Quando a mulher falou: “Então eu acho que vocês vão conhecê-la”, a minha vontade foi de pular de alegria e gritar histericamente: “NÃO ACREDITOOOOOOOO!!!!”. Mas até que todo mundo conseguiu manter a compostura. O coração acelerou demaaaaaaais na hora.
Adentramos o hotel devagarinho, ainda sem acreditar que aquilo tudo estava acontecendo. A mulher perguntou nossos nomes e logo vimos uma cabecinha com um chapeuzinho sentada de costas. Era ELAAAAA!
A mulher pediu pra gente largar as coisas no sofá e apresentou a gente pra Anne: “This is Patrícia, Jabille e Elisa...” (abafa que ela errou o nome da Jami, mas nessa hora estava valendo tudo) e aí a Anne se virou olhando pra gente. Pra gente!
A Patrícia saiu falando “I love you so much” (eu não falei nada, porque ainda estava em estado de choque, tentando conter a minha vontade de sair gritando pelo recinto) e então a Anne fez a coisa mais legal de todas: “Vocês precisam de um abraço!”
E ABRAÇOU a gente! *-* *-* *-*
E não foi qualquer abraço. Foi um abraço gostoso, apertado, demorado, caloroso (o corpo dela estava até meio quente!) e com direito até àquela balançadinha. Sério, foi um abraço muito bom! Gente, eu morri e fui pro céu nessa hora, sem brincadeira.
Ela, toda preocupada, explicou que tinha visto a gente lá do lado de fora, mas que não dava pra parar o carro por causa dos paparazzis, então tinha pedido pra gente entrar, e logo depois, perguntou como a gente estava. A felicidade era tão grande, que tudo que ela dizia eu ficava só rindo e concordando e observando pra ter certeza que era verdade mesmo. A minha perna tremia desesperadamente. O cérebro já não conseguia processar mais nada. Quando ela perguntou como a gente estava, tudo que eu consegui dizer foi ‘Waiting... Tired...”.
A assessora dela nos perguntou se falávamos inglês e a Patrícia respondeu que estava entendendo tudo o que ela dizia, mas não conseguia falar quando ela estava nervosa. A mulher traduziu isso pra Anne. Eu só fazia que sim, mais ou menos com a cabeça. Nem “Yeah” estava saindo direito.
Eu perguntei se ela podia assinar umas coisas, o que ela se prontificou totalmente em fazer. Aí a Anne foi lá e assinou os nossos DVDs (todo mundo levou o do Diário. Não só foi o primeiro filme que a gente viu dela, como foi o primeiro que ela fez – ou pelo menos o primeiro que saiu para o grande público. E como ela mesma disse uma vez: “O Diário da Princesa é um clássico”), com a maior atenção.
E então a Patrícia perguntou quando ela ia embora e eu nem ouvi a resposta porque aí a Jamille se lembrou da foto do gengibre e me perguntou se a gente ia mostrar pra ela. Aí eu falei: “Claro!”.
[Pausa para explicação da Foto do Gengibre: Eu e Jamille, quando estamos vendo as fotos da Anne, gostamos de ficar comentando e teorizando e nos divertindo com cada detalhe delas. A gente gosta das fotos em que ela está arrumada e bonita também. Mas pra esse tipo de coisa, as melhores fotos são aquelas espontâneas. A do gengibre é uma delas. Aliás, é a melhor delas. Porque ela aparece numa mercearia comum e SE ESTRAGANDO DE RIR com um gengibre na mão. Pra começar, a risada da Anne é contagiante, e a gente também SE ESTRAGA de rir só de olhar pra essa foto. E por isso mesmo, SEMPRE se perguntou o que é que tinha de tão engraçado naquele dia pra ela estar rindo daquele jeito. Teve uma vez até que fizemos um ensaio fotográfico imitando a foto de tanto que a gente gosta dela. E a gente sempre disse que, se um dia encontrasse com a Anne, ia perguntar do que ela estava rindo naquela foto. Sério, é um negócio que a gente sempre quis saber. Porque qualquer jornalista do mundo pode questionar como foi apresentar o Oscar, ou como foi contracenar com a Meryl Streep ou se ela gosta de moda. Agora do que ela estava rindo na foto do gengibre, isso aí, só a gente NO MUNDO podia (e queria) perguntar.]
