sexta-feira, 31 de julho de 2009

10 razões porque Meg é Mara

Hoje, 31 de julho, é feriado em Bloomington. Dia da Meg. Quem pode, pode, né! Por isso, aproveitando já o clima do mês, Meg também vai ganhar uma listinha.

10 razões porque Meg é Mara

Havaianas, todo mundo usa.

1. Porque ela escreve os próprios livros
Pode parecer trivial, mas acredite: tem autores renomados que não escrevem os próprios livros! Sério. A autora de Gossip Girl só escreveu os primeiros livros da série. O resto foram autores-fantasmas que o fizeram! Dizem também que a best-seller Nora Roberts utiliza da mesma tática. Ela só dá a idéia e orienta mais ou menos como ele deve ser escrito. O trabalho pesado mesmo quem faz são outras pessoas! È igual quando eu usava aparelho, aí o dentista tinha um consultório, mas quando você entrava lá e sentava na cadeira, quem atendia mesmo eram as assistentes! Um absurdo, né?

2. Porque ela é uma escritora completa
Meg Cabot é tão talentosa que se aventura por vários gêneros da literatura. Ela tem mais 50 livros publicados (média de 3 ou 4 por ano) que vão de romances históricos a chick lit, passando por romances adolescentes e livros com temas sobrenaturais e de mistério. Recentemente, também se arriscou a escrever livros infantis (eu li um pedacinho do Allie Finkles uma vez, e deu pra perceber que é tão legal quanto os livros para leitores mais velhos). E por mais surreais ou sobrenaturais que sejam suas obras, elas não deixam de ser realistas e completamente possíveis de fazer o leitor se identificar com as situações. Em um de seus livros que eu considero mais geniais, O Garoto da Casa ao Lado, além de combinar romance e um pouquinho de suspense, a narrativa se dá TODA em forma de e-mails! E as continuações de seu romance paranormal Avalon High são em história em quadrinhos (não foi ela que desenhou, mas é que antes de virar escritora, Meg sonhava em ser desenhista. E ela desenhava direitinho, viu?).

Por que será que eu tenho a impressão que conheço essa cena? rs

3. Porque ela é sincera e tem noção do que escreve
Os críticos mais ortodoxos podem alegar que os livros de Cabot são pouco profundos e não adentram questões de grande relevância para a humanidade, mas isso não quer dizer que eles não tenham o seu valor. A intenção de Cabot nunca foi mudar a vida de ninguém e em DP6 e DP10, Meg usa seu alter-ego, Mia Thermopolis, como porta-voz para dar o recado para esse tipo de gente. Em resumo, é como se ela dissesse: “meus livros são para relaxar, para distrair mesmo e daí? Vai dizer que você não gosta de uma boa comédia para esfriar a cabeça depois de um dia estressante no trabalho?”. E ela tem razão. Seus livros são ótimas comédias. Agora, isso também não quer dizer que seus livros são fúteis, nem que não dê para tirar nada de bom deles. Em Quase Pronta, por exemplo, se você prestar bem atenção, tem uma crítica embutida à política de abstinência do governo Bush. (aquelas aulinhas da tia Tatá sobre o negócio de ser um leitor atento realmente fizeram efeito)

4. Porque ela escreve muito bem
E eu não estou falando só dos seus livros bem feitinhos, estruturados, envolventes, deliciosos, espertos e apaixonantes. Meg tem o dom das palavras e tudo que essa mulher escreve é legal. Por isso que eu acompanho o blog dela há alguns anos. Me estrago de rir lá também. Acho que se um dia ela escrevesse uma bula de remédio, teria grandes possibilidades de ficar engraçada, e eu com certeza ia ler. Se você acha que eu estou exagerando, dá só uma olhada no que ela aprontou quando, às vésperas do lançamento de HP7, o New York Times pediu para ela e mais alguns escritores famosos dizerem como seria o final ideal para a série do menino-bruxo. O final da Meg levou Harry ao programa do David Letterman (o Jô dos EUA) pra dar uma entrevista. Saca só. (aproveita que eu tava com paciência e traduzi)

5. Porque ela prova que dá pra ser divertido, mesmo sendo careta
Em seus livros para adolescentes, Meg usa e abusa dos problemas relacionados a namoros, escola, popularidade e afins. Mas não se engane. Eles passam longe da futilidade. Em nenhum deles você vai ver aquele ideal do ‘pega geral’, nem de parar de comer (ou vomitar) para ficar magra, nem personagens usando drogas, etc. Os nerds (aqueles que não vão a festas todo fim de semana e ficam em casa vendo filme) são os protagonistas e mostram que são os mais legais. Mas eles também têm suas inseguranças e partilham de dilemas comuns a qualquer jovem, afinal nerd também é gente (boa!). E mesmo em seus livros para adultos, em que a autora tem liberdade para tratar de temas mais polêmicos, a linguagem ainda é doce e sem deixar cair para o brega, diferente de muito livro de chick lit por aí.

6. Porque suas heroínas são independentes como as mulheres do século XXI
Elas podem ser até inseguras e fazer muita besteira, mas sempre fazem a coisa certa no final e não precisam de homem para serem felizes. É claro que elas sempre acabam com o cara dos sonhos, mas não são eles que regem cada passo que as mocinhas dão e se eles fizerem bobagem, pode crer, vão levar um pé na bunda. Importante lembrar também que por mais legais e devotados que sejam os mocinhos, eles também têm sua própria vida e gostos e comportamentos tipicamente masculinos: têm certa dificuldade para entender o que se passa na cabeça das mulheres e se fossem brasileiros, com certeza perderiam o domingo assistindo ao futebol (hehe).

