segunda-feira, 3 de março de 2014

105 dias

Olá, amigos do Inútil. Ao contrário do que muitos de vocês possam imaginar, eu não morri. Fiquei 105 dias sem postar. Mais de 3 meses. Um recorde de ausência. Um caso de total negligência. As coisas estavam tão quentes que esqueci TOTALMENTE do aniversário de 5 anos do blog (sério, só lembrei agora. Aceito os parabéns atrasado, obrigada). Passaram Natal, Ano Novo, todo o mês de janeiro e fevereiro, e só agora, às vésperas do meu aniversário de 24 anos (é amanhã!), consegui postar.

Não vou dizer que não tive tempo pra postar. Provavelmente tive. Mas certamente não tive cabeça. Porque se eu tivesse que descrever os últimos 3 meses em uma palavra, essa palavra seria: Intenso. E o pouco tempo que tive pra mim, eu decidi que preferia viver mais do que relatar. 

Ainda estou me acostumando com esse negócio de não ter tempo pra nada. E acho que vocês também vão ter que se acostumar com as postagens cada vez mais escassas. Ser adulto às vezes é um saco.

Mas, estou cheia de novidades pra contar. E acho digno dedicar esse post pra tirar a barriga da miséria e atualizar um pouco sobre o que aconteceu nos últimos três meses.

1º Viajei. Pra Madrid. E pra Paris.
Dentre os mil eventos do fim do ano (juro pra vocês que quase fiquei maluca com tanta coisa pra fazer), fui passar o fim de ano com minha irmã que está na Espanha. Aí a gente aproveitou que estava lá em Madrid e deu uma passada em Paris (muito chique, eu sei!). 

Sim, foi muito legal. Curti horrores. Um pequeno resumo (bem resumido mesmo!), pra vocês terem ideia de como a viagem foi boa. Almocei no restaurante com vista pro campo do Real Madrid. Vi Guernica. Vi a Monalisa. O Arco do Triunfo. Andei na Champs Elysee. Subi a Torre Eiffel (à pé!). Desci nas Catacumbas de Paris. Andei de barco no Sena. Tirei foto com as pirâmides do Louvre. Enfrentei um frio de 5 graus! Usei luva, capuz e casaco! Tomei banho de banheira de espuma. Enfim, turistei. Recomendo a todos.

O importante é que sempre teremos Paris

Qualquer dia desses eu faço um diário de viagem mais detalhado, contando as curiosidades de cada cidade. Pode ser daqui a uma semana. Pode ser daqui a 6 meses. Não vou garantir nada. Mas se vocês pedirem com jeitinho, pode ser que seja mais rápido.

2º Trabalhei. Pra caramba.
Não deu nem tempo de respirar da viagem, mergulhei de cabeça no peak mais estressante de todos. Foram praticamente 2 meses sem saber o que é um sábado de descanso, saindo tarde, com uma lista de coisas a fazer que só fazia crescer. Acho que é pior não é nem o trabalho em si, mas a pressão de ter gente em cima te cobrando e ainda ter que tomar conta das pessoas de baixo, que, pra completar, não têm metade da dedicação ou da competência que você tinha quando tinha o cargo deles. Tenho certeza que trabalhei muito mais por causa disso. Somado a isso tudo, um monte de vozes na sua cabeça, cada uma falando uma coisa, e o seu coração dizendo outra, querendo jogar tudo pro alto, há muito tempo. 

3º Chorei. Pra caramba.
O resultado foi que eu fiquei de saco cheio. Fiquei a um tantinho assim de apertar o botão do F. Estava ficando insuportavelmente amarga. E percebi que se eu continuasse do jeito que estava, as coisas não iam ficar nada boas. Na virada do ano, decidi baixar a guarda, porque senão, o negócio simplesmente não ia funcionar. E por mais que eu dissesse isso pra mim mesma, falhei miseravelmente na parte de execução do plano. Num belo dia de sábado (de trabalho, pra variar), fui chamada pra uma conversa séria que pareceu até aquelas intervenções de pessoas que usam drogas e precisam ser internadas. E aí eu desabei. Porque eu estava sendo extremamente idiota e mesmo assim recebi uma dose inesperada de preocupação e carinho, que acho que não merecia e nem estou acostumada a receber. Mas foi bom colocar as coisas pra fora. E ver que tem gente que se importa tanto assim com você. E deu fôlego pra aguentar o mês de fevereiro, pelo menos. No final de tudo eu sobrevivi. E descobri que o segredo todo está em voltar às origens e deixar rolar. Não pensar, não planejar, não se preocupar a longo prazo. Porque se eu começar a pensar demais, as conclusões óbvias não são animadoras. Então, é melhor viver um dia de cada vez.

4º Encontrei com amigos.
É impressionante como quanto menos tempo livre você tem, mais você dá valor a ele. Teve um feriado em janeiro em que fiz questão de não ficar em casa. Eu simplesmente tinha que ver o sol. Liguei pras amigas e fomos pra Quinta da Boa Vista. Fizemos pique-nique, andamos naquela bicicleta esquisita, entramos até no museu (pra falar a verdade, a gente queria mesmo era usar o banheiro - uma coisa que eu aprendi durante a viagem foi que ir a museus é ótimo porque você sempre tem onde ir ao banheiro - , porque o da Quinta estava um horror, e depois que a gente descobriu que a entrada era de graça, não viu motivos pra não entrar!)... O dia foi tão bom que não tive nem vontade de postar nada na internet. No final ficou a sensação de que devíamos fazer isso mais vezes. Na próxima a gente vai no pedalinho. 


