2.jpg/v1/fill/w_626,h_248/e9fb4e_1dfff9946bbf4ff29e8dc5362ef2be6d~mv2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://static.wixstatic.com/media/e9fb4e_1dfff9946bbf4ff29e8dc5362ef2be6d~mv2.jpg/v1/fill/w_626,h_248/e9fb4e_1dfff9946bbf4ff29e8dc5362ef2be6d~mv2.jpg" height="157" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">CORRÃO!</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Estou aguardando ansiosamente o filme que eles tão cozinhando há mais de 10 anos, e finalmente marcaram estreia pra 2019 (AAAAH, tá muito longeeeee!), porque não está sendo fácil, simplesmente. Fico montando inclusive meu elenco dos sonhos aqui, enquanto não sai nenhuma notícia, e quero muito Lea Michelle de Elphaba, porque a menina NASCEU pra esse papel!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, enquanto isso não acontece, deixa eu procurar uns vídeos no YouTube, porque é o que tem pra hoje.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="http://cdn.mixme.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Wicked.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://cdn.mixme.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Wicked.png" height="180" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;">Vou dar na tua cara se disse que não gostou depois!</td></tr>
</tbody></table>
</div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-70272543091711930672016-11-28T18:52:00.001-02:002016-11-30T16:05:28.736-02:00Gilmore Girls, uma metáfora de si mesma<div style="text-align: justify;">
Depois de maratonar o revival, e ficar sem dormir, e discutir incansavelmente os novos episódios, eu ainda não consegui superar <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2010/09/life-is-short-talk-fast.html">Gilmore Girls</a>. Porque eu sou nerd. E faço o dever de casa, como diz a Ju.</div>
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<br /></div>
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Fui ler todas as entrevistas dadas pelos criadores sobre série, e terminei encontrando <a href="http://www.tvguide.com/news/team-palladino-interview-8523/">essa daqui</a>, da época que eles decidiram abandonar a série. Eu provavelmente já tinha lido essa entrevista há muito tempo. Mas nunca tinha reparado na similaridade que as falas de Amy e Dan refletem a série. A entrevista é incrivelmente dramática. Você sente a dor e a raiva pulsando nos dois. Você sente o desespero de Michael Ausiello (jornalista e fã assumido, tão fã que fez uma ponta no revival). Parece até um Friday Night Dinner. Tem falas que parecem ter sido roteirizadas para Gilmore Girls. Estão lá a irreverência da Lorelai, o extremismo da Paris, o sarcasmo da Emily.</div>
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<br /></div>
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Em outra entrevista que li, Dan Palladino chega a comentar como Lorelai compartilha muitas das características da própria Amy. Mas, me arrisco a dizer que Amy Sherman é muito mais Paris do que Lorelai, pelo menos no trabalho. A teimosia de querer que tudo seja do jeito (isso a Lorelai tem de sobra também), o jeito centralizador como conduzem a série e a decisão de largar um trabalho que você tanto ama, justamente pelo próprio bem do programa, baseada numa decisão 100% racional (vê se isso faz sentido pra vocês), são situações com o selo Paris Geller de resolução de problemas.</div>
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<br /></div>
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Pra você que não acompanhou a treta na época, vou fazer um resumo. Mas não deixe de ler a entrevista, porque o melhor dela, assim como Gilmore Girls, não está no conteúdo bruto, mas sim nos detalhes, nas entrelinhas, em tudo aquilo que talvez não tenha sido dito (e essa é uma das belezas desse final também, mas isso eu comento depois).</div>
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<br /></div>
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Os contratos dos showrunners eram renovados ano a ano. Então todo o ano, eles tinham que sentar numa mesa e negociar se a série ia continuar no ar ou não. Eram meados da 6ª temporada, e Amy e Dan queriam renovar por pelo menos mais dois anos, pra planejar melhor as histórias, saber como iam desenvolver os arcos, até de um eventual final. Outra reclamação era que eles estavam trabalhando demais. Faziam tudo na série (planejavam, escreviam, dirigiam, editavam...). Precisavam contratar mais gente pra delegar. Não dava mais pra continuar assim, sob pena de queda da qualidade da série. A Warner simplesmente ignorou os pedidos. Falou que ia renovar um ano só, e que não ia contratar mais ninguém. E aí Amy e Dan ficaram muito revoltados e largaram a série.</div>
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<br /></div>
