quinta-feira, 26 de abril de 2012

O poder do pop

Quando eu era pequena tocava violino. Não costumo comentar isso porque as pessoas sempre ficam com aquela cara de surpresa, querem saber como era, porque parei, etc (“Era legal, mas me estressava muito, dava muita confusão dentro de casa, chegou uma hora em que eu já não curtia mais e parei. Não, não toco mais”) e eu não sou muito de ficar dando satisfação da minha vida pros outros. Mas, resolvi compartilhar essa informação por aqui porque achei relevante para o post de hoje.

Na época, minha mãe achava aquilo o máximo. Ela se sentia por ter uma filha que tocava violino. Fazia altos planos sobre em que orquestras eu iria tocar profissionalmente até! (Uma coisa que nem passava pela minha cabeça!). Na visão dela, música clássica era sinônimo de “cultura”. Como se a cultura erudita fosse o único tipo de manifestação relevante e que realmente fizesse a diferença na vida das pessoas. Um pensamento que não poderia ser mais errado.

A cultura popular é tão ou mais importante do que aquilo que é cultuado pelos mais abastados, mais entendidos ou mais influentes. Porque, querendo ou não, é a cultura popular que acaba por reproduzir os trejeitos e desejos mais íntimos de um povo. Mais do que isso, o pop é responsável por unir pessoas e não deixar que conversas ou pedaços de vida sejam preenchidos por um vazio sem graça.

Esses dias estive conversando com uma amiga que se queixava de não haver nada em sua vida que fosse efetivamente bom, que parecia que nada mais lhe dava prazer.

Enquanto tentava animá-la a descobrir algo que ela gostasse de fazer, pensei em como estava a minha própria vida. Em como aconteciam coisas que eu também não gostava constantemente. Problemas sérios que pareciam que nunca iriam se resolver. Em como os dias, na maioria das vezes, também não tinham nada de especial. E em como, mesmo assim, eu não me sentia assim, infeliz, sem ver sentido nisso tudo, do jeito que ela se sentia.

Me lembrei de algumas vezes em que me senti triste, meu dia estava uma droga, e fiquei de saco cheio de tudo. E de como, muitas vezes, só de ler um texto num blog, uma notícia da Anne, ouvir uma música do Jamie ou conversar com os amigos sobre essas coisas sem sentido e que teoricamente não acrescentam nada para nossa vida, eu me senti melhor. De como essas paixões ensandecidas movimentam a minha vida de vez em quando. De como elas parecem movimentar a vida de tantas outras pessoas também.

Minha irmã me disse que eu sou uma pessoa naturalmente alegre. Que eu tenho dificuldade em ver o cinza, mesmo ele estando bem na minha cara. Talvez seja verdade. Mas talvez a cultura pop também tenha sua parcela de culpa nisso tudo.

Ou não foi graças ao Diário que fiz algumas das minhas melhores amigas (e vivi alguns dos melhores momentos da minha vida)? Ou graças a esses fenômenos trash da TV que fazem meus colegas do Cefet se falarem até hoje? Ou graças ao blog que conheci um bando de pessoas legais?

Tem gente que pra esquecer os problemas bebe, fuma, entra nas drogas. Eu entro no Twitter, me afogo nesse mar de informações inúteis (ou não) que é a internet, solto umas boas gargalhadas, e me sinto curada para encarar mais uma.

 Aprecie sem moderação

(Pensa aí você agora nas coisas legais que a cultura pop trouxe pra você. Naquilo que você não teria coragem ou deixaria de fazer se não fossem esses vícios saudáveis. Nas pessoas que você deixaria de conhecer caso elas não existissem! Sua vida seria bem mais chata, não é verdade?)

O que me lembrou imediatamente de Um Grande Garoto do Nick Hornby. No livro, já resenhado aqui, a depressiva mãe de Marcus, abatida por um sentimento de que nada mais valia a pena, tenta suicídio logo no início, mesmo tendo um filho adolescente para criar. Ao passo que Will, um cara que realmente não tinha nada nessa vida, não passava por coisa parecida, pois preenchia muito bem sua vida em intervalos de 1h (Assistir TV, Cortar o cabelo, Relaxar na banheira...).

Em determinada passagem, Will fica com um medo terrível de que a mãe de Marcus (o nome dela agora me escapou da memória) lhe encurrale com a grande pergunta sobre o mistério e o sentido da vida. Isso porque, bom, não tem muito sentido mesmo. O negócio é viver um dia de cada vez. Com paixão. Tentando aproveitar ao máximo. Tentando ser feliz.

