quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Jamie Cullum, o eterno twentysomething

Como você já deve ter percebido, eu sou fã desse cara. Nosso caso de amor começou quando Mind Trick tocava em Belíssima, mas não foi um caso de paixão arrebatadora. Lembro-me de ter achado a música boa e ainda era tema do lindo do Vladmir Brichta. E baixei a canção. Só essa.

Passou-se um tempo e ouvindo um podcast com a participação de Sandy e Junior, indicando algumas de suas músicas preferidas, ambos tocaram JC em suas listas (a Sandy escolheu But for Now, e o Junior Get Your Way). Antes disso, ela também já tinha dito uma vez que JC era o cantor preferido dela. E na página do UOL, só dava ele como sugestão de download. Na época, apesar de gostar de Mind Trick, não ligava o nome à pessoa. No tal podcast, achei But for Now chata e Get Your Way legal.

Bom, como o nome Jamie Culum já estava começando a se repetir muito na minha vida, resolvi ouvir o último CD dele na Rádio UOL, Cachting Tales. De 1ª, achei o CD um pouco parado e não deu vontade de ouvir de novo.

Eu não queria dar outra chance ao cara. “Ele canta jazz. Música de velho.”, eu pensava comigo mesma. Mas minha irmã insistiu nele (ela gosta das músicas lentas) e baixou o CD mesmo assim. Ela correu atrás das letras e tentou e convencer de que JC era legal.

De fato, Jamie Cullum é um cara que se precisa ter paciência para escutar. Suas músicas, assim como sua aparência física, não conquistam logo de cara. Aliás, se dependesse de beleza, Seu Jamie estaria perdido. Baixinho, descabelado e com cara de maluco, ele não é do tipo que chama atenção nas baladas. Eu o acho até meio parecido com o nosso Felipe Massa. Mas isso não faz a menor diferença. Jamie Cullum tem carisma e conteúdo e se você parar um pouco e prestar atenção ao que ele diz, logo percebe sua genialidade.

Gênios, sempre incompreendidos...

No início, comecei a simpatizar somente com as canções mais agitadas (ou menos lentas) do álbum (Get Your Way, London Skies, Photograph, Mind Trick...), mas adorei quando minha irmã me contou que ele tinha feito London Skies para a então namorada brasileira dele, que odiava o céu cinzento de Londres. Opa! Agora o JC estava começando a ficar interessante. Música pra namorada BRASILEIRA... Que fofo!!

A partir daí, comecei a procurar biografias, entrevistas e vídeos no YouTube, e descobri que, além de romântico, ele era ainda mais louco do que deixava implícito em 7 Days to Change Your Life.

É a maior injustiça a mídia querer vendê-lo como Sinatra de tênis, ou Norah Jones de calças. Não que eles não sejam bons, mas é que ambos carregam o estigma de fazer canções que vão agradar principalmente a sua mãe, como Roberto Carlos. Jamie Cullum está longe disso. É impossível rotular o garoto. Eu não sei nem dizer se ele faz jazz misturado com pop ou pop misturado com jazz. JC transpira jovialidade e irreverência. Sua performance no palco está muito mais para Ivete Sangalo do que para Frank Sinatra. O cara não consegue ficar parado. É um show man nato!

JC é engraçado, não penteia o cabelo, sempre canta sucessos da música pop nos shows (teve um que ele até trocou a letra de Don't cha para Don't you wish your boyfriend was SHORT like me), corre pro meio da platéia, faz dancinhas ridículas e arrebenta com o piano. Eu não queria ser o piano dele, sinceramente. O bichinho sofre viu! Jamie toca o instrumento com a cabeça, com o banquinho, batuca o coitado e quase sempre sobe em cima dele e o usa como trampolim para saltos acrobáticos.

Não bastasse toda a simpatia (e loucura), JC esbanja talento. Canta muito e toca tudo que é instrumento. Suas canções falam de tudo e quase sempre com um toque de ironia que lhe é peculiar. Recentemente, ele cantou uma nova canção Love Ain't Gonna Let You Down e comentou que se orgulhava muito dela porque tinha conseguido manter a letra livre de piadas do início ao fim. Seu repertório contém as românticas, as de fim de relacionamento, as críticas sociais, e aquelas que saem de coisas simples como resoluções de ano novo, um jogo de futebol de meia com o avô, as lembranças do primeiro beijo e até livros de auto-ajuda (as minhas preferidas). Jamie é um sopro de originalidade no meio de toda a mesmice que anda por aí.

Conforme eu ia ouvindo o Catching Tales com atenção, olhando as letras, e as histórias por trás delas, cada vez mais eu ia me convencendo de que o cara era bom mesmo. Mais do que músico, Jamie é mágico (ainda vou fazer uma camiseta dessas). Ele pegou Everlasting Love, que era assim, e transformou no belo tema de O Diário de Bridget Jones 2.

E depois de escutar atentamente seu outro álbum mais antigo TwentySomething, eu tive que dar o braço a torcer de uma vez. JC era gênio e tinha ganhado uma fã. Hoje eu sou completamente apaixonada por ele e todas as suas canções, inclusive aquelas que eu não gostava antes.

Uma pena eu ter percebido isso só depois de ele vir ao Brasil (foi uma questão de meses!!!) . Mais um pouquinho eu não fui lá assisti-lo ao vivo. “Never thought I’d regret the excuses that I’ve made”.

Mas não tem nada não. Esse ano, finalmente ele vai lançar outro CD (já era hora, né, Seu Jamie?) e com ele outra turnê e se Deus quiser ele volta ao Brasil, mesmo tendo terminado com a Isabella. (porque ele tinha que terminar com ela? Por quê? Por quê? rs). E quando ele vier, pode crer, eu vou estar lá pra ver.

Só me bate um aperto no coração porque ele não vai cantar mais TwentySomething ao vivo. Afinal, hoje está entrando para o time dos ThirtySomething. Eu acho a maior bobeira, porque palhaço do jeito que é, Jamie pode ter a idade que tiver, que sempre será um twentysomething de coração.

Parabéns, Jamie!
Ó a cara de criança feliz dele! Parece até o Cebolinha com esse cabelo! Não é possível essa criatura ter 30 anos. Deve ter falsificado o documento, só pode!

1 comentário:

  1. Ameiii seus textos sobre o Jamiee...sou louca por ele tbmmm...e conheci seu trabalho dps do show no Brasil =//..mas vamos aguardar sua volto..ouço eles todos os dias e espero pela sua volta...
    Obrigadaaa, os fãs de Jamie Agradecem.
    =)

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