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E eu fiquei pensando no quanto essa história não representa um pouco do que foi Gilmore Girls nas telas também. É uma história que é...complicada. Não tem certo e errado. Não tem decisão 100% racional. E apesar de serem “negócios”, tem muito amor envolvido. Os personagens são falhos. Fazem besteira. E se arrependem. E repetem exatamente os mesmos erros, porque ainda tem um monte de mágoa ali dentro.</div>
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<br /></div>
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O final desse behind-the-scenes você já conhece. A sétima temporada continuou sem eles e, por mais que não tenha sido uma temporada RUIM, nessa altura do campeonato, os espectadores não conseguiam separar a história mostrada na tela do drama ocorrido fora delas, e a audiência foi caindo, e a sensação geral era que era melhor terminar a série de uma vez. O último episódio, mesmo escrito e gravado sem saber que ia ser realmente o último, surpreendentemente, foi muito bom. Muita gente ficou com a sensação de que se fosse planejado, talvez não fosse tão legal. Uma festa de despedida para Rory, a cidade inteira reunida, Lorelai fazendo as pazes com a família e reconciliando com Luke. É um episódio lindo, amarradinho, extremamente satisfatório.</div>
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<br /></div>
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Mas a gente ficou sem saber as 4 últimas palavras. A gente ficou sem ver o casamento de Lorelai e Luke. A gente ficou sem o final original que Amy tanto alarmou que sempre soube qual seria. Por muito tempo a gente pediu um filme. A gente viu Veronica Mars fazer um com o dinheiro dos fãs, inclusive! Mas não, assim como muitos relacionamentos de Lorelai, ainda não era “o certo”.</div>
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<br /></div>
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E o tempo passou, e com a paciência de Luke, a gente esperou. E a série começou a passar em reprises na TV (tanto lá, quanto aqui!) e ganhar mais fãs. E surgiu o Netflix, que começou a passar as temporadas clássicas, e a série ficou mais popular do que qualquer um poderia imaginar naqueles tempos! A série envelheceu muito bem. Porque fala de relacionamentos e família e conflito de gerações. E ela mesma atravessou gerações nesse período! E a gente viu uma onda de revivals, em sua maioria totalmente desnecessários, tomarem conta tanto da TV tradicional, quanto das plataformas de streaming. E o único que realmente PRECISAVA acontecer...nada! E Amy falava que quando fosse a coisa certa ela ia fazer. E a gente, como Luke, esperou mais um pouco.</div>
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<br /></div>
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Até que veio a chance de retomar a série. 9 anos depois. 16 anos depois do primeiro episódio. Parecia mágico! “I smell snow!”, diria Lorelai. Olha tudo o que teve que acontecer com o mundo para que o revival saísse do papel! E praticamente todo mundo voltou, nem que fosse pra fazer uma ponta! E o revival foi liberado e... é lindo!</div>
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<br /></div>
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É poesia, é arte, é emoção e comédia e fanservice, tudo misturado. Como só Gilmore Girls poderia oferecer.</div>
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<br /></div>
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Não é perfeito. Ainda tem um certo ressentimento de Amy Sherman ali, tal qual o relacionamento de Emily e Lorelai, já que a showrunner fez questão de ignorar deliberadamente todas as decisões criativas tomadas durante a 7ª temporada. E muitos personagens secundários foram subaproveitados por causa desse formato de 4 episódios de 1h30. E algumas coisas que parecem que deveriam ter acontecido uns 5 anos antes. Muitos diálogos expositivos... Mas a história que deveria ter sido contada tá ali, intacta, por incrível que pareça.</div>
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<br /></div>
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Talvez uma das maiores mágoas desse revival ter demorado tanto foi a morte do Richard. Mas até sua ausência foi tão bem aproveitada que pareceu planejada. E de alguma forma, mesmo com todo esse tempo, tudo parecia muito certo, mesmo saindo tudo errado lá atrás, mais ou menos como a própria trajetória de Lorelai, grávida aos 16, mas uma mulher incrível aos 32. </div>
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<br /></div>
