Ano passado no dia do aniversário do Jamie, eu fiz uns posts especiais, e como logo depois ele lançou CD cheio de músicas legais (de novo), e eu fico viajando com a maioria delas, acho que merece um outro, mesmo que o CD tenha saído há quase um ano (e eu esteja 6 dias atrasada com relação ao aniversário desse ano. A verdade é que eu confundi o aniversário dele com o da minha colega e programei o post pra hoje. Sabia que tinha alguém completando primaveras. Parabéns, Fe!). Pois é, vou falar do JC de novo. Não estou nem aí (aquelas rebeldes, rs). Se não quiser ler tudo, tudo bem. Eu sei que o Jamie não é atraente para todo mundo (aliás, fisicamente, nem pra mim é. Porque eu posso gostar dele e tudo, mas acontece que eu ainda não fiquei cega!). Mas você se ficar, pode acabar descobrindo uma ou outra música legal pra pôr no seu MP3. Enfim, o aviso está dado e juro que não vou ficar chateada caso você decida pela primeira opção.
Jamie Cullum é como o vinho. Parece que quanto mais passa o tempo, melhor fica o seu sabor (no caso, o seu som, na verdade). E paradoxalmente, quanto mais o tempo passa, mais jovem ele fica (aqui eu estava falando do som de novo, porque Cullum é uma pessoal normal, não Benjamin Button, rs).
No início da carreira, seus discos ficavam muito próximos do jazz tradicional, e, apesar de trazer toda a sua energia jovial e contagiante para o gênero, a grande pergunta que ouvia nas entrevistas era: “Mas por que você toca esse tipo de música sendo tão novo?”. Acontece que o tempo passou. Ele já não é mais um twentysomething e o frescor da idéia de um garoto tocando aquele ritmo ligado aos seus avós certamente também não é mais o mesmo.
E isso não faz a menor diferença. Porque o Jamie não está nem aí para o rótulo que você vai dar para ele. Ele gosta mesmo é de música. Qualquer tipo de música. Aquela coisa tradicional lá do início dos anos 2000 foi só uma espécie de isca (isso eu é que estou dizendo) e agora que tanto os velhotes, quanto o pessoal da nova geração já estão totalmente na sua, Mr. Cullum coloca cada vez mais suas asinhas de fora e acrescenta rock, pop e até música eletrônica à mistura do jazz na sua busca pela ‘batida perfeita’. Se em TwentySomething o tema eram os dilemas da juventude, e em Catching Tales o foco era contar histórias, aqui as canções estão explosivas.
Segue o faixa-a-faixa de The Pursuit:
1. Just One of These Things - Jamie, o prostituto do jazz e começa o disco atacando de big band. E numa das canções mais jazzísticas do disco, ironicamente manda um recado para os puristas de plantão que o criticam pelo seu "caso" com a música pop. "It was great fun, but it was just one of those things", porque o compromisso dele é com a música. O Jazz é só uma dessas coisas.
2. I’m all over it – Feita em 90 minutos, a canção de término de relacionamento tem piano, falsete, e a energia e ironia cullumianas de sempre: “Cause I worked and I cursed and I tried, And I said I could change and I lied, Well there’s something still moves me inside”. Primeiro Single, clipe muito louco. O gato de pelúcia em cima do piano o acompanha para tudo quanto é lugar agora.
3. Wheels – Se o CD tivesse saído antes, não ia dar pra essa entrar no álbum. Com uma melodia cíclica e uma batida pop-rock, Wheels reflete sobre a crise financeira e como afeta nossas vidas. O clipe ficou ruim, mas a música é viciante. “E o mundo está descarrilandooooooo...”
4. If I Ruled The World – Você conhece essa música. É claro que conhece. Só acha que não. Ela estava lá em Todo Poderoso na voz do Tont Bennett quando o Jim Carrey levava a Jennifer Aniston pra jantar num restaurante chique. Lembrou? Tá legal, eu sei que você não lembrou, rs. Eu não gosto muito dessa não. Acho que ele pôs só pra agradar os velhotes que eu falei ali em cima, mas enfim. A letra é bem romântica. E tem tudo a ver com o Jim Carrey no Todo Poderoso mesmo.
