sexta-feira, 31 de julho de 2009

10 razões porque Meg é Mara

Hoje, 31 de julho, é feriado em Bloomington. Dia da Meg. Quem pode, pode, né! Por isso, aproveitando já o clima do mês, Meg também vai ganhar uma listinha.

10 razões porque Meg é Mara

Havaianas, todo mundo usa.

1. Porque ela escreve os próprios livros
Pode parecer trivial, mas acredite: tem autores renomados que não escrevem os próprios livros! Sério. A autora de Gossip Girl só escreveu os primeiros livros da série. O resto foram autores-fantasmas que o fizeram! Dizem também que a best-seller Nora Roberts utiliza da mesma tática. Ela só dá a idéia e orienta mais ou menos como ele deve ser escrito. O trabalho pesado mesmo quem faz são outras pessoas! È igual quando eu usava aparelho, aí o dentista tinha um consultório, mas quando você entrava lá e sentava na cadeira, quem atendia mesmo eram as assistentes! Um absurdo, né?

2. Porque ela é uma escritora completa
Meg Cabot é tão talentosa que se aventura por vários gêneros da literatura. Ela tem mais 50 livros publicados (média de 3 ou 4 por ano) que vão de romances históricos a chick lit, passando por romances adolescentes e livros com temas sobrenaturais e de mistério. Recentemente, também se arriscou a escrever livros infantis (eu li um pedacinho do Allie Finkles uma vez, e deu pra perceber que é tão legal quanto os livros para leitores mais velhos). E por mais surreais ou sobrenaturais que sejam suas obras, elas não deixam de ser realistas e completamente possíveis de fazer o leitor se identificar com as situações. Em um de seus livros que eu considero mais geniais, O Garoto da Casa ao Lado, além de combinar romance e um pouquinho de suspense, a narrativa se dá TODA em forma de e-mails! E as continuações de seu romance paranormal Avalon High são em história em quadrinhos (não foi ela que desenhou, mas é que antes de virar escritora, Meg sonhava em ser desenhista. E ela desenhava direitinho, viu?).

Por que será que eu tenho a impressão que conheço essa cena? rs

3. Porque ela é sincera e tem noção do que escreve
Os críticos mais ortodoxos podem alegar que os livros de Cabot são pouco profundos e não adentram questões de grande relevância para a humanidade, mas isso não quer dizer que eles não tenham o seu valor. A intenção de Cabot nunca foi mudar a vida de ninguém e em DP6 e DP10, Meg usa seu alter-ego, Mia Thermopolis, como porta-voz para dar o recado para esse tipo de gente. Em resumo, é como se ela dissesse: “meus livros são para relaxar, para distrair mesmo e daí? Vai dizer que você não gosta de uma boa comédia para esfriar a cabeça depois de um dia estressante no trabalho?”. E ela tem razão. Seus livros são ótimas comédias. Agora, isso também não quer dizer que seus livros são fúteis, nem que não dê para tirar nada de bom deles. Em Quase Pronta, por exemplo, se você prestar bem atenção, tem uma crítica embutida à política de abstinência do governo Bush. (aquelas aulinhas da tia Tatá sobre o negócio de ser um leitor atento realmente fizeram efeito)

4. Porque ela escreve muito bem
E eu não estou falando só dos seus livros bem feitinhos, estruturados, envolventes, deliciosos, espertos e apaixonantes. Meg tem o dom das palavras e tudo que essa mulher escreve é legal. Por isso que eu acompanho o blog dela há alguns anos. Me estrago de rir lá também. Acho que se um dia ela escrevesse uma bula de remédio, teria grandes possibilidades de ficar engraçada, e eu com certeza ia ler. Se você acha que eu estou exagerando, dá só uma olhada no que ela aprontou quando, às vésperas do lançamento de HP7, o New York Times pediu para ela e mais alguns escritores famosos dizerem como seria o final ideal para a série do menino-bruxo. O final da Meg levou Harry ao programa do David Letterman (o Jô dos EUA) pra dar uma entrevista. Saca só. (aproveita que eu tava com paciência e traduzi)

5. Porque ela prova que dá pra ser divertido, mesmo sendo careta
Em seus livros para adolescentes, Meg usa e abusa dos problemas relacionados a namoros, escola, popularidade e afins. Mas não se engane. Eles passam longe da futilidade. Em nenhum deles você vai ver aquele ideal do ‘pega geral’, nem de parar de comer (ou vomitar) para ficar magra, nem personagens usando drogas, etc. Os nerds (aqueles que não vão a festas todo fim de semana e ficam em casa vendo filme) são os protagonistas e mostram que são os mais legais. Mas eles também têm suas inseguranças e partilham de dilemas comuns a qualquer jovem, afinal nerd também é gente (boa!). E mesmo em seus livros para adultos, em que a autora tem liberdade para tratar de temas mais polêmicos, a linguagem ainda é doce e sem deixar cair para o brega, diferente de muito livro de chick lit por aí.

6. Porque suas heroínas são independentes como as mulheres do século XXI
Elas podem ser até inseguras e fazer muita besteira, mas sempre fazem a coisa certa no final e não precisam de homem para serem felizes. É claro que elas sempre acabam com o cara dos sonhos, mas não são eles que regem cada passo que as mocinhas dão e se eles fizerem bobagem, pode crer, vão levar um pé na bunda. Importante lembrar também que por mais legais e devotados que sejam os mocinhos, eles também têm sua própria vida e gostos e comportamentos tipicamente masculinos: têm certa dificuldade para entender o que se passa na cabeça das mulheres e se fossem brasileiros, com certeza perderiam o domingo assistindo ao futebol (hehe).