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Tem gente que se preocupa muito com o final dos personagens. Tem gente que gosta de enxergar as coisas como um todo. Geralmente estou no segundo grupo (vide o final de <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com/2011/07/what-difference-day-made.html">Um Dia</a>, que eu defendo à beça). E o final de Amy e Dan é lindo, apesar de em nada lembrar o que tivemos lá atrás (que eu também gosto muito, e fico feliz de ter existido, e nem tenho pretensão de escolher entre um dos dois). Ele não é amarradinho, e em alguns níveis, nada satisfatório. Ele deixa você pendurado, pensando, imaginando, refletindo. Não é um final fácil. É um final controverso. Pra caramba. Porque Gilmore Girls, por trás das loucuras de Stars Hollow e das referências a cultura pop, não é uma série fácil. E sempre foi controversa. Tem gente que se acha a própria Lorelai, tem gente que não entende como Lorelai pode ser tão...Lorelai(!). Tem gente que se inspira na Rory, tem gente que não suporta a Rory. Tem gente que torce pro Dean, pro Jess e pro Logan. </div>
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<br /></div>
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E na maioria das vezes fomos um pouco disso tudo durante essa jornada. Mudamos de ideia sobre nosso amor ou ódio aos personagens a cada episódio. Mudamos de ideia sobre nosso amor ou ódio aos personagens porque nós mesmos havíamos mudado, quando fomos assistir novamente. E dissecamos cada um deles. E inventamos mil teorias, e fomos um pouco psicólogos porque os personagens são ricos (alguns até no sentido literal), e complexos e essencialmente humanos. E mesmo com o final da série (de novo!), vamos fazer isso ao longo de muito tempo ainda. Porque Gilmore Girls sempre deixou as melhores coisas nas entrelinhas, apesar de possuir mais linhas do que qualquer outra série de TV.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1sAtNtPnjs8GIduWY-r_aA6CDJn6sEGtbGcbUFxhoGvs8Ry6aX0k-O62hpVw78b38sI5D3OkgUP7GuyISbwoJKUYlRTdgYwzGvbqg-8cX8CEDdKlVKFoftCeIUs-x5j-ab3IGbqPqr5GW/s1600/rs_600x600-160519190002-600-gilmore-girls-a-year-in-the-life-art.jb51916.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1sAtNtPnjs8GIduWY-r_aA6CDJn6sEGtbGcbUFxhoGvs8Ry6aX0k-O62hpVw78b38sI5D3OkgUP7GuyISbwoJKUYlRTdgYwzGvbqg-8cX8CEDdKlVKFoftCeIUs-x5j-ab3IGbqPqr5GW/s320/rs_600x600-160519190002-600-gilmore-girls-a-year-in-the-life-art.jb51916.jpg" width="320" /></a>Gosto especialmente da parte do livro, não só porque, das figuras de linguagem, a metalinguagem é a minha preferida. Mas porque ela se encaixa tão bem! E confirma minha teoria final de que Gilmore Girls, com todas as suas qualidades e defeitos, é uma metáfora de si mesma.</div>
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<br /></div>
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E quando mais eu penso no final, na jornada, no livro, nas 4 palavras, no ciclo se fechando, mais eu enxergo beleza e complexidade na série que é Gilmore Girls. Uma “série sobre pessoas”, como a gente gostava de falar nos idos anos 2000. Uma expressão que caiu em desuso, inclusive, porque nunca mais se fez “séries sobre pessoas” do jeito que se fazia. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não que já tenha existido alguma série que pelo menos se parecesse com Gilmore Girls. Não teve, e acho que nunca vai ter. E é isso o que a torna única. É isso o que a torna... Gilmore.</div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-59094608029459952312016-11-02T20:50:00.003-02:002016-11-04T19:31:24.415-02:00Jamie Cullum no Brasil, EU FUI! - pt 2<div style="text-align: justify;">
O caminho até o teatro em SP foi tranquilo. Desembarcamos em Congonhas umas 20:40, pegamos um táxi com um motorista bem comunicativo (quando eles não são, não é mesmo?) que foi nos mostrando os principais pontos da cidade e sabia de cor o quanto custou cada obra, inclusive as inacabadas, e chegamos ao Teatro Tom Brasil lá pras 21:30. O show era às 22:00.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dividimos a mesa com um grupo de amigos mais velhos que ficaram atrás da gente e com duas outras meninas mais ou menos da nossa idade que ficaram com as cadeiras da frente. Uma era de SP, outra de Recife. Conversamos como tinha 10 anos que esperávamos por esse show, e como o Jamie era incrível e como tínhamos certeza que iríamos gritar muito durante o show. Esboçamos um plano de tentar entrar no camarim também quando o show acabasse.</div>
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<br /></div>
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Pensei que só fosse começar lá pras 22:30, mas quando nos encaminhamos para a mesa, já tocava o primeiro sinal. Pontualidade inglesa!</div>
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<br /></div>
