Você já assistiu a uma partida de futebol ou de qualquer coisa que seja? E eu estou falando de ir ao estádio/ginásio e levantar da cadeira e xingar o juiz e fazer “Uuuuuhh” quando a bola passar raspando na trave, não de ver um jogo pela televisão. Não é muito fã de esportes, né? Ok, mais uma chance.
Você já assistiu um show? E eu não estou falando de ver um DVD no sofá da sua casa, nem de ir ao cinema assistir à versão editada em 3D. Estou falando de ver ao vivo, a cores, se mexendo, em 3D sim, mas de verdade, sem óculos! De estar lá no meio da galera e cantar, e pular, e dançar bizonhamente e gritar “ô fulaninho, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver” (rs). Estou falando de correr para perto do palco quando chega àquela parte do show que já está valendo tudo e que se danem os seguranças. De subir em cima da mesa e descer de lá quase desesperada porque se você continuar ali com certeza vai cair durante a última e mais animada música do concerto.
Se você nunca fez nada disso, não sabe o que está perdendo. Tá, a visão não é das melhores, e tem um monte de cabeças na frente, e o conforto é limitado e você fica espremido às vezes, mas a emoção de estar ali presenciando aquele momento que não vai se repetir nunca mais e, por isso mesmo, histórico (nem que seja só pra você) compensa todo o perrengue.
Sabe aquele papo de fã retardado que fica na fila dias e aí sai correndo quando abrem os portões e depois não vai ao banheiro para não perder a fila do gargarejo e ainda diz que se pudesse faria tudo de novo? Pois é. Parece idiota, mas esses caras até que têm um pouco de razão. Quando as luzes se apagam e o show começa, o seu corpo se esquece de toda a fome e sede e aperto e se concentra no espetáculo a sua frente. É um momento em que o ídolo e o público compartilham um transe quase espiritual em que nada mais importa. Só a emoção de estar ali aproveitando cada segundo... É oportunidade de despir-se das suas inibições e se permitir ser um pouco idiota também sem sentir culpa. (Eu me transformo totalmente nesse tipo de situação. Grito mesmo, falo bobagem, danço lá no escuro, faço air-qualquer-instrumento, faço piada sozinha... Não quero nem saber! Quem me vê, acha que é outra pessoa.)
E saber que ali se tem uma resposta imediata para tudo o que você faz e o que acontece ali fica ali (por isso num show você pode dançar como se ninguém pudesse te ver. Afinal, está escuro, e ninguém está vendo mesmo, rs. Fora que lá no meio da multidão tem muito mais gente agindo do mesmo jeito, e você meio que não se sente sozinho, servindo como uma espécie de atestado de liberdade condicional do mundo exterior durante quase 2h) é legal demais. E estar junto daquele povo todo unido fazendo a ola, prendendo a respiração, vibrando com um gol, já é metade da graça.
Em casa você pode até pausar a imagem e pegar uma pipoca e ir ao banheiro e depois voltar para o seu confortável sofá, mas nada se compara ao senso de comunidade e de compartilhar aquela energia que só sente quem vive. E essa é a diferença do 3D com óculos para o ‘ao vivo de verdade’. Nesse último você não só vê, você VIVE. A platéia interage, participa, tem um contato sem intermediários com o artista que está no palco ou em campo. E você quer mostrar que conhece as músicas, ou empurrar seu time para frente, a qualquer custo e por causa disso, nem liga de voltar para casa rouco depois.
Se você parar para pensar, é uma coisa bem patética, mas inegavelmente emocionante. O cara manda levantar a mão e todo mundo levanta. Manda tirar o pé do chão e todo mundo pula. Dá um “Boa noite” e você responde a plenos pulmões, crente que foi diretamente e especificamente pra você. Pede pra acender a luz do celular e num segundo o lugar que estava escuro fica todo “estrelado”.
Mas escutar aquela galera toda cantando numa só voz 'que ninguém cala esse nosso amor', ou o que quer que seja, é de arrepiar. Em parte, ela é que torna aquele momento único e memorável. Por isso não gosto de show com platéia quieta. Nem de torcida muda. Platéia tem que ter voz. Voz ativa! Fazer barulho! Porque ela, sozinha, já é um espetáculo à parte e sim, ela faz muita diferença.
Por isso é que gritar gol no Maracanã é totalmente diferente do que de frente para a Tv. Porque quando você grita junto com a torcida toda “ôooo, saca na Mari” nas semifinais da liga de vôlei, além de se sentir parte de algo maior, ainda vê na hora que o corinho desconcertante do qual participou fez efeito quando a jogadora manda uma banana pra tudo mundo e aí mesmo é que você canta com mais vontade. E aí depois você chega em casa cheio de história pra contar. Coisas que a TV não mostrou e só quem estava lá viveu. Coisas que só o prazer de 'viver ao vivo' dá.