5. You And Me Are Gone – Essa sim é a cara dele. Jazz dançante, letra legal, Jamie fazendo barulhos com a boca, dando uns gritinhos, palminhas ao fundo, solo de piano e Cullum batucando e maltratando o coitado do instrumento... Baita energia e impossível ouvir sem bater o pé junto.
6. Don't Stop The Music - Como já é de costume, Jamie grava um cover de um sucesso da música pop. E agora ele reinventa o hit de Rihanna de um jeito que a testuda nunca poderia imaginar. A canção começa devagarinho e, como numa conquista, lança aquelas olhadelas e mexidas no cabelo em meio a uma pista de dança enfumaçada. No refrão, estamos segurando as mãos, peito no peito, agora cara a cara e aí a explosão (literalmente até no clipe*). Jamie faz a promessa: "I'm gonna take you away, let's escape into the music, Dj let it play". A essa altura do campeonato, já estamos completamente arrebatados e implorando: Jamie, Please don't stop the musiiiccc. Interessante notar que a versão da Rihanna funciona muito bem em qualquer pista de boate (gay então, nem se fala), mas quando o Jamie canta é muito mais do que uma canção, é a declaração de um cara apaixonado por música pedindo encarecidamente que ela não pare (tá legal, agora eu viajei).
* Sério. O cara explodiu um piano. DE VERDADE! É por isso que eu o adoro.
7. Love Ain't Gonna Let You Down - Segundo o próprio, sua primeira canção de amor sem nenhuma piada (e Deus sabe como isso foi difícil pra ele!). Mas Mr. Cullum, apaixonado e prestes a casar manda bem demais como sempre nessa balada emocionante, com jeito de anos 50, mas cara de século XXI. Aí é que está: quando ele diz que
"Feel it burning like a bomb raging a thousand summers, Grazing on your skin restlessly anticipating so many tiny things, The pursuit of love consumes us all, I'll be your Fabrice without the war, Do you dream about it written for, Bursting with all all of the weight of a million rhymes",
eu acredito em tudo. Eita letra de arrepiar! (E olha o nome do disco aparecendo aí nesse trecho). Sortuda essa Sophie (a mulher dele), hein! Cadê o pessoal da Globo pra pôr essa música na trilha da novela das oito?
8. Mixtape – Como bom nostálgico que é, Jamie também sempre dá um jeito de trazer algumas de suas memórias para as músicas. A sessão nostalgia da vez fica por conta de Mixtape, em que Cullum demonstra todo aquele romantismo adolescente ao gravar uma fita K7 em plena era do MP3 (o que torna tudo ainda mais difícil). A canção é quase uma viagem no tempo não só por causa da letra (linda e legal demais), mas também pelo arranjo que faz lembrar os sintetizadores da década de 80. É a minha preferida do CD (e a dele também). Música perfeita. Fico louca quanto ouço. Sério, até o “ôooooo” é bom! Não vejo a hora de chegar o show e poder pular pra caramba nessa parte.
9. I think I love – Sabe aquelas músicas que ficam tocando ao fundo quando alguém pede um Whisky? Sonoramente falando, essa é I think I love. Só que o Jamie é muito palhaço e coloca uns versos tipo: “lembra daquela vez que você vomitou em cima de mim dentro de um táxi? Ai, eu confesso que te amo por causa disso”. Eu devo confessar que passo sempre essa música. Muito parada, mas a Esther gosta. (quando ela ver que eu escrevi isso já sei até o que eu vou ouvir).
10. Not While I'm around - Jamie mais uma vez faz mágica e consegue desvencilhar a canção da imagem meio nojenta do Sweeney Todd. Ficou linda e pauleira. Não estranhe os dois adjetivos na mesma frase. Faz parte da sua mágica combinar essas coisas aparentemente opostas.
11. We Run Things - "Don't stop 'cause it's getting tense now...." Em We Run Things, ele ataca de DJ com os apetrechos de seu novo estúdio e finalmente, se despedindo...
12. Music Is through - Nessa Jamie mistura jazz com música eletrônica e no maior estilo "beijo, te ligo", Mr. Cullum podia muito bem estrelar aquela propanganda como o ligador de uma operadora de celular aqui do Brasil. Já até imagino ele fazendo o gesto enquanto entoa os versos "Girl, I got your number, call when the music is through".