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Só uma coisa preocupava. A onda de jornalistas que estava colada ao palco para tirar fotos. Se eles não saíssem logo dali, a o bagulho ia ficar tenso!!!!!</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O show começou com Same Things e Jamie batucando naquele tambor louco dele, a plateia ainda esquentando, mas cantando todas as letras. Logo depois veio Get Your Way, com a clássica subida no piano seguida do salto lá de cima. O povo cantava lindamente o refrão. Eu tocava todos os instrumentos no ar (como sempre faço em casa e sempre soube que ia fazer no show).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Ao fim de Get Your Way, demos uma dura nos jornalistas, que prometeram ficar ali só as 3 primeiras músicas. Fiz questão de lembrar que já era a terceira agora. Ele cantou Don’t You Know me Babe, do Interlude, que sinceramente, ninguém liga, mas se era pra ele cantar uma música que ia ser atrapalhada pelos fotógrafos, que seja essa mesmo. Aproveitamos pra tirar fotos.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWcnZjq4oDa9PiILqkRJY7QZxpXiDUpzStjcAnQFz7y2pamJDrAyNoVlGtbFu7SIM-DxiglMBwe4GNTa7c0o2oF6ktNcJ8Fv7bjIxqlHr4QNvSnJ93t_Judaxwr3zTSZ0z3mfNADHVar6K/s1600/JamiePulando1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWcnZjq4oDa9PiILqkRJY7QZxpXiDUpzStjcAnQFz7y2pamJDrAyNoVlGtbFu7SIM-DxiglMBwe4GNTa7c0o2oF6ktNcJ8Fv7bjIxqlHr4QNvSnJ93t_Judaxwr3zTSZ0z3mfNADHVar6K/s320/JamiePulando1.jpg" width="180" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKan943DOjAdnhm7wvTxpYhQ_yd5E9p6PHLj8x4q0G8dbH1YNyznM1z4C8dBUB-K0ltMA4S7Y-IVep2_IHRv6XkKGI7yzxVYvpF6JrkMHqTurevf2Nxbl0kb5mglLzAEMMdS4AQ32SFL0z/s1600/JamiePulando2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKan943DOjAdnhm7wvTxpYhQ_yd5E9p6PHLj8x4q0G8dbH1YNyznM1z4C8dBUB-K0ltMA4S7Y-IVep2_IHRv6XkKGI7yzxVYvpF6JrkMHqTurevf2Nxbl0kb5mglLzAEMMdS4AQ32SFL0z/s320/JamiePulando2.jpg" width="180" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="text-align: justify;">Daí os jornalistas saíram mesmo e o Jamie foi para o piano elétrico. Todo mundo achou que ele fosse tocar uma música mais nova e continuar na vibe jazz clássico quando ele entoou os primeiros versos do refrão de Mind Trick e a galera foi à loucura!!!!!!!</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ele começou bem lento, as pessoas acompanhando todas as sílabas, sem acreditar que aquilo estava acontecendo. ELE QUASE NÃO TOCA MIND TRICK NOS SHOWS!!!!! E essa música no Brasil fez um sucesso estrondoso. E é uma das minhas preferidas dele!!!!!!! Foi a que me apresentou ao seu trabalho, na verdade. Cheguei a pensar que ia ficar só nesse interlúdio mesmo, mas depois ele aumentou o ritmo e cantou a música no seu andamento original, com aquela pegada dançante que é UMA DELÍCIAAAAA!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidjG6e4KQYb4AOY49GCgbB_dM67IIL6rq5yrreD_e7YQwqfCYT4SaYJIipfSQuwhxUfWSwQWKvdI9pZ9q0xl2sIzNAjf0HOtt8_FqPvQ498-K6nneJgnqVukwyQAowb_ZRYSzKs0oYzVxS/s1600/JamieMindTrick.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidjG6e4KQYb4AOY49GCgbB_dM67IIL6rq5yrreD_e7YQwqfCYT4SaYJIipfSQuwhxUfWSwQWKvdI9pZ9q0xl2sIzNAjf0HOtt8_FqPvQ498-K6nneJgnqVukwyQAowb_ZRYSzKs0oYzVxS/s400/JamieMindTrick.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>IIIIIII missed the opportunity<br />
Toooooo get to you babe to stay with me</i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br />
A gente se segurava na cadeira, querendo levantar pra dançar, mas tinha que manter o protocolo. Logo depois vieram What a Difference a Day Made (cantada também a plenos pulmões) e Save Your Soul (AMO MUITO Save Your Soul! É uma música que tem um significado enorme, uma energia forte, e durante uma época da minha vida parecia traduzir exatamente aquilo que eu estava sentindo) com direito a plateia fazendo “Eeeeeeeeee” e “Ooooooooo” nas partes certas. No final ele pediu que a gente continuasse a capella e foi lindo, lindo, lindo! Vocês tinham que ver a carinha dele quando a gente cantava o “Eeeeeeeeee” e “Ooooooooo”, meio sem acreditar que o povo tinha vindo estudado e já sabia todas as nuances do show, meio sem acreditar que aquele povo sabia as músicas dele a tal ponto de decorar esse tipo de coisa!!!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
E então, mais uma surpresa: Everlasting Love!!!! (QUE ELE TAMBÉM QUASE NUNCA CANTA!!!!!) Talvez tenha sido a sequencia de Bridget Jones no cinema, na verdade. Mas assim, todo mundo AMA Everlasting Love, foi uma das primeiras músicas que eu gostei dele, e o povo tava cantando MUITO ALTO todas as letras pra variar! No meio dessa, ele ainda tocou trechos de Next Year (“I’m gonna teeeeeell yooooou, how I feeeeeeeeelllll”), que, nossa, é sempre a minha trilha de 31 de Dezembro, e, amo demais de paixão!!!! Sério, tava difícil de acreditar que ele tava cantando todas as músicas mais legais!<br />
