quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Jamie Cullum no Brasil, EU FUI! - pt 1

Você que acompanha esse blog há algum tempo já está cansado de saber que a trilha sonora da pessoa que vos fala tem a voz desse inglês baixinho, descabelado e imensamente talentoso que atende pelo nome de Jamie Cullum. Já teve vários posts aqui mesmo tentando aliciar muitos de vocês para o caminho da boa música entoada por Jamie, e contando de como eu acabei por ficar superfã do seu trabalho. Então, essa parte hoje, eu vou pular.

Acontece que, mesmo amando demais Mr. Cullum, nunca tinha tido a chance de ver um show dele. Simplesmente porque, desde seu estouro em 2005/2006, ele NUNCA MAIS veio ao Rio de Janeiro. Em 2001, chegou a ir a São Paulo, no Festival Natura, mas era interior, pra tocar só durante uma hora, e por mais que eu o amasse muito, muito, muito, não valia a pena a aventura. Já estava quase desistindo de vê-lo por aqui em terras brazucas, e pensando seriamente em escolher o destino das próximas viagens em função da agenda do moço, inclusive.

Só que aí, no meio de agosto, eu estava vivendo um outro sonho antigo, de visitar NY (só posso dizer que recomendo a todos, foram dias absolutamente mágicos, morro de saudades todos os dias), e recebi uma notificação no Twitter da Marcelle (que eu conheci há anos, da época do Orkut, da comunidade da Meg Cabot), falando que ia ter show dele no Brasil em Outubro. Em SP. Ia ser dia 21, uma sexta-feira. Ótimo! 2016 estava realmente de parabéns!

Aquele momento em que você tá fora do país e descobre que o Jamie Cullum vem ao Brasil
O dia era 16 de agosto, eu estava lá no meu apê alugado em Manhattan, me aprontando pra sair pra curtir o dia e surteeeeeeeiiiii. Já me imaginei pulando em Mixtape, fazendo “eeeee” em Save your Soul, curtindo horrores todas as outras músicas. São literalmente 10 anos esperando esse show! Não dava pra acreditar que ia ser real!!!!

Comprei o ingresso no mesmo dia. Primeira fila, bem de frente pro piano. O melhor uso da minha carteirinha de estudantes que eu já fiz (e tem gente que não entende quando se fala que educação não é despesa, é investimento!!!).
Não sabia direito como ia chegar, e nem tinha comprado a passagem ainda. Mas o ingresso já estava garantido.

E os dias foram passando, e eu resolvi detalhes de passagem e hospedagem, e fiz até uma camiseta especial para o dia (porque eu sempre disse que o dia que o Jamie viesse ao Brasil eu ia fazer uma camiseta personalizada. Pois é, sou dessas! Não que seja alguma novidade pra vocês a essa altura, na verdade).

Porque ele não é músico, é mágico!
Até que chegou. E eu já tinha toda uma agenda preparada. Ia sair do trabalho cedo, chegar ao aeroporto com antecedência, pegar o voo... Só que, é claro que, se não tiver emoção, não tem graça, e vivi uma verdadeira aventura pra chegar no aero no dia. Saca só.

Meu voo estava marcado para as 19:10. Eram 17:15, e eu já estava me preparando pra ir embora quando chega um menino com uma dúvida sobre uma operação incomum que fizemos no trimestre e como ela estava impactando as demonstrações financeiras. Já tínhamos discutido aquilo mais cedo durante aquele dia, o assunto era polêmico mesmo, e basicamente eu era a melhor pessoa pra debater o tema. Ele falava umas coisas meio sentido, a df já perto de liberar pra auditoria, eu não concordava muito com o que ele dizia no fundo, mas fingia que sim, como estratégia de que a discussão acabasse mais rápido. Até que em determinado momento, ele se deu por convencido de uma das suas teorias, e partiu pra fazer a alteração que achava necessária. Era a minha deixa. Pedi licença, disse que tinha um compromisso e meti o pé.

Nisso já eram 17:45, e eu já estava atrasada. Peguei um táxi na porta da empresa e pedi pro taxista tocar pro Santos Dumont o mais rápido que ele pudesse (eu trabalho relativamente perto, do lado prefeitura, era possível de chegar ainda). Ele ficou meio ressentido de pedir pressa, mas prometeu ajudar. Só que o trânsito estava UMA BOSTA! Ficamos parados praticamente um tempão só ali atrás, na rua embaixo do Paulo de Frontin. O táxi não deu nem a volta inteira no prédio da empresa. Chegou uma hora que eu não aguentei e desci do táxi. Era melhor arriscar pegar o metrô do que ficar ali parada. Eram 18:15.

SAI VOADA, CORRENDO, pra estação do Estácio e peguei o metrô. Minha irmã, já no aero, me perturbando no celular porque eu não tinha chegado. Morria de medo de perder o avião. Parecia cena de filme. Desci na Cinelândia e...nova corrida até o portão de embarque. Já estava super ofegante! Me embolei toda na hora de entregar o papel para o cara escanear. Eram 18:50 quando cheguei e, graças a Deus, o voo estava atrasado. Todo mundo ainda esperando pra embarcar.

Ufa, essa foi por pouco! Jamie Cullum aí vou eu!

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