7. Porque ela é louca igual a Lorelai
Depois de ler seus livros, entrevistas, chats e blog há anos e assistir a alguns de seus vídeos do YouTube, posso dizer que meio que a “conheço” um pouco. E mesmo não a encontrando pessoalmente, deu para perceber que ela ainda tem uma adolescente dentro de si e tira sarro de tudo (inclusive de si mesma), igualzinho a Lorelai Gilmore. Ela é tão Lorelai, que até o marido dela sabe cozinhar, igual ao Luke de Gilmore Girls. A mulher, além de ter o dom da escrita, tem o dom da oratória e cativa a platéia muito fácil. Ela vai falando e falando (com a tiarinha na cabeça) sem medo do ridículo e faz todo mundo se envolver com o que ela diz (geralmente muito rápido e por isso tão engraçado). Tá duvidando? Olha só esse videozinho bizarro que ela fez para encenar A Garota de Rosa Choque com bonecas Barbie:


Esse outro também é ótimo. Meg encena o encontro do trio-parada-dura Lilo/Britney Spears/Paris Hilton mais uma vez com bonecas Barbie:


8. Porque ela se preocupa com os leitores
Geralmente, escritores são seres solitários e por mais sucesso que seus livros façam, seus leitores tem que se virar se quiserem conversar com alguém ou tirar uma dúvida sobre a obra. Meg Cabot não se encaixa nesse perfil de escritor. Além do blog sempre atualizado, Cabot ainda mantém um fórum de discussão para os leitores em que eles podem conversar entre si ou mandar suas dúvidas sobre algum detalhe que tenha ficado obscuro no livro e sempre faz chats um tempinho depois do lançamento de alguma obra. Umas duas vezes eu achei um vídeo bizarro no YouTube, achei a cara dela e mandei o link por e-mail. Tem gente que também manda e-mail pedindo conselho sobre vida pessoal. E ela responde TUDO! Sério (Eu sei porque ela respondeu os meus dois e-mails!). E pensa que ela se incomoda? Nada. Ela diz que dá inspiração pros livros dela. (no meu caso, ela ficou particularmente grata, porque ela adora Star Wars e não é todo dia que você vê um exército de R2D2s dançando coreografadamente, nem Darth Vader balançando o esqueleto em Thriller. Ela gostou tanto do último vídeo que recomendou no blog e citou meu nome *-*). Para essa parte dos conselhos, recentemente, ela até lançou um vlog no YouTube, Read Our Lips, para responder às cartinhas! E ela é tão fofa que segue os leitores brasileiros no Twitter, mesmo não sacando nada de português, só pra deixar eles felizes. Não é à toa que as meninas do Brasil ficaram super-preocupadas quando a ‘tia Meg’ disse que estava no hospital uma vez.

9. Porque ela é antenada e usa a Internet e outras mídias para divulgar e complementar seus livros
Seus livros são recheados de referências ao mundo pop e Meg tem site, blog e fórum como eu já falei. Ela também tem MySpace, Facebook, Twitter e canal no YouTube. Para o lançamento do 10º Diário da Princesa, Cabot fechou um acordo com uma banda de rock ‘literário’ para fazer um CD em homenagem à série e a alguns outros livros seus (Brown Eyed Boy é a mais legal!) e ainda lançou um concurso de book trailers (esses estão muito em moda ultimamente). Em outras palavras, ela praticamente ‘lançou’ trilha sonora oficial e trailers para LIVROS! E como eu já disse também em outro post, algumas peculiaridades dos livros vão para a rede e de vez em quando você vê alguns personagens dando entrevista para revistas, sites (muito boba essa. Meg entrevista Mia!) e instituições de verdade. Adoro quando a literatura utiliza de artifícios pop!

10. Porque ela brinca com a própria obra
Já comentei aqui sobre as meta-referências de DP, né? E os comentários metalingüísticos de Meg Cabot não param por aí! Em Quase Pronta, lá no final do livro, a Lucy diz que está lendo She went all the way (Ela foi até o fim). Adivinha só quem escreveu esse livro? Acertou quem disse a própria Meg Cabot! Simplesmente demais! Eu terminei de ler esse livro no trem, indo pra faculdade, e juro para você que demorou uns minutos até cair a ficha da pegadinha, mas depois que caiu, eu fiquei de boca aberta e fui rindo da estação da Mangueira até a sala de aula de tão embasbacada que eu estava com a coragem e a genialidade da mulher. O que mais Dona Meg é capaz de aprontar, hein?

Acho que as 10 razões explicam o porquê do contador ali do lado, né?

Sobre o outro contador:
É HOJE! DP10 nas lojas! \o/
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sábado, 25 de julho de 2009

10 razões porque O Diário da Princesa é perfo

Ok, agora que você já sabe a minha saga com a série e a origem da mesma, decidi fazer uma lista (igual as que Mia faz) pelos quais eu adoro O Diário. E já que são 10 livros,

10 razões porque O Diário da Princesa é perfo

1. Porque os livros são diversão pura
Em DP, você nunca vai ver ninguém morrendo, grávida, com AIDS, com bulimia, tendo que deixar de estudar para sustentar a família... Nada disso. A leitura é despretensiosa, fácil e faz você rir em todas as páginas. Até nas situações dramáticas, você vai ter motivo para abrir um sorriso. As piadinhas vão das mais descaradas às mais sutis e a autora se aproveita de todo tipo de humor (todos mesmo! Quer dizer, com exceção daqueles de baixo nível) para fazer graça.

2. Porque os personagens são cativantes e críveis
Todos os personagens têm sua própria história, sua própria personalidade, seu jeito de ver o mundo e você vai se apaixonar até por aqueles que não têm muitas falas. A sensação que se tem ao ler é a de bater um papo com os melhores amigos. É impossível não gostar até daqueles personagens que atrapalham a vida da mocinha às vezes.

