sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Limpando meu armário

Lembra quando eu falei que a chuva tinha acabado com a minha cômoda e eu estava até sem cama no Natal? Pois então, meu pai e meu avô fizeram uma “cirurgia” e conseguiram salvar a cama. Agora a cômoda não teve jeito, foi perda total. Então, a gente teve que encomendar uma nova, que só ficou pronta esses dias, um pouco antes do carnaval.

E como eu não curto carnaval mesmo, aproveitei os dias de folia para dar uma limpa não só na antiga cômoda (a gente tinha que tirar as coisas de lá pra colocar na nova mesmo), como também no quarto, no meu cantinho de estudo e no, por muitos anos intocado, armário.

O Eminem sabe do que eu estou falando

Como a gente não fazia esse tipo de faxina completa há muito tempo, o processo foi bem demorado (quase um dia para cada etapa) e um pouco cansativo. Mas também foi uma verdadeira viagem no tempo.

Você não tem noção do que a gente achou dentro dessas gavetas/ guarda-roupas! Dentro deles tinham coisas que eu já devia ter jogado fora há séculos, coisas que eu nem lembrava mais que existiam e outras que eu nem sabia da existência.

Felizmente, não tinha nenhum monstro no armário

Encontrei fotos, rascunhos de um monte de bobagem (estavam lá o princípio do Meg’ame e os convites do aniversário da Anne), presentes personalizados, cabides, revistas velhas (desde Sci Fi de 2004, com capa do Tom Welling, passando por Atrevida da mesma época com o Felipe Dylon zoado em todas as fotos, até gibis e o Almanacão da Mônica e a Revista Recreio), o primeiro e único exemplar da nossa revistinha das Heroínas CPEM – Contra as Patricinhas da Escola e do Mundo (hahaha!) - publicado pela Editora Legal, um pôster do Harry Potter, um jornal com a Vanessa Giácomo na capa assinada pela sua sósia, minha professora de história (hahaha!), remédios(???), um pedaço de pizza (brincadeira, mas teve uma vez que a gente achou um pacote de biscoitos mesmo) e um monte de dinheiro (ah, como é bom achar dinheiro! Toda vez que a gente encontrava mais em qualquer forma, gritava: “DINHEIRO $$$$”, hehe)!

É claro que essas coisas com valor sentimental (e o dinheiro, obviamente), a gente guardou pra sempre que estiver fazendo a faxina, achar de novo e aí ficar lembrando desse tempo que não volta mais. Em parte, é também por isso que ela demora tanto. Porque cada uma dessas coisas tinha uma história por trás que a gente foi recordando a tarde toda com o maior prazer.
Infelizmente, não tinha nenhuma passagem pra Narnia também

Mas de nada adianta fazer uma limpeza se for pra deixar tudo lá onde estava. E aquele armário estava implorando por uma havia tempos. Desentulhamos montes de provas e trabalhos acumulados desde o primário (!), fora todos os deveres do curso de inglês.

Quando você digita “A vida é feita de” no Google, ele completa assim:
•    Escolhas
•    Atitudes
•    Momentos
•    Encontros
•    Ciclos, etc.

Mas é claro que o Google diz isso porque ele é um servidor virtual, porque se fosse uma pessoa arrumando o armário, com certeza ia dizer que a vida é feita de... papel. Toneladas de papel.

Sabe quando tinham aqueles sorteios de casas no Faustão e aí tinha uma pilha enorme de cartas em que as dançarinas ficavam nadando ali dentro? O meu quarto ficou mais ou menos assim. Eu tive que pegar um saco de lixo daqueles bem grandes pra caber tudo. E quase que não coube.

E não pense que a gente jogou tudo fora sem olhar. Mas observar tudo isso foi até bem divertido. Observamos cada lauda e vimos como a gente mudou de lá pra cá!

As letras, por exemplo! Não sei nem dizer se mudaram pra melhor ou pra pior, mas, com certeza, eram escritas com mais paciência. Tanta paciência que usávamos até canetas coloridas pra enfeitar o caderno. Hoje em dia, SE a gente copiar alguma coisa, já é algo muito raro. Aliás, caderno é outra coisa que eu também já não sei o que é hoje em dia. Só um bando de folhas perdidas e bagunçadas dentro de qualquer pasta.

Pois é, eu era uma pessoa organizada. Eu até fazia esse tipo de faxina com uma certa freqüência! Que vergonha! Quando a gente cresce, devia ficar menos bagunceiro, não o contrário. Minha irmã diz que é porque conforme a gente vai ficando mais velho, a quantidade de papel vai aumentando muito e aí a gente não consegue acompanhar esse crescimento de desperdício de árvores e deixa tudo zoneado mesmo.

Bom, pelo menos foi reconfortante ver como a minha escrita melhorou de lá pra cá. Nossa, peguei uns textos que a profª mandava fazer na 4ª série e deu a maior vergonha. Frases mal-estruturadas, expressões mal-escritas... Até as redações do curso de inglês ficaram melhores com o passar dos períodos. Um monte de preposições erradas, Jesus! Por que os professores não faziam o seu trabalho e corrigiam, né? Não, eles ainda diziam que estava bom! Mas isso é normal. Ruim mesmo seria se eu chegasse à conclusão que os textos de hoje são da mesma qualidade de uma menina de 10 anos.


A gente cresce, deixa o armário bagunçado, depois ele se vinga da gente

No final, foi bem libertador tirar 10 kilos de papel do quarto. Mas até que no meio de toda essa herança egípcia, conseguimos salvar um exercício com uma bobagem histórica aqui, uma redação engraçada ali, um poema escrito na aula acolá...

E também foi um pouco estranho encontrar tanta velharia entulhada. Muitas das coisas parecem que pertenceram a outra pessoa que não eu. De certa forma, foi como um encontro com uma versão distante da pessoa que sou hoje. E um encontro com uma versão muito próxima da que vos escreve também.

E escolher o que ficava e o que ia embora, na verdade, também significava escolher do que queríamos nos lembrar e o que queríamos apagar de vez da nossa memória. De vez em quando, o nosso passado nos dá vergonha e a gente tem que se livrar das provas que comprovem que aquilo foi real. E isso não tem a ver só com o que éramos, mas também com o que somos e principalmente, com o que queremos ser.

Pensando nisso, aliás, até que o Google não estava tão errado em suas divagações sobre a vida. A vida é sim feita de escolhas, momentos, encontros, ciclos... Principalmente para uma pessoa limpando o armário.
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sábado, 13 de fevereiro de 2010

CEO (Coisas que a Esther Odeia) #01: Carnaval

Oi.

Apesar do que a dona deste blog alega junto de todas as nossas amigas, eu não odeio tudo. Talvez eu simplesmente não seja predisposta aos mais ou menos. É claro que eu gosto um pouquinho de uma porção de coisas, mas, na maioria das vezes, não gosto, ou se preferirem: odeio. Seguindo esses caminhos extremos, eu me reservo a gostar realmente de poucas coisas, entretanto, não apenas “gosto”, amo.

Amo ler. Aliás, essa é uma das atividades que menos gera comentários do tipo “EU ODEIO”. Costumo valorizar bastante o trabalho do escritor; até mesmo me considero uma leitora fiel (daquelas que percebem o quão ruim o livro é, mas segue lendo-o para simplesmente terminá-lo), característica a qual não é compartilhada pela minha irmã. Se ela não gosta, não gosta; larga o livro em qualquer canto e nem se importa em ler seu final.