Sim, parte da coisa pode até ser ensaiada e repetida, mas cada noite é diferente e coisas inesperadas podem acontecer, exigindo improviso daqueles que oferecem o espetáculo (quando o artista erra a letra, então, é o ápice da magia do ao vivo. Os fãs vão ao delírio! Acho que eles gostam mais quando os caras erram do que quando acertam às vezes, rs. Se sentem únicos e especiais, talvez. Ou mais espertos, porque o maluco errou a própria música, rs. Minto, quando ele escorrega ou tropeça em pleno palco, é ainda melhor do que quando erra a letra). E por isso muita gente paga o preço que for por um ingresso e aí se preocupa excessivamente em registrar o evento ao invés de curtir o presente. Talvez para poder provar aos amigos que aquilo realmente ocorreu, talvez para eternizar aquele momento já inesquecível.
Você já assistiu um show? E eu não estou falando de ver um DVD no sofá da sua casa, nem de ir ao cinema assistir à versão editada em 3D. Estou falando de ver ao vivo, a cores, se mexendo, em 3D sim, mas de verdade, sem óculos! De estar lá no meio da galera e cantar, e pular, e dançar bizonhamente e gritar “ô fulaninho, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver” (rs). Estou falando de correr para perto do palco quando chega àquela parte do show que já está valendo tudo e que se danem os seguranças. De subir em cima da mesa e descer de lá quase desesperada porque se você continuar ali com certeza vai cair durante a última e mais animada música do concerto.
Se você nunca fez nada disso, não sabe o que está perdendo. Tá, a visão não é das melhores, e tem um monte de cabeças na frente, e o conforto é limitado e você fica espremido às vezes, mas a emoção de estar ali presenciando aquele momento que não vai se repetir nunca mais e, por isso mesmo, histórico (nem que seja só pra você) compensa todo o perrengue.
Sabe aquele papo de fã retardado que fica na fila dias e aí sai correndo quando abrem os portões e depois não vai ao banheiro para não perder a fila do gargarejo e ainda diz que se pudesse faria tudo de novo? Pois é. Parece idiota, mas esses caras até que têm um pouco de razão. Quando as luzes se apagam e o show começa, o seu corpo se esquece de toda a fome e sede e aperto e se concentra no espetáculo a sua frente. É um momento em que o ídolo e o público compartilham um transe quase espiritual em que nada mais importa. Só a emoção de estar ali aproveitando cada segundo... É oportunidade de despir-se das suas inibições e se permitir ser um pouco idiota também sem sentir culpa. (Eu me transformo totalmente nesse tipo de situação. Grito mesmo, falo bobagem, danço lá no escuro, faço air-qualquer-instrumento, faço piada sozinha... Não quero nem saber! Quem me vê, acha que é outra pessoa.)
E saber que ali se tem uma resposta imediata para tudo o que você faz e o que acontece ali fica ali (por isso num show você pode dançar como se ninguém pudesse te ver. Afinal, está escuro, e ninguém está vendo mesmo, rs. Fora que lá no meio da multidão tem muito mais gente agindo do mesmo jeito, e você meio que não se sente sozinho, servindo como uma espécie de atestado de liberdade condicional do mundo exterior durante quase 2h) é legal demais. E estar junto daquele povo todo unido fazendo a ola, prendendo a respiração, vibrando com um gol, já é metade da graça.
Em casa você pode até pausar a imagem e pegar uma pipoca e ir ao banheiro e depois voltar para o seu confortável sofá, mas nada se compara ao senso de comunidade e de compartilhar aquela energia que só sente quem vive. E essa é a diferença do 3D com óculos para o ‘ao vivo de verdade’. Nesse último você não só vê, você VIVE. A platéia interage, participa, tem um contato sem intermediários com o artista que está no palco ou em campo. E você quer mostrar que conhece as músicas, ou empurrar seu time para frente, a qualquer custo e por causa disso, nem liga de voltar para casa rouco depois.
Se você parar para pensar, é uma coisa bem patética, mas inegavelmente emocionante. O cara manda levantar a mão e todo mundo levanta. Manda tirar o pé do chão e todo mundo pula. Dá um “Boa noite” e você responde a plenos pulmões, crente que foi diretamente e especificamente pra você. Pede pra acender a luz do celular e num segundo o lugar que estava escuro fica todo “estrelado”.