7. Porque ela é louca igual a Lorelai
Depois de ler seus livros, entrevistas, chats e blog há anos e assistir a alguns de seus vídeos do YouTube, posso dizer que meio que a “conheço” um pouco. E mesmo não a encontrando pessoalmente, deu para perceber que ela ainda tem uma adolescente dentro de si e tira sarro de tudo (inclusive de si mesma), igualzinho a Lorelai Gilmore. Ela é tão Lorelai, que até o marido dela sabe cozinhar, igual ao Luke de Gilmore Girls. A mulher, além de ter o dom da escrita, tem o dom da oratória e cativa a platéia muito fácil. Ela vai falando e falando (com a tiarinha na cabeça) sem medo do ridículo e faz todo mundo se envolver com o que ela diz (geralmente muito rápido e por isso tão engraçado). Tá duvidando? Olha só esse videozinho bizarro que ela fez para encenar A Garota de Rosa Choque com bonecas Barbie:


Esse outro também é ótimo. Meg encena o encontro do trio-parada-dura Lilo/Britney Spears/Paris Hilton mais uma vez com bonecas Barbie:


8. Porque ela se preocupa com os leitores
Geralmente, escritores são seres solitários e por mais sucesso que seus livros façam, seus leitores tem que se virar se quiserem conversar com alguém ou tirar uma dúvida sobre a obra. Meg Cabot não se encaixa nesse perfil de escritor. Além do blog sempre atualizado, Cabot ainda mantém um fórum de discussão para os leitores em que eles podem conversar entre si ou mandar suas dúvidas sobre algum detalhe que tenha ficado obscuro no livro e sempre faz chats um tempinho depois do lançamento de alguma obra. Umas duas vezes eu achei um vídeo bizarro no YouTube, achei a cara dela e mandei o link por e-mail. Tem gente que também manda e-mail pedindo conselho sobre vida pessoal. E ela responde TUDO! Sério (Eu sei porque ela respondeu os meus dois e-mails!). E pensa que ela se incomoda? Nada. Ela diz que dá inspiração pros livros dela. (no meu caso, ela ficou particularmente grata, porque ela adora Star Wars e não é todo dia que você vê um exército de R2D2s dançando coreografadamente, nem Darth Vader balançando o esqueleto em Thriller. Ela gostou tanto do último vídeo que recomendou no blog e citou meu nome *-*). Para essa parte dos conselhos, recentemente, ela até lançou um vlog no YouTube, Read Our Lips, para responder às cartinhas! E ela é tão fofa que segue os leitores brasileiros no Twitter, mesmo não sacando nada de português, só pra deixar eles felizes. Não é à toa que as meninas do Brasil ficaram super-preocupadas quando a ‘tia Meg’ disse que estava no hospital uma vez.

9. Porque ela é antenada e usa a Internet e outras mídias para divulgar e complementar seus livros
Seus livros são recheados de referências ao mundo pop e Meg tem site, blog e fórum como eu já falei. Ela também tem MySpace, Facebook, Twitter e canal no YouTube. Para o lançamento do 10º Diário da Princesa, Cabot fechou um acordo com uma banda de rock ‘literário’ para fazer um CD em homenagem à série e a alguns outros livros seus (Brown Eyed Boy é a mais legal!) e ainda lançou um concurso de book trailers (esses estão muito em moda ultimamente). Em outras palavras, ela praticamente ‘lançou’ trilha sonora oficial e trailers para LIVROS! E como eu já disse também em outro post, algumas peculiaridades dos livros vão para a rede e de vez em quando você vê alguns personagens dando entrevista para revistas, sites (muito boba essa. Meg entrevista Mia!) e instituições de verdade. Adoro quando a literatura utiliza de artifícios pop!

10. Porque ela brinca com a própria obra
Já comentei aqui sobre as meta-referências de DP, né? E os comentários metalingüísticos de Meg Cabot não param por aí! Em Quase Pronta, lá no final do livro, a Lucy diz que está lendo She went all the way (Ela foi até o fim). Adivinha só quem escreveu esse livro? Acertou quem disse a própria Meg Cabot! Simplesmente demais! Eu terminei de ler esse livro no trem, indo pra faculdade, e juro para você que demorou uns minutos até cair a ficha da pegadinha, mas depois que caiu, eu fiquei de boca aberta e fui rindo da estação da Mangueira até a sala de aula de tão embasbacada que eu estava com a coragem e a genialidade da mulher. O que mais Dona Meg é capaz de aprontar, hein?

Acho que as 10 razões explicam o porquê do contador ali do lado, né?

Sobre o outro contador:
É HOJE! DP10 nas lojas! \o/

3 comentários:

  1. Que post perfeito! Meg é Meg. Muito divertida; não é pra menos que é minha autora preferida. Ela tá podendo, hein? Feriado de dia da Meg.
    P.S. Sou do fórum da GR. Já tô seguindo seu blog!

    Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Não sabia que seu amor por DP e pela Meg era tão grande assim! Só faltou vc dizer q qd crescer quer ser igual a ela :)

    Me deu até vontade de ler esses livros...

    ResponderExcluir
  3. Agora que eu me liguei no nome do gato ali do lado! kkkk

    ResponderExcluir

Não seja covarde e dê a cara a tapa.
Anônimos não são bem-vindos.
O mesmo vale para os spammers malditos. Se você fizer spam nesse blog, eu vou perseguir você e acabar com a sua vida.
Estamos entendidos?