O pop tem esse poder de preencher as “cabeças vazias” a fim de que elas não se tornem “oficinas do diabo”. De transformar paixões fora de propósito em amizades e tornar momentos tristes, pelo menos, um pouco mais suportáveis. O pop tem esse poder de nos deixar loucos por alguns instantes, ao mesmo tempo em que evita que fiquemos loucos de verdade. De transformar dias sem nexo em horas especiais e fazer a gente esperar por alguma coisa - nem que seja o episódio do seu seriado preferido na semana que vem, o lançamento do aguardado último livro daquela saga no próximo ano ou um show no Brasil da banda do seu coração sabe-se lá Deus quando eles vão aparecer por aqui!

Talvez esteja faltando um pouco mais de pop na vida dessa minha amiga. Alguma coisa que a faça desligar o cérebro no final do dia, junte amigos, desperte paixões e sirva como válvula de escape de prazer.

A cultura pop oferece uma oportunidade de extravasar essa vontade de viver. É um meio de fazer as pessoas felizes. Querendo ou não, ela faz parte da nossa vida.

E existe algo mais relevante do que a vida e a felicidade das pessoas? Eu acho que não.


 É disso que eu estou falando!
Continue lendo...

sábado, 21 de abril de 2012

BubléShow, because it's awesome!

A história desse show começa no ano de 2008.

Minha irmã é muito mais BubléNerd do que eu. Eu gosto dele, acho-o simpático, divertido, canta demais, tem músicas boas, mas me incomoda muito o fato de ele se acomodar em regravar músicas dos outros. Principalmente quando ele tem tanto talento pra compor. Minha irmã não. Ela curte à beça essa vibe Sinatra do século XXI, e quase me mata toda vez que eu falo que ele devia tomar vergonha e começar a lançar CDs compostos essencialmente por ele, ou que ao menos fossem inéditas pra o público.

Em 2008, o Bublé fez o seu primeiro show aqui no Rio. Era quase fim do ano, seria realizado no Vivo Rio e...eu não fui. Não fui porque deixamos pra comprar o ingresso, tipo, uma ou duas semanas antes do show e, quando chegamos à bilheteria... ESTAVA TUDO VENDIDO! Os únicos lugares vazios eram lá na frente, e custavam 1000 reais!!!!!! A gente não ia pagar isso.


Minha irmã, num daqueles seus acessos quando ela não consegue assistir a essas coisas em que é aficcionada, ficou revoltada. Queria comprar o negócio a qualquer preço. E colocou a culpa NA GENTE por 1) os ingressos terem acabado (como se eu tivesse ido lá e comprado tudo!) e 2) por não deixar ela pagar 1000 reais num ingresso.

Na mesma época , a gente acabou indo ver o Maroon 5 (um ótimo show, por sinal, e que custou menos da metade do preço), mas, a mágoa continuou a tomar conta de seu coração até o início desse ano, quando foi anunciada uma nova passagem do canadense aqui no Rio, dessa vez no HSBC Arena. Ela fez questão de comprar o ingresso no primeiro dia de pré-venda para clientes exclusivos (nessa hora eu fiquei feliz de finalmente conseguir aproveitar alguma vantagem dessas de banco). A gente comprou num bom lugar, bem na frente mas não tanto, e só pra constar, o preço era bem menor do que em 2008.


Só que, para nossa surpresa, para um primeiro dia de venda, já tinham bastantes ingressos vendidos até!!!! Ao acompanhar as vendas pela internet depois, vimos que UM MÊS antes do show, já estava tudo LOTADO de novo!!!!! E o cara nem é tão famoso assim!!! Me perguntei quem eram essas pessoas que estavam comprando esses ingressos. Só podia ser cambista, não era possível.

No dia do show, ao chegar nas redondezas do HSBC Arena, um engarrafamento desgraçado tomava conta do trânsito confirmando que aquele povo todo que tinha esgotado os ingressos existia. Mas ainda assim a pergunta persistia: QUEM ERAM ESSAS PESSOAS????? ONDE VIVEM? O QUE COMEM? POR QUE O SÉRGIO CHAPELEN NÃO FAZ UM GLOBO REPÓRTER SOBRE ISSO?

Lá dentro da casa de shows, eu obtive a minha resposta. Obviamente, tinha gente rica que segurava copo de Coca Cola como se fosse whisky e gente velha que não tinha nada melhor pra fazer em casa e resolveu ver quem era esse tal de Michael Bublé. Mas também tinha gente jovem, bem jovem! Muitas adolescentes! Meninas de 15 anos que sabiam todas as letras! Meninas, mulheres e senhoras que o achavam supersexy e levaram cartazes divertidos e plaquinhas com LOVE de um lado (pra levantar quando ele tocasse Haven’t Met You Yet) e Na Na Na Na Na (pra levantar quando ele tocasse Hollywood). E gente de tudo quanto é lugar desse Brasil!!!!!!! Ouvi sotaques do Nordeste e uma outra garota no fim do show gritava para ele que tinha vindo do AMAZONAS só pra vê-lo!!!!! Na boa, gente, É MUITO AMOR sair do Amazonas só pra ver um show!