Pois então, a Jamille me deu o envelope com a fatídica foto e lá fui eu, cheia de vergonha e morrendo de nervosismo, fazer a pergunta que não queria calar. “I wanted to know... what’s... the reason... why... you were... laughing... so hard... in this picture” (assim pausadinho e gaguejado mesmo) Incrivelmente ela entendeu de primeira e eu nem tive que repetir! (o que seria um martírio, diga-se de passagem) Ela olhou pra foto, analisou.... (e nem fez cara de tipo: “Por que é que essa maluca quer tanto saber isso?”, ela respondeu a pergunta a sério mesmo!) e falou que se lembrava daquele dia, mas não conseguia se lembrar do que ela estava rindo, que era alguma coisa que ela tinha dito, mas que não se lembrava mesmo (e ela estava fazendo cara de que realmente estava tentando lembrar!!!).
A assessora ficou interessada em que raio de foto era aquela e aí a Anne teve que explicar que era uma foto que tinha saído e tal, mas que ela não se lembrava do que ela estava rindo no dia. Pensei: “Poxa vida, acho que vamos ficar com essa dúvida pra sempre agora”. Mas não perdi a oportunidade de pedir pra ela assinar a foto: “Could you sign...the picture?”. Aí ela foi lá e escreveu: “That’s so funny” e autografou embaixo.
Eu perguntei se ela estava gostando do Rio (consegui balbuciar em um bom inglês até nessa hora: “Are you enjoying Rio?”) e ela respondeu que estava adorando, que tinha acabado de voltar do Cristo e perguntou se a gente já tinha ido lá. Eu lá fazendo cara de boba só concordando, ainda fui capaz de responder num tom legal: “I’ve never been to Cristo”, como quem puxa papo. Aí ela falou que a gente devia ir (alô, a pessoa está há 3 dias no Rio e vem dar conselho pra mim que mora aqui a vida toda? Mas, tudo bem, Anne, se ser carioca também é um estado de espírito, você realmente já é nativa, rs!) e eu tive vontade de falar: “Pois é, eu sou uma carioca de araque”, mas não arranjei expressão de significado semelhante, de modo que voltei só a rir e concordar bestamente. A Patrícia então perguntou se ela tinha ido ao Pão de Açúcar (essa foi em inglês, hein, Pathy, eu ouvi :P) e ela respondeu alguma coisa que ninguém mais lembra, mas provavelmente foi que não tinha dado tempo. (No Pão de Açúcar eu fui, não sou tão de araque assim. Mas também não consegui falar isso na hora).
A Patrícia perguntou se a gente podia tirar umas fotos e então, nós fomos tirar as fotos. As outras câmeras já estavam posicionadas e eu fui pegar a minha (quem mandou ficar perguntando curiosidade?). A Anne perguntou se a gente não podia mandar as fotos pro email uma das outras, por causa da hora (ela apontou pro relógio), porque ela tinha que arrumar a mala. Eu disse que tudo bem, mas aí a Anne ficou preocupada de a gente não ter o email umas das outras e perguntou se nós éramos todas amigas. Todo mundo tentou responder num inglês sofrível e gaguejado (Pathy: “They were, but we met in the Premiere”, Eu: “Yep...Yep, Yep” – e apontando pras pessoas), mas que no fim eles entenderam que éramos sim todas amigas, eu e Jami já éramos amigas há mais tempo e a Pathy a gente conheceu na premiere (mas que parecia que a gente já conhecia há bem mais tempo – essa última parte entre parênteses não ia sair lá na hora nem por um decreto).
E lá fomos nós fazer pose para a foto. O Adam estava com uma máquina e a assessora com a outra. (Ah, sim, o Adam não falou uma palavra, mas estava com a maior cara de orgulhoso da namorada o tempo todo. Muito fofo! Fiquei fã de verdade. Vou torcer pra ele conseguir uns papéis melhores a partir de agora.) A assessora falou: “Cheeese!” e os dois bateram ao mesmo tempo. Aí a Anne falou: “Tira outra que eu não estava olhando pra essa câmera”. (fofíssimaaaa!) E então eles foram e tiraram mais uma.
