Dia 22 de Setembro de 2004
O avião do vôo 815 da Oceanic Airlines cai numa ilha misteriosa, deixando algumas dezenas de sobreviventes e assim embarcamos na série mais comentada dos últimos de TODOS os tempos.
Não há palavras para descrever o que Lost significa (não vem com graça dizendo que quer dizer Perdidos, disso eu sei). Há quem diga que a TV se divide em a.L e d.L (antes de Lost e depois de Lost). Lost é uma verdadeira revolução no modo de se fazer e ver TV. Tem uma trama absolutamente intrínseca e ao mesmo tempo envolvente, com personagens tridimensionais e que a gente torce com facilidade. Lost não QUER SER. Lost é!
Enfim, eu não sou a maior especialista em Lost, mas com a estréia no Brasil da última e mais aguardada temporada final da história, nada mais justo do que o seriado ganhar uma listinha. Se você está por fora e quiser ler mesmo assim, fica tranqüilo, a lista é livre de spoilers.
Vamos lá então:
Não há palavras para descrever o que Lost significa (não vem com graça dizendo que quer dizer Perdidos, disso eu sei). Há quem diga que a TV se divide em a.L e d.L (antes de Lost e depois de Lost). Lost é uma verdadeira revolução no modo de se fazer e ver TV. Tem uma trama absolutamente intrínseca e ao mesmo tempo envolvente, com personagens tridimensionais e que a gente torce com facilidade. Lost não QUER SER. Lost é!
Enfim, eu não sou a maior especialista em Lost, mas com a estréia no Brasil da última e mais aguardada temporada final da história, nada mais justo do que o seriado ganhar uma listinha. Se você está por fora e quiser ler mesmo assim, fica tranqüilo, a lista é livre de spoilers.
Vamos lá então:
(porque eu não podia perder a oportunidade de usar um dos Números, né)
1. Porque Lost é mundial
Em que outra série você veria americanos médicos ou ex-presidiários, asiáticos matadores de aluguel, árabes terroristas, africanos traficantes, um descendente de latino ganhador da loteria, um brasileiro que quase não fala e até um hobbit que tocava numa banda de rock? A premissa de fazer uma série que começa com um acidente de avião abre caminhos para colocar pessoas de todos os lugares do mundo, evidenciando assim a grande aldeia global em que vivemos (tanto na série, quanto depois do episódio, quando todo mundo – todo o mundo mesmo - corre pra internet pra discutir as nuances de cada episódio). E com as histórias do passado que se cruzam o tempo todo, a gente fica pensando: “Será que eu já não conhecia esse meu amigo de algum outro lugar?”. Sério, o povo da escola realmente fez essa pergunta.
2. Porque Lost é uma série com tudo dentro
Sem dúvida o grande trunfo do seriado é colocar um monte de perguntas na nossa cabeça e mesmo quando as responde, tratar logo de encucar outras interrogações em nossa cachola. Mas se fosse só isso, a série não duraria tanto tempo. Lost tem mistério, romance, ação, comédia, drama e, claro...mais mistério! Aí os nerds assistem porque tem ficção científica, os pitboys assistem porque tem explosões gratuitas, os românticos assistem porque dá pra torcer pelos casais, os desencanados assistem pra rir dos apelidos do Sawyer... E até os acadêmicos assistem...
3. Porque Lost é cultura. Muita cultura!
Os produtores e roteiristas de Lost são pessoas cultas. Parece que os caras já leram ou estudaram toda a enciclopédia e a cada episódio são jogadas milhares de referências culturais. Só com relação a nomes temos homenagens a John Locke, Rousseau (filósofos iluministas), Faraday (físico), o Jack é Shepard (pastor em inglês, porque ele é o líder do grupo, ha!), a Kate é Austen (a escritora mais importante da literatura inglesa), o filho da Claire chama Aaron (Arão da Bíblia), e por aí vai.
Também há referências ao experimento da Caixa de Skinner, trechos e personagens bíblicos, o Big Brother de George Orwell, citações de outros seriados, constantes, variáveis, e o buraco de minhoca que faz viagens no tempo (é sério. Essa teoria existe mesmo! É tudo ciência!).
Os produtores e roteiristas de Lost são pessoas cultas. Parece que os caras já leram ou estudaram toda a enciclopédia e a cada episódio são jogadas milhares de referências culturais. Só com relação a nomes temos homenagens a John Locke, Rousseau (filósofos iluministas), Faraday (físico), o Jack é Shepard (pastor em inglês, porque ele é o líder do grupo, ha!), a Kate é Austen (a escritora mais importante da literatura inglesa), o filho da Claire chama Aaron (Arão da Bíblia), e por aí vai.
