domingo, 24 de fevereiro de 2013

10 coisas que a Wiki não sabe sobre Anne Hathaway


Se você mora no planeta Terra, com certeza sabe que hoje é noite de Oscar!

E pra comemorar a vitória da Anne (sim, já estou cantando vitória antes da hora e pra você que acha que eu só falo isso porque a menina levou praticamente todas as premiações anteriores, ah, você está muito errado, porque eu já sabia que ela ia levar Oscar pra casa desde O Diário da Princesa, tá, ok, nem tanto, mas desde que saiu aquele trailer de I Dreamed a Dream, com certeza), faço hoje uma lista cuja ideia partiu de minha companheira para assuntos Annísticos, Jami, que estará vidrada na TV, aguardando o anúncio da categoria de Melhor Atriz Coadjuvante como se fosse um gol do Brasil na final da Copa, exatamente como eu.

Porque dia desses Jamille me veio com uma dessas fotos-mensagem do Facebook que dizia “Ser fã não é saber toda a Wikipédia do seu ídolo”. Pois é. Também acho.

A frase não poderia estar mais correta. Ser fã é muito mais que isso. É saber de histórias, intrigas, curiosidades que até a Wikipedia desconhece. E o fã sabe dessas coisas simplesmente porque acompanha o trabalho do cara há muito tempo (nesse caso em específico, são mais de 10 anos!), e então coleciona um monte dessas histórias inúteis que o ídolo acaba compartilhando em alguma revista ou programa de TV.

E como Anne Hathaway é dessas garotas que são o sonho de qualquer entrevistador, uma vez que não importa a situação, sempre conta uma história nova, engraçada, curiosa na qual se meteu, (isso quando não inventa algo ainda mais maluco tipo o rap dos paparazzi), acompanhar esse tipo de carreira torna tudo ainda mais divertido e fica impossível não guardar na memória alguns desses causos épicos que Wikipédia nenhuma é capaz de suportar.

Esse ano foi impressionante como mesmo encarando uma maratona de entrevistas pra esse Os Miseráveis ainda foi capaz de entregar mais histórias bizarras em praticamente todas elas.

Então, vamos a lista:

10 coisas que a Wikipédia não sabe sobre Anne Hathaway

1. Não pode tomar sol
Se Anne Hathaway fosse sua colega de classe, com certeza vocês já a teriam apelidado de Branca de Neve Parmalat. Uma das coisas que mais me surpreendeu em nosso encontro há quase 2 anos foi a brancura de sua pele, e olha que eu já estava prepara psicologicamente porque sabia que a menina é muito branca, tipo, leite mesmo, quase fantasma. Tinha uma cena no Diabo Veste Prada em que mostra o dedo mindinho dela perto do lençol alvo, e lembro que sacaneava dizendo que não dá pra saber o que é pé o que é lençol ali. E a gente ficava se perguntando, porque não tomar um solzinho? Sério! Fica com uma aparência tão mais saudável, assim bronzeadinha...

Até que um dia a gente leu uma entrevista em que tudo se iluminou: ela não pode tomar sol (igual a Pocahontas!!!!) porque têm histórico de câncer de pele na famíla e aí tem que usar filtro solar fator máximo e aí chegava em casa e o namorado reclamava que tinha cheiro de xarope.

PS. Lembro que essa era uma entrevista muito boa aliás, em que dentre outras coisas ela imitava o sotaque italiano do agora ex-namorado e ex-presidiário Raffaello. Nossa, como eu ri naquele dia, enfim. Próximo.)

PS2. Ah tem uma outra entrevista muito, muito boa, no George Lopez na época de Rio, em que ele mede a cor da pele dela com aqueles mostruários de pintar parede. Hilário! (Disso eu não lembrava, fui ver agora pra conferir outra coisa e achei)

2. Torceu para a Itália na Copa de 2006
Falando no tal ex, não lembro se foi na mesma entrevista, mas a história é que, como todo mundo sabe, a Itália foi pra final da Copa de 2006 e levou a taça pra casa. Eu e Jami na época até torcemos pela Itália (não só porque aquele time de 2006 era muito interessante...) e ficamos nos perguntando se Anne Hathaway também estaria lá assistindo à final da Copa como qualquer fã futebolístico, torcendo pela seleção do então amado, e aí veio a tal entrevista e eu tive que rir porque aí ela contava que não só torceu pela Itália, como estava lá no dia, e foi pra rua, comemorar no meio do povo a vitória do time. A parte engraçada é imaginá-la lá no meio do galera, pintada de azul, gritando “Azzurra!”.

