sábado, 24 de maio de 2014

Um meme pra tirar a poeira e exercitar os dedos

Vida corrida, cabeça preocupada, muitas mudanças acontecendo e falta de tempo pro blog. Já passei da fase de pedir desculpas, a rotina agora é outra, vocês vão ter que se acostumar com isso. Não que eu ache que alguém se importe a esse ponto. Até porque acho que na verdade está todo mundo assim, né? Foi-se o tempo em que os blogs amigos tinham postagens regulares e criativas e novas.

Mas, enfim, eu nem sou de entrar nessa de memes não, mas a Fernanda, do Erro de Continuidade, postou esse e me indicou, e a vontade de postar é muita e criatividade pra escrever alguma coisa que não seja tão sombria é pouca (pra falar a verdade imaginei um post falando da notícia do lançamento do próximo DP porque foi de longe o assunto que mais alegrou no último mês e eu voltei a ser adolescente de novo, e já tenho meus receios e minhas conspirações e expectativas e apostas pro livro que só sai ano que vem. Mas, percebi que o que eu queria mesmo era a volta de um fórum bem bacana estilo 2005 pra compartilhar essas coisas. De verdade, acho que a gente devia fazer um movimento revolucionário e voltar pro Orkut. Porque pra isso, o Orkut era a MELHOR coisa)... Então, vamos de meme mesmo pra tirar a poeira do blog e exercitar os dedos na arte de postar. 

A brincadeira é responder 15 perguntas sobre livros, de acordo com a classificação. Algumas perguntas foram muito fáceis. Outras dificílimas de responder. Tentei ao máximo não repetir os autores.

1) Vox Populi (um livro para recomendar a toda gente)
Posso começar com um empate técnico? 


Porque na verdade são dois. Sempre que alguém me pede dica de leitura, ou eu penso em dar livro de presente, ou estamos conversando sobre livros bons, eu tenho que falar de Um Dia

Porque Um Dia foi um livro que mexeu muito comigo. Porque fala de tempo. Porque a gente torce pelo casal. E porque no fundo, no fundo, Um Dia também é a história de você e eu. E não tem como não se identificar.

Só que daí a pessoa diz que já leu Um Dia ou faz careta e diz que não gosta de romance (mesmo eu tendo alertado que Um Dia é um pouco mais profundo do que esses romances água com açúcar), e aí eu tenho que apelar pra consciência política e divulgar Fábrica de Diplomas, que, como comentei na época, é um Tropa de Elite da educação superior brasileira. Leitura obrigatória. Só isso.

2) Maldito plágio (o livro que gostaríamos de ter escrito)
Insaciável. Porque uma história de vampiros que tira sarro das histórias de vampiros é um negócio que eu queria muito ter feito se eu tivesse talento. E daí que eu fiquei louca quando soube que Tia Meg querida do meu coração ia fazer um desses. O livro é maneiríssimo. E seu tivesse escrito, ainda ia criar uma trama com vampiros na política e empresários do ramo do axé music. Sabe de nada, inocente!

3) Não vale a pena abater árvores por causa disso
Crepúsculo. Não vou nem gastar meus dedos me justificando de novo. Leiam aqui.

4) Não és tu, sou eu (um livro bom, lido na altura errada)
Se eu tivesse lido Escola de Espiãs com 10 anos a menos, ia gostar 10 vezes mais. Porque o livro é bonitinho. É legalzinho. Os personagens são fofinhos. E não tem nada de errado com ele, de verdade. Mas o negócio é que depois de 10 anos lendo acompanhando histórias adolescentes, você já sabe exatamente onde as coisas vão dar. Li só o primeiro e não tive taaaanta vontade de continuar porque 1) tive um misto de deja vu com visão do futuro em que previ tudo o que poderia ocorrer com a série; e 2) a autora ia demorar tipo uns 7 anos ainda pra terminar, e se, com 20 anos eu já estava me sentido meio velha pro livro, imagina só com quase 30.
 
5) Eu tentei... (um livro que tentamos ler, mas não conseguimos)
Orgulho e Preconceito. Desculpem a heresia, mas toda vez que eu pegava esse livro, me dava um sono danado. E eu não consegui acompanhar a quantidade de personagens que tinha. Não sabia mais quem era homem, quem era mulher, se tinha algum travesti... Admiro muito a Jane Austen e tal, mas não nasci pra ler os livros dela. Obrigada.

6) Hã? (um livro que lemos e não percebemos nada OU um livro com final surpreendente)
Extremamente Alto & Incrivelmente Perto é livro é muito artístico. Muito poético. Muito inspirador. Mas não passa de um livro muito pretensioso. E se no final você já não ficasse extremamente decepcionado pelas escolhas sem lógica e pela falta de evolução dos personagens, ainda tem aquelas fotos das pessoinhas caindo do prédio, com aquelas últimas palavras bregas... Hã?