A última ceia, a la Lost
4. Porque faz a gente querer estudar
As referências científicas/filosóficas/bíblicas/históricas são tantas que é impossível catar todas. Mesmo assim, você não fica perdido (ha!), se não souber disso tudo. É só um tempero a mais. Só que dá a maior vontade de saber essas coisas todas porque, quanto mais você estuda, mais embasamento tem para elaborar suas próprias teorias sobre os mistérios que a série propõe. Se você quiser estudar Lost, acesse LostPedia. (nada mais justo do que Lost ter a sua própria enciclopédia, né!) Ai, ai, só Lost mesmo pra fazer a gente ter vontade de estudar.
5. Porque Lost é filosofia
No meio de todas aquelas explosões, monstros e ursos polares, Lost também é uma série profunda, complexa e faz a gente pensar. Ela propõe umas discussões interessantes do tipo: a discussão da eterna disputa entre a ciência vs. a fé (representados por Jack, e Locke, respectivamente), o debate entre destino x livre arbítrio (mais uma vez representados pelos 2), o mito da caverna de Platão (essa daí está em todos os lugares, até fora de Lost, não adianta fugir. Tudo é o mito da caverna, acredite)... Fora aquela pergunta lá do início (que nada mais é do que a Lei dos 6 passos) e tem gente que vê até discussões sobre teorias econômicas na série...
Sabe, eu nunca gostei de estudar essas filosofia no colégio, mas acho que se o professor passasse Lost na sala de aula, ia ser muito mais legal, porque Lost é cultura, mas tudo isso está disfarçado do mais puro entretenimento a serviço da cultura pop. Ô coisa boa!
6. Porque dá vontade de gritar no final do episódio
Na verdade, dá vontade de gritar no meio também. Mas principalmente no final, quando vem aquele gancho desgraçado que vai nos faz querer assistir ao próximo episódio imediatamente. O urro fica ainda mais forte quando é final de temporada e a gente sabe que vai ter que esperar UM ANO INTEIRO até a série voltar. Quando a série faz a gente vibrar assim, é porque ela é muito boa, não tem jeito.
7. Porque “o que aconteceu, aconteceu”
Quando o Faraday está explicando o nó que é esse negócio de viajar no tempo, ele solta a seguinte pérola: “O que aconteceu, aconteceu”, que poderia ser uma frase óbvia, mas dentro do contexto faz sentido e eu ainda acho que era uma mensagem subliminar dos roteiristas que, inclusive, resume um pouco a história da série. Quer dizer, desde o início os produtores sabiam onde eles queriam chegar, não foram rumando a esmo. Estava tudo escrito. Maktub. A gente é que não tinha conhecimento suficiente para colocar as peças todas juntas.
As referências científicas/filosóficas/bíblicas/históricas são tantas que é impossível catar todas. Mesmo assim, você não fica perdido (ha!), se não souber disso tudo. É só um tempero a mais. Só que dá a maior vontade de saber essas coisas todas porque, quanto mais você estuda, mais embasamento tem para elaborar suas próprias teorias sobre os mistérios que a série propõe. Se você quiser estudar Lost, acesse LostPedia. (nada mais justo do que Lost ter a sua própria enciclopédia, né!) Ai, ai, só Lost mesmo pra fazer a gente ter vontade de estudar.
5. Porque Lost é filosofia
No meio de todas aquelas explosões, monstros e ursos polares, Lost também é uma série profunda, complexa e faz a gente pensar. Ela propõe umas discussões interessantes do tipo: a discussão da eterna disputa entre a ciência vs. a fé (representados por Jack, e Locke, respectivamente), o debate entre destino x livre arbítrio (mais uma vez representados pelos 2), o mito da caverna de Platão (essa daí está em todos os lugares, até fora de Lost, não adianta fugir. Tudo é o mito da caverna, acredite)... Fora aquela pergunta lá do início (que nada mais é do que a Lei dos 6 passos) e tem gente que vê até discussões sobre teorias econômicas na série...
Sabe, eu nunca gostei de estudar essas filosofia no colégio, mas acho que se o professor passasse Lost na sala de aula, ia ser muito mais legal, porque Lost é cultura, mas tudo isso está disfarçado do mais puro entretenimento a serviço da cultura pop. Ô coisa boa!
6. Porque dá vontade de gritar no final do episódio
Na verdade, dá vontade de gritar no meio também. Mas principalmente no final, quando vem aquele gancho desgraçado que vai nos faz querer assistir ao próximo episódio imediatamente. O urro fica ainda mais forte quando é final de temporada e a gente sabe que vai ter que esperar UM ANO INTEIRO até a série voltar. Quando a série faz a gente vibrar assim, é porque ela é muito boa, não tem jeito.