3. Porque o Michael é tudo de bom
Também é impossível não se apaixonar pelo herói da história. Eu podia ficar linhas e linhas aqui relacionando os porquês. Mas o mais legal é que, ao contrário de muitas obras, o mocinho não é perfeito. Num dado momento da história a autora desmistifica o herói e eu juro que fiquei com raiva dele e apoiei total a decisão da protagonista. Mas a raiva só durou umas 50 páginas e eu continuei gostando dele depois, mesmo ele tendo feito besteira.

4. Porque os finais são perfeitos
Eles dão aquela sensação de bem estar que poucos livros conseguem dar. São lindos. Perfeitos demais! Você se sente nas nuvens depois de ler. E mesmo o objetivo principal sendo o entretenimento puro e genuíno, ainda assim você consegue tirar umas lições bacanas de amizade e auto-estima.

5. Porque a série que não se leva a sério
São livros assumidamente cômicos. Não espere grande profundidade deles. A autora se aproveita do universo da realeza da Mia e adiciona umas coisas muito surreais, mas que ao mesmo tempo são possíveis de acontecer, tirando uma onda com a própria série (são umas das minhas partes prediletas, diga-se de passagem). Nos outros livros de Cabot, dá pra perceber que ela ainda tenta manter um tom mais ou menos sério. No Diário é liberdade total. Pode surtar à vontade. São 10 livros! Conforme o tempo vai passando, a gente se sente cada vez mais confortável em ler sobre aqueles personagens já conhecidos de longa data, e também sente através das páginas o prazer da autora em escrever para a série com a qual tem mais intimidade. As melhores tiradas e os maiores devaneios definitivamente estão aqui. E se às vezes a personagem principal surta e reclama de coisas ridículas, a gente sabe muito bem que ela está exagerando e ri da cara dela, porque essa é a intenção mesmo! A própria heroína tira sarro da própria desgraça, então não vou ser eu que vou questionar o seu comportamento, que pode até ser imaturo, mas me faz dar risada, então está tudo certo, porque redondo é rir da vida!

6. Porque a série é atual, sem apelar para futilidade
Comentários sobre celebridades e elementos da cultura pop (filmes, músicas, seriados, etc) são freqüentes. Os personagens trocam e-mails, SMS e mensagens instantâneas (é legal ver o avanço da tecnologia através dos livros através dos livros. No início a Internet era DISCADA!). Mas tudo isso tem razão de ser e não são meras desculpas para introduzir o miguxês na literatura (os personagens nem usam miguxês na Internet \o/). Essas referências ajudam o leitor a entender melhor os personagens, muitas vezes servem de metáforas para os enredos, além de deixar tudo bem atual, dinâmico, e divertido do jeito que a vida é. Ou pelo menos, deveria ser.

7. Porque a série é esperta
A história é de uma princesa adolescente, quase não tem nada polêmico, os finais são super fofos, a linguagem é fácil, mas isso não quer dizer que a série não seja esperta e que você não precise estar atento para sacar tudo o que está escrito. Tem que estar muito ligado no livro e no mundo ao nosso redor para não comer mosca e não perder as sutilezas de cada parágrafo. A autora é genial e não deixa passar um comentário sarcástico, jogo de palavras, trocadilho, NADA!!! Às vezes eu estou pensando em uma coisa por causa de uma frase que eu acabei de ler e essa coisa já virou uma piadinha na próxima sentença. Isso sem contar as referências sempre pertinentes ao mundo pop e as listinhas que as personagens fazem, que dão um tempero todo especial à narrativa, e alguns bônus extra-diário para a gente se deliciar ainda mais. E de quebra a gente ainda aprende umas coisas sobre psicologia, alguns cientistas e filósofos famosos (tudo altamente justificável e que não está ali de graça, mas também não está lá para te ensinar propriamente ou tirar onda de intelectual) e pasme: em um dos livros tinha uma lição de microeconomia que eu só fui aprender no período passado da faculdade! É, minha gente, Diário da Princesa também é cultura!
* Segundo esse site, DP ensina até geopolítica! Pô, minha professora de geografia do ginásio perdeu uma ótima oportunidade de usar o livro. Ela se amarrava em DP!


8. Porque a série faz meta-referências!!!
Não bastassem as citações da atualidade, a série ainda faz alusão a si mesma em alguns momentos! Essas são as citações mais espertas e que exigem mais da sagacidade do leitor. Ao invés de ignorar os filmes da Disney, que são pouco fiéis a obra literária, a autora os incorporou aos livros e freqüentemente a diferença entre eles é citada e, como sempre, rende altas gargalhadas. Até os próprios livros do Diário da Princesa já foram citados de forma velada na série e outros personagens famosos de Meg Cabot também foram lembrados por Mia. No último volume, ainda há uma referência disfarçada ao caso de uma mulher que plagiou o Diário da Princesa e foi processada (isso foi verídico!) e outra ao leitor que está com o livro não mão (é, você mesmo que está lendo o livro)!!!! Genial, Dona Meg! Genial!
Edit: O negócio da referência ao plágio foi viagem minha. Perguntei pra Meg e ela falou que não tem nada a ver. Mas é que com o histórico que a Meg tem, era bem capaz de ela fazer algo do tipo mesmo.


9. Porque a história não tem ponto sem nó
A história é muito bem feita e bem amarradinha. Tudo o que acontece ou é comentado tem um motivo. Os personagens constroem sua própria mitologia e até o passado histórico de Genovia é destrinchado. Durante a série é possível notar elementos nos últimos volumes que relembram coisas aparentemente sem importância lá de trás. Tem aqueles personagens que você achou que nunca mais ia ouvir falar, e voltam como peça fundamental de uma situação nova. E aqueles personagens que eram meros figurantes, e de repente você descobre que, bem, não são tão figurantes assim. Quer ver um exemplo disso sem dar detalhes do enredo?
Tem um "livro meio" que é todo em forma de flashback, tipo Os Normais – o Filme, só que ao invés do flashback ser de um dia antes, é de 2 anos antes. Até aí tudo bem. Isso se esse livro-flashback não tivesse sido escrito e lançado às vésperas do lançamento do 8º volume! Achou absurdo? Não é! Para situar o leitor no tempo passado, as referências aos casais famosos são fundamentais e nesse livro você encontra pistas para o que aconteceria nos livros posteriores já lançados, para o que ia acontecer no 8º volume (que se passa 2 anos depois), além de retomar uma coisinha láááá do primeiro volume!