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimQmg36Z8rpHg4QdWRr96k0t5NK5QNZHbpuerD_qvUgapaSKEXv3gENVY7VTYrcTf_kksQRh6S4It34ODhzqMcszeqe1WNtcyJhsOTvpBZ904n6OjYVbJDQZ_z4DBzQ1SFlP0I1WL57Wlx/s1600/JamieSapatos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimQmg36Z8rpHg4QdWRr96k0t5NK5QNZHbpuerD_qvUgapaSKEXv3gENVY7VTYrcTf_kksQRh6S4It34ODhzqMcszeqe1WNtcyJhsOTvpBZ904n6OjYVbJDQZ_z4DBzQ1SFlP0I1WL57Wlx/s400/JamieSapatos.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Spend less money on shoes...</i><br />
Dá uma olhada no tênis dele!</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Em I Get a Kick Out of You, ele faz um gesto no nariz na parte em que canta “I get no kick from cocaine”, como quem estivesse usando drogas. HA! Nem gosto muito dessa música, mas adoro quando ele faz isso. Ia ficar extremamente chateada se não fizesse.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De repente, silêncio. Ele começa a batucar o piano (um clássico da Cullumlogia!). E ele bate de um lado. “Ainda não tá bom”. E bate do outro, “Ainda não tá bom”, e bate mais um pouco... E emenda num beatbox maneiríssimo. A gente já sabe qual a música. “Love for Sale” em sua versão malvada, que só o Jamie sabe fazer. A gente vai cantando, acompanhando quando Jamie simplesmente resolve DESCER DO PALCO e IR PRO MEIO DO POVO. Isso tudo sem parar de cantar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglCs4mLbSrPuUMrzBFLBY3OwIajTxlHlZs2w97bKr5hVs-nsIWZmGczLSCMw6FbHlXi3-E8qGrAHXnKniUo_zsZPX-6W9F8mqh3ov-fMHN0hX9RRWipryQSwKpOkUjCJDTUJKJ_hf-dOU4/s1600/JamieLoveForSale.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglCs4mLbSrPuUMrzBFLBY3OwIajTxlHlZs2w97bKr5hVs-nsIWZmGczLSCMw6FbHlXi3-E8qGrAHXnKniUo_zsZPX-6W9F8mqh3ov-fMHN0hX9RRWipryQSwKpOkUjCJDTUJKJ_hf-dOU4/s400/JamieLoveForSale.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um clássico</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Ele para em frente a uma menina e canta toda a parte da ponte como se fosse pra ela, sortuda, que dá um abraço nele, claro. Nisso, está todo mundo enlouquecido em suas mesas tentando o acompanhar o que está acontecendo no meio da plateia, quando ele resolve voltar ao palco. Só que volta CHAMANDO TODO MUNDO PRA IR ATRÁS DELE!!!!!!! (Sério, ele fazia o gesto com a mão mesmo, tipo: “Vem, vem, pode vir!”).<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aí, meu irmão, não tem compostura que resista. Todo mundo vai pra frente. Eu deixo meu celular na mesa, sem nem pensar duas vezes. A menina da nossa mesa acha que ele tava chamando pra subir no palco e tenta escalar o palco (o segurança não deixa, óbvio). E então, o show, que já estava bom, FICA SENSACIONAL!!!!! Aquela energia contida nas cadeiras extravasa total e a gente curte o show como se não houvesse amanhã! São braços para o alto o tempo todo, inclusive tentando pegar na mão dele que passava ali de vez em quando, e fotos, e vídeos, e corpos dançando e vozes em uníssono entoando TODAS AS LETRAS!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-CyseNjqGL6CBHJdP0Z0FlVQIUOOzNiZ2yh99UpsloKiK1TRFmF4eYaDSvRJjxul2amQhf3xGZ2DG1A7Eb-Wu_jMB2JU1uLU1EhFHgH3_3mQq4OS8yLGwgWJ4uDViifOP98EEubzL9vC_/s1600/JamieFalando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-CyseNjqGL6CBHJdP0Z0FlVQIUOOzNiZ2yh99UpsloKiK1TRFmF4eYaDSvRJjxul2amQhf3xGZ2DG1A7Eb-Wu_jMB2JU1uLU1EhFHgH3_3mQq4OS8yLGwgWJ4uDViifOP98EEubzL9vC_/s400/JamieFalando.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mãos ao alto!</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Sério, galera, os fãs do Jamie são os melhores fãs. Dava pra sentir no ar como as pessoas estavam extremamente felizes, meio extasiadas até, vivendo aquele momento totalmente mágico de assistir o show do seu cantor favorito (definitivamente eram fãs, não tinha desavisado ali), depois de esperar 10 FREAKING anos!!!!!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de Love For Sale, ele conversa um pouco com a plateia, e pede desculpas por ter demorado tanto pra voltar. Ele pergunta “How do I look?”, porque desde então ganhou umas ruguinhas no rosto. Alguém da plateia diz: “You look best”, errando a gramática, mas ele entende, e agradece a generosidade. Ele elogia a performance do público e nos faz prometer que iremos dançar no restante do show (como se fosse necessário pedir).