De qualquer forma, o fato é: eu odeio uma quantidade enorme de coisas, sejam elas programas televisivos, pessoas famosas e suas atitudes, músicas... Então é melhor seguir o roteiro e dissertar sobre uma delas. Proposta é proposta. Não há como fugir dela. Minha editora/irmã provavelmente espera que eu siga o meu contrato.
   
    Eis o tema do meu primeiro post: Eu odeio carnaval.
    Só para esclarecer: Eu não odeio o Chris nem amo o Raymond.

Não se enganem! Eu adoro feriados. Não fazer absolutamente nada é um dos meus hobbies. Mas tudo que envolve o carnaval não me agrada, ou melhor, me enoja. Quando digo que odeio carnaval, refiro-me ao do Rio de Janeiro. Desconheço-o nos outros estados e simplesmente não posso julgá-los. Assim, o objeto de minha análise é o carnaval carioca. 

À primeira vista, tudo parece tão colorido e feliz que odiá-lo definitivamente é apenas um motivo mesquinho de criticar a festa mais popular do Brasil. O que me obriga a explicar: essa beleza para mim é questionável, na verdade, chega ao status de repulsa quando paro e reflito um pouco sobre ela. 

Provavelmente meus termos podem soar fortes e até ofensivos, mas gostaria de dizer que as pessoas as quais gostam de carnaval têm total direito de discordar. Não escrevo para impedir ou forçar que desgostem do que gostam, apenas para reforçar o quanto não gosto. Assim finalizando essa saturação do verbo usado incontáveis vezes nesse mesmo parágrafo.

Odeio a também saturação de propaganda na televisão sobre escolas de samba. Noite e dia só é possível escutar os estrondos dos instrumentos de percussão e os berros dos tais puxadores. Em sua grande maioria, gordos, movidos a altas doses de cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica. È irritante como logo após o Natal, tudo gira ao redor disso. O motivo: a alegria barata das massas. Sim. Porque existe forma mais fácil de enganar quase 190 milhões de pessoas do que promovendo festas?

Certamente não. Mas fingir que todos se importam 24 horas com a corrupção e os problemas nacionais é hipocrisia. Eu mesma me incluo nesse grupo gigantesco de pessoas que cansaram de assistir aos jornais. A impunidade tornou-se mais uma ala indispensável no grande carnaval que vivemos durante todo o ano.

Entretanto, para mim, parece animalesco demais todo esse propósito persistente até a quarta-feira de cinzas. Pessoas embebidas de suor e álcool saltando dizendo divertir-se não é a minha definição de satisfação. Obviamente ela não necessariamente precisa restringir-se a livros e teatro, ou à cultura aristocrática. Ir ao cinema e assistir a um blockbuster é divertido e não tenho nada contra. Assistir ao Rob Schneider dizendo bobagens não me irrita, apenas não é lá muito engraçado. Se ele suprir o seu, prossiga! O mesmo vale para o Adam Sandler, Dwayne “The Rock” Johnson, Ben Stiller... 

O segundo fator que mais me ultraja é o completo vazio das tais letras culturais dos sambas-enredo das escolas. Por Deus! Dizer “Ô Ô, Abraça-Flor é amor” não é rima, muito menos se assemelha ao mínimo que se pode exigir de uma poesia ou letra de música. Fingir que o seu tema é vasto em possibilidades de mostrar o quanto a literatura brasileira é rica é intragável. Temas repetidos e batidos como o descobrimento do Brasil preenchem os ouvidos em uma forma falsa de “culturar” um dos prazeres menos racionais que o homem inventou.

O ideal sempre manjado de ser pseudoinstrutivo é uma tolice sem tamanho e não tem sentido. Se querem voltar aos tempos dos bacanais e curtir sua libertinagem livremente, sem problemas; mas encobri-la com um véu finíssimo de candura e intelectualidade é certamente uma estratégia que beira o ridículo. A culpa é em grande parte da TV, afinal, transmitir pornografia em horário nobre é imoral, enquanto mulheres nuas abraçando uma bandeira, jurando ser puras e que seu trabalho repousa sobre os braços da arte – como se esta permitisse tudo –, é belo. Para mim, é feio, ou melhor – ou seria pior? –, horrível.

Assim, o último fator e possivelmente o mais importante, aquele que provoca náuseas e em muitas vezes explosões de completa fúria é a superexposição de mulheres sem roupa. De fato comentar se as donas dos tais “corpos esculturais” são gênios ou vegetais quando se trata de pensar, não é certo, ao menos não politicamente correto, afinal, o assunto abrange política e a péssima educação que o povo recebe. Do que posso falar é do quanto as mulheres, em sua ilusão de endeusamento, na verdade não passam de objetos nessa semana de “festa”.

Mentira deslavada essa sobre nossas passistas serem o que nos representa e o que representa o país como um todo. Dessa forma, o que nos define são alguns dias e nádegas? Talvez por isso ouve-se com grande freqüência como o país é uma bosta (com o perdão do trocadilho).

Irrita-me como através de fotos e filmagens em loop de figuras femininas desnudas, a imagem que o mundo inteiro tem sobre todas as demais mulheres brasileiras serem “fáceis”, como seres de intelecto inferior cuja vontade e cujo raciocínio não são relevantes.

Seria a culpa dos estrangeiros preconceituosos? Não! A culpa é de todos os que permitem e divulgam abertamente, tomando-o como verdade, o conceito de uma população sem pudores e animalizada (no estilo Tarzan). Não seria demais dizer: sem roupa, sem cérebro...

Odeio, odeio mesmo como os americanos e europeus nos vêem. Odeio como não temos moral alguma para exigir mais respeito. Odeio como desvalorizamos fatores realmente importantes como educação e saúde enquanto empurram goela abaixo uma cultura dita puramente brasileira. Odeio perceber que não lemos, que não produzimos e quando o fazemos são em proporções mínimas. Odeio o posicionamento que tomamos ao largar direitos e assumir esse jeitinho brasileiro que exige pouco porque é facilmente manipulado ao satisfazer-se com uma mulher pelada na TV e uma lata de cerveja por uma semana. Afinal de contas, o carioca é malandro e sua “esposa” ou “amante” vive sua vida rebolando e sambando.

Odeio ver os propósitos feministas — não que eu seja uma, apenas defendo a inteligência e perspicácia feminina. Na verdade, acredito mesmo que mulheres são mesmo mais inteligentes, mas isso não vem ao caso. — sendo varridos junto com a purpurina que descola das microfantasias.

Odeio tanto o carnaval que poderia extingui-lo. Mas não tenho o poder nem o direito de fazê-lo. Pelo menos posso escrever o quanto adoraria concretizar um sonho há anos guardado.

PS.: Eu deveria ter sido um pouco menos enfática. Eu sei. Desculpas pelo entusiasmo. É... Espero que gostem do blog. Já disse como a Elisa é legal? Porque ela é. E...Ah! Eu não a odeio.
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

15 razões porque Lost é Lost

Dia 22 de Setembro de 2004 

O avião do vôo 815 da Oceanic Airlines cai numa ilha misteriosa, deixando algumas dezenas de sobreviventes e assim embarcamos na série mais comentada dos últimos de TODOS os tempos.