Eu sei que isso não faz a menor diferença pra você – e por isso também que não está na Wikipedia - , mas pra mim, na época foi muito interessante de descobrir.

3. Seu primeiro beijo foi assistindo Pocahontas
Não queria colocar essa parte porque faz eu parecer uma dessas fangirls que coleciona revistas, o que é uma total mentira (se bem que pra quem já foi pra porta de hotel, colecionar é o de menos, mas, ei, valeu muito a pena!!!). Mas o lance é que eu só lembro muito bem dessas histórias porque sempre tem alguma coisa legal pra se comentar. E dessa aí eu lembro porque, tipo, não é possível: TODO MUNDO TEM UMA HISTÓRIA CURIOSA PRA CONTAR SOBRE POCAHONTAS, tipo a Fe, que ficava no sofá remando na parte do Depois da Curva o Que é que Vem. Bem-vinda ao clube, Anne!

3. Chamou o marido pra sair
Essa ela contou foi esses dias no David Letterman (as entrevistas do David Letterman são sempre ótimas!), ela tinha acabado de casar, aí ele perguntou como é que começou o relacionamento. Pessoas normais contariam coisas sem graça, mas Anne Hathaway não é uma pessoa normal e fez o assunto render bastante. Diz ela que tinha uns ingressos de O Casamento de Rachel sobrando pra uma premiere que ia ter em Los Angeles, aí pensou: “por que não chamar aquele cara bonitinho que ela conheceu outro dia?”


Até aí nada demais, mas aí você começa a imaginar o diálogo:
- Oi, Adam, aqui é a Anne, tudo bom?
- Oi Anne, como é que vai?
- Tudo bom. Escuta, eu tava com uns ingressos sobrando, você quer ir ao cinema comigo?
- Ah, que legal! Quero sim. Qual o filme?
- O meu!
E é, isso aí vale um lugar na lista.

4. Cantava num grupo a capella na faculdade
Ela cursou Literatura e não chegou a se formar, mas a Wiki sabe. O grupo chamava Measure 4 Measure, e elas eram bem boas. Tenho ela no meu player e como quem procura com um mínimo de esforço, acha, deixo o link aqui pra quem quiser ouvir.

5. Caiu da caideira quando foi fazer o teste para O Diário da Princesa 
Atenção, esse item é uma POLÊMICA!

Diz ela que não caiu, que isso é calúnia, mentira, intriga da oposição. E ainda se pergunta até hoje de onde é que essa história surgiu. Eu sei muito bem de onde essa história surgiu. Vai reclamar com o Garry, Anne! Ele que espalhou aos quatro ventos que você tinha caído nos extras do DVD. E como eu gosto muito dessa história, quero acreditar que o Garry disse a verdade.
(Tem mais histórias dessas dos extras do DVD, mas isso eu conto outro dia quando fizer um post sobre o filme que eu já estou devendo tem uns 2 anos)

6. Seu irmão chama Michael
O marido dele chama Josh. Compartilhe um sorriso se você entendeu a ironia entre a vida e da arte.

7. Teve um passado negro a la Lilo
Item auto-explicativo. Durante os tempos de faculdade, se envolveu com as pessoas erradas, e segundo a própria Anne, fazia coisas que não deviam nada à Lilo. A sorte dela é que ela saiu logo dessa vida. Ainda bem.

8. Passou no teste para Jane Austen graças a sua cachorra
Coloquei esse só porque a Esmeralda é incrivelmente fotogênica, não sei como não recebeu propostas de alguma marca canina ainda.

A história é a seguinte: na véspera do teste, a cachorra ficou doente, passou mal, vomitou a noite toda. Anne chegou no outro dia acabada, sem dormir pra fazer o teste. Mas acabou que isso ajudou porque aí ela foi pior/melhor e passou.

