segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Quem disse que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar?

Tem coisas que são tão incríveis que a gente acha que acontece só uma vez na vida. Encontrar com a Meg em pleno Rio de Janeiro é uma delas.

A última vez que ela veio, você acompanhou aqui no blog, o mundo era muito diferente do que é hoje. O Brasil ainda ia sediar a copa (a gente nem tinha perdido a copa de 2010 ainda, Neymar era apenas uma promessa e nem imaginávamos tomar 7x1 em casa), Bin Laden ainda era vivo, praticamente ninguém tinha smarphone e o Orkut era a rede social do momento. E eu também era muito diferente. Estava no 2o ano de faculdade, não estagiava e postava com muito mais frequência no blog também.

A única coisa que não mudou de lá pra cá foi a admiração por essa escritora que ainda me divertia com histórias novas e antigas, feitas para qualquer idade. Sim, de lá pra cá eu conheci outros autores, outros livros, outros personagens. Mais inteligentes, mais bem-encorpados e mais aclamados. Mas nenhum deles conseguiu destronar Meg Cabot do posto de minha escritora favorita.

Mas, como diria Joseph Climber (esse daí é bem anterior a 2009, aliás), a vida é uma caixinha de surpresas. E quando ela anunciou que ia lançar um novo Diário, eu bem comentei com a minha amiga Jami: "Ela bem que podia vir aqui no Brasil lançar esse livro, né?". E como geralmente acontece com os nossos desejos que a gente fala assim em voz alta, sem muita esperança, a fala acaba virando profecia e esse ano, num desses acessos oriundos do ócio em que entrei na agenda da autora só pra ver se tinha alguma coisa agendada para o Brasil, acabou que... olha só! Tinha mesmo! Estava lá "Outubro de 2015 - Flica, Cachoeira, BA. Other Cities to announce". No site ainda não estava escrito que ela vinha ao Rio, mas nem me estressei, porque, é claro que ela TINHA QUE VIR aqui (é por essas e outras que eu amo Rio).

E daí, é claro que eu PIREI!!!!!! Porque Deus faz as coisas muito certas e eu tinha marcado férias exatamente para Outubro de 2015, muitos meses antes, sem saber!!!!!!!!!!!!!!!! A vida estava muito mais corrida do que há 6 anos, mas ia dar pra ver a Meg sem preocupações porque eu ia estar DE FÉRIAAAAAAAS! Foram as férias mais bem marcadas da MINHA VIDA!!!!

TPM (Tensão Pré-Meg)
Nos primeiros dias de férias, como não tinha nada pra fazer, fiquei acompanhando os eventos da Meg nos outros estados e surtando daqui de casa. Daqui a alguns dias ia ser eu lá com a Meg, de novo!!!!!!!

Deu um orgulho super especial da Paula, que ganhou a promo comigo em 2009 (e na época acabava de lançar o primeiro volume de FMF - ainda com a capa antiga!), e agora estava lá na Bahia entrevistando a Meg e participando do evento agora não (só) como fã, mas também como escritora, de igual pra igual, sabe? Agora a Paula marca jantares com a Meg, são besties. rsrsrsrs #BeijinhoNoOmbro #KissOnShoulder (Pirei depois com as fotos do casamento na Disney e com a Meg dizendo que foi convidada pro casório da mineirinha. Sem mais comentários sobre isso.)

Você que acompanhou a minha saga de 2009 deve lembrar do presente que a gente deu pra Meg, que desculpa, foi o melhor presente que alguém pode ganhar. E daí que a Meg vinha de novo, e eu fiquei meio assim de fazer outra "homenagem" dessas porque, tipo, eu já tenho 25 anos na cara e já me achando velha pra essas coisas, mas, preferir pecar pelo excesso do que morrer de arrependimento, e então minha irmã deu uma ideia superlegal (ainda na linha de 2009), mas muito mais fácil de fazer, e, olha, não foi porque foi a gente que fez não, mas FICOU INCRÍVEL!!!!!! (Mais sobre ele depois!)

Acompanhando no Twitter, vi que ela ganhando vários presentes que já não cabia mais na mala e depois pedindo pra não levarem mais (Tarde demais, Meg. O seu já está pronto. Além do mais, isso aqui é Brasil. O nível de tietagem é muito maior!!!! Por isso que a gente enche o saco pra vocês virem pra cá.). Achei especialmente curioso uma fã entregar uma garrafa de cachaça (hahaha!), porque da outra vez a bebida nacional presenteada tinha sido guaraná. É, realmente o público cresceu.

Ainda de olho nas redes sociais nos dias que antecediam o desembarque da escritora no Rio, comecei a perceber que os eventos nas outras cidades nunca lotavam e sempre sobravam uma quantidade enorme de senhas (sim, eu estava monitorando tudo mesmo). Todos os eventos em dia de semana, as fãs também já não têm mais aquela disponibilidade de tempos de passar o dia na fila porque trabalham... Daí avisei as amigas desesperadas desesperadas / desesperançosas em conseguir uma senha na timeline que... cara, IA DAR, SIM! Mesmo chegando lá praticamente na hora do autógrafo (às 18:00), dava pra conseguir uma senha. 