10. Porque o Diário da Princesa ultrapassa os limites das páginas de papel e não acaba quando termina
Quando você acaba o livro, você corre pra Internet pra discuti-lo com outras pessoas e ler o extras! Sim, extras! Você já viu livro com cenas deletadas? E personagem de livro com perfil OFICIAL no MySpace? E personagem de livro que tem blog? E personagem de livro que lança livro? Pois é. DP tem! E eu ainda nem falei que o site inventado no 9º volume está na rede de verdade. E que Genovia, o país fictício da série, também tem website. Demais, né?

Quem leu, tenho certeza que vai ter que concordar com os meus argumentos. E quem não leu, agora tem 10 bons motivos para começar a ler.
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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Chovendo no molhado

Há mais ou menos um mês eu venho tentando escrever um post decente pro dia do amigo. Mas aqui no blog já tem uns 4 ou 5 posts que esbarram no tema, então tenho achado bastante difícil fazer mais um post desses sem ficar chato, meloso ou repetitivo.

Para falar a verdade, acho que discorrer sobre amizade é meio chover no molhado. Lembra muito aqueles PowerPoints chatos que a gente recebe. E eu sempre odiei esses ppts. Na minha época de Internet discada então, esses e-mails eram o maior pesadelo. Eu baixava as mensagens no Outlook Express e como a velocidade de conexão era de 50 Kbps, esses arquivos de mais de 1 MB demoravam séculos para serem transferidos. E eles falavam sempre a mesma coisa.

“Amizade é muito importante, os amigos são aqueles que estão com você nos momentos bons e ruins, que riem e choram contigo, que te ajudam quando você está mal... É impossível viver sem amigos, a amizade é o maior tesouro que se pode ter, etc.”

Acontece que esses ppts, apesar de muito chatos, falam a maior verdade. E não dá pra fugir da verdade.

A vida é difícil pra caramba e tem muita gente má e cruel nesse mundo que só quer se dar bem. Mas a vida pode se tornar muito mais suportável se você tiver amigos para te apoiar.

Quando eu estou me sentindo meio pra baixo, às vezes só de conversar com eles e falar um monte de besteiras, isso já me faz feliz. Porque é pra isso que servem os amigos. Pra darem apoio uns aos outros. E falar e fazer aquelas bobagens que só a gente entende. Sem ter de se preocupar se ele vai ficar chateado ou não. Ele é seu amigo. Ele te conhece e sabe que se você às vezes falou uma coisa não tão legal, não foi de propósito e não leva a mal. Sabe que é tudo brincadeira. Ou só o seu jeito.

Por isso, hoje, Dia Internacional do Amigo, eu queria render uma homenagem aos meus amigos, porque eles me fazem acreditar que ainda tem gente com bom caráter nesse mundo. Pessoas em que a gente pode confiar, e pode contar nos momentos difíceis. Porque nesse mundo cada vez mais efêmero, e mais maluco, é bom acreditar nesse tipo de coisa. É bom saber que a gente não está sozinho. É bom saber que quando você estiver no buraco escuro, vai ter alguém que vai estar lá pra te ajudar a sair. E é bom ter alguém com quem você pode simplesmente... ser você!

Meus amigos são os amigos mais lindos do mundo (tá legal, essa frase ficou muito emo!). Não necessariamente belos fisicamente, mas são as pessoas mais legais do mundo e por isso, pra mim, são até bonitos por fora também.

Eles são espertos, engraçados, compreensivos, bobos, amáveis, generosos, companheiros e ...diferentes! Cada um com o seu jeitinho, mas que faz toda a diferença e faz a gente se completar. Tem os altos, os baixinhos, os que usam óculos, os gordinhos, os magros, os muito, muito, muito, muito, muito magros (rs), os cabeçudos que tiram 10 em Química, os que sabem imitar os outros, os inocentes, os que demoram um século pra copiar, os que sabem jogar todos os esportes (nerds de rua rs), os que sentam de um jeito esquisito, os que matam galinhas, os que ficam bêbados com água, os que trocam a cor do olho, os que são “doidos, doidos, doidos”... Ufa! Vocês são muitos!

E não importa se a gente não se veja há muito tempo. Quando a gente se encontra, é sempre muito bom. Parece até que nunca ficou separado. Colocamos as fofocas em dia (okay, okay), relembramos coisas pré-históricas (nossas ou da tv), inventamos outras bobeiras, rimos um monte... E mesmo quando a gente a gente só se fale pela internet, morando em estados diferentes até, é bom demais ter amigos, gente! Se Seu Ladir estivesse aqui pra dar um depoimento, falaria: “Amizade é Mara!”. Rsrs

Uma homenagem especial à minha melhor amiga. Minha irmãzinha querida. Ela merece porque eu a conheço desde que ela nasceu e porque está comigo o dia todo. Tadinha, ela sofre comigo. Ela que me atura quando eu estou rabugenta – geralmente os motivos são fome e sono. Quando eu começo a ficar séria, ela já até sabe. Está na hora de comer ou de dormir. Porque falar comigo quando eu estou alimentada é fácil, mas quando eu estou faminta, eu sei que eu fico insuportável. Só a Estherzinha mesmo! A gente se bate, se briga, mas se ama (apesar da Esther odiar tudo, ela me ama! Rs). Beijo mana!

Acho que é isso. Não ficou muito meloso não, né? Sintam-se todos devidamente homenageados. Para terminar, vou parafrasear os versos de Wave do mestre Tom Jobim: “Fundamental é mesmo o amigo e é impossível ser feliz sozinho”.