5º Fiz baliza.
Agora que recuperei meus fins de semana, tenho outro tipo de dever de casa. Treinar pro exame do DETRAN. Terminei as aulas práticas no fim do ano, e fiquei aguardando as meninas da auto-escola marcarem a prova. Não marcaram. Ainda bem, porque eu estava com a cabeça cheia e nem ia poder me preocupar com ela no último mês. Mas também fiquei super-enferrujada e tive que pedir ajuda ao papai pra me ensinar a dirigir. No início as aulas estavam bem estilo seriado em que o pai fica desesperado, gritando, enquanto o filho faz um monte de barbeiragens. Tinha certeza de que seria reprovada. Agora já estou bem melhor. Acho até que, com um pouco mais de treino, dá pra passar na prova.

Embora praticamente todas as músicas tenham adquirido significado especial pra mim nos últimos tempos, hoje vamos ficar com o Jamie cantando Save Your Soul na Sacré-Cœur, porque eu passei por lá durante a viagem e acho que venho passando por essa letra quase que completamente.

6 comentários:

  1. Que post nhóin! E agora vc já sabe que isso é um elogio.

    Vc escreve tão gostoso de ler!��

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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    1. Fernanda, Paris é muito...desigual. Então, tem lugares lindos, e tem lugares feios e sujos, sim. (Mais no relato a seguir, quando ele vier). Nesse sentido, muito parecida com o Rio de Janeiro, até.

      Sobre se mudar pra NY, olha, depois de conhecer o metrô de Madrid, recomendo fortemente se mudar pra lá. Duvido que o de NYC seja melhor.

      Obrigada pelos comentários, sempre tão motivantes, pelos parabéns (os dois) e pelo incentivo. (Vou ver se consigo encaminhar mais um post agora).

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  3. Ehhh, você voltou! :D

    Parabéns atrasado pelo blog E feliz aniversário! ;)

    Ah, eu super apóio um diário de viagem! Madri eu não ligo muit (tenho certa bronca com os espanhóis por causa das touradas, confesso, haha), mas Paris! Divou.... Sempre sonhei conhecer Paris, ainda não deu. E os franceses, são mesmo antipáticos como dizem? ;)

    Trabalhar é uma faca de dois gumes, né? Pode dar um sentido pra vida, trazer realização... mas também pode ser estremamente cansativo e frustrante. Te entendo.

    Sempre bom quando a gente percebe que tem alguém que se importa, não sei nem descrever o quão bom é. <3

    "E descobri que o segredo todo está em voltar às origens e deixar rolar. Não pensar, não planejar, não se preocupar a longo prazo. Porque se eu começar a pensar demais, as conclusões óbvias não são animadoras. Então, é melhor viver um dia de cada vez" - Nossa, parece que vc escreveu isso pra mim, menina! É exatamente o que eu venho tentando fazer nos últimos tempos, mas vou te contar: não é fácil. Boa sorte pra vc na tarefa de colocar isso tudo em prática... conseguiremos! ;)

    Dia divertido com os amigos <3 Faz ANOS que não vou no museu da Quinta, e faz muito tempo que estou planejando ir, mas não vou. COMO ASSIM A ENTRADA É DE GRAÇA? Eu estive na Quinta não faz muito tempo, se soubesse tinha entrado... aff. Mas sério que ele tá caidinho, é? :/ #ExQuaseMuseólogaFrustrada

    Por falar em planos adiados... tirar minha carteira de motorista está entre eles. Mas aí não é só por procrastinação e medo, mas também por outra$ que$tõe$... ;) Boa sorte quando for fazer a prova, vai dar td certo!

    Bjs :)

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    1. (Não acredito que escrevi 'estremamente' ali em cima, hahah.... favor relevar!)

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    2. Oi, Fernanda! Não sei se achei os franceses antipáticos. Alguns certamente foram bem babacas. E algumas vezes achei as pessoas um pouco sem educação. Tipo, "Por favor", "Muito Obrigado", pra quê? Mas talvez essa última impressão tenha sido errada, já que a cidade estava tomada de turistas. E turista é uma raça que ninguém merece!

      Achei Paris mais legal pra visitar, turistar, tem mais pontos turísticos e tal, mas Madrid dá banho em qualidade de vida.

      Sobre a entrada de graça no museu, é de graça pra estudante (e minha carteirinha do bandeijão da UERJ está valendo até setembro desse ano - o que me lembra que eu preciso arrumar uma pós logo pra continuar pagando meia entrada nas coisas, rs!). O museu tá meio caidinho, sim, mas achei que fosse bem pior. Até que as coisas estavam bem conservadas, na medida do possível. O dia que quiser ir, me chama, então! Se vc não tiver carteirinha, a entrada é bem barata. Vale a entrada no banheiro, pelo menos, rs!

      Obrigada pelos parabéns e pela força de sempre. E que a gente consiga colocar o nosso plano de "Não pensar" em prática.

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