Na hora de ir embora, ela abraçou todo mundo de novo (o mesmo abraço gostoso do início) e se despediu.
A gente saiu pela rua feliz da vida, pulando, gritando, ainda sem acreditar que aquilo tudo tinha acontecido. Eu não conseguia nem falar nada ainda. Ainda estava no modo “sorrindo e concordando com tudo”. A gente não se cansava de ficar repassando o ocorrido e, durante pelo menos umas 20 horas, eu não conseguia parar de sorrir (não é força de expressão, eu fiquei igual a uma boba alegre um tempão de verdade). Nada mais tirava o meu bom humor. Nada mesmo! Voltamos pra casa rindo à toa e cantando loucamente músicas que remetiam aos filmes que a Anne tinha feito. Não estávamos mais nem aí para o que o resto do mundo estava pensando. Se eles tivessem vivido o que a gente tinha vivido, também estariam assim. Em êxtase total!
Não dava pra acreditar que aquilo tudo tinha sido real. Quando tudo isso começou, tudo o que eu esperava era um tchauzinho de longe e já me dava por satisfeita. Só não digo que não imaginava algo desse tipo nem em sonho, porque, tipo, eu já sonhei sim(era a premiere do Agente 86, lá no BarraShopping, aí eu conseguia, de alguma forma conversar com ela e assinar alguma coisa). Mas pensar que ela fosse mandar chamar a gente lá fora e ter um encontro particular assim sem ninguém perturbando de verdade, e que ela ainda ia abraçar e conversar com a gente do jeito que foi? Isso aí nem passava pela minha cabeça! (Na verdade, devia passar, porque depois, no dia seguinte, eu me lembrei de uma história que ela tinha comprado pizza pra uns fãs que ficaram esperando no final de uma peça dela lá em NY, algo assim. Fala sério, mais fofa que isso não tem!)
O mais engraçado que na terça-feira que tinha tudo pra dar certo, deu errado. E na sexta, que tinha tudo pra dar errado, deu certo. Foi um negócio de Deus mesmo. Ela ter se hospedado no Fasano (que é menorzinho) e não no Palace (que tem uma porção de entradas), ter saído de manhã pro Alemão justamente na sexta-feira (o que garantiria que ela ia ter que voltar e passar pela porta do hotel), ter voltado só depois que eu cheguei, depois ter CHAMADO a gente pra entrar e tratado a gente com uma simpatia absurda. Se antes eu já gostava dela, agora então, nem se fala.
Ela aparentava estar meio cansada, afinal, havia passado o dia todo na rua, mas nem por isso deixou de tratar a gente com atenção e respeito. Pensei que em algum momento ela fosse soltar uma piadinha pra quebrar o gelo (como ela sempre faz), mas o que a gente viu foi uma pessoa muito serena, gentil, tímida e atenciosa.
Achei-a muito mais parecida com a Anne que supostamente derrubou a cadeira sem querer no teste pra fazer a Mia – supostamente, porque diz ela que essa história é lenda e que não sabe de onde é que ela surgiu. Eu sei, Anne. Vai reclamar com o Garry que colocou isso no DVD! – do que com essa Anne descontraída que aparece nas entrevistas fazendo caras e bocas ou glamourosa que usa Valentino.
É uma menina, que está levando a vida assim igual a todo mundo. E que por acaso é mundialmente famosa por causa do seu trabalho (que aliás, ela curte pra caramba). Anne está nessa não para aparecer nos jornais, mas porque realmente gosta que faz (e entende que as coisas não tão legais assim fazem parte do pacote, diferente de outras celebridades que só fazem morder o lábio em cena). Já pensou se todo mundo fizesse o seu trabalho com gosto e tratasse todo mundo com educação desse jeito?