Abraços!

Opa, opa, opa, opa! Não acabou não! Hoje é uma data especial. Merece trilha sonora. Lá vai:
1. Amigo, estou aqui – do ToyStory letra
2. Just wanna be with you – HSM3 (deixa de preconceito, a letra é fofinha.)
3. Amigas – Chiquititas (tá legal, agora eu desenterrei. Nossa! Como eu cantava isso na Kombi da tia Sandra!) letra
4. I’ll be there for you – abertura de Friends (quer música mais apropriada? Pode levantar da cadeira e dançar com o clipezinho aí embaixo. É impossível ficar parado)


Eu adoro a internet! O vídeo é de um pessoal de Cingapura! Ficou muito legal. Melhor que o clipe oficial.

A letra tá ali do lado. Olha só a tradução
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domingo, 12 de julho de 2009

DP para iniciantes

Para não perder o costume, antes da criação, conheça primeiro a criadora, Meg Cabot. E conforme avança a biografia, a gente vai entendendo a(s) obra(s).

No caso de Meg, é até bem interessante fazer esse tipo de análise porque criador e criatura, estão sempre se confundindo. Só que a mulher já escreveu 50 livros, então sua biografia está toda fragmentada por meio de seus romances. O maior pedaço, claro, ficou com a Mia.

Nos extras do DVD de Casamento Grego, a atriz que faz a protagonista releva que também é a roteirista e que se inspirou história do seu próprio casamento para escrever o filme. Ela diz que as partes mais malucas e mais legais são todas verídicas. As outras partes normais ela inventou.

Desde então eu aprendi uma coisa. Quando tem uma situação muito, muito, muito bizarra ou com muitos detalhes numa história é porque deve ter sido verdade.

Com O Diário é não é diferente. Cabot diz que a série toda é praticamente auto-biográfica, com exceção da parte de princesa (óbvio). E é mesmo. Suspeito eu que até o endereço da Mia é meio verdadeiro. Chega de papo, segue a biografia:


Meet Meg
*Dessa vez o toque pessoal de ironia vai ser menor, porque a autora já é boba o suficiente pra zoar consigo mesma.

Não falei?

Meg Cabot cresceu em Indiana, interior dos EUA, e tem 2 irmãos mais novos (igual a Steph de Como ser popular).

Na adolescência, era a mais alta da turma, detestava Matemática e sofreu com o alcoolismo do pai. Não era das mais populares, mas tinha sua patota e chegou a fazer parte do Clube de Teatro (igual a Jen do Ídolo Teen). Na mesma época, gastava o tempo das aulas chatas desenhando (igual a minha amiga Fe e a Sam do Garota Americana. Tsc-tsc-tsc, que coisa feia, hein, Meg!) e mantinha um diário (é dele que saem as maiores inspirações para DP).

Quando terminou a faculdade de Artes, foi para Nova York tentar a sorte como ilustradora. Não deu certo. Acabou trabalhando de inspetora na Universidade NYU (igual a Heather do Tamanho 42). No tempo livre, passou a desenvolver seu outro passatempo favorito: escrever. Meg começou com romances históricos e a intenção sempre foi colocar bastante comédia nos livros para fazer a vida das pessoas mais feliz. "De drama, já basta a realidade".

Seu primeiro romance A Rosa de Inverno foi publicado em 1998, sob pseudônimo para não chocar a avó com o conteúdo do livro. Mas nessa época, é claro, não dava para sobreviver dos livros, então continuava escrevendo e trabalhando.

Antes disso, em 1993, fugiu para casar na Itália (igual a Holly de Todo Garoto Tem) com o escritor financeiro e poeta Benjamin Egnatz, com quem está casada de verdade até hoje, apesar o enlace ter sido no dia 1º de abril. (Esse Benjamin deve ter dado muita força pros livros dela porque está em TODOS os agradecimentos. Eles parecem até aquelas crianças que iam no programa da Xuxa. “Para Fulano, Cicrano, Beltrano e especialmente... Benjamin Egnatz”).

Escrevendo O Diário

Depois da morte de seu pai, a mãe de Meg lhe noticiou que estava namorando. Não seria nada demais se o tal namorado não fosse ninguém menos do que um professor seu (da Meg, quero dizer). Constrangedor, né?

Mesmo já tendo 30 anos na cara e ser até casada, ela ficou indignada. “Como assim a minha mãe vai namorar justamente o meu professor?”. A indignação foi tanta que ela tinha que descarregá-la de alguma forma. E a melhor maneira que ela arranjou foi escrevendo.

Os amigos deram força e sugeriram que ela fizesse um livro sobre isso. Mas também alertaram que uma mulher adulta reclamando desse tipo de coisa ia ficar muito ridículo e um livro que tivesse só isso de conflito ia ser muito chato. (Senhor, abençoe os amigos da Meg. Sábias palavras essas! rs).

Logo, Cabot criou Mia Thermopolis, uma adolescente nova-iorquina comum que se sente feia por ser a mais alta da turma, é vegetariana, rói as unhas, odeia matemática e começa a escrever um diário porque fica revoltada quando fica sabendo que sua mãe está namorando o seu professor de... Álgebra! Não bastasse isso tudo, Mia ainda descobre que é a única herdeira do trono de um pequeno principado europeu, devido recém-infertilidade de seu pai (no livro ele está vivo e muito saudável, por sinal. E a avó também está mais pra ‘parenta’. Tem uns conselhos que ela dá que são dignos de Copélia rs). Agora ela era princesa de Genovia. Sua vida, lógico, vira de cabeça para baixo. Mas tudo com muito senso de humor. A idéia era fazer uma espécie de chick-lit para adolescentes. Meg diz que ela tinha duas opções: a menina virar princesa ou a Terra ser invadida por aliens, mas ela achou que a história da princesa era mais realista.