Olha só a propaganda de pacote de viagens totalmente FAIL que eu achei!

Tinha até gente famosa circulando por lá! Não resisti e tirei uma foto da diva Adele, que estava sentada algumas cadeiras atrás de mim.

Só fiquei chateada porque não rolou uma canjinha da Adele, mas tudo bem.

Logo, logo o show começou com a abertura épica de Cry Me a River. Aquela introdução sensacional tocava antes, com as cortinas ainda fechadas, enquanto o público só via as silhutetas gigantes de toda a banda e Bublé no meio, de costas, como se regesse todo mundo, para só depois se abrirem com o vozeirão do cara. Um troço de arrepiar. Pra completar, ao fim da música, ainda explodem fogos do teto do palco, deixando todo mundo de queixo caído.


Dali ele emenda com All of Me e inicia uma das muitas conversas com a platéia. Agradece em português: “Obrigado” e pede em inglês: “Liga a luz. Deixa eu ver o povo” para depois começar a ler os cartazes das fãs em voz alta. Um deles, bem cara-de-pau dizia: “Michael, I love your wife Lu”. Ele replica: “Ah, sua mentirosa! Você não ama ela nada! Você gosta é de mim!”, e continua a se divertir e a divertir ao público contando que sua mulher está lá perto também, que eles se casaram tem um ano, blablablá. Claro que a platéia ciumenta vaia solenemente as menções a sua esposa, e ele observa sorrindo: “Adoro como metade de vocês fica: ‘Buuuuuuu!’ e a outra metade, os homens, fica: ‘Ah, por favor, ele é tããããããão gay!’” (o que não deixa de ser irônico, se você levar em consideração que a tal esposa achou que ele fosse gay mesmo quando eles se conheceram).

Ele continua a ler os cartazes em voz alta: “Michael, you’re Everthing” e “Michael, you just haven’t met ME yet”, e faz a coisa MAIS LEGAL DE TODAS: pede para as donas dos cartazes descerem de onde estavam para entregá-los pessoalmente e tirar uma foto com ele. O público vai ao delírio, e todo mundo fica morrendo de inveja das garotas. As meninas do NE da cadeira de trás se lamentam: “Por que eu não fiz um cartaz também?”, traduzindo o sentimento de toda a platéia.

Antes de continuar, ele fala para o público se divertir bastante e diz para mandar o dedo do meio pra quem estiver do seu lado reclamando de você cantando loucamente. “Você pagou caro por esse ingresso, manda a pessoa se f*der!”, ordena o rapaz

Então se seguem Mack the Knife (uma surpresa no repertório) e Everything, que levanta da galera (música de trabalho + melodia grudenta + composição própria = público feliz).

É impressionante como o cara nasceu pra isso. Adoro o jeito como ele desliza no palco (desliza mesmo, tem até uma rampinha só pra ele descer, deslizando na sola do sapato, deve ser por isso que o sapato dele é tão grande) e rodopia no próprio eixo e gira o microfone. Ele sabe como entreter público e dá a ele tudo o que ele quer.


O que se comprovou nos momentos seguintes em que apresentou toda a parte dos metais da banda, um por um, fazendo graça com cada um deles. Um que teve neném há pouco tempo (com direito a foto do bebê no telão). Outro que, segundo ele, teve vários nenéns ao redor do mundo, porque pega geral (com direito a um telão cheio de fotos de bebês). Um outro que era exatamente o contrário, que não tinha neném nenhum, porque obviamente nunca tinha transado com mulher nenhuma. “Vocês sabem aquele cara do Crepúsculo? Então, ele é igualzinho!” Nessa hora ele se empolga e imita o cara/o Rober Pattinson: “A mulher está lá toda: ‘Me morde!’ – fazendo várias caras e bocas – e esse cara fica: “Não, eu não posso. Eu te amo demais!” – com mais caras e bocas. (Uma das melhores partes do show). Um dos caras dos metais, inclusive era brasileiro, estava muito emocionado de tocar no Brasil, e o povo aplaudiu ele à beça, o nome dele era Jacob (e depois o outro que era de Crepúsculo....).

Feita a introdução dos instrumentos de sopro, Bublé puxa I’ve Got the World an a Sring, cuja participação da banda é fundamental no início com um: “Hey Michael, come on let’s swing, seems like you’ve got the world on a string” e ao final com o coro de “He’s in love, he’s in love!”, e segue com Crazy Love, que contou com o levantamento das já citadas plaquinhas no refrão.

Depois ele continua a apresentar o resto da banda e nos oferece um dos momentos mais divertidos da noite: “Então, gente, eu queria pedir desculpas a vocês porque eu sou casado com uma argentina, então, eu falo um pouquinho de espanhol, mas eu não sei nada de português. Mas eu queria apresentar a vocês ele que toca guitarra, violão e faz alguns vocais da banda que é... daqui mesmo, do Rio, para falar algumas palavras, dizer como é que a gente se sente de tocar por aqui, na língua de vocês”.