O Grande Dia
Cheguei no Rio Sul às 10:20 (a distribuição de senha começava às 10:00, mas as primeiras a chegar aportaram por lá às 5:00, hahahah) e fui pro final da fila. Peguei o número 236 (o total eram de 500 senhas) e logo depois a fila acabou. Como eu já havia suspeitado, ia sobrar numeração à beça. Avisei a Iris e a Marcelle, que iam vir voadas pegar uma senha na hora do almoço, pelo Twitter e fui pro Starbucks sentar um pouco e filar o Wifi. (O Starbucks estava cheio de fãs da Meg, todo mundo lendo os livros novos. Achei lindo!)

Na hora do almoço a Marcelle (a gente se conheceu pessoalmente lá 2009, mas já se falava pelo Orkut. Ai, gente, que saudade do Orkut, nunca vou conseguir superar) se perdeu, não conseguia achar o carinha que estava distribuindo as senhas, e daí eu desci pra socorrê-la e ela conseguiu pegar uma senha (o número era o 240 e pouco, isso meio dia e alguma coisa) e comprou os livros novos.

Daí em diante enrolamos bastante até umas 16:00, conversando e lendo trechos da versão comemorativa de DP (linda, linda, linda demais!) e nessa hora uma ex-cliente minha tava passando pelo shopping, e eu quase levantei a mão pra dar um oi, mas resolvi que não estava em condições de encontrar ninguém do ambiente corporativo naquele dia. Fomos ao banheiro retocar a maquiagem e, pra variar, ele estava cheio de fãs da Meg fazendo o mesmo. Muitas com tiarinhas de princesa, inclusive. (Não coloquei a minha, não tive coragem. O que se revelou uma decisão muito acertada, porque, como acabei de falar, eu quase fui "descoberta"!).

A chegada da Meg estava marcada para as 17:00. As pessoas que tinham senha após a numeração de 200 iriam fazer fila lá embaixo, onde foram distribuídas as senhas, e depois iriam sendo chamadas para a loja, pra não fazer muito tumulto no shopping. Decidimos que iríamos ficar ali na loja só esperando a Meg chegar (acompanhar a emoção e tudo), depois desceríamos e esperaríamos a nossa vez, como pessoas civilizadas. Deviam ter umas 10 pessoas nessa mesma situação (nossa, que multidão!). Daí um segurança pediu pra gente descer porque senão não ia conseguir autografar ("Moço, a gente só está aqui enquanto ela não chega, depois a gente desce. Até parece que não vai dar tempo !"). Tinha uma repórter da Rede TV fazendo uma matéria com as primeiras da fila também, por que ele não expulsou ela também? (rs!)

Continuamos ali, obviamente. Não estávamos atrapalhando ninguém, tava tudo em plena paz e harmonia. (Fãs da Meg, com mais de 20 anos, né! Acho que a gente já passou dessa fase de empurrar!) O segurança continuou enchendo o saco. Continuamos a ignorá-lo. Daí que ele daqui a pouco começou a discutir com o povo, a ameaçar cortar a pulseira com a senha, e eu decidi que não valia a pena estragar um momento tão legal batendo boca com um segurança. A Iris ficou brigando com ele e chorando de raiva. Daí fomos para frente da loja, pra ainda assim ver a Meg chegando. E ficamos ali xingando o segurança, comentando como aquilo não tinha necessidade nenhuma, como estava tudo na paz e quando nos demos conta, a Meg tinha passado nas nossas costas! Saímos correndo atrás dela pra dentro da loja! (Os fãs que estavam na fila nem gritaram - acho que nem viram. Vocês já foram melhores, hein!)

Quando ela chegou, juro pra vc que fiquei meio emocionada. Não chorei, mas sabe quando o coração dá aquele pulinho? Então. A mulher que tinha formado meu caráter literário estava ali na minha frente DE NOVO. Eu meio que não conseguia acreditar que aquilo era REAL! A MEG, cara! ALI NA MINHA FRENTE! Ficamos ali um pouquinho, tiramos umas fotos, e descemos pra fila de verdade. Tiramos várias fotos na fila, conversamos, zoamos, fizemos amizades novas... Aliás, preciso dizer que os fãs da Meg estão de parabéns. Ninguém fez nenhuma baixaria, todo mundo se respeitou, não teve briga... Também a maioria dali já tinha passado dos seus 20 anos, acompanha Meg há muito tempo, mas... tem algo de diferente nos fãs da Meg. Digo isso, porque encarei duas filas de autógrafo esse ano na Bienal e... não foi a mesma coisa. Os fãs de Meg tem uma aura boa, sabe? De se ajudar e serem mais sociáveis e trocar figurinhas (e arrobas) na fila. (Gosto de pensar que as pessoas assimilaram bem a mensagem contida nos livros da escritora, e por isso hoje são pessoas melhores também.)