Meg viu que essa história dava pano pra manga e gostou tanto da idéia que decidiu que tinha que acompanhar aquela personagem por todo o Ensino Médio. Só aí ela já imaginou história pra mais de 10 livros. O difícil ia ser arrumar uma editora que comprasse essa idéia.

Publicando

Ela escreveu o 1º livro (com um final) e começou a mandar o manuscrito para as editoras e ver se conseguia publicar. Durante um ano (ou mais), a resposta foi só uma: “NÃO!”. Uma editora reclamou que o livro tinha mais referências aos BackStreet Boys do que a biografia dos BSB (elas devem ter sido limadas mesmo, porque eu não lembro de ter tanto BSB assim no livro). Outra, uma das grandes, chegou a escrever que aquele livro não era apropriado para jovens nem para NINGUÉM! Meg ri deles agora.

As cartas de rejeição continuavam a chegar quando, um dia, toca o telefone:

- Oi! Eu recebi o seu manuscrito. Tem bastante BSB nele...
- Ah, tá... Sei... – Meg respondeu já desanimada.
- Eu ADORO os BSB! Vou publicar!
- Sério? Não acredito! Que ótimo! (...) Mas então, eu tava pensando em fazer uma série...de tipo uns 10 livros...
- Hã? Tá maluca? A gente é uma editora pequena, não tem esse dinheiro todo não!

Eles publicavam. Mas só um. Felizmente, a editora da Inglaterra resolve publicar mais que um. Mas só três. (Por isso que o final do 3 parece que está acabando. Porque até então, era ali que acabava mesmo.)

Então, a agente de Cabot consegue vender o livro para uma produtora para ser transformado em filme. A produtora em questão era ninguém menos que Whitney Houston e ia trabalhar em nenhum lugar senão os estúdios Disney, tendo como diretor Garry Marshall (responsável por Uma Linda Mulher e Noiva em Fuga) e no elenco Julie Andrews (ganhadora de Oscar e condecorada Dama pela Rainha da Inglaterra). Agora sim, a coisa tava ficando boa.

Com o sucesso do filme (mais de 100 milhões de bilheteria não é pra qualquer um), e agora dos primeiros livros (que ficaram em 1º lugar na lista dos mais vendidos), estava dado o sinal verde para Meg continuar a saga de Mia até a formatura. O resto é história. Literalmente.

Tudo na mais perfeita ordem

Obs. A sinopse parece fútil, mas não se engane. Lá no fundo, DP é sobre achar o seu lugar no mundo e ser você mesmo. É sobre ser legal com os outros e valorizar os amigos. Sobre fazer a coisa certa, independente da opinião alheia. É aquele tipo de coisa que a gente já está cansado de ouvir, mas sempre é bom repetir. Pareceu chato agora, né? Mas também não é nada chato. As lições estão bem camufladas pelo enredo e pelo senso de humor implacável de Cabot. No próximo, eu explico porque é tão bom.

Obs2. O país fictício da obra, Genovia, é baseado no principado de Mônaco - aquele do Grande Prêmio de Fórmula 1 que acontece na rua. Pois bem. Na maioria das vezes a arte de Cabot imita a vida, uma vez que ela costuma se inspirar em si própria para escrever seus livros. Mas no caso do Diário, a vida também fez o favor de imitar a arte e em 2006, eis que o príncipe de Mônaco apresenta ao mundo sua filha
adolescente ilegítima nascida em território estadunidense. A garota tem um dos sobrenomes da Mia e ainda faz ações sociais! A diferença é que na vida real, a menina não pode assumir o trono quando o pai morrer. Epa! Pára tudo! A menina faz aniversário junto comigo (e com a Grandmere)!!! Essas fofocas estão saindo melhor que a encomenda. rs

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domingo, 5 de julho de 2009

Eu e DP, DP e Eu

Esse mês sai o 10º volume do Diário da Princesa (DP). Quem me conhece sabe que eu simplesmente A-DO-RO, então o mês será dedicado à série.

É impossível falar de DP, sem contar um pouco da minha história pessoal e de como se desenrolou essa paixão pela série, pela leitura, o aprimoramento do meu inglês, a admiração pela autora, o avanço da Internet, entre outras coisas, afinal lá se vão 7 anos desde que eu ouvi falar pela primeira vez em O Diário da Princesa. Vou começar a contar do começo então.

Um dia, estava eu assistindo Tv, se eu não me engano o programa era o Zapping Zone, na época no SBT, depois do CRUJ, e passou um trailer de um filme chamado O Diário da Princesa. Lembro-me que mostrava aquela cena do garoto que quase senta em cima da Mia. Foi ali naquele momento que eu me apaixonei por Mia Thermopolis. O engraçado é que eu não prestei muita atenção ao trailer e quando pedi pro meu pai para a gente assistir o filme no cinema eu achava que a história era: “Uma menina que descobre que é princesa e muda de escola e tem que aprender a lidar com os novos colegas etc”.

Fomos ao cinema e assistimos o filme na sala 3 aqui de Nilópolis, acho que uma das poucas vezes que passou um filme da Anne por aqui, por sinal. Chegamos um pouco atrasados, mas nada que comprometesse e conforme a fita foi se desenrolando, eu fui percebendo que não tinha nada a ver com o que eu pensei que fosse. Mudar de colégio? Onde é que foi que eu vi isso??? Perdoa, gente. Eu tinha 11 anos, pô! Mas aí, uma coisa mais estranha aconteceu. Eu gostei do filme. Gostei muito, aliás. Achei a Anne parecida com a Sandy na época, adorei o final superfofo, enfim. Amei. Tinha entrado para minha lista mental dos filmes mais legais de todos os tempos.