E Anne entende o fã porque também deve ter seus ‘momentos tiete’. Depois vocês dão uma olhada no que ela falou quando encontrou com a Meryl Streep (está na minha lista das declarações bizonhas de Anne Hathaway). Mas, antes de ser artista, ela é uma atriz, e antes de ser atriz – muito talentosa, por sinal - , ela é... uma menina querendo ser feliz (ela parece uns 5 anos mais nova pessoalmente). Branquinha, traços delicados, sem maquiagem, tererê no cabelo... Até o tom de voz era diferente, uma oitava abaixo do que a gente está acostumada a ouvir.
E eu gostei de ter conhecido essa Anne de detrás das câmeras. Gostei de ver pessoalmente que ela é simples e não tem nada de estrela, sabe? Senti que ela mesma se considera uma pessoa normal, apesar de entender o papel dela como atriz de ter de dar entrevistas e passar pelo tapete vermelho e tal (e gostar disso). Se ficasse mais um pouco, dava até pra rolar uma amizade (haha). Mas isso a gente deixa pra próxima vez...
Lições aprendidas com a saga da Anne no Brasil
- Nunca diga nunca.
- Não desista dos seus sonhos.
- Se uma coisa tem chance de dar errado, mas tem, pelo menos, uma mínima chance de dar certo também, arrisque. O máximo que vai acontecer é... dar errado. Mas se você não tentar, nunca vai saber se o que poderia ter acontecido. Vai que a sua atriz favorita te chama pra entrar num hotel 5 estrelas, e você consegue conversar com ela, tirar foto e abraçá-la (duas vezes)?
- Definitivamente, milagres acontecem quando você acredita.
Adentramos o hotel devagarinho, ainda sem acreditar que aquilo tudo estava acontecendo. A mulher perguntou nossos nomes e logo vimos uma cabecinha com um chapeuzinho sentada de costas. Era ELAAAAA!
A mulher pediu pra gente largar as coisas no sofá e apresentou a gente pra Anne: “This is Patrícia, Jabille e Elisa...” (abafa que ela errou o nome da Jami, mas nessa hora estava valendo tudo) e aí a Anne se virou olhando pra gente. Pra gente!
A Patrícia saiu falando “I love you so much” (eu não falei nada, porque ainda estava em estado de choque, tentando conter a minha vontade de sair gritando pelo recinto) e então a Anne fez a coisa mais legal de todas: “Vocês precisam de um abraço!”
E ABRAÇOU a gente! *-* *-* *-*
E não foi qualquer abraço. Foi um abraço gostoso, apertado, demorado, caloroso (o corpo dela estava até meio quente!) e com direito até àquela balançadinha. Sério, foi um abraço muito bom! Gente, eu morri e fui pro céu nessa hora, sem brincadeira.
Ela, toda preocupada, explicou que tinha visto a gente lá do lado de fora, mas que não dava pra parar o carro por causa dos paparazzis, então tinha pedido pra gente entrar, e logo depois, perguntou como a gente estava. A felicidade era tão grande, que tudo que ela dizia eu ficava só rindo e concordando e observando pra ter certeza que era verdade mesmo. A minha perna tremia desesperadamente. O cérebro já não conseguia processar mais nada. Quando ela perguntou como a gente estava, tudo que eu consegui dizer foi ‘Waiting... Tired...”.
A assessora dela nos perguntou se falávamos inglês e a Patrícia respondeu que estava entendendo tudo o que ela dizia, mas não conseguia falar quando ela estava nervosa. A mulher traduziu isso pra Anne. Eu só fazia que sim, mais ou menos com a cabeça. Nem “Yeah” estava saindo direito.
Eu perguntei se ela podia assinar umas coisas, o que ela se prontificou totalmente em fazer. Aí a Anne foi lá e assinou os nossos DVDs (todo mundo levou o do Diário. Não só foi o primeiro filme que a gente viu dela, como foi o primeiro que ela fez – ou pelo menos o primeiro que saiu para o grande público. E como ela mesma disse uma vez: “O Diário da Princesa é um clássico”), com a maior atenção.
Detalhe pro coraçãozinho do autógrafo. Coraçãozinho = Muito amor.
E então a Patrícia perguntou quando ela ia embora e eu nem ouvi a resposta porque aí a Jamille se lembrou da foto do gengibre e me perguntou se a gente ia mostrar pra ela. Aí eu falei: “Claro!”.