7. Porque “o que aconteceu, aconteceu”
Quando o Faraday está explicando o nó que é esse negócio de viajar no tempo, ele solta a seguinte pérola: “O que aconteceu, aconteceu”, que poderia ser uma frase óbvia, mas dentro do contexto faz sentido e eu ainda acho que era uma mensagem subliminar dos roteiristas que, inclusive, resume um pouco a história da série. Quer dizer, desde o início os produtores sabiam onde eles queriam chegar, não foram rumando a esmo. Estava tudo escrito. Maktub. A gente é que não tinha conhecimento suficiente para colocar as peças todas juntas.
Selva de Pedra
Até porque uma série que se sustenta em suspense não pode abrir tantas perguntas sem saber as respostas. É legal ver que os caras tinham um plano desde o início. (Não é igual Heroes, que o produtor já admitiu publicamente que não sabe mais o que fazer com a série.) E conforme as temporadas vão passando, as lacunas todas vão se encaixando e as coisas mais mínimas são retomadas inúmeras vezes de pontos de vista diferentes e os personagens todos se encontrando no passado...Adoooro!7. Porque fica cada vez mais doido
Para uns isso é ruim. Eu me amarro. Quando a gente pensa que não tem como ficar mais louco do que está, Lost vai lá e mostra que dá sim! Uma ilha tropical que tem urso polar, um monstro misterioso, propriedades curativas, confronta as pessoas com o seu passado e servia de experimentos científicos de uma iniciativa pirada, passando por um povoado que parou no tempo há mais de 30 anos e uma seqüência de números que se repetem a todo instante? Não, pára! É muita loucura isso!
E eu não falei nem 10% das maluquices que tem. Sim, é por isso que eu gosto de Lost. A trama é tão absurda, tão absurda, que eu acredito em tudo que ela propõe, e olha que eu não sou disso.
8. Porque dá vontade de comentar URGENTEMENTE o episódio
Por ser um seriado com um enredo superenrolado com milhares de perguntas, teorias muito piradas, e surpresas de fazer nosso queixo cair e querer gritar pra TV, Lost dá uma vontade INCONTROLÁVEL de comentar o episódio porque o choque é muito grande e com certeza a gente nunca consegue captar todos os detalhes.
8. Porque dá vontade de comentar URGENTEMENTE o episódio
Por ser um seriado com um enredo superenrolado com milhares de perguntas, teorias muito piradas, e surpresas de fazer nosso queixo cair e querer gritar pra TV, Lost dá uma vontade INCONTROLÁVEL de comentar o episódio porque o choque é muito grande e com certeza a gente nunca consegue captar todos os detalhes.
Vou fazer uma previsão: dia 22 de maio de 2010, a Internet vai parar. Só vai dar Lost. Primeiro, vai ter o aquecimento pré-Series Finale. Depois, vai ter o torramento durante o episódio. E finalmente, quando tudo acabar, TODO O MUNDO vai baixar e depois comentar o episódio. Ainda bem que eu não tenho Twitter, porque senão estava perdida (juro que dessa vez foi sem querer).
9. Porque até os episódios ruins são bons
Existem as séries de TV. E existe Lost, que está um patamar acima de todas as outras. E aí, até quando um episódio é ruim, para os padrões de Lost, ainda é bom, para o padrão das outras.
10. Porque a narrativa de Lost é um caso à parte
A narrativa não-linear de Lost, que primeiro fazia flashbacks, depois passou para flashfowards e finalmente ficou pulando como uma vitrola quebrada, com os personagens perdidos não só naquela ilha muito louca, mas também no próprio tempo. Eu também acho que o nome e o jeito da série de contar a história também faz ruma brincadeira com nós espectadores, porque, vamos combinar, estamos sempre perdidos no meio daquela doideira. Por fim, quem acompanha o seriado percebe que, apesar de os personagens estarem obviamente perdidos naquela ilha desconhecida até pelo Google, é ali que eles realmente encontram um sentido para suas vidas. Profundo, hein! Isso tudo de um nome absolutamente inocente.
11. Porque cada personagem é importante
9. Porque até os episódios ruins são bons
Existem as séries de TV. E existe Lost, que está um patamar acima de todas as outras. E aí, até quando um episódio é ruim, para os padrões de Lost, ainda é bom, para o padrão das outras.
10. Porque a narrativa de Lost é um caso à parte
A narrativa não-linear de Lost, que primeiro fazia flashbacks, depois passou para flashfowards e finalmente ficou pulando como uma vitrola quebrada, com os personagens perdidos não só naquela ilha muito louca, mas também no próprio tempo. Eu também acho que o nome e o jeito da série de contar a história também faz ruma brincadeira com nós espectadores, porque, vamos combinar, estamos sempre perdidos no meio daquela doideira. Por fim, quem acompanha o seriado percebe que, apesar de os personagens estarem obviamente perdidos naquela ilha desconhecida até pelo Google, é ali que eles realmente encontram um sentido para suas vidas. Profundo, hein! Isso tudo de um nome absolutamente inocente.