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Ele se dirige para o piano e conta uma historinha sobre um menino que era rejeitado pelas meninas na escola, e que promete que quando ele crescesse, ia virar um cantor muito famoso, e ia se vingar daquelas garotas metidas. Ele complementa que aquele menino, é claro, não é ele, como vocês já sabem (aham!). E a gente já sabe mesmo porque ele sempre conta essa história antes de começar When I Get Famous. E cantamos, e dançamos e pulamos muito durante a música, que é Jamie Cullum na sua essência! (Ah, sim, claro, ele pula do piano mais uma vez nessa, só pra não perder o costume)<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A gente ainda estava se recuperando de When I Get Famous, quando ele resolveu começar o bombardeio de hits. Don’t Stop The Music transformou o Tom Brasil numa verdadeira balada, com a plateia cantando a plenos pulmões, experimentando à vera a letra da canção, e praticamente implorando para que o Jamie Cullum por favor não parasse a música. Logo depois, um cara grita “Jamie, I Love You!”, meio de sacanagem, e ele responde com uma voz estilo Barry White: “I love you too”, levando todo mundo aos risos, para então transformar o teatro num grande coral com All at Sea. Era de arrepiar!!!!!! A conexão entre o público, as músicas e o Jamie era quase tangível. Estávamos todos num imenso transe coletivo, e não fazíamos questão de acordar.<br />
<br /></div>
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O povo ainda estava meio sem acreditar que aquilo estava acontecendo, o Jamie concentrado para a próxima música pedia um pouco de silêncio, e talvez o mesmo cara que declarou seu amor pelo Jamie (e foi correspondido) manda a real: “Deixa o mozão cantar!”. Seu pedido é prontamente atendido e Jamie começa High and Dry, que sempre é um grande momento do show. (Dessa vez não rolou aquela brincadeira de dividir a plateia, pra depois misturar, como ele geralmente faz, mas foi lindo do mesmo jeito!).</div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuEmfahPwx-UFS_HPoTZ0tLA0MN1SDf8FfKbNUAkT3rrb0fTue4YfGlei_gnmzaH9ekqslxfiet5EtHXm7Ga_E56ecZeJIeTbTp2ZnuRoZx_HEV5Izz93TRD7dq9H3pjwKV6dBcbNevCZ8/s1600/JamieSorrindo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuEmfahPwx-UFS_HPoTZ0tLA0MN1SDf8FfKbNUAkT3rrb0fTue4YfGlei_gnmzaH9ekqslxfiet5EtHXm7Ga_E56ecZeJIeTbTp2ZnuRoZx_HEV5Izz93TRD7dq9H3pjwKV6dBcbNevCZ8/s400/JamieSorrindo.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Se divertindo horrores!</td></tr>
</tbody></table>
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<br />
Logo depois, ele veio pra frente do palco, junto com todos os membros da banda* e tocou Uptown Funk, com direito a uma dancinha superridícula no refrão (amo!!!!). Do lado de cá do palco, a galera dança junto e se diverte à vera, mesmo quando Jamie tenta fazer a gente cantar uma parte da letra que a gente não sabe.</div>
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<span style="font-size: x-small;">* Nota: o baixista era extremamente simpático, posou para várias fotos! Inclusive, depois do show, tiramos fotos com ele, que elogiou nossa camisa, e disse que estava se divertindo muito no Brasil (ele estava no Rio desde o início da semana.</span></div>
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Durante o instrumental dessa música, ele avista alguém transmitindo o show via FaceTime no meio do povo e manda: “Ei, você que está no FaceTime, me dá seu celular”. E ele pega o celular e começa e filmar a si mesmo para a pessoa que estava na teleconferência, tira várias selfies, para depois deixar o celular no piano gravando tudo. E então, pega outro celular da plateia que tb está transmitindo o show ao vivo, e se diverte, colocando os dois celulares um na frente do outro! Um dos momentos mais legais do show!!!!!!</div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmrPdZu99UwlUBRObgVQo8RpE9187bam0ebw00cIy0I1nZMUFBZDS5ZU-kRbxlV8jBZPQZuM2yyt27FlzyUZBs6NQNvto5e4mesbkFFtE3SNlDi9v0J8u7PJaQ5EwfIxm_yyk0ca6Dt-jT/s1600/JamieCelular.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmrPdZu99UwlUBRObgVQo8RpE9187bam0ebw00cIy0I1nZMUFBZDS5ZU-kRbxlV8jBZPQZuM2yyt27FlzyUZBs6NQNvto5e4mesbkFFtE3SNlDi9v0J8u7PJaQ5EwfIxm_yyk0ca6Dt-jT/s400/JamieCelular.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">SENSACIONAL!!!!!</td></tr>
</tbody></table>
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Em TwentySomething, ele apronta todas também, levanta a camisa na parte da música que fala do tanquinho (só faltou aquela corridinha clássica). Ele aproveita para descansar durante o instrumental da banda, e se hidratar, e dá até água para um cara da plateia que diz que está com sede. Ele estava claramente se divertindo muito! E a gente também estava se divertindo horrores. O que é a melhor coisa de um show!<br />
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Bom, ele tinha cantado praticamente todos os grandes hits, mas ainda faltava o grand finale. Uma ode à nostalgia em forma de canção que é impossível deixar alguém parado quando toca. A minha preferida de Jamie Cullum de todos os tempos. </div>
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A música que eu sonhava em VIVER ao vivo. Porque, senhoras e senhores, Mixtape é mais do que uma música. É uma experiência sensorial quase adolescente em pleno show de jazz. Quando coloco pra ver os vídeos no Youtube, eu não me aguento, e me emociono, e canto e pulo, como se eu estivesse lá!!!!</div>