9. Usa óculos
Eu pensei que esse dia, os óculos eram só de onda, mas ao que parece ela é míope mesmo. (Igual a Jami!!!) Nesse dia ela tinha esquecido a lente em outro lugar, aí colocou os óculos e MEU DEUS, SÓ SE FALOU EM OUTRA COISA. Não, sério, os óculos foram o assunto da semana.

10. Alimentou fãs cansados e famintos
Quando se trata de caridade, Anne não mede esforços para fazer desse um mundo mais feliz. Aí ela tava fazendo uma peça no Central Park, acho que era Noite de Reis, e tinha uns fãs esperando pra tirar foto, pegar autógrafo essas coisas (detesto esse tipo de gente, rs!). Só que aí já estava tarde, aí ela foi e trouxe uma pizza pra todo mundo. Como não amar?

Se tivesse um Oscar de Atriz Mais Simpática, Anne já tinha levado faz tempo. Mas dá gosto de ver como as conquistas estão sendo incontestáveis, mesmo eu já sabendo há muito tempo que a garota era boa de verdade.

E não tem quem não diga que ela não merece porque Anne passou fome, chorou copiosamente, perdeu os cabelos e cantou enquanto fazia tudo isso.

Pois é, esse ano ela apelou

Dá vontade de dar um beijo, um abraço, um cobertor, um banho e um prato de sopa pra ela nesse filme. E se isso não trouxer o Oscar pra ela hoje, sinceramente, eu não sei mais o que vai trazer. 

No comercial do E! (simplesmente o melhor canal da TV), o narrador a define como “A atriz mais versátil da sua geração". Fiquei pensando e é... Ela pode até não ser a melhor atriz. Mas a mais versátil, acho que é um título justo, afinal a menina já esteve em dramas, comédias, romances, filmes infantis, desenhos, suspenses, musicais, filmes de ação... Segundo a própria, uma carreira meio esquizofrênica, se você parar para analisar.

E por já estar tão confiante na vitória, tomei a liberdade de escrever seu discurso. Imaginem a cena.

And the Oscars goes to...

Anne Hathaway!!!

Anne sobe no palco, pega a estatueta e diz:
“UAU! Eu pensei que nunca mais fossem me deixar subir nesse palco de novo... (pausa para risadas). Eu queria agradecer ao James Franco por não apresentar o Oscar comigo há dois anos. Obrigada, Jimmy! Depois daquela experiência, interpretar uma personagem tão abandonada como a Fantine ficou muito mais fácil.”

Okay, é claro que ela não vai falar nada assim. Ela é muito educada pra isso (apesar do James Franco merecer muito). Por isso é claro que ela vai agradecer aos seus fãs que dão todo o apoio do mundo, falando o nome de todos eles. Brincadeira.

[EDIT3:] A-ha! E não é que ela agradeceu aos fãs mesmo depois?

Mas quando ela levantar pra receber o prêmio, fiquem felizes por mim.

Beijão, vou lá ver o Red Carpet.

[EDIT1:]
11. Não tinha espelho em casa
Eu nem queria colocar a história porque morro de vergonha por ela até hoje, mas depois do vestido de ontem que coroou essa temporada de prêmios amaldiçoada no quesito moda para Anne (só esse ano ela já apareceu sem calcinha, quebrou um zíper, rasgou uma manga e ontem apareceu com os faróis acesos! Ninguém mandou usar Prada, essa marca do Diabo! Antes fosse um vestido do seu best Valentino*, mas enfim), me sinto na obrigação de contar que há 10 anos, Anne já apareceu muito pior.

[EDIT2]: (EI, ESPERA! TUDO FAZ SENTIDO AGORA!!!)

E essa foto aí, coitada, aparece está lá na primeira página do Google Imagens desde que saiu. Mas a história da foto é boa porque se até eu me choco quando vejo, imagina qualquer desavisado que procura o nome da garota no Google e acha que Anne ainda faz parte da turma da Lindsay. Mas o negócio todo é que foi sem querer. De verdade. Porque ela não tinha espelho em casa. Quer dizer, mais ou menos.

Nesse dia, Anne se olhou no espelho do armário (ou quase isso), saiu de casa feliz da vida, achando que estava abafando, que não estava mostrando nada. Só que aí chegou no tapete vermelho, que, em matéria de flashes, só perde para o piscinão de Ramos, e aí as luzes das câmeras acenderam tudo (não só os faróis).