11. Porque cada personagem é importante
Geral posando pra "foto"
Cada personagem é peça importante para montar o grande quebra-cabeças que é a série. Nem que seja para morrer, o personagem tem sua significância. Com exceção do Rodrigo Santoro, claro, que só desembarcou no Havaí pra fazer m***, literalmente! Mas então, tirando o Santoro, todo mundo tem um draminha pessoal e quase sempre ganha um episódio com flashback/flashforward só pra ele. Sobre o meu preferido... Que mané Jack, que mane Sawyer! Meu personagem preferido é o Desmond!
12. Porque Lost não é só uma série de TV
Lost é o exemplo perfeito da convergência das mídias. Tem episódio no celular e jogo de RPG pela internet. E muito, muito conteúdo online extra-série. Você pode ser cadastrar e obter uma carteirinha da Lost University ou se inscrever para o programa de seleção da Dharma (sério, uma professora minha fez isso). Tem até livro que o Sawyer achou no avião que foi publicado depois. O bacana desses joguinhos de RPG são as páginas fake que parecem reais.
13. Porque os fãs de Lost são loucos
Os fãs de Lost são tão pirados quanto o seriado. Para eles, tudo pode ser uma pista para desvendar o mistério da ilha. Pra você ter uma noção, eles assistem o episódio EM CÂMERA LENTA para captar os mais minúsculos detalhes! E na Comic Com desse ano? Tinha gente com cartazes com pedidos de casamento e camisetas com os rostos dos produtores (que estão longe de serem bonitos). Era uma histeria no nível Xuxa na época de ouro. Dá só uma olhada aqui.
14. Porque os produtores sabem disso
Agora, se as pessoas ficam assim, a culpa é dos produtores, que só atiçam os fãs da série com uns easter eggs (ovos de páscoa) safados - tipo os números em todos os lugares possíveis e impossíveis, uma lata de tinta com a palavra “futuro”, ou ainda um quadro com um urso polar escrito “namaste” ao contrário - pra testar quem prestou atenção mesmo no episódio. Às vezes os ovinhos são pura brincadeira. Mas vai falar isso pros Lostmaníacos? Eu não sou doida de ficar colocando as coisas em câmera lenta, mas adoro essas gracinhas que os continuistas fazem com a gente. Aliás, ser continuista de Lost deve ser dureza. Porque para os fãs até uma inocente sombra fora do lugar pode gerar uma nova teoria mirabolante.
Agora, se as pessoas ficam assim, a culpa é dos produtores, que só atiçam os fãs da série com uns easter eggs (ovos de páscoa) safados - tipo os números em todos os lugares possíveis e impossíveis, uma lata de tinta com a palavra “futuro”, ou ainda um quadro com um urso polar escrito “namaste” ao contrário - pra testar quem prestou atenção mesmo no episódio. Às vezes os ovinhos são pura brincadeira. Mas vai falar isso pros Lostmaníacos? Eu não sou doida de ficar colocando as coisas em câmera lenta, mas adoro essas gracinhas que os continuistas fazem com a gente. Aliás, ser continuista de Lost deve ser dureza. Porque para os fãs até uma inocente sombra fora do lugar pode gerar uma nova teoria mirabolante.
Ô Darlton, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!
Outro exemplo de como os produtores da série sabem do tamanho da paixão dos Lostmaníacos também se viu nessa mesma Comic Com com fãs enlouquecidos munidos de presentes e camisetas personalizadas. Darlton (como eles são chamados) armaram o maior teatrinho na coletiva, com direito ao Ben fazendo teste pra Hurley e o Sawyer roubando o papel com o roteiro do episódio final da série. Divertidíssimo. Eles merecem! Eles merecem!
15. Porque Lost adiou até o discurso do Obama
Lost está com tanta moral que até o Obama adiou o seu tradicional discurso do dia 02 de fevereiro só pra não atrapalhar a estréia da temporada final de Lost. (Ai dele se são adia o discurso também. O mundo todo ia ficar contra ele! Até eu já estava xingando o cara aqui.) Com Locke, Yes, We Can!
Ufa, fim da lista!
Mordendo as unhas pra temporada final. Só não vale matar o Desmond ou vir com aquele final a la Matrix com tudo começando de novo e de novo. De resto, tá valendo tudo (acho).
Te vejo em outra vida, brotha!
Deu até vontade de assistir!
ResponderExcluirE é o que eu tô fazendo nesses últimos dias de férias. Tô indo pro 7º episódio da primeira temporada ainda. --'
Quando começa a última temporada msm?
P.S. Não sei quem é esse Desmond ainda, mas gosto do Hurley e do Locke. :D
Desmond, melhor personagem
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