Não há palavras para descrever o que Lost significa (não vem com graça dizendo que quer dizer Perdidos, disso eu sei). Há quem diga que a TV se divide em a.L e d.L (antes de Lost e depois de Lost). Lost é uma verdadeira revolução no modo de se fazer e ver TV. Tem uma trama absolutamente intrínseca e ao mesmo tempo envolvente, com personagens tridimensionais e que a gente torce com facilidade. Lost não QUER SER. Lost é!

Enfim, eu não sou a maior especialista em Lost, mas com a estréia no Brasil da última e mais aguardada temporada final da história, nada mais justo do que o seriado ganhar uma listinha. Se você está por fora e quiser ler mesmo assim, fica tranqüilo, a lista é livre de spoilers.

Vamos lá então:

15 razões porque Lost é... Lost!
(porque eu não podia perder a oportunidade de usar um dos Números, né)

1.    Porque Lost é mundial
Em que outra série você veria americanos médicos ou ex-presidiários, asiáticos matadores de aluguel, árabes terroristas, africanos traficantes, um descendente de latino ganhador da loteria, um brasileiro que quase não fala e até um hobbit que tocava numa banda de rock? A premissa de fazer uma série que começa com um acidente de avião abre caminhos para colocar pessoas de todos os lugares do mundo, evidenciando assim a grande aldeia global em que vivemos (tanto na série, quanto depois do episódio, quando todo mundo – todo o mundo mesmo - corre pra internet pra discutir as nuances de cada episódio). E com as histórias do passado que se cruzam o tempo todo, a gente fica pensando: “Será que eu já não conhecia esse meu amigo de algum outro lugar?”. Sério, o povo da escola realmente fez essa pergunta.

2.    Porque Lost é uma série com tudo dentro
Sem dúvida o grande trunfo do seriado é colocar um monte de perguntas na nossa cabeça e mesmo quando as responde, tratar logo de encucar outras interrogações em nossa cachola. Mas se fosse só isso, a série não duraria tanto tempo. Lost tem mistério, romance, ação, comédia, drama e, claro...mais mistério! Aí os nerds assistem porque tem ficção científica, os pitboys assistem porque tem explosões gratuitas, os românticos assistem porque dá pra torcer pelos casais, os desencanados assistem pra rir dos apelidos do Sawyer... E até os acadêmicos assistem... 

3.    Porque Lost é cultura. Muita cultura!
Os produtores e roteiristas de Lost são pessoas cultas. Parece que os caras já leram ou estudaram toda a enciclopédia e a cada episódio são jogadas milhares de referências culturais. Só com relação a nomes temos homenagens a John Locke, Rousseau (filósofos iluministas), Faraday (físico), o Jack é Shepard (pastor em inglês, porque ele é o líder do grupo, ha!), a Kate é Austen (a escritora mais importante da literatura inglesa), o filho da Claire chama Aaron (Arão da Bíblia), e por aí vai.

A última ceia, a la Lost

Também há referências ao experimento da Caixa de Skinner, trechos e personagens bíblicos, o Big Brother de George Orwell, citações de outros seriados, constantes, variáveis, e o buraco de minhoca que faz viagens no tempo (é sério. Essa teoria existe mesmo! É tudo ciência!).

4.    Porque faz a gente querer estudar
As referências científicas/filosóficas/bíblicas/históricas são tantas que é impossível catar todas. Mesmo assim, você não fica perdido (ha!), se não souber disso tudo. É só um tempero a mais. Só que dá a maior vontade de saber essas coisas todas porque, quanto mais você estuda, mais embasamento tem para elaborar suas próprias teorias sobre os mistérios que a série propõe. Se você quiser estudar Lost, acesse LostPedia. (nada mais justo do que Lost ter a sua própria enciclopédia, né!) Ai, ai, só Lost mesmo pra fazer a gente ter vontade de estudar.

5.    Porque Lost é filosofia
No meio de todas aquelas explosões, monstros e ursos polares, Lost também é uma série profunda, complexa e faz a gente pensar. Ela propõe umas discussões interessantes do tipo: a discussão da eterna disputa entre a ciência vs. a fé (representados por Jack, e Locke, respectivamente), o debate entre destino x livre arbítrio (mais uma vez representados pelos 2), o mito da caverna de Platão (essa daí está em todos os lugares, até fora de Lost, não adianta fugir. Tudo é o mito da caverna, acredite)... Fora aquela pergunta lá do início (que nada mais é do que a Lei dos 6 passos) e tem gente que vê até discussões sobre teorias econômicas na série...

Sabe, eu nunca gostei de estudar essas filosofia no colégio, mas acho que se o professor passasse Lost na sala de aula, ia ser muito mais legal, porque Lost é cultura, mas tudo isso está disfarçado do mais puro entretenimento a serviço da cultura pop. Ô coisa boa!

6.    Porque dá vontade de gritar no final do episódio

Na verdade, dá vontade de gritar no meio também. Mas principalmente no final, quando vem aquele gancho desgraçado que vai nos faz querer assistir ao próximo episódio imediatamente. O urro fica ainda mais forte quando é final de temporada e a gente sabe que vai ter que esperar UM ANO INTEIRO até a série voltar. Quando a série faz a gente vibrar assim, é porque ela é muito boa, não tem jeito.

7.    Porque “o que aconteceu, aconteceu”
Quando o Faraday está explicando o nó que é esse negócio de viajar no tempo, ele solta a seguinte pérola: “O que aconteceu, aconteceu”, que poderia ser uma frase óbvia, mas dentro do contexto faz sentido e eu ainda acho que era uma mensagem subliminar dos roteiristas que, inclusive, resume um pouco a história da série. Quer dizer, desde o início os produtores sabiam onde eles queriam chegar, não foram rumando a esmo. Estava tudo escrito. Maktub. A gente é que não tinha conhecimento suficiente para colocar as peças todas juntas.

Selva de Pedra
Até porque uma série que se sustenta em suspense não pode abrir tantas perguntas sem saber as respostas. É legal ver que os caras tinham um plano desde o início. (Não é igual Heroes, que o produtor já admitiu publicamente que não sabe mais o que fazer com a série.) E conforme as temporadas vão passando, as lacunas todas vão se encaixando e as coisas mais mínimas são retomadas inúmeras vezes de pontos de vista diferentes e os personagens todos se encontrando no passado...Adoooro!

7. Porque fica cada vez mais doido
Para uns isso é ruim. Eu me amarro. Quando a gente pensa que não tem como ficar mais louco do que está, Lost vai lá e mostra que dá sim! Uma ilha tropical que tem urso polar, um monstro misterioso, propriedades curativas, confronta as pessoas com o seu passado e servia de experimentos científicos de uma iniciativa pirada, passando por um povoado que parou no tempo há mais de 30 anos e uma seqüência de números que se repetem a todo instante? Não, pára! É muita loucura isso!
E eu não falei nem 10% das maluquices que tem. Sim, é por isso que eu gosto de Lost. A trama é tão absurda, tão absurda, que eu acredito em tudo que ela propõe, e olha que eu não sou disso.