Aí o carequinha da guitarra falou com aquele carioquês delicioso, para delírio da galera: “Fala Riooooo!!!!!!! Então, o Michael queria que eu dissesse pra vocês como é bom tocar aqui, como a gente é se sente acolhido pelas pessoas, e como tocar com ele é um prazer e tal... Mas a verdade é que é tudo mentira. Ele não gosta dos fãs, e só liga pro dinheiro. E ele só maltrata a gente... E além de tudo a gente ainda é mal pago.” Nisso, o Bublé com aquela cara de bobo, como se não soubesse de nada lá na frente dele. E o cara continuou: “Se vocês souberem o contato do pessoal do Seu Jorge, avisa aí, porque a gente tá doido pra sair dessa banda. Então é o seguinte: o Michael está aí na frente crente que eu tô falando um monte de coisa boa dele, então pra ele não ficar chateado, vocês, por favor, dêem uma salva de palmas quando eu pedir. Michael Bublé!!!!!”, ao passo que o público aplaudiu, fez barulho e riu pra caramba.


Completando as apresentações, finalmente Bublé introduziu o pianista e iniciou mais um dos seus números bobildos. “Eu e esse cara, antes do show, ficamos aqui ensaiando umas músicas de macho pra tocar pra vocês. Toca aí!”. Eles tocam um pouquinho de Don’t Stop Believing e ele continua: “Não, não, não está macho o suficiente. Deixa eu mostrar uma parada de macho pra vocês”, aí ele levanta a calça e mostra uma meia dos Muppets. “Toca outra música de macho aí”, e começa a cantar A Whole New World do Alladin. Completei em português quando dele jogou pra galera, tô nem aí. (Geralmente ele ainda completa: “Não, agora eu quero uma coisa mais macho”, e canta YMCA, mas dessa vez a gente ficou só com Aladdin).

Voltando a seriedade (mais ou menos), ele cantou Georgia on My Mind (cover do Ray Charles, aí ele ficou fazendo uns trejeitos de cego com a cabeça. Muito bobo!) e Sway, para depois emendar com um momento Michael Jackson, em que cantou Billy Jean com direito a moonwalk e chapeuzinho que foi devidamente jogado pra platéia, e Twist and Shout, dos Beatles, em que ele fez questão de dizer que queria recriar a cena do Curtindo a Vida Adoidado, com todo mundo de pé, dançando, fazendo o “Aaaaaaahhhhh! Aaaaaaahhhhh! Aaaaaaahhhhh! Aaaaaaahhhhh!” . Nessa música ainda jogaram aquelas bolas gigantes pro meio do povo. Muito legal!

Como se não bastasse isso tudo, em All I do is dream of you, o show ganhou participação do Naturally7 e ele simplesmente passou no meio do povo e foi cantar lá atrás, no fundos do HSBC Arena! Ele pediu desculpas pra quem tinha comprado o ingresso caro lá na frente (tipo eu), mas que ele tinha que fazer isso. O povo da frente teve tudo que subir nas cadeiras pra ver ele de costas. O povo de trás ficou feliz pra caramba de vê-lo de pertinho. E lá ele cantou Home (com o HSBC formando um grande coral) e Some Kind of Wonderful. Save the Last Dance for Me foi tema de sua volta ao palco principal, e aí eu não resisti, pulei da cadeira em que estava em pé, fui pra perto do corredor e por muito pouco, não consegui pegar na mão dele passando ali perto. #soudessas

Ó o povo tudo doido subindo na cadeira!

A partir daí liberou geral, e foi todo mundo pra frente do palco. Vocês não têm noção de quão perto eu consegui ficar! Fila do gargarejo total, ninguém na frente. Só o Bublé. Dava pra sentir os perdigotos saindo de sua boca. E na maior tranqüilidade. Sem empurra-empurra nem nada! Quaaaaaase que eu peguei na mão dele de novo. Foi por pouco, muito pouco.

Ali de pertinho eu acompanhei Heartache Tonight em que ele pulava e pedia para pularem no refrão. E Haven’t Met You Yet, que não teve acompanhamento das tais plaquinhas de LOVE (a essa altura do campeonato não tinha ninguém sentado mesmo), mas ganhou chuva de prata no final. Durante as canções algumas fãs jogaram camisetas pra ele autografar. Como ele estava cantando, simplesmente enxugava o suor nas camisetas e devolvia (as fãs devem ter ficado felizes do mesmo jeito). Ele saiu do palco, o povo pediu mais um e logo voltou pro Bis.

