sábado, 6 de março de 2010

20

Pois é. Quem diria? 20 anos! Ainda não consigo acreditar no som da minha voz respondendo: “Tenho 20 anos”. São duas décadas inteiras! É, estou ficando velha, mesmo. Bem que minha avó falava que depois dos 15 o tempo parece passar muito rápido. Mas o negócio todo é que eu não pareço ter 20 anos. Lá no fundo, acho que sou mais nova. Sinto-me uma criança grande às vezes. O espelho também não ajuda. Se essa idade marca oficialmente o fim da adolescência, por que essas espinhas insistem em aparecer depois de uma barra de chocolate?

Na verdade, a imagem de alguém com essa idade no meu subconsciente é bastante embaçada. Até os 17, 18, eu ainda tinha uma referência do pessoal do último ano do colégio. Eles eram o símbolo de “grandeza” para quem estava nas séries anteriores. Mas depois disso, não sei de mais nada. Qual o comportamento esperado de alguém que acabou de entrar para o time dos twentysomething? Independência? Bom, isso é bem relativo. Certamente, sou menos independente do que talvez gostaria e ainda preciso de muita ajuda de papai para quase tudo. Mas, bom, eu faço faculdade, consigo me orientar razoavelmente pela cidade grande, resolvo alguns problemas por minha própria conta, estou fazendo estágio e outro dia até tirei dinheiro do banco... Acho que não está tão ruim.

O engraçado desse negócio de idade é que, apesar de pensar que tenho o espírito mais jovial na maioria das vezes e gostar de brincar como qualquer criança de 10 anos, em outros momentos também me pego abusando de expressões como: “no meu tempo” e “antigamente” (daí um dos motivos do nome do blog) e “os jovens de hoje em dia”, como se eu tivesse 30. De fato, se bobear, é mais fácil eu conversar com alguém dessa idade mesmo e o tipo de música que eu gosto não agrada a maioria dos jovens da minha faixa etária, mas também, se deixar, eu assisto o Disney Channel o dia todo. Entretanto, estou longe da experiência adquirida pelos trintões e, com certeza, também já não me enxergo com a mesma imaturidade de 10 anos atrás.

Sabe, anteontem, no dia no meu aniversário mesmo (dia 4), eu estava lendo os recados de aniversário do Orkut e grande parte deles é de gente que, se bobear, nem sabe quem eu sou, mas faz questão de deixar o seu “parabéns”. Houve uma época em que isso me deixava possessa e eu cheguei até a desativar a opção de lembrar os “amigos” do meu aniversário. Hoje em dia acho engraçado esse povo que não gosta de mim dar as caras para me desejar “tudo de bom”. E isso é uma das coisas boas de ser mais velha. É ter maturidade e serenidade para encarar numa boa coisas que a gente não gosta, mas aprende que fazem parte. É saber, entretanto, que nem tudo a gente tem que aceitar e deve levantar e correr atrás mesmo, porque ninguém vai resolver por você. E isso não significa que a gente precise ser sério o tempo todo. È justamente o contrário. É achar graça daquilo que antes te tirava do sério. O tipo de coisa que só o tempo pode nos dar.

É, acho que na média [(30+10)/2] - sim, eu gosto de matemática -, dá a idade certa. Isso aí. Tenho 20 anos. Seja lá o que isso signifique.

Obs. Agora eu posso cantar com propriedade:
But I'm still having fun and I guess that's the key
I'm a twentysomething and I'll keep being me

4 comentários:

  1. Você não é twentysomething, só twenty. :p
    É estranho mesmo esse negócio de idade, outro dia mesmo me deram 15 anos, sendo que fiz 19 mês passado. ._.

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  2. Feliz aniversário! *-*
    Ah, pra mim idade são só números mesmo. Varia muito de pessoa pra pessoa.

    Bjs.

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  3. Eu acho q eu não mudo com o passar dos anos...
    No 1° ano do ensino médio eu achava o pessoal do 3° ano quase adultos, tipo aqueles atores que faziam malhação mas tava na cara q eles já tinham saído do ensino médio faz tempo!
    Qd cheguei no 3° ano, eu não tava q nem eles, qs adultos...

    Mas 20 anos?! Eu achei q fosse 19!

    Minha mãe fica pé da vida qd eu digo q ela tem meio século de idade rs

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  4. PS: Ainda bem q eu mandei o Feliz aniversário por email rs

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