8.    Porque dá vontade de comentar URGENTEMENTE o episódio
Por ser um seriado com um enredo superenrolado com milhares de perguntas, teorias muito piradas, e surpresas de fazer nosso queixo cair e querer gritar pra TV, Lost dá uma vontade INCONTROLÁVEL de comentar o episódio porque o choque é muito grande e com certeza a gente nunca consegue captar todos os detalhes.
Vou fazer uma previsão: dia 22 de maio de 2010, a Internet vai parar. Só vai dar Lost. Primeiro, vai ter o aquecimento pré-Series Finale. Depois, vai ter o torramento durante o episódio. E finalmente, quando tudo acabar, TODO O MUNDO vai baixar e depois comentar o episódio. Ainda bem que eu não tenho Twitter, porque senão estava perdida (juro que dessa vez foi sem querer).

9.    Porque até os episódios ruins são bons
Existem as séries de TV. E existe Lost, que está um patamar acima de todas as outras. E aí, até quando um episódio é ruim, para os padrões de Lost, ainda é bom, para o padrão das outras.

10.    Porque a narrativa de Lost é um caso à parte
A narrativa não-linear de Lost, que primeiro fazia flashbacks, depois passou para flashfowards e finalmente ficou pulando como uma vitrola quebrada, com os personagens perdidos não só naquela ilha muito louca, mas também no próprio tempo. Eu também acho que o nome e o jeito da série de contar a história também faz ruma brincadeira com nós espectadores, porque, vamos combinar, estamos sempre perdidos no meio daquela doideira. Por fim, quem acompanha o seriado percebe que, apesar de os personagens estarem obviamente perdidos naquela ilha desconhecida até pelo Google, é ali que eles realmente encontram um sentido para suas vidas. Profundo, hein! Isso tudo de um nome absolutamente inocente.

11.    Porque cada personagem é importante 
Geral posando pra "foto"

Cada personagem é peça importante para montar o grande quebra-cabeças que é a série. Nem que seja para morrer, o personagem tem sua significância. Com exceção do Rodrigo Santoro, claro, que só desembarcou no Havaí pra fazer m***, literalmente! Mas então, tirando o Santoro, todo mundo tem um draminha pessoal e quase sempre ganha um episódio com flashback/flashforward só pra ele. Sobre o meu preferido... Que mané Jack, que mane Sawyer! Meu personagem preferido é o Desmond!

12.    Porque Lost não é só uma série de TV
Lost é o exemplo perfeito da convergência das mídias. Tem episódio no celular e jogo de RPG pela internet. E muito, muito conteúdo online extra-série. Você pode ser cadastrar e obter uma carteirinha da Lost University ou se inscrever para o programa de seleção da Dharma (sério, uma professora minha fez isso). Tem até livro que o Sawyer achou no avião que foi publicado depois. O bacana desses joguinhos de RPG são as páginas fake que parecem reais.

13.    Porque os fãs de Lost são loucos

Os fãs de Lost são tão pirados quanto o seriado. Para eles, tudo pode ser uma pista para desvendar o mistério da ilha. Pra você ter uma noção, eles assistem o episódio EM CÂMERA LENTA para captar os mais minúsculos detalhes! E na Comic Com desse ano? Tinha gente com cartazes com pedidos de casamento e camisetas com os rostos dos produtores (que estão longe de serem bonitos). Era uma histeria no nível Xuxa na época de ouro. Dá só uma olhada aqui. 

14.    Porque os produtores sabem disso
Agora, se as pessoas ficam assim, a culpa é dos produtores, que só atiçam os fãs da série com uns easter eggs (ovos de páscoa) safados - tipo os números em todos os lugares possíveis e impossíveis, uma lata de tinta com a palavra “futuro”, ou ainda um quadro com um urso polar escrito “namaste” ao contrário -  pra testar quem prestou atenção mesmo no episódio. Às vezes os ovinhos são pura brincadeira. Mas vai falar isso pros Lostmaníacos? Eu não sou doida de ficar colocando as coisas em câmera lenta, mas adoro essas gracinhas que os continuistas fazem com a gente. Aliás, ser continuista de Lost deve ser dureza. Porque para os fãs até uma inocente sombra fora do lugar pode gerar uma nova teoria mirabolante.

Ô Darlton, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!

Outro exemplo de como os produtores da série sabem do tamanho da paixão dos Lostmaníacos também se viu nessa mesma Comic Com com fãs enlouquecidos munidos de presentes e camisetas personalizadas. Darlton (como eles são chamados) armaram o maior teatrinho na coletiva, com direito ao Ben fazendo teste pra Hurley e o Sawyer roubando o papel com o roteiro do episódio final da série. Divertidíssimo. Eles merecem! Eles merecem!

15.    Porque Lost adiou até o discurso do Obama
Lost está com tanta moral que até o Obama adiou o seu tradicional discurso do dia 02 de fevereiro só pra não atrapalhar a estréia da temporada final de Lost. (Ai dele se são adia o discurso também. O mundo todo ia ficar contra ele! Até eu já estava xingando o cara aqui.) Com Locke, Yes, We Can!

Ufa, fim da lista!
Mordendo as unhas pra temporada final. Só não vale matar o Desmond ou vir com aquele final a la Matrix com tudo começando de novo e de novo. De resto, tá valendo tudo (acho).
Te vejo em outra vida, brotha!
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Hoje vai ter uma festa...

Bolo de fubá
Muita água pra beber
É o seu aniversário...
Aeeeee! 1 ano de blog!

Há exatos 365 dias, eu tomei coragem e comecei esse blog, que eu tinha prometido criar como resolução de ano novo.

De lá pra cá, ele não mudou muita coisa, nem cresceu tanto, até porque essa nunca foi a intenção mesmo. Não tenho nenhuma pretensão de fazer desse cantinho uma forma de ganhar dinheiro ou coisa do tipo, nem de virar blogueira profissional, e nem de ser uma celebridade virtual, ou que as opiniões postadas aqui tenham grande impacto sobre a sociedade num geral. Até porque isso ia dar muito trabalho. Não tenho paciência para ficar batendo boca com gente desconhecida.

Da última vez que eu postei alguma coisa nem tão polêmica, tive que tirar o post do ar porque um portal copiou o texto na íntegra, sem consultar, e deixou o link daqui como forma de dar o crédito. Resultado: não demorou muito para aparecer um ativista querendo tomar satisfações sobre o texto e aí eu tive que entrar em contato também com o cara do portal pra tirar o post de lá, porque senão, não ia adiantar de nada eu apagar aqui. Agora eu sei como a Xuxa se sente...

Pois então, o objetivo do Inútil Nostalgia sempre foi simplesmente eu ter um cantinho para publicar as coisas que eu gosto de escrever, porque é uma paixão minha desde pequena. A professora do C.A. mandava os alunos fazerem uma frase com a palavra CASA, e aí todo mundo fazia: “A casa é amarela” ou ainda “A caza é grande”. As minhas eram sempre muito complexas tipo: “A casa era de palha e por isso foi levada pelo vento”. Tá, esse pode não ser um exemplo totalmente verdadeiro, mas era mais ou menos assim mesmo. E eu me lembro bem que a tia realmente pediu uma frase com CASA e sempre comentava a criatividade das minhas. Frases, quero dizer.

