sexta-feira, 13 de abril de 2012

UPP: BubléNerds, because it’s sexy

O personagem da UPP de hoje molha só dedinhos do pé no pop. O alicerce de sua carreira está mesmo é nos clássicos. Talvez o maior crooner da atualidade, Michael Bublé ficou famoso por regravar Sinatra, Cole Porter, Ray Charles, Paul Anka (sim, aquele de Gilmore Girls), etc. E continua nessa linha arrumadinha de covers antigos até hoje. O que é uma pena, porque as composições próprias do moço são muito boas e sempre as melhores dos discos.


Descendente de italianos e nascido no atual lar da Luiza, o Canadá, Michael foi o segundo artista mais vendido do ano passado, só perdendo para Adele (que, tipo, vendeu que nem água e aumentou SOZINHA a média de CDs vendidos no ano em 1%), com seu álbum de Natal. Sim, Bublé bateu com facilidade o disco natalino de seu conterrâneo Justin Bieber. Acredite se puder.

Apesar disso, Michael enfrenta muita dificuldade na hora de os americanos pronunciarem seu sobrenome Bublé. Tem sempre um desavisado que acaba se atrapalhando e chamando Michael Bubbly.

Ele cresceu escutando os discos do avô, e começou como cantor de casamentos até que o produtor David Foster (um cara que ganhou SÓ 16 Grammys em sua carreira e já trabalhou com praticamente toda a galera de sucesso dos anos 90) o descobriu, porque, na boa, ele canta MUITO. Em 2003, Michael Bublé lançou bem seu bem-sucedido disco de estréia, cujo nome era muito criativo: Michael Bublé.

Mas ele veio a alcançar o topo das paradas mesmo com Home, seu maior sucesso, e que foi tema de Solfredora em América, inclusive. Mas a Globo ama muito ele, e todo CD seu tem pelo menos duas músicas nas suas trilhas de novela. Ao todo são quase 10 músicas em tramas globais.

(Talvez isso explique porque mesmo tendo tão pouca gente que saiba quem é ele por essas bandas, o moço sempre esgote os ingressos meses antes da data do shows nos Brasil. Em 2008 eu deixei pra cima da hora e não consegui comprar, mesmo com os preços superinflacionados. E agora em 2011, mesmo comprando no primeiro dia, já tinham bastantes lugares ocupados. Aqui no Rio estava tudo vendido com mais de 2 meses de antecedência. Em São Paulo, tiveram que fazer show extra!!!)

Aí você pensa que só porque o cara canta essas músicas velhas, é um moço romântico, à moda antiga e tal. Ledo engano. Apesar da aura engomadinha, Bublé, no fundo, é um palhaço, quase um comediante stand-up. E é muito bom de entrevistas. Não perde a chance de fazer uma gracinha e tem esse sorriso bobo, como se estivesse sempre apreciando alguma piada particular.

Quando esteve no Brasil, zoou horrores no palco do Faustão, tirando muito sarro daquelas dançarinas que fazem qualquer apresentação impossível de ser levada a sério (detalhe que não há UM vídeo no Youtube em que os gringos não comentem como as dançarinas são bizonhas!). Fica a dica para conferir sua participação no SNL ao lado de Jon Hamm (ah, Jon Hamm!), fazendo uma paródia de sua própria música no restaurante Ham & Bubbly
No mesmo dia, teve a esquete do organizador de armários. Não tem o Bublé, mas é MUITO engraçada.


Uma vez perguntaram pra ele se ele gostava das meninas nerds, e ele respondeu: “Sure, because it’s sexy”. O que fez suas fãs se auto-entitularem: Bublenerds. Afinal de contas: “it’s sexy”. 
(Fica a dica também pra entrevista clássica dele falando do ursinho mais safado que ele já recebeu de uma fã.)

Apesar disso, o currículo amoroso de Bublé não faz nenhum pouco a linha nerd. Namorou a atriz de O Diabo Veste Prada Emily Blunt por 3 anos (até que ela cansou de ser enrolada e casou com o Jim de The Office), mas tomou vergonha na cara e casou com a Mia Collucci da versão argentina de Rebelde (e foi assaltado em uma das datas do casamento – deve ter sido praga da Emily Blunt). E dessa união com a atriz argentina, nasceu foi uma parceria com a musa latina Thalia no CD de Natal.

Feita essa introdução, agora uma passada pelas músicas do rapaz. Como os CDs não têm nada muito temático, nem lá muita diferença um pro outro, separei o cursinho BubleNerds for Dummies por módulos bem curtinhos. Eu prometo que é coisa rápida.