[Pausa para explicação da Foto do Gengibre: Eu e Jamille, quando estamos vendo as fotos da Anne, gostamos de ficar comentando e teorizando e nos divertindo com cada detalhe delas. A gente gosta das fotos em que ela está arrumada e bonita também. Mas pra esse tipo de coisa, as melhores fotos são aquelas espontâneas. A do gengibre é uma delas. Aliás, é a melhor delas. Porque ela aparece numa mercearia comum e SE ESTRAGANDO DE RIR com um gengibre na mão. Pra começar, a risada da Anne é contagiante, e a gente também SE ESTRAGA de rir só de olhar pra essa foto. E por isso mesmo, SEMPRE se perguntou o que é que tinha de tão engraçado naquele dia pra ela estar rindo daquele jeito. Teve uma vez até que fizemos um ensaio fotográfico imitando a foto de tanto que a gente gosta dela. E a gente sempre disse que, se um dia encontrasse com a Anne, ia perguntar do que ela estava rindo naquela foto. Sério, é um negócio que a gente sempre quis saber. Porque qualquer jornalista do mundo pode questionar como foi apresentar o Oscar, ou como foi contracenar com a Meryl Streep ou se ela gosta de moda. Agora do que ela estava rindo na foto do gengibre, isso aí, só a gente NO MUNDO podia (e queria) perguntar.]
Pois então, a Jamille me deu o envelope com a fatídica foto e lá fui eu, cheia de vergonha e morrendo de nervosismo, fazer a pergunta que não queria calar. “I wanted to know... what’s... the reason... why... you were... laughing... so hard... in this picture” (assim pausadinho e gaguejado mesmo) Incrivelmente ela entendeu de primeira e eu nem tive que repetir! (o que seria um martírio, diga-se de passagem) Ela olhou pra foto, analisou.... (e nem fez cara de tipo: “Por que é que essa maluca quer tanto saber isso?”, ela respondeu a pergunta a sério mesmo!) e falou que se lembrava daquele dia, mas não conseguia se lembrar do que ela estava rindo, que era alguma coisa que ela tinha dito, mas que não se lembrava mesmo (e ela estava fazendo cara de que realmente estava tentando lembrar!!!).
A assessora ficou interessada em que raio de foto era aquela e aí a Anne teve que explicar que era uma foto que tinha saído e tal, mas que ela não se lembrava do que ela estava rindo no dia. Pensei: “Poxa vida, acho que vamos ficar com essa dúvida pra sempre agora”. Mas não perdi a oportunidade de pedir pra ela assinar a foto: “Could you sign...the picture?”. Aí ela foi lá e escreveu: “That’s so funny” e autografou embaixo.
:D :D :D
Demais, né não?
Eu perguntei se ela estava gostando do Rio (consegui balbuciar em um bom inglês até nessa hora: “Are you enjoying Rio?”) e ela respondeu que estava adorando, que tinha acabado de voltar do Cristo e perguntou se a gente já tinha ido lá. Eu lá fazendo cara de boba só concordando, ainda fui capaz de responder num tom legal: “I’ve never been to Cristo”, como quem puxa papo. Aí ela falou que a gente devia ir (alô, a pessoa está há 3 dias no Rio e vem dar conselho pra mim que mora aqui a vida toda? Mas, tudo bem, Anne, se ser carioca também é um estado de espírito, você realmente já é nativa, rs!) e eu tive vontade de falar: “Pois é, eu sou uma carioca de araque”, mas não arranjei expressão de significado semelhante, de modo que voltei só a rir e concordar bestamente. A Patrícia então perguntou se ela tinha ido ao Pão de Açúcar (essa foi em inglês, hein, Pathy, eu ouvi :P) e ela respondeu alguma coisa que ninguém mais lembra, mas provavelmente foi que não tinha dado tempo. (No Pão de Açúcar eu fui, não sou tão de araque assim. Mas também não consegui falar isso na hora).