Quem acompanha desde o início, percebe que o blog continua(va) o mesmo layout desde o começo. Além de eu não ter muito talento na área de design, também acho que esse daqui atende perfeitamente às necessidades do blog (que não são muitas), eu já me acostumei com ele, e seria até incoerência da minha parte ficar mudando tudo assim, sendo que logo no primeiro post eu dizia que tinha aversão a mudanças e tendo a gostar mais das coisas como elas eram antes.

Entretanto, só para não dizerem que o pobre do layout está EXATAMENTE o mesmo desde o início, você já deve ter percebido que eu mudei a cor de fundo e dos links (eu já queria tirar aquele verde faz tempo, mas na hora H, sempre acabava voltando ao original), coloquei uma foto ali no cabeçalho e ocupei um pouquinho mais a sidebar com uma foto que remete à inspiração para o nome do blog e um aplicativo de marcadores.

Desde o começo até aqui, foram 54 posts (contando com aquele censurado e esse de hoje) e para o futuro eu tenho planejados pelo menos mais uns 10. Isso não quer dizer que daqui a 10 postagens, será o fim do blog. Muito pelo contrário. Quando a idéia de montar o Inútil começou a tomar corpo em janeiro do ano passado, eu fiz uma listinha de assuntos que eu queria abordar e tem temas sobre os quais eu não escrevi até hoje. Ou seja, além dos que estão na fila de espera, a todo momento eu penso em algo novo mais urgente para postar que acaba “furando” a tal fila, e assim, o blog se mantém sempre atualizado (na medida do possível).

E como o Inútil está completando um ano de vida e eu já até troquei alguma coisa nesse layout, não custa nada apresentar uma outra novidade também. A partir desse ano, o blog ganhará uma ilustre colunista. Muito chique, né! Calma que também não é ninguém famoso (ainda). A convidada em questão é minha irmã querida do coração.

Na verdade, ela que é a escritora da família. Premiada inúmeras vezes nos concursos de poesia do colégio, ela também passeia muito bem pela prosa, pela narrativa, pela crônica, entre outros gêneros, além de já ter escrito um LIVRO inteirinho de 70 mil palavras. Só falta alguma editora se interessar em publicar. E não é porque ela é minha irmã não, mas o livro dela é muito legal, viu! Quando a professora pedia pra ela escrever uma frase com a palavra CASA, ela escrevia um conto sobre uma casa mal-assombrada por um fantasma  que adorava dar sustos nas pessoas, mas na verdade, era só porque ele se sentia muito sozinho. (brincadeira, essa parte eu estou inventando, hehe).

Mas então, há um tempo eu venho tentando convencê-la a criar um blog, mas ela não se animava, então esse ano, eu mudei a proposta pra ver se ela toma gosto pela coisa e começa seu próprio blog. Quem acompanha o blog sabe que eu falo muito da minha irmã por aqui. E quem me conhece de verdade e a conhece também sabe que é difícil agradá-la e por isso a gente brinca dizendo que a Esther odeia tudo. Por isso, o nome da coluna dela vai ser “Coisas que a Esther Odeia” – porque se fosse “Coisas que a Esther Gosta”, ela não ia postar nunca, hehe!

É claro que eu vou supervisionar a CEO (quando vocês virem essa sigla, saberão que o post é da Esther), porque eu não sou maluca de deixar ela despejar todo o seu ódio quase sempre polêmico por aqui e arriscar a gente a tomar um processo nas costas. Aprendi com aquele post censurado que, por mais que a gente não faça propaganda, nem nada, às vezes o que a gente escreve é lido por pessoas erradas e aí isso dá muito problema.

Bom, acho que é isso. Espero que vocês gostem das poucas mudanças e continuem acompanhando o blog, porque eu curto à beça escrever aqui.

Só está faltando assoprar a velinha, né?

Chegou a hora de assoprar a velinha
Vamos cantar aquela musiquinha....
Parabéns pra você! Parabéns pra você!
Pelo seu aniversário!
EEEEEEEEE!!!!!!!

PS. Não vai ter Com Quem Será porque ia ser tão sem sentido cantar isso para um blog quanto cantar para uma pessoa casada há mais de 30 anos, como fizeram com meu avô – foi a primeira vez que eu ouvi essa música depois do Parabéns. E mesmo que seja para uma pessoa solteira, o que Com Quem Será tem a ver com aniversário? Eu hein! Sou mais a musiquinha avacalhada lá do início. É muito mais engraçada!
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domingo, 31 de janeiro de 2010

Alagados

No geral eu sou uma pessoa bem-humorada. Rio de tudo, tento achar graça nas desgraças, brinco com as situações... Mas tem três coisas que são capazes de acabar com tudo isso e aí nem eu me agüento: fome, cansaço e trânsito. As duas primeiras são basicamente fáceis de resolver. Se eu estiver faminta, vou lá e como alguma coisa. Se estiver cansada, uma soneca de 20 minutos já dá uma revigorada. Agora quanto a problemas relacionados ao trânsito, é algo que me tira do sério porque acaba com todo o meu planejamento para o resto do dia, tenho a sensação de que estou perdendo um tempo precioso e o pior de tudo: não posso fazer nada a respeito.

Segunda-feira caiu o maior pé d’água aqui no Rio e aí eu fiquei intragável durante todo o dia seguinte porque demorei nada menos do que 4 HORAS pra chegar em casa, quando era pra eu levar no máximo duas.

Você tem noção do que dá pra fazer em 4 horas? Em 4 horas eu vou a Juiz de Fora, MG, de carro. Em 4 horas dá pra ir a Recife de avião. Mas em 4 horas eu não conseguia nem atravessar a cidade. Foi triste. Eu achei que eu não ia chegar em casa nunca mais.

Sou usuária do transporte ferroviário do Rio, que é precário, mas resolve o meu problema e geralmente faz eu chegar na hora em qualquer tempo, tendo em vista que eu nunca pego engarrafamento. Mas também, quando não tem trem, eu estou roubada.

De tempos em tempos, a Supervia apronta umas e quase me deixa na mão e aí eu fico com vontade de arrancar os cabelos porque o tempo que eu levo para percorrer todo o trajeto pelos trilhos, não dá nem metade do caminho de ônibus.

Mas então, voltando ao assunto, segunda-feira, na hora de voltar pra casa, no fim da tarde, fui lá e peguei o trem parador até Deodoro porque pegar o Japera às 18:00 é suicídio, mas nesse daí eu ia sentadinha e tal. Ainda na estação, começou a chover um monte, mas eu nem me preocupei porque trem não pega engarrafamento, então estava tudo certo.

Só que, entre Engenho Novo e Méier, o trem pára. O maquinista avisa que a plataforma está alagada e vai ter que esperar até a água escoar. Affe! Tá de brincadeira, né? Atravessa logo essa água! Não nos restava escolha senão esperar. SÓ QUE NÃO PARAVA DE CHOVER! AQUELA ÁGUA NÃO IA ESCORRER NUNCA! Resultado: quase uma hora parados no meio das estações.

Nisso já eram mais de 19h, sendo que eu tinha saído do estágio às 17h! É nessas horas que eu fico com inveja dos pássaros. Eles nunca têm problemas de trânsito. É por isso que dizem que as aves são seres livres. Porque elas não são escravas do transporte público das grandes cidades! O Clark (Kent) também é um cara de sorte. Mesmo que não queria voar, tem supervelocidade então num piscar de olhos já está em casa sempre.