Aí Anne passou no tapete achando que estava arrasando, chegou no outro dia, tava lá a foto dela no jornal com tudo à mostra. Aí ela ficou revoltada porque os paparazzi ficaram lá tirando foto e ninguém deve a dignidade de vir avisar que ela estava com mais do que os faróis acesos. Só que, pensa comigo, Anne, quem é que ia adivinhar que você não tinha espelho em casa? Até eu achei que tinha sido de propósito, os caras que trabalham com isso todos os dias não vão achar? A moral da história é que Anne aprendeu e comprou um grande espelho com lâmpadas em volta para o seu laváblo. Então, nada mais justifica esse vestido esquisito que você usou ontem.

Mas o que importa é que ela ganhou, né, gente?
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

CEO #06: Máquinas de interpretação


Faz alguns meses que tenho essa ideia em mente e simplesmente não a expunha em termos visíveis. O Papa renunciou, o Renan Calheiros retomou o poder, e essa coluna, para minha vergonha, passou 2012 em branco. Porém talvez a distância ajude a fazer textos melhores esse ano, mesmo que 2013 não tenha começado lá muito bem : como é de conhecimento geral, não teremos tantos feriados como gostaríamos, então é melhor aproveitarmos os instantes de ócio que nos restam.

Entre eles estava um desses momentos nos quais não nos sentimos compelidos a fazer algo, mas acabamos fazendo para apenas ocupar seguimentos vazios na grade da programação televisiva. Não chega a ser um pecado desperdiçar esses quinze minutos entre um programa e um filme assistindo a qualquer coisa que esteja no ar, embora não queiramos de fato vê-la -- o próprio Nick Hornby já valorizou esses pequenos tapa-buracos que usamos para continuarmos aparentemente felizes. O GNT, ao menos para mim, alguém que não se interessa por moda (exceto pelas linhas do Diabo veste Prada e Coco antes de Chanel) , tampouco se digna a discutir certos assuntos ditos femininos (cabelo, maquiagem, etc.) não é o canal mais assistido.

#Primeiro ato

Mas lá estava eu, escutando atrizes e atores seguidamente dissertarem sobre a importância de sua profissão. O que inegável caso não proclamassem frases pretensiosas nas quais o público, fosse ele um internauta ou telespectador, era considerado menos capaz de entender a real qualidade de um filme, uma boa história. Alegavam tão frivolamente que você, mero mortal que não se apresenta em palcos para sobreviver, é completamente inapto quando se trata de sentir “corretamente”.

De repente toda a humanidade fora desse círculo de artistas, cientistas ou médicos, deveria dignar-se a acatar sua palavra como censor do que era na verdade a real maneira de emocionar, de tocar outras pessoas.

A partir deste ponto a reflexão me fez perceber como seus conceitos, expostos em uma ridícula veemência, eram completamente corrompidos e errados.  Não é aquele que sobe no palco quem determina o que é sensibilizante. Não é quem diz que estipula padrões de risadas ou soluços. Quem de fato é o censor, o responsável por decidir um bom ator é quem paga o seu ingresso e deixa-se ser levado pelo que ele, o objeto, cuja função, por mais nobre que seja, é entreter os demais.

Sem espectador não há espetáculo.

O espetáculo, a melhor história, é completa apenas quando o ouvinte sai da sala e guarda, ri e chora do que lhe foi contado.  Para isso é preciso que o veículo, o ator, exista, como meio, não como início e fim, desse plano precioso que é atrever-se a emocionar outra pessoa.

#Segundo ato

Esgotavam-me as gotas de compreensão e tolerância quando irracionalmente, porque somente um ser irracional se põe em um papel tão patético, declararam que qualquer forma de cinema que não envolva pessoas de carne e osso claramente em frente a uma câmera é descartável e menos valiosa. Obviamente aqueles que os questionavam mencionaram a beleza de uma animação dos estúdios Pixar, o que foi rapidamente resultado de uma sandice seguida de vômitos de asneiras sem fim. Jogaram Wall-E no lixo e estouraram todos os balões em Up, ignorando por completo o trabalho duro daqueles que certamente foram responsáveis por criar figuras não-humanas para revelar a humanidade das lágrimas que brotam dos olhos daqueles que os contemplam.