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E eu cantei. E eu dancei. E bati palma. E pulei, como há muito tempo em não pulava em um final de show (acho que desde Sandy e Jr, na verdade), mesmo antes de ele contar até quatro no final. E foi MÁGICO aquele uníssono entoando “Ôooooooooo”, mesmo com a música já encerrada, e o Jamie saindo do palco. E a gente continuou até que ele voltasse pro Bis, igualzinho no vídeo que tem aqui na barra lateral, exatamente como deveria ser (tô falando que os fãs do Jamie estudam!!!!!). O sorriso dele durante essa música era O MELHOR!!!! Parecia que ele não ele não estava acreditando, sabe?<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><div class="separator" style="border-image: none; clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPYnTXWyi66pYV1xMeYm5j5RLFJE-_0nx4OM8YgInmGaLjvPuwFAsMF4bWmx8j_uqXYURLe5-qHZ-EaE5pBkh-0rd0hp5WnH6sWVFG04oGVMuX7h-zgx4vZViSg9JWi5juJtNlsuHOUfmI/s1600/JamieSorrindo2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPYnTXWyi66pYV1xMeYm5j5RLFJE-_0nx4OM8YgInmGaLjvPuwFAsMF4bWmx8j_uqXYURLe5-qHZ-EaE5pBkh-0rd0hp5WnH6sWVFG04oGVMuX7h-zgx4vZViSg9JWi5juJtNlsuHOUfmI/s400/JamieSorrindo2.jpg" width="400" /></a></div>
</td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">OLHA A CARINHA DELEEEEE!!!!</td></tr>
</tbody></table>
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Na volta pro Bis,ele improvisou um melodia com versos como “The only word I know in portuguese is Paralelepipedo” e “São Paulo, I made up this song for you because I love you....”, ao que, claro que as pessoas respondiam “I LOVE YOU TOO”, como se fosse preciso qualquer prova de que o sentimento era recíproco. Daí então teve These Are The Days com todo mundo cantando junto, inclusive o “pa-pa-pa-pa-pa”. E pra finalizar mesmo, uma performance emocionante da linda Gran Torino.</div>
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Sem dúvidas, o melhor show que eu já fui na vida! E a certeza de que Jamie Cullum é, de longe, o melhor artista em atividade. Ele prometeu não demorar tanto pra voltar da próxima vez. Espero que cumpra a promessa mesmo, porque agora estou mal acostumada.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/GignUln_dzA" width="560"></iframe><br /></div>
<span style="font-size: x-small; text-align: center;">Não gravei Mixtape por motivos óbvios, mas aqui tem o finalzinho com a gente cantando e eles se despedindo. Me arrepio toda vez que dou play!</span></div>
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Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4089438611855717242.post-21239382870061824852016-11-02T19:56:00.000-02:002016-11-02T19:56:04.919-02:00Jamie Cullum no Brasil, EU FUI! - pt 1<div style="text-align: justify;">
Você que acompanha esse blog há algum tempo já está cansado de saber que a trilha sonora da pessoa que vos fala tem a voz desse inglês baixinho, descabelado e imensamente talentoso que atende pelo nome de Jamie Cullum. Já teve <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com.br/search/label/jamie%20cullum">vários posts aqui mesmo</a> tentando aliciar muitos de vocês para o caminho da boa música entoada por Jamie, e contando de como eu acabei por ficar superfã do seu trabalho. Então, essa parte hoje, eu vou pular.</div>
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Acontece que, mesmo amando demais Mr. Cullum, nunca tinha tido a chance de ver um show dele. Simplesmente porque, desde seu estouro em 2005/2006, ele NUNCA MAIS veio ao Rio de Janeiro. Em 2001, chegou a ir a São Paulo, no Festival Natura, mas era interior, pra tocar só durante uma hora, e por mais que eu o amasse muito, muito, muito, não valia a pena a aventura. Já estava quase desistindo de vê-lo por aqui em terras brazucas, e pensando seriamente em escolher o destino das próximas viagens em função da agenda do moço, inclusive.</div>
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Só que aí, no meio de agosto, eu estava vivendo um outro sonho antigo, de visitar NY (só posso dizer que recomendo a todos, foram dias absolutamente mágicos, morro de saudades todos os dias), e recebi uma notificação no Twitter da Marcelle (que eu conheci há anos, da época do Orkut, da comunidade da <a href="http://inutilnostalgia.blogspot.com.br/search/label/meg%20cabot">Meg Cabot</a>), falando que ia ter show dele no Brasil em Outubro. Em SP. Ia ser dia 21, uma sexta-feira. Ótimo! 2016 estava realmente de parabéns!</div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2MjMxc-M_zgsZl45bE8mWstaP_biXMTvcPu1Oz6Ac2zUAg12FaqMOxci2d7KFb0mST7bL7JT96G87CpSKx3XrFj6lfhPdo3E-5xY2MUoTjB0ZDx8OD9dSpusJ760znNTTI8aklSAkfAL8/s1600/JCTweetBrasil.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2MjMxc-M_zgsZl45bE8mWstaP_biXMTvcPu1Oz6Ac2zUAg12FaqMOxci2d7KFb0mST7bL7JT96G87CpSKx3XrFj6lfhPdo3E-5xY2MUoTjB0ZDx8OD9dSpusJ760znNTTI8aklSAkfAL8/s320/JCTweetBrasil.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aquele momento em que você tá fora do país e descobre que o Jamie Cullum vem ao Brasil</td></tr>