Pra finalizar, Feeling Good, Me and Mrs. Jones (supercoral de novo no refrão “Meeeeeeeeeee aaaaaaand Mrs., Mrs Jones”) e A Song For You. Nessa última, um trompetista surgiu lá no meio da arquibancada fazendo solo, enquanto as cortinas se fechavam encobrindo o resto da banda e deixando só o Bublé na frente de todos. Quase perdi o foco. Então, já sem instrumentos e começa a cantar sem microfone (tipo, olha, eu canto muito!), até meio emocionado. Ele fez com as mãos para as pessoas fazerem silêncio e me lançou um olhar superfuzilante quando ameacei cantar junto (Eu sei que era pra mim, eu vi! Hahahaha!). Ao fim da música, ele se retira para trás das cortinas e é o fim do show.


No palco, Bublé faz jus ao preço do nosso ingresso. Não foi o melhor show que eu já vi na vida, mas com certeza, valeu cada centavo pago. Ele entende que os shows são feitos para as pessoas e faz de tudo para que elas se divirtam o máximo possível, preparando uma surpresa a cada minuto. (Faltou só Hollywood no repertório, que é uma de suas músicas mais legais. Maior falta de consideração, visto que o pessoal tinha feito até plaquinha com o Na, na, na...) Mas o cara manda muito bem. Show de música, show de simpatia, show de humor. Faz sentido o pessoal correr pra comprar e lotar sempre. Uma aula pra muito ‘artista’ que se acha por aí. Quando é que ele volta, hein?

Obs. Aqui alguns dos melhores momentos do show de SP. Diz que lá teve até pedido de casamento!!!! Melhor que a encomenda.
Continue lendo...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

UPP: BubléNerds, because it’s sexy

O personagem da UPP de hoje molha só dedinhos do pé no pop. O alicerce de sua carreira está mesmo é nos clássicos. Talvez o maior crooner da atualidade, Michael Bublé ficou famoso por regravar Sinatra, Cole Porter, Ray Charles, Paul Anka (sim, aquele de Gilmore Girls), etc. E continua nessa linha arrumadinha de covers antigos até hoje. O que é uma pena, porque as composições próprias do moço são muito boas e sempre as melhores dos discos.


Descendente de italianos e nascido no atual lar da Luiza, o Canadá, Michael foi o segundo artista mais vendido do ano passado, só perdendo para Adele (que, tipo, vendeu que nem água e aumentou SOZINHA a média de CDs vendidos no ano em 1%), com seu álbum de Natal. Sim, Bublé bateu com facilidade o disco natalino de seu conterrâneo Justin Bieber. Acredite se puder.

Apesar disso, Michael enfrenta muita dificuldade na hora de os americanos pronunciarem seu sobrenome Bublé. Tem sempre um desavisado que acaba se atrapalhando e chamando Michael Bubbly.

Ele cresceu escutando os discos do avô, e começou como cantor de casamentos até que o produtor David Foster (um cara que ganhou SÓ 16 Grammys em sua carreira e já trabalhou com praticamente toda a galera de sucesso dos anos 90) o descobriu, porque, na boa, ele canta MUITO. Em 2003, Michael Bublé lançou bem seu bem-sucedido disco de estréia, cujo nome era muito criativo: Michael Bublé.

Mas ele veio a alcançar o topo das paradas mesmo com Home, seu maior sucesso, e que foi tema de Solfredora em América, inclusive. Mas a Globo ama muito ele, e todo CD seu tem pelo menos duas músicas nas suas trilhas de novela. Ao todo são quase 10 músicas em tramas globais.

(Talvez isso explique porque mesmo tendo tão pouca gente que saiba quem é ele por essas bandas, o moço sempre esgote os ingressos meses antes da data do shows nos Brasil. Em 2008 eu deixei pra cima da hora e não consegui comprar, mesmo com os preços superinflacionados. E agora em 2011, mesmo comprando no primeiro dia, já tinham bastantes lugares ocupados. Aqui no Rio estava tudo vendido com mais de 2 meses de antecedência. Em São Paulo, tiveram que fazer show extra!!!)

Aí você pensa que só porque o cara canta essas músicas velhas, é um moço romântico, à moda antiga e tal. Ledo engano. Apesar da aura engomadinha, Bublé, no fundo, é um palhaço, quase um comediante stand-up. E é muito bom de entrevistas. Não perde a chance de fazer uma gracinha e tem esse sorriso bobo, como se estivesse sempre apreciando alguma piada particular.

Quando esteve no Brasil, zoou horrores no palco do Faustão, tirando muito sarro daquelas dançarinas que fazem qualquer apresentação impossível de ser levada a sério (detalhe que não há UM vídeo no Youtube em que os gringos não comentem como as dançarinas são bizonhas!). Fica a dica para conferir sua participação no SNL ao lado de Jon Hamm (ah, Jon Hamm!), fazendo uma paródia de sua própria música no restaurante Ham & Bubbly
No mesmo dia, teve a esquete do organizador de armários. Não tem o Bublé, mas é MUITO engraçada.


