Gosto do meu nome. É curto, bonito, fácil de escrever e é difícil você ver outras Elisas por aí.
Nos tempos de escola, já cheguei a estudar numa sala com 4 Camilas (com todas as suas variações de Ls, Cs e Ks), ou 3 Amandas, ou 3 Rafaéis (com todas as suas variações de Fs e PHs). Aí para diferenciar uns dos outros era preciso apelar para sobrenomes, apelidos, lugar onde moravam, cor de cabelo, números, etc.
Agora se alguém fala “Elisa!”, não há dúvidas de que a pessoa está falando comigo. Sem rodeios, sobrenome, lugar onde mora, cor de cabelo, números, ou qualquer coisa do tipo. Falou “Elisa!”, pronto. Sou eu.
Acho que por isso mesmo quando gritam qualquer nome com o final parecido como “Taíssa” ou “Maísa”, eu não hesito em olhar. E aí é claro que eu fico com cara de tacho depois, porque obviamente, o papo não era comigo.
Tinha uma garota no colégio que chamava Melissa. Ela não era nem da minha turma. Mas eu tinha um pouco de raiva do nome dela, porque suas amigas eram muito escandalosas e viviam gritando o nome da garota de longe a todo momento: “MELISSAAAAAAA”. E eu, toda vez, ficava procurando quem era a alma que estava me chamando para só depois de uns 3 segundos perceber que não era bem o meu nome que estava sendo gritado.
Outra coisa legal é que nenhum cantor resolveu homenagear alguma Elisa, e por isso não tem músicas com o meu nome no título ou no refrão. O máximo que rola é “Para Elisa”, a música mais tocada nos caminhões de gás, mas ela é instrumental, e quase ninguém sabe o nome da música, então eu meio que estou salva. (Quando as pessoas querem ficar brincando com o meu nome têm de adaptar com outras canções de nome próprio, o que, observando a preciosidade que é o meu nome, não é muito difícil. Desse jeito Emilías, Camilas e Luízas rapidamente se transformam em mim.)
Mas como eu ia dizendo, tenho muito apreço pelo meu nome, porque ele é quase “único”. Acho que só conheci uma outra Elisa uma vez em toda a minha vida. Ela era irmã mais nova de uma colega minha, e aquilo gerava muita confusão na casa dela. (Ainda mais porque a Elisa de lá tinha uma amiga com o nome da própria irmã também). Por aqui não tinha problema porque a gente colocava o nome dela no diminutivo e ficava tudo certo.
Entretanto, outro dia, no trabalho tive meu dia de Jéssica (outro nome com densidade populacional elevada). Eu já sabia que ia ter de ligar para outra Elisa, mas não sabia que a tentativa de falar com a minha xará seria tão engraçada e envolveria uma quase xará no meio.
(Disco o número, o telefone chama e finalmente atendem a ligação.)
- Escritórios AlfaBetaGama Advogados, Elisabeth, bom dia!
- Oi, bom dia! Eu gostaria de falar com a Dra. Elisa Mnhgv, por favor.
- Quem deseja?
- É Elisa da empresa XYZ.
- Ok, Sra. Elisa. Vou chamar.
(Musiquinha de espera: "Para Elisa"*)
- Sra. Elisa?
- Oi!
- Estou tentando entrar em contato, mas parece que ela está em outro ramal, quer que eu tente novamente?
- Sim, por favor.
(Musiquinha de espera: "Para Elisa"*)
- Elisa?
- Sim, sou eu.
(Ooops, Elisa errada!
Silêncio constrangedor ao perceber que dessa vez a verdadeira Elisa tinha atendido, e não a Elisabeth)
- Ah, oi! Bom dia! É que eu também sou Elisa. O que eu queria era....
* A música não era Para Elisa mesmo. Mas só faltava ser!
E ligação terminou normalmente, comigo totalmente abestalhada pela quantidade de Elisas na conversa. Contando com a secretária, éramos 3!!!! Nunca pensei que fosse possível uma comunicação com tantas Elisas. E que ela fosse tão complicada.
Por isso que minha filha vai chamar Astrogilda e não se fala mais nisso.
Nos tempos de escola, já cheguei a estudar numa sala com 4 Camilas (com todas as suas variações de Ls, Cs e Ks), ou 3 Amandas, ou 3 Rafaéis (com todas as suas variações de Fs e PHs). Aí para diferenciar uns dos outros era preciso apelar para sobrenomes, apelidos, lugar onde moravam, cor de cabelo, números, etc.