BubleNerds for Dummies

Módulo #01: Bublé By Bublé
Home – Fazer turnê no mundo todo, conhecer lugares diferentes toda semana e...ter a sensação de que você mora dentro de um aeroporto, morrendo de saudades das pessoas que a gente realmente gosta. Quem disse que vida de cantor famoso é fácil? Feita para a ex-noiva que teve antes da Emily Blunt, tema de América, e o maior sucesso do rapaz.
Everything – Feita para Emily Blunt, é uma das músicas mais legais do Bublé. O clipe também é bem bacaninha como se fosse uma audição com personagens bizarros. Meus versos preferidos são: “And I can't believe, uh that I'm your man, And I get to kiss you baby just because I can”.
Haven’t Met You Yet – A música tem uma pegada Sara Barielles, é bem animada e uma letra digna dos românticos mais inveterados que ainda não perderam as esperanças de encontrar a alma gêmea. Muito boa mesmo. O clipe dá vontade de ser feliz com toda aquela superprodução dentro do supermercado. A mulher do clipe é a tal Mia Collucci, pra quem foi feita a música. Aparentemente, eles já se conheceram, sim, né?
Hollywood – Tem gente que vende a alma pra fazer sucesso, mas será que vale a pena mesmo?  Muito boa, e com o clipe MAIS LEGAL DE TODOS!!!! Bublé fantasiado de Justin Bieber é o melhor!!!! “So don't go higher for desire, Put it in your head, Baby Hollywood is dead you can find it in yourself.
Lost e Hold on – O namoro acaba, mas fica a amizade. Baladinhas sofridas de fim de relacionamento para a ex-noiva de Home. Ele devia muito apostar mais em composições próprias!

Módulo #02: Buble à moda antiga
Wonderful Tonight – A música já era antiga, mas ganhou uma estrofe em português com participação de Ivan Lins (Ivan Lins tinha ganhado Grammy nessa época, né? O povo ficou logo de olho). Mas o ritmo de bossa justifica a presença do brasileiro.
You Don't Know Me e Dream a Little Dream of Me – A primeira traz como tema a timidez e o amor platônico. E a segunda a despedida na varanda. Só consigo imaginar pessoas com roupas dos anos 40 nessas músicas, mas se você deixar o preconceito de lado, percebe que são lindas, de verdade.
   
Módulo #03: Bublé safadeeeenho
I’m Your Man – A história dessa gravação é engraçada. A Emily Blunt gostava muito da música e pediu pra ele cantar. Ele achava muito brega, falou que não. Ela insistiu, pediu pra ele ouvir de novo, disse que achava a música sexy. Ele acabou dando uma chance, concordando com ela e colocou no CD. Mas, na boa, essa letra é nível Wando.
Me and Mrs Jones – Adequadamente escolhida para ser tema de um casal de amantes em Paraíso Tropical, o eu-lírico e a tal Mrs. Jones se encontram todo dia na mesma cafeteria, no mesmo horário, mesmo sabendo que é errado. A voz feminina em “Same place, Same time” quase no final é da Emily Blunt. (Acho que ele resolveu se vingar por I’m Your Man).
Call me irresponsible – A letra diz: “Me joga na parede, me chama de lagartixa.”. Brincadeira. Na verdade só fala pra chamar de irresponsável, inseguro, imprevisível, mas tudo isso porque, “a verdade inegável é que eu sou irresponsavelmente louco por você”.

Módulo #04: Bublé faz Dança de Salão
Sway e Save the Last Dance for Me – Se você colocar essas duas pra tocar, e ficar com a impressão de que já as escutou em algum lugar, é porque já ouviu mesmo. E não é no baile da 3ª idade da sua cidade. Save The Last Dance for Me tem a mesma introdução de Sway, e você conhece as duas porque esse instrumental é nada mais, nada menos do que a Dança do Siri.

Módulo #05: Bublé Covers inusitados
Can’t buy me love, Crazy Little Thing Called Love e Heartache Tonight – 3 covers de bandas de rock -  Beatles, Queen e Eagles - transformadas em big band.

Módulo #06: Bublé Clássicos
Cry me a River – Cláááááásssica total. A introdução toca direto nas reportagens do Globo Esporte quando tem uma partida assim, épica.
I’ve got the world on a string – A felicidade de um homem quando a mulher diz “sim” ao seu pedido de casamento. Adoro como a banda parece parabenizá-lo no começo: “Hey Michael come on & swing, Looks like you got the world on a string”.
Fever e Feeling Good – Big Band total. Sinta os metais. Sinta a potência da voz do cara. Só isso. No clipe da última, ele interpreta um espião tipo 007. Tem a ver.
That's Life – Adoro essa parte que brinca com lingual do P: “I've been a puppet, a pauper, a pirate, A poet, a pawn and a king
L.O.V.E. – Acróstico com LOVE. Outro dia descobri que cantam essa música nos Batutinhas, durante o concurso de talentos! Ganhou versão em Glee outro dia, no mesmo episódio em que interpretaram Home também. Fofa. “L is for the way you look at me, O is for the only one I See, V is Very, Very Extraordinary, and E is even more than anyone that you adore can”.

Semana que vem, o relato do BubléShow, 
Because it's awesome!

2 comentários:

  1. Conheço muita gente que ama as músicas dele, mas nunca parei pra ouvir. Pelo que falam, acho que vou gostar também. É, deixa eu dar um pulo no letras.terra pra ouvir algumas de uma vez.

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  2. A voz desse cara me derrete feito manteiga.

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