Jamie Cullum é como o vinho. Parece que quanto mais passa o tempo, melhor fica o seu sabor (no caso, o seu som, na verdade). E paradoxalmente, quanto mais o tempo passa, mais jovem ele fica (aqui eu estava falando do som de novo, porque Cullum é uma pessoal normal, não Benjamin Button, rs).
No início da carreira, seus discos ficavam muito próximos do jazz tradicional, e, apesar de trazer toda a sua energia jovial e contagiante para o gênero, a grande pergunta que ouvia nas entrevistas era: “Mas por que você toca esse tipo de música sendo tão novo?”. Acontece que o tempo passou. Ele já não é mais um twentysomething e o frescor da idéia de um garoto tocando aquele ritmo ligado aos seus avós certamente também não é mais o mesmo.
E isso não faz a menor diferença. Porque o Jamie não está nem aí para o rótulo que você vai dar para ele. Ele gosta mesmo é de música. Qualquer tipo de música. Aquela coisa tradicional lá do início dos anos 2000 foi só uma espécie de isca (isso eu é que estou dizendo) e agora que tanto os velhotes, quanto o pessoal da nova geração já estão totalmente na sua, Mr. Cullum coloca cada vez mais suas asinhas de fora e acrescenta rock, pop e até música eletrônica à mistura do jazz na sua busca pela ‘batida perfeita’. Se em TwentySomething o tema eram os dilemas da juventude, e em Catching Tales o foco era contar histórias, aqui as canções estão explosivas.
Segue o faixa-a-faixa de The Pursuit:
1. Just One of These Things - Jamie, o prostituto do jazz e começa o disco atacando de big band. E numa das canções mais jazzísticas do disco, ironicamente manda um recado para os puristas de plantão que o criticam pelo seu "caso" com a música pop. "It was great fun, but it was just one of those things", porque o compromisso dele é com a música. O Jazz é só uma dessas coisas.
2. I’m all over it – Feita em 90 minutos, a canção de término de relacionamento tem piano, falsete, e a energia e ironia cullumianas de sempre: “Cause I worked and I cursed and I tried, And I said I could change and I lied, Well there’s something still moves me inside”. Primeiro Single, clipe muito louco. O gato de pelúcia em cima do piano o acompanha para tudo quanto é lugar agora.
3. Wheels – Se o CD tivesse saído antes, não ia dar pra essa entrar no álbum. Com uma melodia cíclica e uma batida pop-rock, Wheels reflete sobre a crise financeira e como afeta nossas vidas. O clipe ficou ruim, mas a música é viciante. “E o mundo está descarrilandooooooo...”
4. If I Ruled The World – Você conhece essa música. É claro que conhece. Só acha que não. Ela estava lá em Todo Poderoso na voz do Tont Bennett quando o Jim Carrey levava a Jennifer Aniston pra jantar num restaurante chique. Lembrou? Tá legal, eu sei que você não lembrou, rs. Eu não gosto muito dessa não. Acho que ele pôs só pra agradar os velhotes que eu falei ali em cima, mas enfim. A letra é bem romântica. E tem tudo a ver com o Jim Carrey no Todo Poderoso mesmo.
5. You And Me Are Gone – Essa sim é a cara dele. Jazz dançante, letra legal, Jamie fazendo barulhos com a boca, dando uns gritinhos, palminhas ao fundo, solo de piano e Cullum batucando e maltratando o coitado do instrumento... Baita energia e impossível ouvir sem bater o pé junto.
6. Don't Stop The Music - Como já é de costume, Jamie grava um cover de um sucesso da música pop. E agora ele reinventa o hit de Rihanna de um jeito que a testuda nunca poderia imaginar. A canção começa devagarinho e, como numa conquista, lança aquelas olhadelas e mexidas no cabelo em meio a uma pista de dança enfumaçada. No refrão, estamos segurando as mãos, peito no peito, agora cara a cara e aí a explosão (literalmente até no clipe*). Jamie faz a promessa: "I'm gonna take you away, let's escape into the music, Dj let it play". A essa altura do campeonato, já estamos completamente arrebatados e implorando: Jamie, Please don't stop the musiiiccc. Interessante notar que a versão da Rihanna funciona muito bem em qualquer pista de boate (gay então, nem se fala), mas quando o Jamie canta é muito mais do que uma canção, é a declaração de um cara apaixonado por música pedindo encarecidamente que ela não pare (tá legal, agora eu viajei).