Numa época em que estava chegando Internet discada aqui em casa, eu jogava as coisas no Cadê (não tinha Google ainda) nos fins de semana e ficava horas e horas lendo e procurando alguma coisa diferente na net. Num surto de tédio, coloquei o nome do filme no Cadê (ainda faço isso hoje em dia, só que troquei o Cadê pelo Google). Achei o site oficial. Muito legalzinho, por sinal. Fiquei um tempão brincando lá. E o tempão se estendia um pouco mais porque a Internet era discada. Também achei um monte de resenhas sobre o filme. Passei o dia todo lendo as críticas que na maioria delas achavam o filme previsível, bobo, infantil, etc. Eu não achava nada disso, claro. Mas as resenhas não mudaram em nada a minha opinião.

De link em link, acabei parando numa reportagem velha do jornal O Dia que anunciava o lançamento de A princesa sob os refletores, o segundo volume da série O diário da princesa. Opa! Dessa eu não sabia! Aquele filme legal era baseado num livro? Que ótimo! Tenho que ler isso.

Na época eu ainda não era uma leitora compulsiva. Quer dizer, não tanto quanto hoje, mas eu acho que já era uma leitora compulsiva em potencial. Também era uma época difícil de achar algum livro infanto-juvenil sem figuras realmente legal. A maioria tinha meninas grávidas, ou meninas com AIDS e se o protagonista fosse masculino, ele tinha que trabalhar para ajudar a família. Fora aqueles que falavam em preservar o meio-ambiente, mas também eram pouco inovadores, e aqueles Coisas que toda a garota deve saber. Que saco!

Ah, não vou mentir: tinha Harry Potter e Ártemis Fowl, mas até hoje não consigo ler as duas séries. Acho que o problema é comigo, que não sou muito chegada a essas coisas de fantasia e tal. Então você entende porque eu achei a melhor notícia do mundo quando eu descobri que O diário da Princesa era livro!!!

Comentei com uma amiga da escola que também tinha gostado do filme. Ela já era uma leitora compulsiva e comprou logo o segundo volume. Li as 50 primeiras páginas do exemplar dela e depois, nossos caminhos foram ficando cada vez mais distantes e eu fui parando de falar com ela, sem mágoas nem nada. Nas primeiras 50 páginas que eu tinha lido, percebi que alguma coisa estava errada. A Mia ainda não estava namorando o carinha que ela tinha ficado no final do filme e o pai dela no livro era vivo!!!! :O

Como não podia mais contar com a cópia da minha amiga, comprei o primeiro volume: O diário da Princesa. Li em uma semana. Na época foi um grande feito ler um livro de quase 300 páginas sem figuras em uma semana. Realmente, o livro tinha pouco a ver com filme, mas acontece que o livro ainda era MELHOR que o filme!!! Me apaixonei pelo livro também. Como é que pode um negócio ser tão bom????

Em pouco tempo, eu já tinha comprado e devorado o segundo volume. O segundo era tão ou mais legal que o primeiro e ainda tinha uma pitadinha de suspense e no final dava para perceber que com certeza tinha que existir um terceiro livro.

A partir de então, passei a freqüentar o site da autora semanalmente para saber de novidades sobre os outros livros. O site na época era num tom de rosa feio, o design meio brega e não tinha nem blog ainda (Meu Deus! Eu sou velha mesmo!!!!). Foi lá que eu descobri em primeira mão que haveria uma continuação do filme (foi logo no início do blog, que também era feio e difícil de ler. No início ela não sabia como é que colocava link, foto, vídeo, nem nada. hehe), e fiquei chocada quando li que Genovia não existia (foram anos de ilusão procurando no Atlas e achando que o mapa estava desatualizado hehehe).

Conforme eu ia me familiarizando com a língua inglesa, aprendia um monte de palavras novas (algumas foram até fundamentais nos vestibulares que eu fiz) e fui ficando “íntima” e cada vez mais fã da Meg. Não é todo autor que tem blog (divertidíssimo também. Rio horrores dos posts de Dona Meg), fórum pros leitores discutirem os livros (criado um pouco depois), responde a perguntas dos leitores, inclusive aquelas que não tem nada a ver com os livros, e mais tarde, também passou a fazer videozinhos engraçados demaaais e aproveitar os recursos da Internet para gerar um marketing viral como eu jamais vi nenhum escritor fazer. Nem mesmo a JK Rowling. Pronto. Agora o pacote era completo. Tinha me apaixonado também pela autora.

E como demorava muito pra sair o próximo volume e a editora do Brasil ainda não tinha um canal de comunicação decente, toda vez que eu ia numa livraria ficava à espreita para ver se já tinha saído o próximo volume da série. Foi assim que eu descobri que o terceiro e o quarto volumes já tinham sido lançados (não ao mesmo tempo, claro). E você pode imaginar a minha cara quando avistava o livro lá na prateleira todo reluzente. É claro que assim que eu os via, tinha que levá-los para casa. E, agora, em menos de uma semana, eu já os tinha devorado fácil, fácil.

Nesse ponto, já não bastava ler. Eu precisava comentar. Viciei a Fe e mais tarde a Jami no Diário. Dá pra acreditar que a Jami nunca tinha visto o filme até 2004 e que ela achava que o filme tinha cara de ser chato? Ai ai! Agora, ela já perdeu as contas de quantas vezes ela já assistiu e sabe as falas de trás pra frente, de frente pra trás. Haha!

Em 2004, foi criado o orkut, aí eu entrei numa comunidade decente do livro (aquele grupo do Yahoo era muito precário. Tão precário que eu e a Jami fingíamos que não nos conhecíamos ali para animar um pouco. Bons Tempos!). Fomos assistir ao filme 2 na estréia com a trilha sonora na ponta da língua rs (só Deus sabe o que a gente aprontou pra assistir isso na estréia. Bons tempos messsmo!) e compramos o DVD do primeiro filme quando teve numa promoção do O Globo, numa época em que nenhuma de nós tinha DVD player ainda. Sem contar a vez que a gente "inventou" um trabalho só pra assistir o filme na casa da Fe. E o PDP? E a história da greve? Nossa, a gente aproveitou muiiiiito esse ano. Muitas histórias bizarras pra contar.