Uma vez perguntaram pra ele se ele gostava das meninas nerds, e ele respondeu: “Sure, because it’s sexy”. O que fez suas fãs se auto-entitularem: Bublenerds. Afinal de contas: “it’s sexy”. 
(Fica a dica também pra entrevista clássica dele falando do ursinho mais safado que ele já recebeu de uma fã.)

Apesar disso, o currículo amoroso de Bublé não faz nenhum pouco a linha nerd. Namorou a atriz de O Diabo Veste Prada Emily Blunt por 3 anos (até que ela cansou de ser enrolada e casou com o Jim de The Office), mas tomou vergonha na cara e casou com a Mia Collucci da versão argentina de Rebelde (e foi assaltado em uma das datas do casamento – deve ter sido praga da Emily Blunt). E dessa união com a atriz argentina, nasceu foi uma parceria com a musa latina Thalia no CD de Natal.

Feita essa introdução, agora uma passada pelas músicas do rapaz. Como os CDs não têm nada muito temático, nem lá muita diferença um pro outro, separei o cursinho BubleNerds for Dummies por módulos bem curtinhos. Eu prometo que é coisa rápida.

BubleNerds for Dummies

Módulo #01: Bublé By Bublé
Home – Fazer turnê no mundo todo, conhecer lugares diferentes toda semana e...ter a sensação de que você mora dentro de um aeroporto, morrendo de saudades das pessoas que a gente realmente gosta. Quem disse que vida de cantor famoso é fácil? Feita para a ex-noiva que teve antes da Emily Blunt, tema de América, e o maior sucesso do rapaz.
Everything – Feita para Emily Blunt, é uma das músicas mais legais do Bublé. O clipe também é bem bacaninha como se fosse uma audição com personagens bizarros. Meus versos preferidos são: “And I can't believe, uh that I'm your man, And I get to kiss you baby just because I can”.
Haven’t Met You Yet – A música tem uma pegada Sara Barielles, é bem animada e uma letra digna dos românticos mais inveterados que ainda não perderam as esperanças de encontrar a alma gêmea. Muito boa mesmo. O clipe dá vontade de ser feliz com toda aquela superprodução dentro do supermercado. A mulher do clipe é a tal Mia Collucci, pra quem foi feita a música. Aparentemente, eles já se conheceram, sim, né?
Hollywood – Tem gente que vende a alma pra fazer sucesso, mas será que vale a pena mesmo?  Muito boa, e com o clipe MAIS LEGAL DE TODOS!!!! Bublé fantasiado de Justin Bieber é o melhor!!!! “So don't go higher for desire, Put it in your head, Baby Hollywood is dead you can find it in yourself.
Lost e Hold on – O namoro acaba, mas fica a amizade. Baladinhas sofridas de fim de relacionamento para a ex-noiva de Home. Ele devia muito apostar mais em composições próprias!

Módulo #02: Buble à moda antiga
Wonderful Tonight – A música já era antiga, mas ganhou uma estrofe em português com participação de Ivan Lins (Ivan Lins tinha ganhado Grammy nessa época, né? O povo ficou logo de olho). Mas o ritmo de bossa justifica a presença do brasileiro.
You Don't Know Me e Dream a Little Dream of Me – A primeira traz como tema a timidez e o amor platônico. E a segunda a despedida na varanda. Só consigo imaginar pessoas com roupas dos anos 40 nessas músicas, mas se você deixar o preconceito de lado, percebe que são lindas, de verdade.
   
Módulo #03: Bublé safadeeeenho
I’m Your Man – A história dessa gravação é engraçada. A Emily Blunt gostava muito da música e pediu pra ele cantar. Ele achava muito brega, falou que não. Ela insistiu, pediu pra ele ouvir de novo, disse que achava a música sexy. Ele acabou dando uma chance, concordando com ela e colocou no CD. Mas, na boa, essa letra é nível Wando.
Me and Mrs Jones – Adequadamente escolhida para ser tema de um casal de amantes em Paraíso Tropical, o eu-lírico e a tal Mrs. Jones se encontram todo dia na mesma cafeteria, no mesmo horário, mesmo sabendo que é errado. A voz feminina em “Same place, Same time” quase no final é da Emily Blunt. (Acho que ele resolveu se vingar por I’m Your Man).
Call me irresponsible – A letra diz: “Me joga na parede, me chama de lagartixa.”. Brincadeira. Na verdade só fala pra chamar de irresponsável, inseguro, imprevisível, mas tudo isso porque, “a verdade inegável é que eu sou irresponsavelmente louco por você”.

Módulo #04: Bublé faz Dança de Salão
Sway e Save the Last Dance for Me – Se você colocar essas duas pra tocar, e ficar com a impressão de que já as escutou em algum lugar, é porque já ouviu mesmo. E não é no baile da 3ª idade da sua cidade. Save The Last Dance for Me tem a mesma introdução de Sway, e você conhece as duas porque esse instrumental é nada mais, nada menos do que a Dança do Siri.