Agora se alguém fala “Elisa!”, não há dúvidas de que a pessoa está falando comigo. Sem rodeios, sobrenome, lugar onde mora, cor de cabelo, números, ou qualquer coisa do tipo. Falou “Elisa!”, pronto. Sou eu.
Acho que por isso mesmo quando gritam qualquer nome com o final parecido como “Taíssa” ou “Maísa”, eu não hesito em olhar. E aí é claro que eu fico com cara de tacho depois, porque obviamente, o papo não era comigo.
Tinha uma garota no colégio que chamava Melissa. Ela não era nem da minha turma. Mas eu tinha um pouco de raiva do nome dela, porque suas amigas eram muito escandalosas e viviam gritando o nome da garota de longe a todo momento: “MELISSAAAAAAA”. E eu, toda vez, ficava procurando quem era a alma que estava me chamando para só depois de uns 3 segundos perceber que não era bem o meu nome que estava sendo gritado.
Queria ler esse livro, mas tenho mó preguiça de pegar o original. Alguém sabe se tem tradução?
Outra coisa legal é que nenhum cantor resolveu homenagear alguma Elisa, e por isso não tem músicas com o meu nome no título ou no refrão. O máximo que rola é “Para Elisa”, a música mais tocada nos caminhões de gás, mas ela é instrumental, e quase ninguém sabe o nome da música, então eu meio que estou salva. (Quando as pessoas querem ficar brincando com o meu nome têm de adaptar com outras canções de nome próprio, o que, observando a preciosidade que é o meu nome, não é muito difícil. Desse jeito Emilías, Camilas e Luízas rapidamente se transformam em mim.)
Mas como eu ia dizendo, tenho muito apreço pelo meu nome, porque ele é quase “único”. Acho que só conheci uma outra Elisa uma vez em toda a minha vida. Ela era irmã mais nova de uma colega minha, e aquilo gerava muita confusão na casa dela. (Ainda mais porque a Elisa de lá tinha uma amiga com o nome da própria irmã também). Por aqui não tinha problema porque a gente colocava o nome dela no diminutivo e ficava tudo certo.
Entretanto, outro dia, no trabalho tive meu dia de Jéssica (outro nome com densidade populacional elevada). Eu já sabia que ia ter de ligar para outra Elisa, mas não sabia que a tentativa de falar com a minha xará seria tão engraçada e envolveria uma quase xará no meio.
(Disco o número, o telefone chama e finalmente atendem a ligação.)
- Escritórios AlfaBetaGama Advogados, Elisabeth, bom dia!
- Oi, bom dia! Eu gostaria de falar com a Dra. Elisa Mnhgv, por favor.
- Quem deseja?
- É Elisa da empresa XYZ.
- Ok, Sra. Elisa. Vou chamar.
(Musiquinha de espera: "Para Elisa"*)
- Sra. Elisa?
- Oi!
- Estou tentando entrar em contato, mas parece que ela está em outro ramal, quer que eu tente novamente?
- Sim, por favor.
(Musiquinha de espera: "Para Elisa"*)
- Elisa?
- Sim, sou eu.
(Ooops, Elisa errada!
Silêncio constrangedor ao perceber que dessa vez a verdadeira Elisa tinha atendido, e não a Elisabeth)
- Ah, oi! Bom dia! É que eu também sou Elisa. O que eu queria era....
* A música não era Para Elisa mesmo. Mas só faltava ser!
E ligação terminou normalmente, comigo totalmente abestalhada pela quantidade de Elisas na conversa. Contando com a secretária, éramos 3!!!! Nunca pensei que fosse possível uma comunicação com tantas Elisas. E que ela fosse tão complicada.
Por isso que minha filha vai chamar Astrogilda e não se fala mais nisso.
Eu sempre gostei do meu nome por ser "curto, bonito, fácil de escrever e é difícil você ver outras por aí". O único problema é que as pessoas esquecem o significado da palavra "simples" e inventam variações cada vez mais bizarras, como Synthia. E também o fato de que ninguém pode falar "cinco" perto de mim que eu já acho que estão me chamando. Mas nunca passei por nada parecido com essa situação do telefone, ri muito quando você contou no Twitter.
ResponderExcluirMinha irmã mais nova chama Jéssica e sempre foi chamada pelo sobrenome ou apelido, porque parece que não havia outro nome disponível na época que ela nasceu. "Densidade populacional elevada" é eufemismo, hahah.
Não, An Abundance of Katherines ainda não saiu no Brasil. Mas o autor tá começando a ficar famosinho por aqui, então não deve demorar. Também quero ler, parece legal e nerd.