Mas escutar aquela galera toda cantando numa só voz 'que ninguém cala esse nosso amor', ou o que quer que seja, é de arrepiar. Em parte, ela é que torna aquele momento único e memorável. Por isso não gosto de show com platéia quieta. Nem de torcida muda. Platéia tem que ter voz. Voz ativa! Fazer barulho! Porque ela, sozinha, já é um espetáculo à parte e sim, ela faz muita diferença.
Por isso é que gritar gol no Maracanã é totalmente diferente do que de frente para a Tv. Porque quando você grita junto com a torcida toda “ôooo, saca na Mari” nas semifinais da liga de vôlei, além de se sentir parte de algo maior, ainda vê na hora que o corinho desconcertante do qual participou fez efeito quando a jogadora manda uma banana pra tudo mundo e aí mesmo é que você canta com mais vontade. E aí depois você chega em casa cheio de história pra contar. Coisas que a TV não mostrou e só quem estava lá viveu. Coisas que só o prazer de 'viver ao vivo' dá.
Sim, parte da coisa pode até ser ensaiada e repetida, mas cada noite é diferente e coisas inesperadas podem acontecer, exigindo improviso daqueles que oferecem o espetáculo (quando o artista erra a letra, então, é o ápice da magia do ao vivo. Os fãs vão ao delírio! Acho que eles gostam mais quando os caras erram do que quando acertam às vezes, rs. Se sentem únicos e especiais, talvez. Ou mais espertos, porque o maluco errou a própria música, rs. Minto, quando ele escorrega ou tropeça em pleno palco, é ainda melhor do que quando erra a letra). E por isso muita gente paga o preço que for por um ingresso e aí se preocupa excessivamente em registrar o evento ao invés de curtir o presente. Talvez para poder provar aos amigos que aquilo realmente ocorreu, talvez para eternizar aquele momento já inesquecível.
Mas eu acho mesmo que melhor que gravar é assistir e vivenciar. Que interessa quem não foi? Esse tipo de coisa é para ser aproveitada na hora e não se deve desperdiçar aquele instante precioso em detrimento de uma foto. Até porque, se o objetivo de guardá-lo para sempre é poder ‘RE-viver’, é preciso que se viva uma vez primeiro.
Porque a vida é como um show assim ao vivo. Não tem tecla pause, rewind ou forward. Não dá pra acelerar, mas de vez em quando parece que está em slow motion. Não adianta ficar só olhando ela passar com esperanças de uma reprise. Você tem que participar, improvisar e enlouquecer às vezes. Fazer de tudo para que aqueles momentos em 3 dimensões e 1000 sensações fiquem ali registrados na sua memória. E se às vezes parece que é tudo muito desconfortável, quando se alcança o objetivo e se obtém a recompensa, nada mais importa. E quando isso acontece, o que os outros vão pensar depois não faz mínima diferença.
[OFF] Início de Copa. \o/ Um exemplo perfeito de situação que só interessa ser vivida ao vivo (sério, qual a graça de assistir o jogo depois?). O mundo unido numa só vibração, respirando futebol, festejando um gol... São poucas as situações em que se tem todo o planeta assim conectado pelo mesmo sentimento. E é bonito demais ver o esporte unindo as pessoas e libertando os povos dessas banalidades e rixas políticas por um tempo. E se você não curte futebol, tudo bem, mas pelo menos não torça contra o Brasil, porque se a gente não tivesse ganhado em 2002, estaríamos escutando “França 3, Brasil 0” dos descendentes de Napoleão até hoje em todos os esportes (sim, eles eram idiotas a esse ponto).
Adoro essa música. Letra bonita demais e uma energia contagiante.
Agora se imagina lá no meio! Ôoooooooooo, Brasil!
Ui, só de ver eu me arrepio...
Nunca vivi uma experiência dessas, mas acho que é por causa da minha claustrofobia, odeio lugar que tem muita gente tumultuada. Deve ser legal!
ResponderExcluir:*
Tbm não curto lugares com mt gente, O conforto único da minha casa faz ela parecer o melhor lugar do mundo mas...
ResponderExcluir" É oportunidade de despir-se das suas inibições e se permitir ser um pouco idiota também. "
Isso é verdade! rs
O show da Aline Barros foi qs um sonho pra mim, eu pulei, dancei, gritei, cantei sem vergonha de nada e de ngm. Nem pareia q era a mesma artista dos DvDs. Sensações únicas, foi realmente inesquecível. E a história da gente esquecer toda luta q é pra chegar até ali tbm é válida :)
PS: Não to achando graça alguma na Copa do mundo. A união dos povos não supera meu ódio do futebol!