Módulo #05: Bublé Covers inusitados
Can’t buy me love, Crazy Little Thing Called Love e Heartache Tonight – 3 covers de bandas de rock -  Beatles, Queen e Eagles - transformadas em big band.

Módulo #06: Bublé Clássicos
Cry me a River – Cláááááásssica total. A introdução toca direto nas reportagens do Globo Esporte quando tem uma partida assim, épica.
I’ve got the world on a string – A felicidade de um homem quando a mulher diz “sim” ao seu pedido de casamento. Adoro como a banda parece parabenizá-lo no começo: “Hey Michael come on & swing, Looks like you got the world on a string”.
Fever e Feeling Good – Big Band total. Sinta os metais. Sinta a potência da voz do cara. Só isso. No clipe da última, ele interpreta um espião tipo 007. Tem a ver.
That's Life – Adoro essa parte que brinca com lingual do P: “I've been a puppet, a pauper, a pirate, A poet, a pawn and a king
L.O.V.E. – Acróstico com LOVE. Outro dia descobri que cantam essa música nos Batutinhas, durante o concurso de talentos! Ganhou versão em Glee outro dia, no mesmo episódio em que interpretaram Home também. Fofa. “L is for the way you look at me, O is for the only one I See, V is Very, Very Extraordinary, and E is even more than anyone that you adore can”.

Semana que vem, o relato do BubléShow, 
Because it's awesome!
Continue lendo...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Uma garota com conteúdo

Ela via o mundo
Ele via o mundo
Viam sob a mesma luz
Isso é tudo e era tudo que havia entre os dois em comum


Pelo sobrenome na capa, você já deve ter reparado, a autora do livro é alguém da minha família. Mais precisamente a Esther. Minha irmã. A CEO desnaturada da CEO aqui no Inútil. (Aliás, cadê aquele texto que você me prometeu aqui pro blog, hein, Esther?)

E por isso, desde já tenho de pedir desculpas à minha irmãzinha pela demora na resenha, uma vez que escrever sobre o trabalho de alguém tão próximo não é tão fácil quanto parece. Além do mais, fui acometida pelo mal do peak dos adultos nos últimos meses (o que significa que trabalhei feito um cachorro) e estava sem tempo nenhum de parar para escrever alguma coisa pro blog mesmo.

Nicole daria qualquer coisa para NUNCA sair de sua casa. Não somente por temer ser vista por pessoas inocentes – sendo ela um monstro, calamidades devem ser evitadas –, mas por preferir fechar-se em um livro a abrir a porta de seu quarto. Quando o que ela busca é nada mais do que segurança, impedir que a arranquem de seu refúgio pode ser perigoso demais; deixando-a vulnerável e, pela primeira vez, sem palavras.

N.I. daria qualquer coisa para SAIR de seu colégio. Colegas de classe e professores chatos apunhalam-no e sugam o sangue de suas artérias nutridas pelo rock. E é justamente na música que encontra sua fuga para dias melhores, preenchidos então por goladas de refrigerante e uma multidão de garotas loucas por um pedaço seu.

Assim, Nicole é forçada a aceitar as conseqüências quando finalmente alguém a nota enquanto N.I. dedilha a vida em seu teclado de computador e, em sua guitarra, compassos que o fazem mergulhar em enigmas tão estranhos quanto nicknames, encontrando respostas para perguntas que nunca se atrevera fazer.


Uma Garota com Conteúdo aposta na fórmula ultimamente em alta, mas que, na época em que foi escrito - ah, sim, pra publicá-lo foi uma luta, então você pode fazer colocar alguns anos retroativos aí pra entender o contexto de algumas coisas -, quase não se via (ou pelo menos, EU não via): o narrador compartilhado.

Nos dias de hoje, esse recurso anda sendo desperdiçado por aí, inclusive. Acho até que serve como refúgio para alguns escritores que não sabem narrar em 3ª pessoa e apelam para a alternância de pontos de vista a fim de dar voz aos pensamentos de mais de um personagem (personagens demais, às vezes também). Ele deve ser usado com cautela, de forma que agregue e não simplesmente porque o autor achou legal escrever sob uma perspectiva diferente.

Não é o caso aqui. Narrado em forma de diário (ou “registro histórico”), a alternância de narradores funciona bem para evidenciar as diferenças entre os dois e equilibrar o drama da Nicole com as bobildices do N.I – mais conhecido como - Adônis.

Sua dedicatória foi bem mal-criada, hein, Dona Esther!

Com uma escrita mais sofisticada do que o usual (o que por vezes pode atrapalhar em se tratando de uma leitura leve), Uma Garota com Conteúdo foge do estereótipo “adolescentes falando gírias”. O que não quer dizer que seus personagens não sejam tipicamente juvenis.