A Patrícia perguntou se a gente podia tirar umas fotos e então, nós fomos tirar as fotos. As outras câmeras já estavam posicionadas e eu fui pegar a minha (quem mandou ficar perguntando curiosidade?). A Anne perguntou se a gente não podia mandar as fotos pro email uma das outras, por causa da hora (ela apontou pro relógio), porque ela tinha que arrumar a mala. Eu disse que tudo bem, mas aí a Anne ficou preocupada de a gente não ter o email umas das outras e perguntou se nós éramos todas amigas. Todo mundo tentou responder num inglês sofrível e gaguejado (Pathy: “They were, but we met in the Premiere”, Eu: “Yep...Yep, Yep” – e apontando pras pessoas), mas que no fim eles entenderam que éramos sim todas amigas, eu e Jami já éramos amigas há mais tempo e a Pathy a gente conheceu na premiere (mas que parecia que a gente já conhecia há bem mais tempo – essa última parte entre parênteses não ia sair lá na hora nem por um decreto).
E lá fomos nós fazer pose para a foto. O Adam estava com uma máquina e a assessora com a outra. (Ah, sim, o Adam não falou uma palavra, mas estava com a maior cara de orgulhoso da namorada o tempo todo. Muito fofo! Fiquei fã de verdade. Vou torcer pra ele conseguir uns papéis melhores a partir de agora.) A assessora falou: “Cheeese!” e os dois bateram ao mesmo tempo. Aí a Anne falou: “Tira outra que eu não estava olhando pra essa câmera”. (fofíssimaaaa!) E então eles foram e tiraram mais uma.
Eu fico olhando pra essa foto e não ainda não acredito que no meio tem a Anne e do outro lado tem... EU!
Na hora de ir embora, ela abraçou todo mundo de novo (o mesmo abraço gostoso do início) e se despediu.
A gente saiu pela rua feliz da vida, pulando, gritando, ainda sem acreditar que aquilo tudo tinha acontecido. Eu não conseguia nem falar nada ainda. Ainda estava no modo “sorrindo e concordando com tudo”. A gente não se cansava de ficar repassando o ocorrido e, durante pelo menos umas 20 horas, eu não conseguia parar de sorrir (não é força de expressão, eu fiquei igual a uma boba alegre um tempão de verdade). Nada mais tirava o meu bom humor. Nada mesmo! Voltamos pra casa rindo à toa e cantando loucamente músicas que remetiam aos filmes que a Anne tinha feito. Não estávamos mais nem aí para o que o resto do mundo estava pensando. Se eles tivessem vivido o que a gente tinha vivido, também estariam assim. Em êxtase total!
Não dava pra acreditar que aquilo tudo tinha sido real. Quando tudo isso começou, tudo o que eu esperava era um tchauzinho de longe e já me dava por satisfeita. Só não digo que não imaginava algo desse tipo nem em sonho, porque, tipo, eu já sonhei sim(era a premiere do Agente 86, lá no BarraShopping, aí eu conseguia, de alguma forma conversar com ela e assinar alguma coisa). Mas pensar que ela fosse mandar chamar a gente lá fora e ter um encontro particular assim sem ninguém perturbando de verdade, e que ela ainda ia abraçar e conversar com a gente do jeito que foi? Isso aí nem passava pela minha cabeça! (Na verdade, devia passar, porque depois, no dia seguinte, eu me lembrei de uma história que ela tinha comprado pizza pra uns fãs que ficaram esperando no final de uma peça dela lá em NY, algo assim. Fala sério, mais fofa que isso não tem!)
O mais engraçado que na terça-feira que tinha tudo pra dar certo, deu errado. E na sexta, que tinha tudo pra dar errado, deu certo. Foi um negócio de Deus mesmo. Ela ter se hospedado no Fasano (que é menorzinho) e não no Palace (que tem uma porção de entradas), ter saído de manhã pro Alemão justamente na sexta-feira (o que garantiria que ela ia ter que voltar e passar pela porta do hotel), ter voltado só depois que eu cheguei, depois ter CHAMADO a gente pra entrar e tratado a gente com uma simpatia absurda. Se antes eu já gostava dela, agora então, nem se fala.
Ela aparentava estar meio cansada, afinal, havia passado o dia todo na rua, mas nem por isso deixou de tratar a gente com atenção e respeito. Pensei que em algum momento ela fosse soltar uma piadinha pra quebrar o gelo (como ela sempre faz), mas o que a gente viu foi uma pessoa muito serena, gentil, tímida e atenciosa.