* Sério. O cara explodiu um piano. DE VERDADE! É por isso que eu o adoro.
7. Love Ain't Gonna Let You Down - Segundo o próprio, sua primeira canção de amor sem nenhuma piada (e Deus sabe como isso foi difícil pra ele!). Mas Mr. Cullum, apaixonado e prestes a casar manda bem demais como sempre nessa balada emocionante, com jeito de anos 50, mas cara de século XXI. Aí é que está: quando ele diz que
"Feel it burning like a bomb raging a thousand summers, Grazing on your skin restlessly anticipating so many tiny things, The pursuit of love consumes us all, I'll be your Fabrice without the war, Do you dream about it written for, Bursting with all all of the weight of a million rhymes",
eu acredito em tudo. Eita letra de arrepiar! (E olha o nome do disco aparecendo aí nesse trecho). Sortuda essa Sophie (a mulher dele), hein! Cadê o pessoal da Globo pra pôr essa música na trilha da novela das oito?
8. Mixtape – Como bom nostálgico que é, Jamie também sempre dá um jeito de trazer algumas de suas memórias para as músicas. A sessão nostalgia da vez fica por conta de Mixtape, em que Cullum demonstra todo aquele romantismo adolescente ao gravar uma fita K7 em plena era do MP3 (o que torna tudo ainda mais difícil). A canção é quase uma viagem no tempo não só por causa da letra (linda e legal demais), mas também pelo arranjo que faz lembrar os sintetizadores da década de 80. É a minha preferida do CD (e a dele também). Música perfeita. Fico louca quanto ouço. Sério, até o “ôooooo” é bom! Não vejo a hora de chegar o show e poder pular pra caramba nessa parte.
9. I think I love – Sabe aquelas músicas que ficam tocando ao fundo quando alguém pede um Whisky? Sonoramente falando, essa é I think I love. Só que o Jamie é muito palhaço e coloca uns versos tipo: “lembra daquela vez que você vomitou em cima de mim dentro de um táxi? Ai, eu confesso que te amo por causa disso”. Eu devo confessar que passo sempre essa música. Muito parada, mas a Esther gosta. (quando ela ver que eu escrevi isso já sei até o que eu vou ouvir).
10. Not While I'm around - Jamie mais uma vez faz mágica e consegue desvencilhar a canção da imagem meio nojenta do Sweeney Todd. Ficou linda e pauleira. Não estranhe os dois adjetivos na mesma frase. Faz parte da sua mágica combinar essas coisas aparentemente opostas.
11. We Run Things - "Don't stop 'cause it's getting tense now...." Em We Run Things, ele ataca de DJ com os apetrechos de seu novo estúdio e finalmente, se despedindo...
12. Music Is through - Nessa Jamie mistura jazz com música eletrônica e no maior estilo "beijo, te ligo", Mr. Cullum podia muito bem estrelar aquela propanganda como o ligador de uma operadora de celular aqui do Brasil. Já até imagino ele fazendo o gesto enquanto entoa os versos "Girl, I got your number, call when the music is through".
Sabe aquele papo de "quebrar tudo"? Pois é, ele levou a sério.
Meu nome é Cullum. Jamie Cullum.
Fui até o fim!
ResponderExcluirVocê gosta mesmo desse cara e eu nunca ouvi falar dele, só aqui no Inútil mesmo. De qualquer forma, eu não sou um bom exemplo de ouvinte antenado...
Mas sabia que me despertou uma pequena curiosidade para conhecer? (E olha que não ouço Jazz nem música internacional).
O cara quebrou um piano numa época em que a modinha é estraçalhar guitarras. Temos que dar crédito para uma coisa dessas!
Olha, acho que eu nunca ouvi falar de Jamie Cullum. Ou talvez já tenha ouvido, mas não me lembro, sei lá.
ResponderExcluirMas depois dessa empolgação toda, acho que vou dar uma olhada no youtube.
Bjos
Po, ele namorava uma brasileira, veio até pro Brasil por causa dela, apareceu no Faustão e tudo, todo apaixonado cantando London Skies q compôs pra ela, daí ele se casa com uma britanica. #porrajamiecullum!
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