E é nessas horas que eu fico com raiva dos cientistas também. Eles inventam cada coisa inútil! Por que não inventam uma mochilinha a jato igual a das Três Espiãs Demais? Ou então por que não inventam um tênis que voa igual naquele livro Super Tênis? Ou o que que custava criar logo um teletransporte? Ia acabar com todos os problemas! Quer dizer, só ia dar um pouquinho mais de trabalho para os advogados alegarem um álibi no caso de um assassinato ou coisa assim, mas quem liga?

Enfim, quando o trem finalmente começou a andar, o fazia numa lerdeza só, uma vez que as outras estações também estavam alagadas. Ao chegar a Madureira, eu penso: “bom, não vai demorar esse negócio vai parar no meio caminho de novo... Pior do que está não pode ficar” e desço. Só que a Lei de Murphy é certeira e o que era ruim, conseguiu ficar pior. Pego o ônibus cheio já e antes de Marechal já está tudo parado. Eu não sei nem mais se é porque está alagado ou não.

Sinto vontade de chorar porque, além de parecer não ter mais solução, agora eu estou em pé, sozinha, e o cansaço e a fome estão começando a bater. Não havia previsão de quando as coisas iam melhorar. Tem uma música dos Titãs que diz que Enquanto Houver Sol, ainda há de haver esperança, mas já estava chovendo há horas! Certamente, a esperança já tinha ido se abrigar em outro lugar.

As pessoas dentro do ônibus começam a ficar revoltadas porque o motorista não pega uma saída alternativa pra tentar escapar do trânsito. “Ô piloto, vira ali do lado! Não vai andar nunca isso aqui!” Ligo pra casa na esperança de que meu pai sugira alguma solução. Ele diz que não tem jeito. AAAAAHHHH!

Depois de muito tempo, o motorista finalmente toma vergonha na cara e vira numa outra rua. O bus anda um pouquinho e logo caí numa rua também alagada. O telefone toca. Meu pai pergunta onde eu estou e eu digo que estou engarrafada de novo. Quando o informo de que ainda estou em pé, ele completa: “Ih, então você está ferrada mesmo”. Eu rio. “Valeu, pai! Era desse tipo de apoio que eu estava precisando.” Ele passa pra minha irmã, e ela começa a conversar comigo. Depois de perguntar como eu estava e essas coisas, ela começa a puxar papo.
  
Esther: Vê se você consegue chegar a tempo de ver Gossip Girl. (no dia era estreia no SBT)
 
Elisa: Vou chegar a tempo de ver É tudo Improviso se continuar assim.
 

Esther: Que horas passa isso? 22H30? Ah, não. Chega a tempo de Amanhã é Para Sempre então.
 

Elisa: Jornal da Globo, pronto. Não, não! Melhor, prometo que chego antes do Corujão.

Aquilo desvia o meu pensamento do trânsito e me dá um pouco de ânimo por estar conversando com alguém. É por isso que eu amo a minha irmã! Graças a Deus, a essa hora, o ônibus começa a andar. Depois ela me pergunta do livro que ia tentar trocar no sebo. Eu queria contar aquilo quando chegasse em casa e isso me anima porque eu tenho a oportunidade de xingar o cara do sebo logo, naquele dia horrendo.

Esther: E aí? Conseguiu trocar o livro lá no sebo?
 

Elisa: Nada. Nem te conto! Você tinha que ver como aqueles caras eram nojentos! Eu cheguei lá, disse que queria trocar o livro, aí me mandaram sentar um pouco porque o dono estava na internet. Enquanto isso, os funcionários ficaram empilhando uns livros e eu lá esperando. Olha só que absurdo! O cliente chega na loja e mandam a gente esperar!
 

Esther: Que idiotas! Mas por que ele não quis trocar?
 

Elisa: Espera que tem mais. Aí depois uma mulher veio e perguntou se eu estava com o livro pra trocar. Aí eu disse que sim e entreguei o livro pra ela. Aí ela foi mostrar o livro pro dono que nem olhou na minha cara e nem pro livro e 5 segundos depois eles disseram que não queriam! Eu fiquei meio besta porque o negócio estava em perfeitas condições e a mulher disse que eles não queriam porque só aceitava se tivesse os 3 volumes (obs. O livro era O Senhor dos Anéis 1 – também adquirido de segunda mão. Sozinho), que era mais fácil de vender os 3.
 

Esther: Eu hein! Que pensamento mais ridículo! E se a pessoa quiser comprar só o 1º pra ver se é legal?...
 

Elisa: Pois é. E se ela achar que é uma porcaria? Aí vai, e fica com o livro guardado por toda a eternidade porque não comprou os outros dois. Se ele ainda dissesse que estava sujo (coisa que não estava...) Ah, faça-me um favor! Deu vontade de mandar o cara pra %&#*@. Mas ao invés disso eu só falei: “Valeu”, porque sou uma uma pessoa educada.
 

Esther: Isso aí. Ele merecia! Agora quem não quer mais é a gente. Cara idiota!
 

Elisa: Pois é. Mas bem que eu devia logo ter desconfiado pelo nome da loja, que o negócio era muito elitista. Berinjela com J! Onde já se viu?
 

Esther: Mas berinjela é com J!
 

Elisa: Eu sei. Mas todo mundo sabe que em coisas assim populares nunca se escreve com J. É sempre com G.
 

Esther: Mas que nome mais ridículo também? Berinjela! Eu hein! Quem é que gosta de berinjela? Se ainda fosse uma leguminosa mais legal tipo cenoura, inhame, laranja...
 

Elisa: Limão... (piada interna)
 

Esther: Pois é. Limão! Se a loja se chamasse Limão, com certeza ia aceitar.

Papo vai, papo vem. Em mais uns minutos eu estava em casa (cheguei antes de Gossip Girl, porque o SBT nunca começa os programas em ponto). Ufa! Cheguei! Entendo perfeitamente o significado da expressão Lar, Doce Lar. Acho que nunca foi tão bom estar em casa.

No dia seguinte, eu estou azeda que só porque o estresse foi tão grande que não consegui dormir direito. No caminho para o estágio, eu passo pelo Aterro e vejo o Pão de Açúcar de um lado, o Cristo de braços abertos do outro, os barquinhos ali no mar e um avião voando baixo no meio. Dá pra ver porque Jobim e Vinícius fizeram tantas canções em homenagem à cidade.

Sabe de uma coisa? O Rio vai fazer a maior vergonha em 2016 com relação a transporte porque é só cair uma águinha a cidade toda pára (não alagou só onde eu estava. Eu ouvi uma mulher na terça-feira falando que saiu do trabalho às 18h e só chegou às 23h em casa. Dentre outras pessoas), o trem  é fantasma e anda sozinho e o metrô é superlotado... Mas mesmo com tudo isso, eu me sinto privilegiada. Tanta gente querendo essa vista e eu tendo a oportunidade de passar por aqui todo dia... Morram de inveja!

Toda cidade tem seus problemas, e daí? Pelo menos a gente tem o Cristo lá em cima pra lembrar pra gente que, Viver a Vida é difícil, mas numa cidade maravilhosa, até que vale a pena. Mas morar no Rio tendo uma mochilinha a jato não ia ser nada mal, hehe.

Cristo: Não sei qual o problema das chuvas? Aqui em cima nunca enche!