Achei-a muito mais parecida com a Anne que supostamente derrubou a cadeira sem querer no teste pra fazer a Mia – supostamente, porque diz ela que essa história é lenda e que não sabe de onde é que ela surgiu. Eu sei, Anne. Vai reclamar com o Garry que colocou isso no DVD! – do que com essa Anne descontraída que aparece nas entrevistas fazendo caras e bocas ou glamourosa que usa Valentino.
É uma menina, que está levando a vida assim igual a todo mundo. E que por acaso é mundialmente famosa por causa do seu trabalho (que aliás, ela curte pra caramba). Anne está nessa não para aparecer nos jornais, mas porque realmente gosta que faz (e entende que as coisas não tão legais assim fazem parte do pacote, diferente de outras celebridades que só fazem morder o lábio em cena). Já pensou se todo mundo fizesse o seu trabalho com gosto e tratasse todo mundo com educação desse jeito?
E Anne entende o fã porque também deve ter seus ‘momentos tiete’. Depois vocês dão uma olhada no que ela falou quando encontrou com a Meryl Streep (está na minha lista das declarações bizonhas de Anne Hathaway). Mas, antes de ser artista, ela é uma atriz, e antes de ser atriz – muito talentosa, por sinal - , ela é... uma menina querendo ser feliz (ela parece uns 5 anos mais nova pessoalmente). Branquinha, traços delicados, sem maquiagem, tererê no cabelo... Até o tom de voz era diferente, uma oitava abaixo do que a gente está acostumada a ouvir.
E eu gostei de ter conhecido essa Anne de detrás das câmeras. Gostei de ver pessoalmente que ela é simples e não tem nada de estrela, sabe? Senti que ela mesma se considera uma pessoa normal, apesar de entender o papel dela como atriz de ter de dar entrevistas e passar pelo tapete vermelho e tal (e gostar disso). Se ficasse mais um pouco, dava até pra rolar uma amizade (haha). Mas isso a gente deixa pra próxima vez...
Lições aprendidas com a saga da Anne no Brasil
- Nunca diga nunca.
- Não desista dos seus sonhos.
- Se uma coisa tem chance de dar errado, mas tem, pelo menos, uma mínima chance de dar certo também, arrisque. O máximo que vai acontecer é... dar errado. Mas se você não tentar, nunca vai saber se o que poderia ter acontecido. Vai que a sua atriz favorita te chama pra entrar num hotel 5 estrelas, e você consegue conversar com ela, tirar foto e abraçá-la (duas vezes)?
- Definitivamente, milagres acontecem quando você acredita.
Agradecimentos
A Deus, que orquestrou todos esses momentos, guardando o melhor para o final e fazendo até o sol sair pra gente e pra Anne.
À FoxFilms, que não respondeu meus emails e organizou aquela premiere furada. Se não fossem vocês, eu não ia cometer essa loucura de sexta e nada disso teria acontecido. Valeu, Fox!
À Jamille e à Patrícia, que descobriram altas paradas, e foram ótimas companhias de espera.
À Olivia, que nos emprestou a casa na terça-feira. Sem você a gente ia dormir na rua (mentira, a gente ia voltar pra casa, mas foi bem mais prático ir pra casa dela ali pertinho).
Ao guardinha que nos mostrou o caminho do ônibus.
Ao Gabriel Simas, que não mentiu pras meninas e foi muito útil no Twitter (aliás, acho que o Twitter nunca foi tão útil como sexta-feira). Mas também, o Gabe é fã do Jamie Cullum (acho), tinha que ser gente boa, rs!
Ao Adam, que mesmo sem falar uma palavra conquistou meu coração. Quem falar que a Anne tem que ficar com Jake Gyllenahal agora vai se ver comigo, rs!
E é claro, à Anne Hathaway, que mostrou que na vida real também é uma princesa, não só pela educação, preocupação e simpatia, mas porque, naquele dia, fez 3 meninas felizes para sempre.