A animação segundo sua vã filosofia quadrada não abrigaria a habilidade de tocar as pessoas por não apresentar elementos de fato humanos.  Esta é facilmente confundida como artificial, passando nada mais do que um engano, já que, sendo este contexto entre história e espectador o mais importante para que a arte se realize, o veículo não necessariamente deve envolver pessoas no sentido mais estrito, quase grudando seus rostos à câmera.

Sua preocupação com a transformação da arte em algo sintético e não natural acaba por converter-se em uma resolução simples ao perceber que existem sim pessoas por trás desses pixels tão cheios de vida. E perdoem-me se muitas vezes os prefiro à maquiagem falsa que esconde um ator medíocre, que se joga ao público tão cheio de si que se esquece de que só não passa de um tolo que mente, cego pela ilusão de meia dúzia de fotógrafos que lhe dizem “fantástico!”. 

Quando o seu propósito se extingue, ele nada mais é do que um caça-níqueis, uma máquina de interpretação movida a aplausos.  Facilmente consertada com uma salva de vaias.
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O post de aniversário que não foi


Olá, amigos! Quanto tempo! 

Prometi um terceiro post da série “O que eu faço da vida” e como muitas das promessas que ando fazendo nos últimos tempos, não cumpri. Isso porque, ironicamente, o que eu faço da vida anda consumindo muito do tempo. Principalmente nessa época do ano. Lembra que eu comentei que a maioria das empresas tem que publicar seus balanços de 31 de Dezembro? Então... Isso implica que, ao contrário da realidade de muita gente, nosso ano não começa só depois do carnaval. Enquanto muitos aproveitam o verão para tirar férias, viajar, curtir a praia no fim de semana, essa época pra gente é o período onde a gente mais trabalha, e tirar férias é praticamente proibido. Os dias ficam mais longos e a vida fica mais curta, sem tempo para fazer um monte de coisas, tipo terminar uma série de posts pro blog (sei que minha palavra anda com tanto crédito quanto político em época de campanha, mas vou terminar a série mesmo, já está tudo mais ou menos encaminhado) ou fazer uma postagem especial de aniversário deste mesmo humilde cantinho.

Porque quando eu falei “Quanto tempo!” lá no início, não me referi somente ao tempo em que o blog andou meio parado, sem atualização, nesse último mês. Mas também a todo o tempo em que o Inútil Nostalgia está em atividade.

Na última terça-feira, dia 05, o blog comemorou 4 anos no ar!

4 anos! Segundo o IBBE (Instituto Brasileiro de Blogosfera e Estatística), mais 90% dos blogs não chegam a completar nem 6 meses. E cá estamos nós contrariando todas as pesquisas, fazendo nossa parte para uma internet mais feliz, mais educada, mais inteligente, desafiando os paradigmas de todas as dicas bloguísticas, fazendo posts com muito mais que 5 parágrafos, sem vender a alma para sorteios trabalhosos.

(Às vezes eu tenho inveja da Ju, que consegue fazer posts curtinhos, aleatórios, sempre de coração. Mas não consigo. Sou verborrágica. Post pra mim tem que ter no mínimo 2 páginas, senão não tem graça)

Infelizmente, pelos motivos já explicitados, não deu pra fazer uma comemoração digna para ele. Não que eu não quisesse. Pra falar a verdade, pensei em várias coisas legais, só faltou tempo mesmo pra terminar o planejamento e colocá-lo em execução.

Mas, ainda esse ano, o Inútil, mais cedo ou mais tarde, atingirá a marca de 200 posts! Então, vamos combinar de adiar a festa até lá, ok? Tava pensando até em fazer uma promoção, assim com brindes, porque esse ano cheguei à conclusão de que a maioria do leitores do Inútil já acessam a página há quase três anos (senão desde o início), e que vocês merecem um prêmio por me aturarem por tanto tempo e por ainda aparecerem por aqui, mesmo quando eu desapareço. Mas não vou prometer nada, porque não tenho cumprido nenhuma delas nos últimos tempos.

Mas hoje, só pra não perder o hábito, queria fazer um balanço (e de balanço eu entendo!) da trajetória do Inútil desde o início até aqui, mas principalmente do último ano, já que não rolou nenhum post de retrospectiva no final de 2012.