Sem dúvida 2004 foi um ano muito legal. Só que não saiu livro do Diário no Brasil. Saíram outros livros da autora muito bons por sinal. Mas o quinto volume que era bom, nada! Que absurdo! Foi nessa época que eu e as outras pessoas começamos a encher o saco da editora perguntando quando é que o livro ia sair. E foi nessa época também(2004) que a banda larga começou a se popularizar, e que as pessoas começaram a reclamar que o segundo filme não tinha nada a ver e eu decidi virar advogada da Disney e eu e a Jami passamos a procurar notícias da Anne.

Depois, não sei porque a série hypou legal e já não era mais necessário fazer esforço para as pessoas começarem a lê-la, mas essas mesmas pessoas começaram a encher o saco naquela comunidade perguntando a ordem dos livros mesmo a droga da ordem estando na descrição da própria comunidade (Eu me perguntava se essas pessoas eram burras ou cegas. Meu Deus! Elas lêem livros de 300 páginas, qual é o problema de assimilação que elas não conseguem compreender 10 linhas de descrição???) e fazendo tópicos infinitamente repetidos com as mesmas perguntas idiotas (Eu sempre fiquei com raiva disso porque na época em que não tinha Google, nem banda larga, eu achava as coisas, por que eles não podiam fazer a mesma coisa?). Graças a Deus, isso parou. Acho que elas se acostumaram com a tecnologia.

De lá para cá, a Internet deixou de ser sonho e virou realidade, dona Meg virou ídola das adolescentes do mundo todo, Obama assumiu o poder, eu entrei para a faculdade, estou terminando o curso de inglês, e a editora demorou, mas em 2007, finalmente criou um selo direcionado ao público infanto-juvenil, e um site com notícias sobre as publicações, além de um fórum pros leitores! Agora a gente não precisa mais encher a caixa postal deles com a mesma pergunta. Quando sai o próximo volume do Diário?. Eles mesmos se encarregam de noticiar.

Tem gente que diz que lá pro meio a série começa a ficar enfadonha e a Mia lerda, neurótica e imatura demais. Eu não acho isso. Pelo contrário, acho que com o passar dos livros, eles foram ficando cada vez mais espertos. E a Mia sempre foi lerda (desde o primeiro, o que não é nem exatamente um defeito. Ela é lerda, mas é legal), mas acho até que vai ficando menos com o tempo. E a neurose dela é o melhor do livro! Os melhores comentários são os mais surtados! Sobre a imaturidade eu também tenho que discordar. Coitada da menina, não tinha nem 16 anos! O último volume deixa muito claro que tudo o que ela precisava era mais um tempo pra crescer. Por isso, eu acho até que na maioria das vezes ela tem razão pra surtar e até que suporta bem. Por muito menos, aqui em casa já está todo mundo arrancando os cabelos.

Como você pode ver, eu sou uma fã de vanguarda. Por isso, dá até um aperto no coração saber que a série está acabando. DP fez parte da minha vida nos últimos 7 anos! Cara, a gente praticamente cresceu junto! Comecei a ler mais nova que a Mia e terminei um ano mais velha que ela. Aprendi um monte com a princesa nova-iorquina e ri um monte também. É como dar um adeus a algum amigo do peito. E Mia e a sua turma são daqueles amigos que a gente não quer se desligar nunca. De tão legais, eles são quase reais. Vai ser duro não esperar outro livro no próximo ano. Aquela ansiedade pra saber o que ia acontecer depois, a excitação quando saía a sinopse ou o primeiro capítulo na net (era engraçado porque a minha reação era sempre a mesma: “Cara, esse livro vai ser muito bom!”), a especulação sobre como seria a próxima capa e quando seria o lançamento... E depois que lançava, a emoção de pagar o livro no caixa (A Jami já falou que vai fazer um discurso pra moça do caixa no dia que ela for comprar o 10, mesmo que a moça não esteja nem aí pro livro), o exagero das reações ao ler, o prazer de comentar o livro depois...

Vou sentir a maior falta da Mia. Mas a gente sempre pode matar as saudades relendo os livros antigos, não é mesmo? E a Meg já falou que fica com saudades também, então quem sabe daqui a uns anos ela não anuncia mais um livro aí?

Obs. Acho que a editora me deve um prêmio, uma homenagem ou qualquer coisa do tipo. Poxa, vida! Eu gosto da série desde o início. Já aprontei pra caramba por causa dela e já me estressei um pouco também. Não era fácil aturar as pessoas perguntando a ordem da série com a resposta na cara delas! (De vez em quando ainda tem gente que faz um tópico desses, mas agora eu sou mediadora da comunidade - título esse concedido por eu tentar colocar a ordem naquela bagaça nos tempos de bagunça - e não perdôo. Apago mesmo. Sem dó.) Na verdade, se você parar pra pensar, eu até ajudava eles nos tempos pré-Galera Record, evitando que todo mundo mandasse e-mails perguntando a mesma coisa. Definitivamente eu mereço uma recompensa. Um emprego, um estágio ou um encontro com a Meg, talvez. Qual é! Sou praticamente uma expert em Mia Thermopolis, colaboro com o trabalho deles (eu acho até que eles levaram em consideração o meu comentário para o lançamento do 10º livro mais perto de Setembro) e ajudo a repassar a informação correta, na medida do possível, faço publicidade espontânea... Sem contar o dinheiro que eles ganham às minhas custas! É isso aí, Record, vocês estão me devendo! E tenho dito! Hahaha! Edit: Depois dessa Bienal, eu tenho que dizer. Record, eu é que estou devendo a vocês! Valeu messsmoooo!

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