Edit (dia 01/02/2010):  Hoje vim pra casa de ônibus e num é que o negócio enguiça no meio da Brasil? Graças a Deus, passou outro logo e eu entrei de graça (alô, eu já tinha pagado uma passagem!), mas vou te contar! Quando a gente tá com azar não adianta, né cara?
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A verdade sobre a Pocahontas (2)

Se você pensa que já tinha ouvido todas as teorias possíveis e malucas sobre Pocahontas, está muito enganado. Enquanto a gente relembrava os detalhes das teorias para eu escrever o post anterior, acabou criando mais uma história sem noção sobre a índia mais famosa do cinema. Eu juro que é a última. Liga não, quando a gente se junta só sai besteira.

Hipótese nº 3 – Drogas

Drogas. Isso explica tudo! Claro! Como a gente não pensou nisso antes?

Tudo começou com a morte da avó de Pocahontas, vovó Willow, quando esta, a Poca, ainda era uma criancinha. Elas sempre foram muito apegadas e quando Willow deixou esse mundo, a pequena Pocahontas sentiu-se muito triste e sozinha, uma vez que sua vozinha sempre dava bons conselhos e a ensinava várias coisas sobre a vida.

Quando criança, Pocahontas gostava muito de brincar de casinha e sempre desbravou a mata em busca de ingredientes para colocar nas panelinhas. Numa dessas brincadeiras, a inocente Pocahontas pegou algumas ervas desconhecidas e ao provar aquela misturebas de criança sentiu-se alegre e livre, como no tempo em que estava com vovó Willow. Não demorou muito para ela começar a ter alucinações e enxergar a avó numa árvore e até a conversar com ela.


Vó, é você?

Pocahontas continuou a faz uso das tais ervas durante muitos anos e cada vez se sentia mais solta para inclusive pular de cachoeiras imensas e ouvir a voz do vento. Já adulta, Pocahontas conheceu John Smith e os dois tiveram um romance, o qual não durou muito dadas as circunstâncias da morte de Kocoum e a guerra entre índios e colonos, que fizeram com que John Smith voltasse logo para sua terra natal.

Durante o tempo em que Smith esteve longe, Pocahontas passou a sentir o mesmo vazio de quando perdeu vovó Willow e passou a ingerir cada vez mais doses das drogas tribais, dessa vez receitada pelo pajé da tribo para tratar da sua depressão. Numa de suas alucinações com a árvore falante, vovó Willow a aconselhou a ouvir a voz do seu coração (mas essa vovó Willow era muito sem criatividade! Ela só mandava a Pocahontas escutar a voz do coração! Que coisa mais subjetiva!).


Maresia, sente a maresia...

Pocahontas interpretou aquilo como um incentivo para ir atrás de John Smith na Inglaterra e como ela tomava muito mais ervas do que o recomendado, ao chegar em solo inglês, Pocahontas não conseguia se lembrar do rosto de John Smith. Desesperada, ela saiu pela rua perguntando: “Você é o John? Você é o John? Você é o John?”, até que encontrou o John, John Rolfe.

Pocahontas pensou que fosse o John dela e pediu pra ele voltar pra América para eles se casarem e serem muito felizes com todo ouro de sua terra. O olho de John Rolfe cresceu logo quando ela mencionou a palavra “ouro” e ele topou o casório na hora, mesmo achando o papo daquela índia meio maluco. Chegando na América casados, John Rolfe percebe que o tal ouro do qual Pocahontas tanto falava era na verdade, uma plantação de milho. Ele ponderou suas duas opções: ficar lá e plantar milho ou tentar ir embora e correr o risco de ser comido vivo pelos índios, para ele, canibais?

John Rolfe achou melhor ficar por lá e dedicar-se à plantação de milho e se deu muito bem no ramo. Não demorou muito para ele inventar a deliciosa pamonha, que tinha propriedades terapêuticas e curou Pocahontas do seu vício, e vender junto aos colonos da região. Reza a lenda que desde aquela época, a Kombi, quer dizer, a carroça vendedora de pamonha já tinha a mesma voz modulada de hoje: “Pamonha quentinha, pamonha gostosinha”.

Um pouco mais tarde, Pocahontas e John Rolfe criaram a receita do famoso salgadinho Fandangos, que já fazia muito sucesso entre as crianças em idade escolar por conta das cartinhas de bichinhos como guaxinim, beija-flor e é claro, a árvore falante dos sonhos alucinados de Pocahontas que vinham dentro do saquinho do biscoito (a essa altura, ela já havia largado o vício das drogas e quando percebeu que John Rolfe a tinha enganado, o perdoou, porque tinha se apaixonado verdadeiramente por ele, uma vez que a tinha ajudado a sair da rehab).

Quem não gostou nada de saber que Pocahontas o tinha largado por outro foi John Smith. Quando soube da notícia, Smith ficou desolado e quis dar cabo de sua vida. Então, ele começou a cavar sua própria sepultura, para não dar aos amigos o trabalho de o enterrarem. Só que, enquanto fazia sua cova, algo surpreendente aconteceu! John Smith encontrou UM POÇO DE PETRÓLEO e ficou muito rico!


Agora, John Smith tinha um motivo para viver. Criar uma fórmula de um produto que pudesse competir com os salgadinhos da sua ex. Depois de alguns anos, John Smith lançou os biscoitos Fofura, os quais eram feitos de um derivado de petróleo, isopor.

Atualmente, os descendentes de Pocahontas controlam 60% do milho mundial e fazem pressão na Organização Mundial do Comércio para esta libere a produção de etanol a partir do milho.

Outras lembranças de Pocahontas

Depois eu fiquei lembrando umas coisas e cheguei à conclusão que a gente gostava mais da Pocahontas do que eu pensava. Tipo,
1.    Minha irmã tinha duas bonecas da Pocahontas. Nenhuma original, obviamente. Uma delas vinha até com uma fita do filme genérico. Lembro que na época ela andava por uma fase de aspirante a cabeleireira/maquiadora e cortou o cabelão da Pocahontas, que ficou com um corte praticamente channel.
2.    Gente, eu tenho o CD da trilha sonora original de Pocahontas! Meu pai adorava a música do vento, e um dia a gente estava fazendo compras no Carrefour e ele resolveu comprar. Eu tava olhando as letras das músicas outro dia (em inglês ainda) e reparei como elas são elaboradas pra um filme de criança.
3.    Nossa amiga Jami, no meio daquela conversa que acabou com a Pocahontas sofrendo violência doméstica, revelou que praticamente tinha o espírito indígena da nativa mais famosa do cinema. Eu explico. É que ela tinha feito uma festa da Pocahontas uma vez e se vestido a caráter na comemoração e durante muito tempo quando tinha que ir a festas a fantasia, sempre ia de Poca. Por causa disso, na 8ª a gente fez ela encarnar a Iracema, a qual usava uma releitura da fantasia da Pocahontas (leia-se: o mesmo modelito com o tamanho maior, porque apesar de magrinha, a Jami cresceu – só pra cima -  durante aqueles 10 anos que separaram a festinha da peça).


Pronto, agora chega de Pocahontas. Até o próximo post.