7) Foi tão bom, não foi? (um livro que devoramos)
DP10 - Princesa para Sempre. Eu sempre li os livros do Diário com uma voracidade incrível. Mas quando chegou no último, foi um negócio fora do normal. Até para os meus padrões de leitura com DP. Comprei em inglês mesmo (porque eu não ia agüentar 6 meses até a tradução) e chegou no meu aniversário, e eu fui lendo com pena de acabar no início. (Galera, são 10 livros de pura adoração. É a série da minha VIDA!!!) Mas chegou uma hora que não dava pra largar mais. Eu tentei dormir, mas não consegui pregar os olhos antes de saber o que ia acontecer nas outras páginas. Aí eu falei que ia ler só até a 250. Depois só até a 300. E daí que não dava pra adiar e eu tive ir até o final de uma vez. Li até as 4 da manhã. E o pior é que depois que acabou, eu ainda não quis largar o livro!!!!! Era muita emoção. Não consegui dormir. Fiquei voltando nas melhores partes. Relendo, e relendo, e relendo. Foi tenso. Foi bom. Estou na contagem regressiva pro próximo.
 
8) Entre livros e tachos (uma personagem que gostaríamos que cozinhasse para nós)
Ai gente, não sei. Se fosse TV era tão mais fácil. Sookie e Luke, de Gilmore Girls. Aaaaah, já sei. A mãe do jardineiro de Samantha Sweet - A executiva do lar. Lembro de sentir o cheiro do frango assado que ela ensinou a Samantha a fazer. Comida de mãe não tem igual, né?

9) Fast forward (um livro que poderia ter menos páginas que não se perdia nada)
Feios. Porque são páginas demais com a menina perdida no deserto. E depois ficou chato de novo quando chegou na parte do acampamento. E foram partes demais explicando todo o universo distópico. Sei que o Senhor dos anéis também podia ter menos páginas, mesmo não tendo lido. 

10) Às cegas (um livro que escolheríamos só por causa do título)
A visita cruel do tempo. Porque tem "tempo" no título. Só isso já torna o livro interessantíssimo. E parece ser elegante, inteligente, profundo. Não li, tenho vontade, estou esperando o momento ideal pra encarar uma leitura densa dessas.

11) O que vale é o interior (um livro bom com a capa feia)
Um Grande Garoto. Mas vale pra qualquer um do Nick Hornby pra falar a verdade. Os livros do cara são bons, mas a Rocco não ajuda com essas capas. Só Juliet salva.

12) Rir é o melhor remédio (um livro que nos tenha feito rir)
Adepta das comédias que sou, geralmente estou sempre com um livro que me faça rir. Mas acho que ninguém me faz rir mais do que Becky Bloom. Porque a Becky é surreal. As outras personagens da Sophie Kinsella às vezes são meio doidinhas, mas a Becky tem uma forma própria de raciocínio e o dom de se envolver em enrascadas. Me escagalhava no trem, lendo suas trapalhadas. Ela é MUITO hilária. Difícil até escolher o momento mais absurdo (porque é claro que com o passar da série, as confusões ficam cada vez maiores), mas, do primeiro volume, a parte que ela acha que vai ganhar na loteria e as cartinhas pra Finlândia ficaram pra sempre na minha memória.

13) Tragam-me os Kleenex, faz favor (um livro que nos tenha feito chorar)
A Cidade do Sol. Confesso que, há algum tempo, entrei numa fase bem lacrimosa da minha vida. Mas esse livro é apelação total. Eu já estava chorando na página 30, pra você ver. E é só desgraça em cima de desgraça. Chega uma hora que você já está tão acostumado e revoltado com tanta falta de otimismo que nem tem mais forças pra chorar. É muito sofrimento, cruz credo. Podia ter umas páginas a menos também.
 
14) Esse livro tem um V de volta (um livro que não emprestaríamos a ninguém)
Não empresto pra ninguém eu DP10, nem meu DP3, nem O Garoto da Casa ao Lado, nem Garota Americana por motivos de... estão autografados pela DIVA Meg Cabot. Simplesmente. Dou até um livro novo. Mas não empresto esses não.

15) Espera aí que eu já te atendo (um livro ou autor que estamos constantemente a adiar)
Macbeth – A peça maldita. Comprei numa promoção há umas 2 bienais. Tá lá na estante, esperando o momento certo. Porque, sabe como é, tem a maldição e tal. Não dá pra ler em qualquer hora. E ultimamente eu ando achando que já estou zicada demais.

Legal esse meme. Deu saudade do Inútil de outros tempos, né? Em que a blogueira era mais presente, mais alegre, menos ranzinza e preocupada...

Fiquei com vontade de escrever uma resenha agora. Será que eu consigo fazer uma do Katherines do John Green? Será que eu ainda sei fazer? Será que eu ainda levo jeito? Aguardemos.
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