AAAAAAAAAAAIIIIIIIIII LI QUE LINDOOOO *O*
ResponderExcluirQUE PESSOA MAIS FOFA, CUTE, KAWAII (E TODAS AS EXPRESSÕES QUE EXISTIREM) É A ANNE!!!!
Ela realmente é show!! Não parava de dizer "que fofa" enquanto lia huahuahuahua.
Fico mto feliz por vc e tomara q tenha outra chance de reencontrá-la né (afinal não custa nada sonhar)
Bjs
Essa parte sempre me deixa meio aerea e sem saber o que falar! Sabe, meio abestalhada huauhaua
ResponderExcluir( é serio! ) sempre tenho que ficar olhando pra foto pra acreditar que eu vivi isso mesmo!
foi exatamente isso que eu fiz quando acordei a exatamente uma semana atras! abri os olhos e pensei " EU vi mesmo a ANNE HATHAWAY??" ai levantei, peguei minha camera e fiquei uns 5 minutos olhando!
Eu nao tenho palavras pra escrever o que eu senti e o que eu sinto toda vez que eu lembro, e acho que nunca vou ter essas tais palavras! Alias,nao sei nem se eu quero ter!
Sei que pra mim ficou com um gostinho de 'quero mais' huahauauh quero mais anne, queria ter conseguido FALAR qualquer coisa huauaua maas vai saber neeh! ja nao duvido de mais naada!
Vai que um dia ela queira uma decoração brasileira ; )
Já tinha lido pelo Google Reader e TIVE que vir aqui comentar que a Anne é UMA LINDA! Gente, que coisa mais FOFA, foi super simpática com vocês e gente assim merece muito amor <3
ResponderExcluirE é isso aí, acreditar nos sonhos e... ai, deve ser super lindo conhecer seu ídolo, né?
Fico super feliz por vocês e espero que em breve se tornem todas BFFs! haha
Beijo!
Oi Lisa!
ResponderExcluirTd bem?
Eu vi a notícia... Tô indecisa se curti ou não.. rs O Roland deveria ter os olhos azuis!
Aproveitando que eu já estou por aqui...
Sabe que toda vez que eu ouço falar da Anne eu lembro daquela música que ela canta, em Ella Enchanted, Somebody to Love, do Queen. É linda! E eu estou com inveja de vocês.. rs Acho a Anne incrível!
Parabéns pela persistência e pela sorte! Hehehe
Beijão!
Eu li os posts todos la no computador da faculdade, mas não tem como comentar lá, e acabei esquecendo de passra aqui depois, rs...
ResponderExcluirMenina, que coisa mais perfaaa! Nuss, se eu, lendo toda essa saga, fiquei super empolgada e com um sorriso de orelha a orelha, não consigo nem imaginar com vc ficou! Putz, inesquecível, né? Que bom q vc conseguiu... e acho que matou de inveja td mundo, rsrs.. ^^
Bjoos!
O mais engraçado agora é ver as entrevistas que estão saindo do filme e perceber que eu "fiz parte" de tudo isso. Vi os repórteres descendo do ônibus, acompanhei as notícias minuto a minuto, fiquei do lado de fora do evento...
ResponderExcluirFora os filmes os outros filmes que ela atua, né? Fico toda besta lembrando do dia SEMPRE!
Fê, depois de tudo o que aconteceu eu não duvido mais de nada mesmo, sabia? Sério, adotei essas lições como filosofia de vida agora, de verdade. A gente tem que acreditar, né?
Karol, eu adoro essa música também. Foi uma das que a gente cantou loucamente na volta pra casa (hahaha!). Meu verso favorito é aquele do "One day I'm gonna be freeee!", por motivos de piada interna.
Fernanda [2], foi um troço SURREAL! Tenho dificuldade de acreditar até hoje, rs!
Bjs
Lisa
Oh, acabei me esquecendo de voltar aqui pra comentar. Ainda bem que você me lembrou, rs.
ResponderExcluirFiquei muito feliz por vocês. E adorei os relatos, deu pra sentir um pouquinho dessa alegria :)
Bjos
Ai que emoção, uma aventura e tanto!
ResponderExcluirAmei!
E parabéns pelo super post :)