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A verdade sobre a Pocahontas

Se você foi criança na década de 90, com certeza assistiu aos clássicos Disney em 2D e muito provavelmente viu Pocahontas sofrer com o amor proibido pelo colono John Smith. Apesar do alívio cômico dos bichinhos, o filme é bem dramático considerando que mostra uma morte e os mocinhos nem ficam juntos no final. Triste, eu sei.



Aí vem Pocahontas 2 em que ela vai pra Inglaterra e você pensa: “Legal, agora ela vai ficar com o John Smith”. Só que aí o filme acaba e então a Pocahontas super dispensa o John Smith pra ficar com um cara que ela tinha acabado de conhecer: o tal do John Rolfe. Ou seja, a maior decepção!

Isso já rendeu algumas discussões entre eu e minhas amigas e elaboramos algumas teorias para a Poca dar um pé da bunda do John Smith. Porque a gente não se conforma com a Pocahontas ter largado o Smith, que era mais bonito, mais legal, mais tudo de bom, enquanto o Rolfe é aquela coisa sem graça.
 

Sou muito mais o Johnny Smith!

Hipótese nº1 – Violência Doméstica

No auge de nossa 8ª série, eu, Fe e Jami brincávamos de Casos de Família e o tema era: “Qual a sua heroína da Disney favorita?”. A Jami defendia a Bela, a Fe defendia a Pocahontas e eu, como não tinha favorita, fazia o papel de Regina Volpato.

Tudo corria bem com a Jami falando que a Bela era mais legal porque gostava de ler e gostou da Fera antes de se tornar príncipe e tal, e a Fe dizendo que a Pocahontas era melhor porque era destemida, e como ela imitava a cena da canoa no sofá da casa dela, sem contar o argumento de que a Pocahontas incentivava a criançada a usar filtro solar para não pegar câncer de pele (????); até que o negócio começou a ficar pessoal. A Jami disse que a Poca tinha largado o John Smith pra ficar com outro e que isso não se fazia! (O que é a maior verdade!) A Fe estava perdendo a briga e então fez uma revelação bombástica:

- Mas a Pocahontas só largou o John Smith porque ele apagava o cigarro nela!

:-O

Eu não sei de onde ela tirou essa (desde quando o John Smith fumava?), mas o negócio rendeu e ficou engraçado à beça com a Fe fazendo depoimento triste e dizendo que a Pocahontas nunca sentiu a dor do cigarro na pele e por isso nunca ligou e que achou que aquilo era uma demonstração de amor de onde ele vinha e que o John Rolfe é que explicou pra ela que aquilo era um caso de violência contra a mulher e aí se apaixonaram (reza a lenda que a Lei Maria da Penha ia se chamar Lei Pocahontas).

No fim, chegamos à conclusão de que a pobre coitada da Pocahontas tinha hanseníase (por isso não sentia o cigarro) e que ia estampar uma campanha de conscientização do governo sobre a doença.


Um ano depois a gente deu uma revista, cheia de piada interna, pra Fe de aniversário. Essa daí é a entrevista que a Pocahontas deu pra Revista Legal. Clique para ampliar.


Hipótese nº 2 – Medo de compromisso

Essa daqui é bem mais recente. Surgiu numa dessas madrugadas em que a Esther não quer dormir e fica puxando papo, mesmo eu já tendo apagado a luz.

No 1º filme, Pocahontas está prometida ao índio guerreiro Kocoum, mas não queria casar com ele. Você pensa que é porque ela não gostava dele, mas a real é que a índia destemida tinha pavor de compromisso. Por isso, ela não vai embora com o John Smith no final do filme. Não tem nada a ver com aquele caô de “aqui é o meu lugar” que ela jogou no pobre do John Smith. A verdade é que Pocahontas era do tipo radical e gostava de sentir o vento na cara quando corria pelas plantações de milho e, na sua visão, um marido, naquele momento, só ia atrapalhar sua carreira como atleta de rafting. Mais tarde ela pensava nisso. Poca queria mais era curtir a liberdade da solteirice.


Kocoum: Pocahontas, quer casar comigo?
Pocahontas: Sai pra lá! Eu quero é ser campeã de rafting!


Uhuuu!

Só que o tempo passou. Pocahontas viu todas as suas amigas casadas e felizes (inclusive aquela que gostava do agora falecido Kocoum) e um dia, depois de remar rio abaixo, ela olhou seu reflexo na água e percebeu... UM PÉ DE GALINHA!!!! Naquele momento, Pocahontas viu que toda aquela liberdade não estava adiantando de nada e que estava ficando pra titia.


Então, Pocahontas parte para Inglaterra (filme 2) para tentar convencer seu antigo amor, John Smith, a se casar com ela (todos os homens da tribo já tinham dona). Chegando lá, Poca fica sabendo que Smith morreu e então começa a se envolver com o 1º cara que aparece: John Rolfe, afinal de contas, em pouco tempo ela estaria igualzinho à Vovó Willow! No fim do 2º filme, então, Pocahontas descobre que Smith está vivo, mas prefere ficar com o Rolfe, já que achou que ia ser muito difícil John Smith arranjar um emprego e sustentar a família, uma vez que era ex-presidiário, deixando-o a ver navios literalmente, já que os dois (Poca e Rolfe) voltam para a América.

A história real

Se você não sabe, Pocahontas, seu pai, Kocoum, John Smith, John Rolfe e aquele cara gordo do mal são todos personagens que existiram de verdade. É claro que a Disney fez algumas adaptações, mas a história REAL (sem brincadeira agora) é a seguinte:

Pocahontas conheceu John Smith quando era apenas uma criancinha de 11 anos (ele tinha 28). Ela realmente ajudou os colonos e tentou trazer a paz entre os povos, mas nunca teve nada com Smith. Talvez até tenha tido uma paixonite por ele, mas não há relatos de relacionamento entre os dois. Até porque seria pedofilia.

Alguns anos se passam, John Smith volta para a Inglaterra e então Pocahontas se casa com Kocoum. Os colonos dizem a ela que John Smith tinha morrido e ela conhece John Rolfe. Eles se apaixonam e se casam. UEPA! Mas ela já não era casada com o Kocoum? Pois é! A história real é pior que a da Disney. Largou o marido pra ficar com outro na maior cara dura! Adúltera!

Mais tarde, Pocahontas fica sabendo que John Smith está vivo, mas agora já era tarde. Ela e John Rolfe vão para a Inglaterra e tem 2 filhos. Na volta para a América, Pocahontas fica doente e morre.

Agora sente só a ironia do destino. John Rolfe era um grande plantador de... TABACO! E fumava cachimbo!

Sempre soube que era melhor ela ficar com o John Smith!

Conclusão
Na 1ª versão, Pocahontas é vítima, J. Smith é um vilão e J. Rolfe o herói. Na 2ª, Smith e Rolfe são homens-objeto e Pocahontas uma libertina e depois uma caçadora de marido (rico). E na vida real, J. Smith provavelmente era um pedófilo, J. Rolfe é que devia apagar o cigarro nela e por isso, ela pegou câncer de pele e morreu (a Fe disse que a causa da morte também pode ter sido câncer de pulmão, já que ela era fumante passiva), e por fim, Pocahontas era uma adúltera.

Sei não, melhor ficar com a versão da Disney. Desconsiderando o segundo filme, claro. Aquele John Rolfe é muito sem sal, vamos combinar.


Johnny Smith Forever!
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