Nicole, como boa discípula de Lorelai que é, solta mil referências pop por página e sonha com galãs das novelas mexicanas (quem gosta delas vai encontrar um prato cheio aqui). Mas não por isso deixa de ter opiniões ferrenhas sobre assuntos sérios ou tantos problemas de auto-estima que parece ser a personificação daquela música do Cazuza.

Adônis, por sua vez, é um menino diferente dos outros de sua turma. Está em busca da garota ideal, e não suporta meninas que não tenham nada a dizer. Mas nem por isso desgosta de ter seu ego massageado quando rodeado de garotas bonitas, ou tem apreço pelos ídolos teen que a mídia tenta nos empurrar goela abaixo. Ele curte mesmo é rock pesado! Mas sua formação é clássica. O menino toca violino*.
* Pra você que acha que os dois não combinam, está na hora de rever seus conceitos.

Ele era um aspirante a poeta
Ela era a inspiração
E pra ele qualquer coisa nela despertava uma canção
Ela que sempre buscava em tudo um porquê
Com ele bastava estar, sentir e viver

Esse amontoado de características aparentemente opostas faz de Uma Garota com Conteúdo uma oração subordinada adverbial concessiva (uma metáfora que a Nicole, e principalmente a Hannah, iam adorar). Mesmo sendo diferentes da maioria, lá no fundo, nossos protagonistas ainda são iguaizinhos aos meninos e meninas que conhecemos no colégio. E mesmo sendo tão diferentes um do outro (Ela escreve fics de Harry Potter. Ele só leu 3 livros em toda a vida!), quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?

Pra continuar com as metáforas, uma que agrade ao Adônis agora, Uma Garota com Conteúdo é um copo de Coca-Cola. Momentos de desligar o cérebro e apreciar a loucura total, sem nenhum compromisso com a verossimilhança. O senso de humor da Esther é aguçado (também, tinha que ser minha irmã, né?) e tira proveito de algumas piadas internas nossas e outros fatos marcantes (ou não) da mídia.

Quer dizer, você se lembra de um cantor teen – Pedro - com sobrenome de astro celeste que tentou pegar carona no sucesso do Felipe Dylon, apareceu no filme do Luciano Huck, e depois nunca mais se ouviu falar nele? Se não se lembra, bom, SORTE a SUA! Hahaha! Mas também é azar, porque é uma das minhas piadas favoritas do livro junto com aquela do rato na garagem (mais Uma Banda lá Em Casa impossível) e a referência ao Marcelo Camelo (essa foi genial!).

Mas voltando ao Pedro, para qual não foi minha surpresa quando descobri esses dias que Pedro “Lua” ainda vive!!!!!! Parecia até gente na foto, fazendo musicais dos Beatles! Ele é irmão da Roberta da versão brasileira de Rebelde da Record, e adivinha o nome da garota na vida real? LUA!!!! HAHAHAHAHAHAHA! Agora saca só o nome do resto dos irmãos: Ana Terra, Estrela, Daniel Céu e Marisol!!!!!  Na boa, melhor que a encomenda essa, Esther!

(E já que estamos falando de nomes, tenho que comentar que adoro o nome do Gusta. Gusta Cuerda. Adoro como ele soa divertido em qualquer sotaque, seja ele um carioquês, caipira ou mesmo portunhol barato. Eu misturo os dois. Meu carioquês com pseudocasteliano: Guxxxta Cuerrrrda).

Já no time das piadas internas o destaque vai para O Papa também veste Prada (e é sério! Ele veste MESMO!!) até a obsessão da irmã mais velha da Nicole, Sofia, por Anne Hathaway.

Aliás, acho que devia muito ter um spin-off da Sofia. A melhor personagem, sem dúvidas! Podia ter um volume Sofia encontra Anne Hathaway. Ou uma série de mistérios da Sofia. Ou um guia de viagens da Sofia. Ou até mesmo um livro de auto-ajuda da Sofia. Sacanagem, auto-ajuda também já é demais.

Embora a Nicole não concorde, acho que a lição que fica no final é de que a vida real, fora do seu próprio quarto e das páginas dos livros, pode ser muito mais interessante do que a ficção. Se você deixar que ela aconteça. A Sofia por exemplo, se deu benzão! rs

É claro que o livro não é perfeito e tem defeitos. Mas eu não sou nem besta de ficar comentando aqui porque: 1) isso é jogar contra o patrimônio e 2) Minha irmã ia me bater muito se eu fizesse isso e eu tenho amor à minha integridade física. Espero que ela não fique chateada com isso também... Ai! Tarde demais, ela leu!

Você pode comprar direto da editora. Ou no site da Travessa também. Se não estiver encontrando, faça lobby com o seu livreiro, pra que ele encomende mais.

O preço não é dos mais baratos, mas é porque a tiragem é pequena. Eu se fosse você corria e comprava logo o seu, antes que acabe.

Vai, corre!!!
Continue lendo...