2012 foi um ano ruim. Pra mim. E consequentemente pro blog. Fiquei amarga na maior parte dele. Se você for esperto o suficiente, vai perceber uma certa névoa rondando os textos, ao invés das habituais gracinhas espalhadas no meio deles. Foi o ano em que eu menos postei na história do blog. Foi o ano em que teve mais textos mais curtos. Foi o ano em que o blog ficou menos colorido e eu coloquei menos figuras para ilustrar os textos. Mas também talvez tenha sido o ano em que eu mais me abri, desabafei, falei de mim (mesmo que às vezes tenha feito o possível para não entrar em detalhes demais). E foi bom também.

Talvez seja o Inútil chegando à maioridade... Talvez. Só talvez. Não sei.

Em 2012 não teve NENHUM post da Coisas que a Esther Odeia, mesmo eu insistindo pra ela escrever quase sempre e já tendo vários temas pra desenvolver. (Pra você ver como eu estou com moral!) O que não quer dizer que a coluna tenha acabado. Acho que só falta um incentivo pra ela voltar, porque por mais que eu diga que as pessoas gostam dos seus textos, ela não acredita. Então, acho que não seria nada mau da parte de vocês fazer uma campanha #VoltaEsther no Twitter, vídeos com declarações de amor no Youtube, cartas quilométricas, um flashmob no meio do shopping... Assim, são só ideias...

Mas em compensação, em 2012, eu fundei a UPP, uma coluna de música aqui no Inútil que tem como objetivo traçar um perfil de uns artistas (quase sempre desconhecidos do público brasileiro), comentar algumas músicas por um outro viés menos óbvio, mais bobildo e quem sabe angariar mais meia dúzia de fãs para os caras e fazer novos amigos que chegam por aqui através do Google. E eu sei que às vezes os posts podem parecer um pouco cansativos, mas a ideia é servir de guia mesmo, com curiosidades, etc. (E só pra constar, aqueles meninos, personagens da 1ª UPP paparam nada menos do que 4 Grammys Latinos ano passado. Os recordistas da noite (Falei que os garotos eram bons!). Só perderam Disco do Ano pro Juanes, outro papa-Grammys.  Mas, aguardem, se tudo der certo, ele será o próximo protagonista da UPP.

Em 2012 eu falei que não ia mudar o layout do blog. Mas, novamente não cumpri minha promessa, e mudei. Não muito. Mas mudei.

Em 2012 eu tive um monte de ideias para novos posts. Algumas delas ficaram pelo caminho, outras ainda estão no forno, esperando a massa crescer até ficar no ponto certo, e acho que a maioria delas acabou vindo para o ar já. Mas uma coisa legal de 2012 foi que eu consegui escrever um monte de coisas que já estava nessa fila de espera, aguardando o momento perfeito para serem servidas, praticamente desde o início do blog. Muitas delas acabaram ganhando um recheio a mais aqui, uma aparada ali e uma maquiagem diferente acolá, e talvez até não tenham sido o texto que eu imaginei no princípio de tudo. Mas o importante é que eu finalmente pude tirá-las do papel, onde estavam por tanto tempo. E no final das contas, acho até que valeu a espera, e que eles não ficariam tão legais se já tivessem sido escritos quando a ideia inicial nasceu.

E acho também que essa tenha sido a principal mudança no blog desde o seu início até aqui. Sim, o Inútil ainda tem muita Nostalgia. Mas sinto que agora blogueira por trás do Inútil fala um pouco menos do passado do que antes e está mais preocupada com o futuro também. Se outrora as questões sobre o tempo norteavam as ideias e preenchiam os posts, talvez por a maioria delas já ter sido abordada de um jeito ou de outro durante esses 4 anos também, sinto que agora a maioria dos textos passam por outros assuntos, que eu nem imaginava abordar quando comecei isso aqui. 

Porque assim como o layout do Inútil, e a Sandy em Segredo, eu mudei. A blogueira que vos escreve já não é mais tão menina e acho que está finalmente está entrando na fase de aceitação desse negócio de ser adulto.

E isso é bom também.

Talvez seja um sinal de que Inútil está chegando à maioridade... Talvez. Só talvez. 
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