Teve uma hora que, numa das levas que subiu com uma galera lá pra loja, acabou que eu fiquei sozinha lá embaixo. enquanto minha irmã e minha amiga Fernanda subiram. E aí comecei a conversar com uma menina que estava lá na fila com a mãe (a mãe tinha pegado a pulseira no início do dia e tinha que ficar com ela até o momento do autógrafo). Acho que alguém vai lavar a louça por alguns meses naquela casa... E a gente falando sobre os livros, dando dicas qual o livro a mãe dela ia gostar mais, que eu tinha adorado o livro da Allie, mesmo já sendo mais velha... Daí que eu falei que a minha série favorita era DP, porque eu tinha crescido com a Mia e tal, que acompanhei desde o início... E então, ela me faz o comentário que me faz me sentir MUITO velha. "Ah, não, DP eu comecei a ler agora, tô no 7 ainda, era muito nova quando saiu. Só tenho 14 anos". EU, pensando: "COMO ASSIM 14 ANOS???????" Tipo, quando DP saiu ela não sabia nem ler, é claro que ela não acompanhou do começo!!!!!!!!! 

Depois do choque de realidade de que a menina tinha mais ou menos a idade que EU tinha quando comecei e ler Meg, resolvi que ia encarar essa informação de maneira positiva. Quer dizer, olha só que legal! O público da série está se renovando! Acho ótimo as novas gerações (acho que 10 anos de diferença já pode chamar de outra geração, né?) redescobrindo DP! Ainda mais porque é uma série muito contemporânea, sabe? Não é o tipo de livro que atravessa bem os tempos. Claro que o "coração" da série e seus personagens são adoráveis de uma forma universal. Mas as referências... são totalmente do momento em que a série foi escrita. Algumas não fazem mais sentido algum e ganham um ar de nostalgia tremendo pra quem relê agora (coisa que eu de vez em quando adoro fazer!). Enfim, adorei saber que as adolescentes ainda curtem DP, apesar de descobrir que sou a tia velha das filas agora, rsrsrs!

O encontro
Se os fãs da Meg já são muito mais legais, o que dizer da escritora mais "fofinha" do mundo? (Essa é a nova palavra em português favorita da Meg) Cara, ela é sensacional. Não tem palavras. A pessoa já estava cansadérrima (dava pra ver) porque já tinha assinado mais de 200 livros (e já vinha nessa batida há quase uma semana!!!), e mesmo assim puxava papo com todo mundo e fazia cada um que passava por ali se sentir especial, sabe? (Mais uma vez, encontrei com outros dois autores esse ano que foram superfofos também, mas a Meg é diferente!!!!) E todo mundo que tinha seu livro autografado falava a mesma coisa!!!! Que o encontro é muito rápido, mas que ela é fora do normal. Muito simpática, muito fofa, muito incrível. Saímos todos um pouco mais fãs do que já éramos.

Quando chegou na minha vez, ela perguntou como eu estava, eu respondi que agora eu trabalhava, mas que estava de férias, e ela toda boba: "Mas, caramba, ainda bem porque só assim pra ficar na fila o dia todo". Entreguei o presente e ela disse que lembrava do outro, e abriu e tirou foto. E falou: "OMG, it's so creative, you're so crazy... how do you say... 'foninha'?", "Não, FOFINHA!", "FOFINHA, YOU'RE SO FOFINHA!!!!" AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH! 


Sentiu a intimidade, né?

Foi tudo muito rápido, queria ter falado um monte de coisas mais. Mas até que consegui falar mais do que da outra vez (dica, quando forem encontrar com uma pessoa que você admira muito, escrevam cartas. Na hora você vai travar, não tem jeito.)

É claro que não foi igual da outra vez, mas, sinceramente, nem precisava.

Me diverti horrores, em mais um dia pra ficar guardado na memória. E voltei pra casa ainda mais apaixonada por essa escritora SENSACIONAL, certa de que os amores da adolescência são pra sempre.

Somos tão besties que estamos compartilhando até o cabelo já

Agradecimentos:
Obrigada Deus, por trazer a Meg no dia das minhas férias; 
Obrigada Record, por organizar essa Meg-a Turnê;
Obrigada aos meus amigos, por me aturarem durante essa semana em que eu não podia falar de outra coisa, senão de Meg; 
Obrigada às pessoas da fila, por tornarem a espera muito mais divertida; 
Obrigada à tia da segurança lá de baixo que tirou várias fotos nossas, e claro; 
Obrigada Meg, por escrever DP11 e vir lançá-lo aqui. Mas, principalmente, por existir, acho.


PS. Depois a Meg bem postou o nosso joguinho nas redes sociais falando que o presente era brilhante e que ela ia guardar pra sempre.


Pronto, zerei a vida. De novo!
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