</tbody></table>
<span id="goog_588806581"></span></div>
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O dia era 16 de agosto, eu estava lá no meu apê alugado em Manhattan, me aprontando pra sair pra curtir o dia e surteeeeeeeiiiii. Já me imaginei pulando em Mixtape, fazendo “eeeee” em Save your Soul, curtindo horrores todas as outras músicas. São literalmente 10 anos esperando esse show! Não dava pra acreditar que ia ser real!!!!</div>
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Comprei o ingresso no mesmo dia. Primeira fila, bem de frente pro piano. O melhor uso da minha carteirinha de estudantes que eu já fiz (e tem gente que não entende quando se fala que educação não é despesa, é investimento!!!).</div>
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Não sabia direito como ia chegar, e nem tinha comprado a passagem ainda. Mas o ingresso já estava garantido.</div>
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E os dias foram passando, e eu resolvi detalhes de passagem e hospedagem, e fiz até uma camiseta especial para o dia (porque eu sempre disse que o dia que o Jamie viesse ao Brasil eu ia fazer uma camiseta personalizada. Pois é, sou dessas! Não que seja alguma novidade pra vocês a essa altura, na verdade).<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBB5VV-XABYI8duZglRLJlZKYgIXDbPdEGEA2ek2iI0VY4jWzSGYl8bQ9H1Mb05tP1tRzQDs8LluHVIpKNc5GO0xMvQKKzawc5Ep1lKj4QHorsxTCzW9PKiFlQ_vDGl9_H1vnY0giuO6Yt/s1600/JamieCullummagic2.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBB5VV-XABYI8duZglRLJlZKYgIXDbPdEGEA2ek2iI0VY4jWzSGYl8bQ9H1Mb05tP1tRzQDs8LluHVIpKNc5GO0xMvQKKzawc5Ep1lKj4QHorsxTCzW9PKiFlQ_vDGl9_H1vnY0giuO6Yt/s320/JamieCullummagic2.png" width="178" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Porque ele não é músico, é mágico!</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Até que chegou. E eu já tinha toda uma agenda preparada. Ia sair do trabalho cedo, chegar ao aeroporto com antecedência, pegar o voo... Só que, é claro que, se não tiver emoção, não tem graça, e vivi uma verdadeira aventura pra chegar no aero no dia. Saca só.</div>
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Meu voo estava marcado para as 19:10. Eram 17:15, e eu já estava me preparando pra ir embora quando chega um menino com uma dúvida sobre uma operação incomum que fizemos no trimestre e como ela estava impactando as demonstrações financeiras. Já tínhamos discutido aquilo mais cedo durante aquele dia, o assunto era polêmico mesmo, e basicamente eu era a melhor pessoa pra debater o tema. Ele falava umas coisas meio sentido, a df já perto de liberar pra auditoria, eu não concordava muito com o que ele dizia no fundo, mas fingia que sim, como estratégia de que a discussão acabasse mais rápido. Até que em determinado momento, ele se deu por convencido de uma das suas teorias, e partiu pra fazer a alteração que achava necessária. Era a minha deixa. Pedi licença, disse que tinha um compromisso e meti o pé.</div>
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<br /></div>
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Nisso já eram 17:45, e eu já estava atrasada. Peguei um táxi na porta da empresa e pedi pro taxista tocar pro Santos Dumont o mais rápido que ele pudesse (eu trabalho relativamente perto, do lado prefeitura, era possível de chegar ainda). Ele ficou meio ressentido de pedir pressa, mas prometeu ajudar. Só que o trânsito estava UMA BOSTA! Ficamos parados praticamente um tempão só ali atrás, na rua embaixo do Paulo de Frontin. O táxi não deu nem a volta inteira no prédio da empresa. Chegou uma hora que eu não aguentei e desci do táxi. Era melhor arriscar pegar o metrô do que ficar ali parada. Eram 18:15.</div>
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SAI VOADA, CORRENDO, pra estação do Estácio e peguei o metrô. Minha irmã, já no aero, me perturbando no celular porque eu não tinha chegado. Morria de medo de perder o avião. Parecia cena de filme. Desci na Cinelândia e...nova corrida até o portão de embarque. Já estava super ofegante! Me embolei toda na hora de entregar o papel para o cara escanear. Eram 18:50 quando cheguei e, graças a Deus, o voo estava atrasado. Todo mundo ainda esperando pra embarcar.</div>
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Ufa, essa foi por pouco! Jamie Cullum aí vou eu!</div>
Lisahttp://www.blogger.com/profile/13823346906315297801noreply@blogger.com0